O beijo no asfalto

O beijo no asfalto Nelson Rodrigues




Resenhas -


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Sadraque 20/02/2021

Sobre a influência da mídia
A peça inicia com Arandir que, ao ver um homem atropelado no asfalto, beija-o na boca e em seguida o homem morre. Um jornalista vê tudo. A partir daí a vida de Arandir entra em decadência a partir da reação das outras pessoas frente a notícia do jornal, que é manipulada para que mais pessoas comprem. Todos ao redor de Arandir passam a acreditar nas mentiras noticiaras no jornal e a jornada de Arandir vai sendo cada vez mais aterradora por ele se manter fiel a si mesmo.
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Silvana Sabino 23/02/2021

Uma fotografia ainda atual
Uma tragédia bem Nelson Rodrigues.
Terminei a leitura refletindo o quão atual esse texto ainda é... agentes públicos corruptos, homofobia, jornalistas inescrupulosos, pessoas sedentas por violência e sangue...
Seria algo inerente da espécie humana? Será que um dia mudaremos?
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Debora.Mezzavilla 26/02/2021

Impossível parar de ler
A leitura é envolvente, apesar dos textos dos personagens nunca serem completados e de as discussões serem extremamente ambíguas. É uma peça simples, apesar de tudo. Dá pra ler numa sentada. Se você for desesperado igual eu, só vai conseguir se acalmar quando terminar de ler.
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Teu 27/03/2021

Denúncia social.
Primeira obra de Nelson Rodrigues que li e não tenho palavras para expressar o quanto achei necessária, impactante e corajosa!
A denúncia e a crítica social é muito bem construída.
Nelson simplesmente arrasou nesta obra e estampou a realidade não só da década de 1960 como a atual também.
Falta de ética da imprensa e da polícia, dramas familiares e preconceitos são alguns dos temas abordados na peça.
Grande obra!????????????????
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Karoline67 20/04/2021

Desconfortável
Nunca tinha lido Nelson Rodrigues. Agora que li, acho que só consigo caracterizá-lo em: desconforto. O livro é muito bom, mas você sai perturbado dele com certeza. Se tem uma coisa que eu sei, é de que não vou esquecer esse livro nunca mais.
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DaniBooks 05/01/2020

O Beijo no Asfalto
Nelson Rodrigues, como sempre, incomparável. E atual. Nessa peça, com personagens típicos do dramaturgo, temos uma crítica ao papel da imprensa e o alcance das ?fake news? e à ignorância de parcela da sociedade. Homofobia, aborto, traições e a canalhice humana também são temas presentes. Tudo isso com uma linguagem informal e com aquele final surpreendente e trágico.
O Rio de Janeiro é o palco para a história de personagens controversos e asquerosos. Ao mesmo tempo em que você lê e acha tudo absurdo, também é tudo verossímil e plausível. Nelson Rodrigues esfrega a realidade na nossa cara de forma crua.
Foi minha primeira experiência com uma obra desse grande dramaturgo brasileiro e gostei bastante.
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Ruannita 07/06/2021

O Beijo no asfalto: Tragédia carioca em três atos.
- Quando li o título jamais cheguei a imaginar uma história tão angustiante e passional.

- Essa peça deve ser lida levando em conta o contexto da época em que foi escrita.

- É absurdo a corrupção da mídia e da polícia nessa peça.

- Uma Fake News é o estopim de uma crise familiar.

- É muito irônico que o personagem mais odiado se chama Amado.

- Essa é uma peça genial que me fez sentir vontade de ler mais livros de peças de teatro.

Essa edição possui um brilhante posfácio escrito por Gustavo Bernardo Krause, professor associado de teoria da literatura na UERJ e diretor do Departamento de Seleção Acadêmica da mesma instituição.

"A ficção, para ser purificadora, precisa ser atroz. O personagem é vil, para que não o sejamos. Ele realiza a miséria inconfessa de cada um de nós. Para salvar a plateia, é preciso encher o palco de assassinos, de adúlteros, de insanos, em suma, de uma rajada de monstros. São os nossos monstros, dos quais eventualmente nos libertamos, para depois recriá-los".
(Nelson Rodrigues)
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rglacerdaBR 31/08/2021

Grande Nelson Rodrigues
Peça sensacional de N.R. com o final que todos já esperam mas devoram as páginas para confirmar, o Posfácio vale a pena também, soma consideravelmente ao entendimento desta obra
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Rod. 05/09/2021

Como uma Fake News pode acabar com a vida das pessoas.

Uma ótima reflexão sobre abuso de poder, notícias falsas, mídia marrom, autoritarismo, desconfiança, obsessão e etc.
Apesar de não apreciar muito leituras de peças, essa obra foi bem fluída e dinâmica e com um final surpreendente.

Uma peça que retrata bem crimes passionais que muitas vezes vemos na TV.
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de Paula 18/09/2021

Quebra de paradigma e realidade brasileira
Essa é uma peça de teatro forte, impactante e importante, que nos leva a pensar criticamente sobre como funciona a nossa sociedade, principalmente como pessoas com mau caráter conseguem manipular as massas e o quanto as pessoas se deixam levar com a destruição da reputação de outra pelo prazer da fofoca. Além disso, é transgressora porque traz o verdadeiro processo da imprensa marrom, da polícia ditatorial e fala sobre homossexualidade, mesmo que não seja a forma mais adequada de trabalhar o tema, mas foi uma importante obra para fazer a diferença.

Antes da história começar ocorre o evento que a permeia: um homem é atropelado enquanto aguarda o sinal fechar para atravessar a rua, caído no meio fio ele pede para o homem que se aproxima que lhe dê um beijo. O cara não pensa duas vezes antes de dar um beijo na boca do atropelado, que morre no processo. A partir disso um jornalista oportunista se aproveita do evento e com a ajuda da polícia dos anos 1960 - pré ditadura, condena o homem a uma série de depoimentos constrangedores, matérias mentirosas e sensacionalistas, assim como destrói seu casamento e termina com o fim que imaginamos ser o mais adequado ao nível de injustiça que o protagonista é submetido.

Existem coisas muito pesadas que envolvem o psicológico dos personagens, que chegam ao ponto de duvidar do que de fato aconteceu, duvidar de si próprios e dos seus relacionamentos. Além disso, a hipocrisia dos nossos tempos é refletida nos homofóbicos, que nem chega a ser o caso, onde alguns dos que querem o mal da comunidade LGBTQIA+ na realidade o querem por não aceitarem quem são.

A história me lembrou um pouco a de Macabéa, de A hora da estrela. É a realidade do povo brasileiro que sofre com o abuso de autoridade, mentalidade de manada e fake news. Num dos textos de apoio da edição conta com uma citação do próprio Nelson Rodrigues sobre os idiotas, que descobriram que existem aos milhares e se empoderaram disso, destruindo tudo o que veem pela frente.

Ótima leitura e uma grande oportunidade a pensar o que nos importa, às vezes o mais importante que faremos na vida é dar um beijo na boca de um homem morrendo e isso não tira a beleza e autruísmo do ato. Brilhante!
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Beto | @beto_anderson 20/09/2021

Interessante
O texto traz um tema que na época era, talvez, um tabu ainda maior do que hoje. Gostei do texto, apesar de já imaginar o final. Talvez por ser uma peça teatral, achei que ficou um pouco truncada a história, no sentido de que não entendi bem qual era a do repórter sugerir a situação. Mas tudo bem.

site: https://www.instagram.com/beto_anderson/
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Helison.Fortunato 19/12/2021

A fake news do " Beijo no asfalto"
Facilmente poderíamos trocar o título do livro por essa expressão tão usual nós últimos tempos. A leitura da peça si carrega uma história bem popular, que têm tramas que são agonizantes por causa da conjuntura, e com um desfecho trágico. Porém com a leitura do posfácio um novo mundo se abre, surgindo discussões acerca da finitude do ato do beijo, de uma resignificação do mesmo, e de um ato desprendido de culpa ou remorso. É uma excelente leitura, rápida e muito boa pra um debate, tem uma alma brasileira viva nessa história.
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Gabriela 03/01/2022

Como é bom ler Nelson Rodrigues, é até difícil expressar em palavra para alguém que não tem o dom das letras.

O livro me surpreendeu pelo jeito em que foi escrito, esperava texto corrido, porém nada que prejudique o entendimento da história contada, muito pelo contrário, até ajuda. Para quem já assistiu o filme de 1981, a adaptação ficou muito parecida.
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Maria7598 14/01/2022

Escandaloso
O livro me incomodou muito. Embora de leitura rápida, quase desisti e quis deixar de ler no meio do segundo ato.

Os personagens são tudo o que há de mais vil, provocam repulsa e, da minha parte, nenhuma empatia. Faz parte das reações que uma obra de arte provoca.

Acho que a história se redime no terceiro ato, que é muito bom. Essa edição também tem uma análise da obra no final, que me abriu os olhos sobre questões relativas à estrutura do diálogo, então provavelmente terei que ler de novo, ou ver algum dos filmes baseados na peça. A história tem camadas que provavelmente só vou perceber quando revisitá-la.

Típico Nelson Rodrigues; se conhece e gosta, recomendo.
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