Rai 14/02/2021Quase tudo que eu queria, mas não do jeito que eu queriaSe já foi difícil escrever algo sobre o primeiro, fazer isso com o segundo sem dar muito spoiler de qualquer um dos dois é praticamente impossível, mas vamos lá.
O Ryan se esforçou pra que eu o odiasse, viu? E conseguiu direitinho. Tanto que quando ele decidiu bancar o bom moço cheio das boas intenções (de uma forma bem egoísta), eu já estava com um ranço tão bem estabelecido que eu não consegui aturar 1 segundo sequer sem encontrar defeito em tudo. Ele é o típico babaca tóxico que diz que te ama mas que não pode ficar com você, vai pra longe mas volta no primeiro sinal de saudade, que te enche de esperanças inúteis e te segura mesmo sabendo o quanto isso machuca, e que só dá valor ao que tinha quando perde.
Já Kate, eu sou bem em cima do muro com ela. Uma hora eu fico com raiva do comportamento dela com os homens, o quão submissa e dependente, completamente autodestrutiva; mas aí logo depois ela tem seus poucos momentos brilhantes e eu fico orgulhosa de como ela conseguiu sair do fundo do poço pra eles. Queria que ela tivesse aceitado a terapia pós-2014, trabalhado essas questões, superado os traumas e tivesse uma vida feliz e tranquila, mas aí não teríamos livro 2 rs.
Os últimos capítulos foram quase tudo que eu pedi, sim. A conversa dela com o Dale foi incrível, ter incapacitado o Ryan foi surpreendente, a parte da cabana me deixou com lágrimas nos olhos e a sensação de dever cumprido, sabe? Foi um ótimo final pra duologia.
Em relação à violência gráfica, aos gatilhos e coisa e tal, achei esse aqui bem mais leve que o primeiro, apesar de ainda ter um pouco. É meio que inevitável em um livro sobre serial killers/psicopatas/crime scene, né. Mas se você leu o primeiro sem maiores problemas, pode ir sem medo que o "pior" já passou.