O silêncio dos livros

O silêncio dos livros Fausto Panicacci




Resenhas -


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Jocilaine(@semlimitesparaoslivros) 25/09/2019

Surpreendente!!
Um livro no qual fiquei encantada assim que o conheci, passeando pelos feeds. E logo providenciei o meu.
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E para aumentar minha felicidade, encontro a proposta da @lcagcomunicacao, para uma leitura Coletiva. É claro que me joguei de cabeça nessa aventura. Foram momentos maravilhosos, pois a cada semana de leitura, tínhamos a oportunidade em conversar com o autor @faustopanicacci sobre nossas opiniões e conhecer as razões de sua escrita. Só tenho a agradecer as meninas da @lcagcomunicacao pela oportunidade.
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O leitor não tem ideia da aventura que o espera através das páginas de O Silêncio dos Livros, uma distopia altamente viciante, cheia de incômodos com grandes descobertas. Um livro fora de série, que nos leva a refletir e a começar a pensar como seria um mundo sem livro. Pois, como o próprio livros nos avisa:
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" Havia placas iguais para todos os lados, é certo, mas aquela, afixada no muro bem à entrada do bosque, tornava tudo pior. Algo como um derradeiro alerta – TER LIVROS É CRIME. DENUNCIE. (...)”
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Os personagens são altamente cativantes, a minha queridinha é a menina Alice super encantadora. .
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Com a família da Alice e seu mais novo vizinho, vamos descobrindo novos sentidos e destinos antes nunca pensados para a história de tempos sem livros.
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O livro conta sua história, dividida em três partes, todas elas bem estruturadas. O autor fascina pela presteza com as palavras! .
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Obrigada @lcagcomunicacao pela organização dessa bela leitura Coletiva, e ao escritor @faustopanicacci por tamanha obra escrita!! .
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E vocês já conhecem essa magnífica obra? Vem conversar comigo!!
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reni 25/09/2019

INCRÍVEL!

Imagine um lugar onde você não poder ter livros, onde tal coisa é extremamente proibida; é o que vamos ter nessa obra.

O livro se inicia em Portugal, com  Alice, uma garotinha muito esperta e criativa, que ama histórias mais que tudo, principalmente as que sua falecida avó contava; sua família não lhe entende, ela se sente desprezada, um peixe fora d'água na sua própria casa;

Sua vida muda quando sua rua ganha um novo morador, o Santiago Pena, mal sabe ela que finalmente alguém vai entender sua paixão por histórias, logo o tal vizinho se torna um amigo da família e recebe o título "avô de letrinhas " da Alice.

Temos a visão de Santiago, um homem maduro, que carrega com si um caderninho denominado de Hilário, onde contém uma tragédia história, envolvendo anos de prisão, injustiça, e reviravoltas.
O livro é dividido em três partes
➡️ Pelos olhos de Alice
➡️ Por outros olhos
➡️ De volta aos olhos de Alice
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Thaís @thanoslivros 25/09/2019

Instigante
Santiago Pena chega em Portugal e conhece Alice, uma menina esperta e curiosa que ainda não entende porque os livros, que sempre a divertiram, é abominado. Ter livros é crime e ela sofre com isso. Na companhia de Santiago, ela viverá bons momentos de contação de histórias. Santiago, que será acolhido pela família de Alice, mas por motivos e interesses diversos, será visto por Alice como aquele que mantém viva a magia das histórias. Vamos conhecer pessoas que terão seus destinos cruzados pelo destino e perceber o quanto terão suas vidas modificadas pelo poder transformador dos livros. Mesmo que eles sejam silenciados.

Em uma narrativa bastante poética, Panicacci nos leva por um enredo em que é possível lembrar a todo momento o quão relevante são os livros para a formação de uma sociedade. Que engana-se aquele que pensa que os livros são ultrapassados e que podem ser substituídos pela tecnologia.
Cada qual tem sua importância e um não anula o outro.

A cada aparição da Alice, me vi dentro de seus anseios, sonhos e angústias. É uma personagem que conquista com sua inocência e também por ser uma menina doce mesmo sendo completamente ignorada por seus pais e pela irmã mais velha. Aliás, temos uma família totalmente desestruturada que, vivendo em função da aparência, esquece de construir ligações mais importantes como respeito, carinho e amor. Sorte da Alice que pôde conviver, mesmo que por pouco tempo, com a avó e o tio que lhe proporcionaram momentos felizes e lhe mostraram o encanto dos livros. Já corrompida pelo fascínio que as histórias proporcionam, vê em Santiago aquele que irá afastar "a saudade do desconhecido e preencher o buraco da ausência."

Cheio de referências, O Silêncio dos livros, vem para nos mostrar, nos lembrar da importância que os livros têm para toda sociedade e, diante dos últimos acontecimentos de censura que vivenciamos, revigorar nossa disposição em nos manter firmes, resistentes.

"Apressa-te Lentamente", busque pela obra e se encante tanto quanto eu.

site: www.instagram.com/thanoslivros
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Bruno 25/09/2019

Literatura Brasileira de qualidade
Ambientada ora em Portugal, ora no Brasil, num futuro distópico não muito distante, o livro conta a história de Santiago, um homem misterioso que se muda para o lado da casa de Alice, uma criança muito imaginativa e cativante. A menina mora ali com seus pais e sua irmã adolescente. O homem e a menina constroem um amizade, que se estende aos demais membros da família por meio das histórias que o recém chegado contava à garota. Numa sociedade em que livros eram proibidos, era era a única maneira segura de se transmitir histórias.
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O autor, que bebe em diversas fontes clássicas, constrói um enredo muito instigante. Apesar da premissa parecer já conhecida, seu mérito está na maneira com que conduz a história. Logo no primeiro capítulo nos engajamos através dos olhos de Alice e já nos alimentamos de curiosidade em saber quem era aquele homem misterioso e quais mudanças possíveis ele podia trazer à rotina daquela família. .
A escrita é tão poética, fluida e acertiva que dá a impressão de você estar lendo um livro atemporal, que facilmente atravessaria os séculos sem perder a importância. Outro destaque na forma são os 3 blocos do enredo, que de virada em virada dão nó na cabeça do leitor e surpreendem com pelo menos dois plot twists bem pensados.
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Além do conhecido tema da proibição dos livros e da redenção do anti-herói, o autor traz também temas mais frescos, como um tal aplicativo randômico para celular que isenta a pessoa da responsabilidade das escolhas, a eugenia na construção genética dos filhos e o interessante e incômodo uso da determinação do sujeito violento, através de um gene.
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Suspense, drama familiar, fantasia, distopia... Tudo se encontra nessas 260 páginas bem planejadas. Tive a sensação de ler 3 livros diferentes, bem amarrados e alinhavados por personagens cativantes e palavras poéticas. É a literatura brasileira no seu mais grande estilo. Vale muito a pena a leitura pra quem quer repensar os tempos atuais que flertam com tantas coisas ali desenvolvidas.
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Nota: 4,2/5
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Tracinhas 24/09/2019

por Lídia Rayanne
Desde que vi o anúncio para participar da leitura coletiva de “O Silêncio dos Livros” que estava ansiosa para conferir essa história, que me chamou a atenção logo pela sinopse. Afinal, como seria um mundo em que ter livros é crime?
Com uma narrativa poética e um clima que evoca um típico episódio da série Black Mirror, o autor nos transporta para um futuro alternativo em que não só esse disparate acontece, como muitos outros absurdos, como o fato de uma pessoa ter sua vida modificada caso seja constatada em seu DNA a presença do gene-C, o gene do crime.
O livro é dividido em três partes: a primeira e a última contadas pelo ponto de vista da pequena Alice, uma criança que tem como ânsia ser sabida, e a segunda pelos olhos de Hilário Pena, estudante universitário que acredita ser vítima de uma conspiração que põe sua liberdade em jogo. Embora, suas histórias estejam separadas por uma distância temporal e geográfica (Hilário é brasileiro, Alice portuguesa), eles possuem duas coisas em comum.
Ambos são abandonados por suas famílias: enquanto Hilário é um jovem órfão tentando encontrar seu lugar no mundo através da amizade com pessoas influentes, Alice é tratada como um verdadeiro estorvo pelos pais e pela irmã. A outra coisa que une tão distintos personagens é o amor pelos livros. Embora essa paixão aconteça em diferentes fases da vida de ambos, ela serve de motor para conduzir esta incrível trama que nos faz refletir sobre a importância dos livros em nossas vidas.
O autor também aborda outras questões nas entrelinhas: a sociedade em que Alice vive é baseada em um sistema conhecido como GATE (sigla para Gene, Alea, Tele e Ego), onde os genes são determinantes para o futuro, em que pessoas têm suas decisões baseadas em aplicativos que escolhem respostas aleatoriamente, e que a obsessão pelo ego faz com que tudo deva se curvar à vontade do indivíduo. É este último que causa a proibição dos livros de papel, uma vez que, por ter um conteúdo imutável, não podem ter suas histórias alteradas ao bel prazer do leitor.
E eu apenas citei algumas das questões abordadas nesse livro, porque tem muito, muito mais! Mas eu não vou falar demais para não estragar a surpresa de vocês. Mesmo que pequeno em número de páginas, “O Silêncio dos Livros” possui centenas de referências históricas e literárias, e é uma bela ode ao amor por esses instrumentos mágicos que nos transportam para eras e lugares diferentes e que, ao mesmo tempo, nos fazem viajar para dentro de nós mesmos, trazendo a tona nosso verdadeiro eu.
“Palavras nunca são “só palavras”. Há vários níveis de leitura, e o que há de mais importante estará sempre nas camadas profundas. Esse, aliás, é o paradoxo do conhecimento: há de se ir às camadas mais profundas para se elevar ao ápice; há de se ir ao subsolo para atingir o topo da montanha.”

site: https://jatracei.com/post/187932289997/resenha-330-o-sil%C3%AAncio-dos-livros
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Ana Alice ( @simplesmente.alice 24/09/2019

Um mundo sem livros, seria um mundo vazio.
TER LIVROS É CRIME, DENUNCIE
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Em uma sociedade onde amar o mundo da literatura é considerado um dos piores crimes q podemos cometer, embarcamos nas histórias de Alice e Hilário. Uma narrativa dividida em três partes( Pelo olhos de Alice, Por outros olhos e De volta ao olhos de Alice) onde vamos desvendando o passado e o presente de nossos protagonista.
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Alice é uma menina como o próprio autor descreve, curiosa q sempre quer conhecer e se aprofundar no mundo das histórias q sua avó sempre lhe contou, mas com a proibição dos livros e morte de sua avó, o q lhe resta é a tristeza de ser desprezada por sua família. Que dá muito pouco ou quase nenhum valor para os seus sentimentos. Refletindo muito a realidade da nossa sociedade.
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Por outro lado, temos Hilário, um homem q após ser preso e conhecer Antônio na cadeia, começa a se apaixonar pelos livros e entender como uma boa leitura pode transformar um homem e seus princípios.
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? Está aqui há tantos anos e jamais te deste conta da preciosidade q há naquele lugar empoeirado _ disse Antônio.
_ Há ali sonhos, vida talvez mais reais q as nossas. Com livros podemos transcender a platitude de nosso cotidiano, conhecer lugares aos quais nunca conseguimos ir.
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Dono de uma escrita poética e muita rica em detalhes, o autor nos faz pensar como seria viver sem esse mundo q tantos amamos. O silêncio dos livros é uma demonstração de amor ao mundo literário, onde metaforicamente mostra o qto os livros são importantes em uma sociedade.
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Jaque @blogmalucadoslivros 24/09/2019

"TER LIVROS É CRIME. DENUNCIE.”
“Havia placas iguais para todos os lados, é certo, mas aquela, afixada no muro bem à entrada do bosque, tornava tudo pior. Algo como um derradeiro alerta – TER LIVROS É CRIME. DENUNCIE. (...)”

Distopias de certa forma sempre trazem um alerta: tudo pode mudar, queira você acredite nisso ou não. Em “O silêncio dos livros” entramos um futuro não muito distante onde a tecnologia está presente em quase tudo e os livros foram proibidos com a desculpa de que são antidemocráticos, já que possuem o poder de mudar o pensamento de alguém e mostra somente a visão de quem escreve.

O livro é dividido em três partes: primeiro conhecemos Alice, uma menininha muito curiosa que ama histórias, apesar delas ser proibidas e Santiago Pena, o novo vizinho da menina que logo acaba criando amizade com a família dela e assim podendo contar mais histórias para a menina. Já na segunda parte acompanhamos Hilário, um jovem que acaba de ser preso, e que apesar de não possuir o gene-C (segundo o governo, pessoas com este gene seriam mais propensos a cometer crimes) ficará preso por muito tempo, pois foi acusado de matar um homem e mesmo alegando legitima defesa, nenhum amigo quis depor a seu favor e agora Hilário se vê preso, correndo o risco de receber sentença de morte. E mesmo em meio a tanta desesperança ao conhecer Antônio na cadeia, Hilário acaba conhecendo o mundo dos livros e se apaixonando.

Hilário e Alice parecem estar longe um do outro, mas não se engane, o futuro ainda trará muitas surpresas, que mudará totalmente a vida destes dois, que ainda acreditam nos livros, em um mundo em que eles foram proibidos.
“(...) Não que a literatura tenha sido em algum momento capaz de extirpar da Humanidade a vilania; sempre foi nessa luta, no entanto, valiosa aliada. Mas nossa sociedade aboliu os livros, entorpecendo-se da estupidez...”

O silêncio dos livros tem uma narrativa fluida e poética, que me fez refletir muito sobre o futuro dos livros e da tecnologia e como com o avanço dela, nos deixamos levar por futilidades que muitas vezes não nos agregam em nada e que nos levam a perder muito do que tem ao nosso redor, não apenas do que tem nos livros.

Confesso que algumas coisas me incomodaram ao longo da leitura, que não podem ser mencionadas aqui para não dar spoilers. Já o final, me deixou refletindo até agora. Foi um final totalmente diferente do que eu imaginava e de certa forma gostei disso, mas certamente vou ficar pensando sobre o rumo que a história tomou por muito tempo.

No geral, foi uma leitura impactante, que tive o prazer de ler em uma leitura coletiva com a Lc – Agência de comunicação que eu recomendo!

site: https://www.malucadoslivros.com/2019/09/o-silencio-dos-livros-fausto-luciano.html
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Thaisa 24/09/2019

Por Thaisa Lima no blog Minha Contracapa
E eis-me aqui, em mais uma leitura coletiva promovida pela agência literária Lilian Comunica! Eu adoro distopias e raramente tenho a oportunidade de ler, então, quando vi que o livro proposto era uma distopia e que apresentava um universo onde livros eram proibidos, nem pensei duas vezes para me inscrever.

O silêncio dos livros é dividido em 3 partes e acompanhamos a vida de alguns personagens, que em determinado momento acabam interligando suas histórias. O autor nos apresenta um cenário extremamente perturbador para quem ama o universo dos livros.

É difícil fazer um resumo desta obra, pois tudo que eu falar, além do que está na sinopse pode ser um grande spoiler, mas posso dizer que o livro é muito mais do que ele apresenta em sua narrativa. Esse é aquele tipo de livro que precisa ser lido com bastante atenção, pois a verdadeira história está escondida nas diversas camadas do mesmo. Um leitor mais desatento pode deixar passar mensagens bem importantes, e olha, o enredo está cheio delas!

“Festina lente” (apressa-te lentamente) pode resumir toda essa obra. A forma de escrever do Fausto transporta o leitor para dentro da história, uma hora voltamos a ser crianças, enxergando o mundo com os olhos de Alice, outra hora vivenciamos toda a solidão de Hilário dentro da prisão e em outro momento, vivenciamos um outro tipo e solidão, junto à Santiago. É um livro que é ao mesmo tempo fácil e difícil de digerir.

Durante toda a leitura, senti um gosto amargo, uma dificuldade para digerir situações, escolhas, atitudes das pessoas. O mundo sem livros é difícil de imaginar, mas é uma realidade bem possível de acontecer e bem mais próxima do que podemos imaginar.

O livro é excelente. É um tipo de leitura que leva o leitor a refletir muito sobre diversos assuntos, dentre eles: consequências de nossas escolhas, injustiças dessa vida, egoísmo, a forma como tratamos quem está ao nosso lado, solidão, influência e consequências do uso exacerbado da tecnologia. A única coisa que não me fez dar 5 estrelas para o livro é que achei a leitura um pouco arrastada em alguns pontos, com descrições que ao meu ver, poderiam não estar ali. Entendi o que o autor quis mostrar com elas, mas deixou a leitura um pouco cansativa.

O final do livro é surpreendente e me deixou com uma sensação incômoda. Não um incômodo ruim, mas aquele bichinho cutucando o cérebro, impulsionando a pensar sobre como estou lidando com minha vida. Para quem gosta do gênero, é uma leitura mais do que recomendada.


site: http://minhacontracapa.com.br/2019/09/resenha-o-silencio-dos-livros-de-fausto-luciano-panicacci/
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Thainá - @osonharliterario 24/09/2019

O que você faria em um mundo onde os livros foram proibidos?
O Silêncio dos Livros é uma distopia nacional dividida em três partes. Na primeira conhecemos Alice, uma criança que, diferente das demais, gosta de ouvir histórias e anotá-las em um caderninho de papel. Como lembrança da avó falecida, a quem Alice nutria um grande amor e carinho, a garota guarda escondido no quarto um livro que um dia foi lido pela velhinha para ela. Mas com medo do governo um dia invadir e revistar a casa, sua mãe, Louise, decide rasgá-lo, transformando-o assim em pedacinhos o bem mais precioso da filha mais nova.

Através dos olhos de Alice descobriremos o porque do ato selvagem e raivoso da mãe: os livros foram proibidos nos países europeus e a posse do objeto causa prisão para aqueles que o detém, assim como aconteceu com o seu tio, a quem – junto com a avó – Alice deve o hábito e incentivo da leitura. Mas, para sorte da garotinha, junto com esse infortúnio chega também uma novidade que trará muita alegria para ela. Um velho chamado Santiago se muda para a casa perto da sua, descobrindo logo depois que o homem é um ativista em prol da liberação dos livros e, por isso, conhece muitas histórias que servirão de momentos felizes para Alice.

A segunda parte do livro irá retratar o passado de Santiago e os acontecimentos que se sucederão até que ele saia do Brasil e vá parar ali em Portugal, virando o avô de letrinhas de Alice e um novo membro da família da menina. Após isso a terceira parte fecha com maestria o ciclo que envolve essas pessoas e finaliza a história mostrando as consequências de quando a humanidade de cada um não consegue lidar bem com o sentimento repentino que chega na família, o amor.

Com um governo opressor que induz escolhas randômicas ao invés do livre-arbítrio, o livro traz um debate importante sobre como a tecnologia afasta, ao invés de acolher, as pessoas uma das outras e como o vício tecnológico é um mal arriscado. Além disso, também há o embate entre a tecnologia e os livros físicos, já que as histórias são vistas como algo repugnante por terem um final já escrito e que não pode ser alterado. Por isso a mensagem que O Silêncio dos Livros transborda, sobre como a Literatura pode ser libertadora e transformadora, é essencial e necessária nos dias atuais.

A narração é em 3° pessoa, mas isso não gera motivo para que o leitor não saiba a opinião e o pensamento de Santiago e Alice em capítulos focados nos personagens. Você ficará com a ligeira impressão de estar lendo uma narrativa pessoal e íntima, sendo revelado para si todos os segredos, amores – e desamores -, tristezas e sonhos.

Acredito que muito da minha experiência negativa tenha sido pessoal, já que distopia não é um gênero que tenho costume – ou apreço – em ler. Mesmo sabendo desse meu gosto particular eu quis dar uma chance, pois a sinopse chama e prende a atenção de quem a lê. E é exatamente por isso que sei que os fãs do gênero irão aproveitar muito mais a leitura do que eu consegui, sendo assim recomendado para aqueles que gostam de histórias sobre redenção de personagem e que apreciam uma boa história sobre o amor por histórias.

Resenha completa + sorteio no blog Sonhando Através de Palavras.

site: https://sonhandoatravesdepalavras.com.br/2019/09/24/resenha-o-silencio-dos-livros-fausto-luciano-panicacci/
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Bárbara 30/08/2019

Magistral
Com uma capa idílica, palavras esmeradas e poéticas, fui apresentada à obra. O livro é dividido em 3 partes, e a narrativa é feita em terceira pessoa.

Alice Crástino, uma menininha portuguesa, é relegada por seus pais e irmã. Tamanho é o abandono emocional que a criança é chamada apenas de "menina". Diante da solidão, conta com os animais do entorno do lar como amigos. Até que, curiosa, percebe a chegada de um novo vizinho, o misterioso Santiago.

Os tempos são estranhos. Os livros são proibidos, por conta dos avanços tecnológicos. Com a chamada interação irrestrita, a forma tradicional passou a ser vista como antidemocrática, pois "congelaria" a opinião do autor.

Conhecemos, também, Hilário Pena, acusado com base na teoria do gene criminoso, em que condenados a crimes com o uso de violência teriam a pena capital. Eram feitos testes de mapeamento genético para a descoberta de um possível gene condicionante de violência.

Apesar de o resultado ter dado negativo para o gene-C, Hilário é condenado e fica na prisão Babel onde, após um tempo, conta com a ajuda de um novo amigo. António, um português, divide a carceragem com ele e, juntos, passam a tomar conta da biblioteca. E é lá que (re)visitam autores clássicos e obras imemoriais, o que nos leva à reflexão de nosso papel na sociedade de conservar nosso conhecimento advindo da literatura.

A obra conta com excelentes referências literárias, evidenciando a profundidade do que é narrado, de modo magistral. Além disso, traz à baila temas como aplicativos randômicos que apontariam as escolhas a serem tomadas, além da discussão tão em voga sobre o direito ao esquecimento.

Com um final arrebatador, a obra fala de saudades, velhice, escolhas e solidão. Tem um enredo mágico e encantador, com um final bastante reflexivo. Obrigada por me presentear com uma obra tão linda!

"Palavras não são só palavras. Há vários níveis de leitura, e o que há de mais importante estará sempre nas camadas mais profundas".

site: http://www.instagram.com/leiturasdebarbara
Deborah Jäger 30/08/2019minha estante
Já quero!




@livrodores 01/07/2019

O Silêncio dos Livros
Estou em uma maré de leituras futuristas que trazem como elemento principal o avanço desenfreado da tecnologia e ao mesmo tempo a estagnação do intelecto social! Essa obra trás com exatidão o declínio da humanidade!
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Ter livros é crime, já que eles são antidemocráticos pois congelam apenas a ideia do autor, no futuro perfeito qualquer pessoa pode modificar qualquer obra escrita eletronicamente e em varias cidades do mundo essa lei começa a valer! Instaurando assim um época triste e assustadora para as pessoas que ainda amam os livros!
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Vamos acompanhar de forma poética e rica em referências literárias a chegada do senhor Santiago Pena na Vila Nova de Gaia que será vizinho da pequena Alice e sua família. Alice é sonhadora e apaixonada por histórias, e vê em Santiago um refúgio, seu avô de letrinhas que veio para lhe contar ótimas histórias!
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Santiago carrega consigo um caderno de anotações que contém as memórias de Hilário, um jovem universitário que fora abandonado ao nascer e se vê sozinho novamente quando é preso ao se envolver em uma briga no bar que estava com os amigos e os mesmos confirmam sua culpa! Com as mudanças no sistema é possível identificar o gene criminoso, com isso Hilário é um dos primeiros a serem testados!
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Nós leitores sabemos o quanto é possível se fundir ao personagem, e eu passei anos presa junto de Hilario, éramos isolados, sozinhos, quietes. Contamos dias, fizemos cálculos e desejamos que a verdade viesse à tona!
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Na parte final podemos compreender com mais detalhes a razão de todos os sofrimentos, a necessidade de se sentir superior, mas ter que depender da sorte, determinar como será nossos filhos, mas ter que aceitar qual escola ele irá estudar de acordo com um app!
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Um livro que fala sobre o silêncio dos livros, e se faz ouvir, pois os livros gritam, nos dão vida e tomam ela também, os livros são a nossa fonte de alegria e combustível de viver, sem eles o que sobrará?
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deborauni 26/05/2019

O silêncio dos livros
Brigando com essa leitura, cheguei muito irritada até a página 91. A partir desse ponto comecei a apreciar e me deixei fisgar pelas reviravoltas e detalhes fantásticos do enredo. Confesso que imaginar um mundo sem livros foi muito difícil e agradeço o entusiasmo contagiante de amigas queridas o fato de acabar gostando desse livro.
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