O beijo no asfalto

O beijo no asfalto Nelson Rodrigues




Resenhas -


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rglacerdaBR 31/08/2021

Grande Nelson Rodrigues
Peça sensacional de N.R. com o final que todos já esperam mas devoram as páginas para confirmar, o Posfácio vale a pena também, soma consideravelmente ao entendimento desta obra
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Rodrigo Scarabelli 16/07/2022

beijo no asfalto, retrato da hipocrisia à brasileira
Fake news, cancelamento público, truculência policial, imprensa sensacionalista, machismo, homofobia, falsos moralismos, assédio. Beijo no asfalto, de 1961, fala do Brasil contemporâneo.
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de Paula 18/09/2021

Quebra de paradigma e realidade brasileira
Essa é uma peça de teatro forte, impactante e importante, que nos leva a pensar criticamente sobre como funciona a nossa sociedade, principalmente como pessoas com mau caráter conseguem manipular as massas e o quanto as pessoas se deixam levar com a destruição da reputação de outra pelo prazer da fofoca. Além disso, é transgressora porque traz o verdadeiro processo da imprensa marrom, da polícia ditatorial e fala sobre homossexualidade, mesmo que não seja a forma mais adequada de trabalhar o tema, mas foi uma importante obra para fazer a diferença.

Antes da história começar ocorre o evento que a permeia: um homem é atropelado enquanto aguarda o sinal fechar para atravessar a rua, caído no meio fio ele pede para o homem que se aproxima que lhe dê um beijo. O cara não pensa duas vezes antes de dar um beijo na boca do atropelado, que morre no processo. A partir disso um jornalista oportunista se aproveita do evento e com a ajuda da polícia dos anos 1960 - pré ditadura, condena o homem a uma série de depoimentos constrangedores, matérias mentirosas e sensacionalistas, assim como destrói seu casamento e termina com o fim que imaginamos ser o mais adequado ao nível de injustiça que o protagonista é submetido.

Existem coisas muito pesadas que envolvem o psicológico dos personagens, que chegam ao ponto de duvidar do que de fato aconteceu, duvidar de si próprios e dos seus relacionamentos. Além disso, a hipocrisia dos nossos tempos é refletida nos homofóbicos, que nem chega a ser o caso, onde alguns dos que querem o mal da comunidade LGBTQIA+ na realidade o querem por não aceitarem quem são.

A história me lembrou um pouco a de Macabéa, de A hora da estrela. É a realidade do povo brasileiro que sofre com o abuso de autoridade, mentalidade de manada e fake news. Num dos textos de apoio da edição conta com uma citação do próprio Nelson Rodrigues sobre os idiotas, que descobriram que existem aos milhares e se empoderaram disso, destruindo tudo o que veem pela frente.

Ótima leitura e uma grande oportunidade a pensar o que nos importa, às vezes o mais importante que faremos na vida é dar um beijo na boca de um homem morrendo e isso não tira a beleza e autruísmo do ato. Brilhante!
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Beto | @beto_anderson 20/09/2021

Interessante
O texto traz um tema que na época era, talvez, um tabu ainda maior do que hoje. Gostei do texto, apesar de já imaginar o final. Talvez por ser uma peça teatral, achei que ficou um pouco truncada a história, no sentido de que não entendi bem qual era a do repórter sugerir a situação. Mas tudo bem.

site: https://www.instagram.com/beto_anderson/
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Helison.Fortunato 19/12/2021

A fake news do " Beijo no asfalto"
Facilmente poderíamos trocar o título do livro por essa expressão tão usual nós últimos tempos. A leitura da peça si carrega uma história bem popular, que têm tramas que são agonizantes por causa da conjuntura, e com um desfecho trágico. Porém com a leitura do posfácio um novo mundo se abre, surgindo discussões acerca da finitude do ato do beijo, de uma resignificação do mesmo, e de um ato desprendido de culpa ou remorso. É uma excelente leitura, rápida e muito boa pra um debate, tem uma alma brasileira viva nessa história.
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Gabriela 03/01/2022

Como é bom ler Nelson Rodrigues, é até difícil expressar em palavra para alguém que não tem o dom das letras.

O livro me surpreendeu pelo jeito em que foi escrito, esperava texto corrido, porém nada que prejudique o entendimento da história contada, muito pelo contrário, até ajuda. Para quem já assistiu o filme de 1981, a adaptação ficou muito parecida.
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Maria7598 14/01/2022

Escandaloso
O livro me incomodou muito. Embora de leitura rápida, quase desisti e quis deixar de ler no meio do segundo ato.

Os personagens são tudo o que há de mais vil, provocam repulsa e, da minha parte, nenhuma empatia. Faz parte das reações que uma obra de arte provoca.

Acho que a história se redime no terceiro ato, que é muito bom. Essa edição também tem uma análise da obra no final, que me abriu os olhos sobre questões relativas à estrutura do diálogo, então provavelmente terei que ler de novo, ou ver algum dos filmes baseados na peça. A história tem camadas que provavelmente só vou perceber quando revisitá-la.

Típico Nelson Rodrigues; se conhece e gosta, recomendo.
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helenaslodk 27/01/2022

É uma peça de teatro super rápida de se ler (cerca de 1h) com assuntos fortes e impactantes. O plano de fundo é o subúrbio do Rio de Janeiro e mostra como "fake news" + abuso de poder podem arruinar a vida de uma pessoa. Daria tudo pra assistir Fernanda Montenegro nessa peça. Tem temas tabús e também homofobia, sendo essa parte um preconceito dos personagens que me incomodou bastante.
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Mariana Dal Chico 04/02/2022

O beijo no asfalto
Encenada pela primeira vez em 1961, baseado em Arandir, um homem casado que beija outro homem que foi atropelado e está morrendo. As frases dos personagens são curtas, muitas vezes interrompidas, o que confere uma agilidade impressionante para a leitura. As emoções começam a escalonar até que, por fim, temos o clímax.

O aspecto que mais me agradou foi ver como uma “fake news” muda completamente a vida de uma pessoa e o quanto um beijo pode ser mais chocante que uma morte por atropelamento.


site: https://www.instagram.com/p/CZkbOpHvF2Y/
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Luciane.Gunji 22/03/2022

A primeira impressão é a que fica
Minha primeira experiência com obras teatrais não poderia ser melhor. Não à toa, Nelson Rodrigues é aclamado na literatura brasileira e se faz importante neste cenário. Escolhi esta narrativa por ter menção à Fernanda Montenegro, mas quem faz a mágica acontecer é Arandir.
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L Soares 31/03/2022

Uma peça de Nelson Rodrigues escrita em 1961 e mais do que nunca extremamente atual. Nossa orgulhosa versão brasileira de Black Mirror e muito anterior à série.


Na história, Arandir presencia um acidente, e chegando próximo à vítima, o homem desfalecendo lhe pede um beijo, e o personagem comovido o beija na frente de todos.


Um repórter no local com o intuito de vender jornal, e em conluio com um delegado, vítima recente de outro escândalo e que deseja ver o seu esquecido e substituído por outro, distorcem a história e começam a pressionar todos os envolvidos com os dois homens para que ratifiquem sua versão escandalosa do fato.


A notícia é tão acintosa que mesmo as pessoas mais próximas de Arandir começam a acreditar que ele era amante do acidentado, que se conheciam de longa data, e passam não só a duvidar da versão e da masculinidade do rapaz, como a ter certeza que o viram antes ao lado do outro.


Em uma época de fake news e onde os jornais perdem muito de sua credibilidade e vivem de distorcer notícias para a finalidade e agenda dos próprios veículos de comunicação, essa é uma peça muito atual sobre como a imprensa manipula a verdade e leva muitos a acreditar nas notícias que fabricam.


É um drama/tragédia que chega a ser angustiante e abjeto. Mas vale muito a leitura.
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Marcelo 05/04/2022

O Beijo no asfalto
A leitura é puro desconforto, a espiral de mentira e desconforto em que o protagonista é posto desconcerta o leitor.
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Carol 28/05/2022

Desde aquela época as fake news já fazendo estrago. Ninguém quer saber do morto, só da suposta fofoca.
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Carol Bazanini 12/06/2022

Adorei conhecer a literatura com Nelson Rodrigues, foi meu primeiro contato com o autor e eu já quero continuar a lê-lo.

Acho que o maior mérito dessa peça é mostrar de modo brutalmente real como se dá as relações sociais no Brasil, sem idealizações. São abordados temas extremamente complicados, como o machismo e a homofobia, com extrema verossimilhança, retratando o pensamento coletivo na geração na qual a peça foi escrita.

Gostaria muito de poder assistir a apresentação com Fernanda Montenegro um dia, tenho certeza de que ela brilhou no papel, assim como todos os atores, e consegui transmitir toda a potência narrativa dessa estória.
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Leio, logo existo 25/06/2022

Estou desconfiada que Nelson Rodrigues é um dos meus autores favoritos, este é o 3º livro dele  que leio e gosto bastante.  O texto -  como sempre polêmico - suscita um debate importante sobre homossexualidade. Ele também faz  uma crítica mordaz à imprensa marrom e a corrupção policial. Já estou aqui querendo aumentar minha lista de livros lidos de Nelson Rodrigues, qual será o próximo título que vai me fisgar?

Recomendo a leitura!?
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