Luanda, Lisboa, Paraíso

Luanda, Lisboa, Paraíso Djaimilia Pereira de Almeida




Resenhas - Luanda, Lisboa, Paraíso


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isa.dantas 06/02/2024

Que escrita linda de Djaimila, tão poética. Uma história dura, ao mesmo tempo que bela, sobre pertencimento. Acho que nada me preparou para a parte final.
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Ed Carvalho 01/02/2024

Ah, Cartola...??
Há poesia na solidão, na tristeza, na miséria, na desesperança, no auto exílio, na nostalgia, no desassossego da alma e do corpo? A literatura consegue converter todo tipo de indignidade, humilhação e dor em uma forma de comunicação com o mundo. A inquietude e a falta de lugar no mundo de Cartola, e por consequência, de Aquiles, Pepe e os outros personagens deste livro receberam uma carga poética, trabalhada, milimetricamente escovada e polida em cada frase desta autora. Um livro deveras impressionante.
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Paulo2175 26/01/2024

Na esperança de uma vida melhor

Um olhar com outros olhos, daqueles que foram colonizadores, para com os irmãos que foram colonizados, assim pensava o Sr Cartola ao chegar com o filho Aquiles na capital Lisboa. Mas a realidade foi bem outra, ali perceberam que aquela terra e aquela gente não lhes pertenciam, sem conhecerem o local, apenas um amigo que conhecera há muito tempo, assim caminham por ruas e alamedas desconhecidas e se separam com uma local totalmente diferente de onde vieram: Luanda.
Teve saudade das músicas, da culinária, da língua e principalmente da família.
Não é uma leitura que flui, parece que a autora se perde e o leitor acaba se confundindo, pois não sabe se está a falar de Luanda ou de Lisboa. Porém é um livro para parar e pensar o quanto pessoas são maltratadas e mal vistas, quando partem de sua terra natal para um lugar desconhecido, embora tenha semelhança na língua, mas é como se fosse um estrangeiro em terra estranha.
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Thaysa 12/01/2024

Poético
Pai e filho saem de Luanda com destino a Lisboa, deixando as mulheres da família na cidade Natal. Esperam de Lisboa tudo o que não têm em Luanda, a cura para o defeito físico do menino, a vida social na capital, a liberdade. Entretanto, a desilusao é arrebatora e o local que os abriga é Paraiso, onde encontram a pobreza, uma amizade inesperada e um pedacinho de esperança.
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andrealog 22/10/2023

Descolonizar e preciso
Num romance apaixonante, pai e filho vindos da colônia africana tentam se adaptar à vida em Lisboa e passam a entender como os portugueses enxergavam os angolanos no período. Vale também para a gente repensar coo a Europa tratou e continua tratando todos aqueles oriundos de duas ex- colônias e as dificuldades de se aceitar ? cidadão de segunda classe?
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Rosa Alencar 20/08/2023

Ninguém vai ao Paraíso de visita
O livro de Djamilia, escritora portuguesa, nascida em Angola, é a narrativa do despertencimento, ao qual foram submetidos, não apenas Cartola e Aquiles (que deixaram sua Luanda, e lá também ficaram Glória, Justina e Neusa), mas também Pepe e Armândio (que não são de lugar algum). Entretanto, para além das amarguras destas quatro vidas deslocadas, da impossibilidade do retorno de pai e filho, a amizade se instalou e "nenhum deles se lembrou de si enquanto se tornaram amigos". Ainda que "ninguém vá ao Paraíso de visita "
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Leticia Borges 20/05/2023

Dores no cenário pós-colonial
A história se passa no período pós-independência de Angola, em um cenário de guerra civil, e de pós-colonialismo português, mas, apesar de serem relevantes para a narrativa, esses fatos não são o seu foco. As relações familiares, as angústias existenciais de pessoas que buscam seu lugar em um mundo extremamente desigual e cruel com os mais pobres conduzem o enredo, que não vai muito além da sinopse, mas nos revela a dura realidade de imigrantes que buscavam oportunidades e sonhos na ex-metrópole e dos pobres desse lugar, que, apesar de locais, também se veem privados de possibilidades e de direitos básicos. Linguagem extremamente poética, em português europeu.
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Carolina.S.M 08/02/2023

A autora tenta demais
Tendo lido a Yara Nahakanda logo antes, nao consegui empolgar com essa escrita. A autora tenta muito elaborar o texto e a mensagem se perde. Uma pena.
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raíssa. 30/10/2022

Encantada com a escrita de Djaimilia, de uma poética singela e realmente excelente!
Há tantos aspectos que se pode aprofundar sobre esse livro, é uma viagem por todas as emoções, sendo a saudade talvez a única constante.
Logo, não seria de outra maneira: saio melancólica dessa leitura, lidar com esse final me deixou assim tristinha. (mas satisfeita, afinal, literatura é pra incomodar mesmo).
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Vitória Romeiro 08/10/2022

surpreendente a cada virar de páginas.
começa como uma busca para salvar a si mesmo, encontrando no outro a salvação, retrata sem temor os sentimentos que levam ao auge de atitudes drásticas, as ações que são tomadas pelo medo da solidão definitiva.
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Leila 03/10/2022

O livro é lindooo e muito triste também, e eu como uma boa leitora masoquista que sou, amo essa combinação (rsrsrs). Esse é o meu segundo contato com essa autora portuguesa e confesso que gostei muito desse e não fui cativada pelo primeiro (A visão das plantas). Apesar de Luanda, Lisboa, Paraíso ter reflexões tristíssimas e profundas, também traz um "ar" mais intimista e eu diria até mais "alto-astral do que o anterior que li da autora, mas sei que esse tipo de comparação também é injusta, porque cada obra tem o seu papel e a sua missão.
Simbora então falar de Luanda...a primeira metade do livro é algo de sensacional e eu ficava o tempo todo "PQP que livro lindoooo", Aquiles é um personagem cativante demais, com poucas falas mas pensamentos encantadores e que falaram fundo ao meu ❤️Cartola, seu pai, é um personagem mais ambíguo, nuances mais complexas, ser humano incompleto e cru desnudado sem dó ao leitor. Glória, a mãe, é uma personagem fantasmagórica e utópica dentro da trama, algo viajando dentro do imaginado somente, e confesso que queria mais da irmã Justina e sua filha. Os países Luanda e Portugal também são personagens importantes dentro da obra e descritos ao leitor com toda gama de cores e cheiros, muito legal essa sacada da autora.
Enfim, pra mim o livro se desfoca um pouco na segunda metade com a inserção de um novo personagem além da família Cartola, o amigo Pepe e por isso não foi um livro 5 estrelas, mas é sim, um bom livro e vale a pena ser lido. #ficaadica
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Raquel 05/09/2022

Luanda, Lisboa, Paraiso
Cartola e Glória são pais de Justina e Aquiles. Em decorrência de complicações durante o parto do menino, Glória ficou paralisada em uma cama e o garoto nasceu com má-formação no calcanhar (daí seu nome) que, segundo os médicos, deveria ser corrigida antes dos quinze anos. A família acompanha o crescimento do menino, até que no ano de seu décimo quinto aniversário, 1985, pai e filho partem para Portugal com o objetivo de fazer a operação que consertaria o calcanhar. Mãe e filha permanecem em Luanda, impossibilitadas por uma condição física e financeira.

A história prossegue contando a vida de pai e filho em Lisboa e finalmente em Paraíso, um bairro de lata fictício na periferia de Lisboa. Inseridos nessa nova realidade, precisam lidar com a construção de suas novas identidades, com as mudanças que essa imigração provoca, com o modo como são vistos pelos olhares portugueses. Essa trajetória é marcada por expectativas, desencontros, desencantos, mas também tentativas de recomeços.

Faz pensar sobre as dificuldades nas ex-colônias portuguesas e na situação dos africanos que tentam emigrar para Portugal. É um livro comovente (sofri com os personagens em várias partes), mas também cheio de esperança.
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Ariadne 05/02/2022

Maravilhoso
Lido para o Desafio Livrada! 2022 na categoria "Um livro trocado com alguém". Troquei esse com meu namorado.

O livro é muito bem escrito, a Djaimilia Pereira sabe escrever de forma poética sobre uma história profundamente melancólica onde a gente durante a leitura sempre cria esperança das situações melhorarem, mas algo sempre dá errado e tudo desmorona até o fim.

Recomendo muito o livro e quero ler outras histórias escritas pela Djaimilia Pereira.
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brunossgodinho 04/12/2021

Primeiro livro que leio de Djaimilia e fui conquistado. Uma prosa muito bonita que fala de coisas difíceis e tristes, mas com certa graciosidade no uso da língua. Luanda, Lisboa, Paraíso é um livro que mostra por onde nos ligamos, lusófonos, para além de uma língua herdada da violência colonial.

Ao descrever a dura vida em Luanda e em Lisboa, é (quase) impossível que qualquer pessoa com o mínimo de senso do que é o Brasil real, o Brasil das doloridas fomes, dos entraves racistas, das lutas sociais escondidas, é (quase) impossível não ver ali nossa mesma história.

Não li ainda quantos livros gostaria ter lido nesse ponto da vida, mas, mesmo com amostragem pequena, apenas três me emocionaram ao ponto das lágrimas. O primeiro foi Guerra e paz, quando Pierre se despede do pai moribundo, coisa que me toca pessoalmente por ter, também, tido que me despedir do meu; o segundo foi Capitães da areia, lendo a vida daqueles meninos sofridos, meninos que estão por aí, ainda hoje, e podem ser meus alunos um dia, eu que sou professor; e esse, pela dor intensa que é possível sentir ao ler as agruras, mas, também, as pequenas delícias da vida. Um rolar de lágrimas meio agridoce, que não causa necessariamente nem felicidade nem tristeza - simplesmente comove.
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