Ricardo Tavares 10/01/2022
A VIDA NÃO É JUSTA!
É CERTO QUE EMPATIA TRANSFORMA O VIVER!
Resenha da Editora
Nos quase vinte anos à frente de uma Vara de Família, Andréa Pachá ? a partir da observação dos conflitos dos tribunais e da necessidade de compreender o fenômeno que levava os casais, muitas vezes, ao limite do ódio e da intolerância ? resolveu contar histórias capazes de traduzir nossa dificuldade para lidar com o desamparo e com as frustrações. O resultado foi A vida não é justa, originalmente publicado em 2012, que, relançado agora pela Intrínseca, conta com nova capa e novo projeto gráfico, além de apresentação da autora contextualizando a obra.
Ao narrar casos de separações, guarda dos filhos, partilhas de bens, paternidade, histórias de amor, reencontros e desencontros, a obra explora situações em que é difícil definir o responsável: o que sentem os casais que testemunham, impotentes, o fim da própria relação; como partilhar os bens quando não há mais amor para ser dividido; é possível tentar mais uma vez depois que a confiança, antes tão firme, parece escorrer por entre os dedos?
Em 2016, a série Segredos de Justiça, inspirada na obra, estreou no Fantástico, estrelada por Glória Pires, e em 2018 a autora publicou, também pela Intrínseca, Velhos são os outros, livro em que trata sobre questões relacionadas ao envelhecimento.
Resenha Especializada
?Sabia-se pelo currículo e a opinião de seus pares que Andréa era uma atuante magistrada. O que nem todos sabiam, e vocês vão comprovar lendo A vida não é justa, é que Andréa é também uma sensível cronista, capaz de descrever o que se passa dentro dos personagens, mais do que em volta, e em cujos textos a realidade é tratada como se fosse ficção, misturando riso e pranto, desalento, esperança e um discreto humor?.
Zuenir Ventura
MINHA OPINIÃO
Andréa Pachá narra com mão segura e firme belas histórias do cotidiano. Cônjuges, pais, mães, jovens, idosos, filhos biológicos ou não, são alguns dos personagens que se inserem nos relatos da autora que usa sua experiência e vivência nos meandros da justiça para nos encantar com breves relatos, ora com jeito de crônica, ora com as feições dos bom contos clássicos, inserindo um certo mistério, e assim, consegue fisgar o leitor com narrativas comoventes e, muitas vezes, repletas de lirismo, paixão, empatia, amor e amizade, entre outros sentimentos, nobres ou não.
É uma leitura necessária, serve como distração e também como gotas de sabedoria.
Havia lido VELHOS SÃO OS OUTROS e a prosa de Andréa Pachá despertou um encanto prazeroso.
Esse outro livro de crônicas confirma o talento da autora para narrar boas histórias e encher o leitor de enlevo. Senti-me arrebatado por cada relato do livro e recomendo muito a leitura.