Noite em Caracas

Noite em Caracas Karina Sainz Borgo




Resenhas - NOITE EM CARACAS


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Pam 19/05/2021

Não julgue um livro pela capa
Um livro belíssimo por fora mas que por dentro não faz muito sentido. Li cheia de esperanças de ser bom, de conseguir mergulhar numa cultura diferente... mas falta amarração, falta desenvolvimento dos personagens, falta cativar o leitor para gerar empatia.
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Jacque 29/08/2021

Lento desenrolar
Até você chegar no que conta a sinopse do livro, você já leu 50% ( não é exagero). Apesar dessa lentidão para os acontecimentos, você se pega assustado, com medo e ansioso, devido a crise política da Venezuela. É desesperador ver do que as pessoas são capazes para ter acesso ao mínimo e seguindo a história da Adelaída Falcon, o que você se dispõe a fazer pela mínima chance de sair desse caos.

Gostaria que a autora tivesse se aprofundado no "como chegamos até aqui" para que a crítica política fizesse mais sentido, pois pra quem busca um livro pra tentar entender minimamente o que acontece na Venezuela, esse aqui só conta sobre o caos e vandalismos e não sobre o porquê disso tudo.
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Juliana1392 24/02/2023

Emocionante e reflexivo
De início não dava muita coisa pro livro, porém ele até me surpreendeu, curto, com boa escrita, fácil de entender e uma ficção de te tirar o fôlego. Além disso tudo, ele é bastante emocionante e você se coloca no lugar de Adelaida, se pergunta o que faria no lugar dela. Gostei bastante e confesso que torci muito por ela. Vale a pena
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Luann 16/10/2021

Leitura fluida e tranquila, consegui ler bem rapidinho. Mostra uma pequena parte do que foi e como é viver na Venezuela.
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Isadora 31/10/2021

Noite em Caracas
Um leitura rápida e importante. Uma história bem intensa e que mostra situações difíceis, mas de uma forma leve, não deixando de mostrar como as situações marradas são difíceis.
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Raphael Santos 17/12/2022

Embora seja ficção, um livro que representa a realidade vivida na Venezuela. Com uma escrita fria e cruel, a escritora retrata-nos o ambiente opressivo que se vive no país, descrevendo-nos os mais diversos cenários, apelando-nos muitas vezes ao sentido da visão e da audição para percebermos melhor determinadas situações!

Mostra o horror de um país militarizado e totalitário, que se passa de esquerda mas vive o modo sanguessuga do capitalismo dos países marginalizados e abandonados pelos seus colonizadores. Uma leitura por horas cruel e inverossímil quanto as fantasias acrobacias que a protagonista faz para escapar do seu terror. Ao mesmo tempo que parece sufocante, consegue escapar com certa facilidade.

site: https://escritaselvagem.com.br/
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@estantedamarcia 09/12/2021

Livro muito bom. Nos mostra a realidade em que vive o povo da Venezuela.
É uma verdade crua, triste e revoltante.
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Julia.Dani 30/12/2021

Noite em Caracas
O livro conta a história de uma moça que perdeu a mãe e tenta sobreviver em meio ao caos que se tornou a Venezuela. O livro é uma ficção meio autoficção de muita sensibilidade e força. Ela utiliza dois personagens como alegorias para representar a dor de partir da sua pátria. Eu recomendo dar uma lida nas entrevistas que a autora deu falando sobre isso, pois para mim, enriqueceu a leitura!
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Juliane4 01/12/2023

O livro explora temas como perda, luto, e as consequências da opressão política. A narrativa é intensa e emotiva, mergulhando nos sentimentos de desespero e sobrevivência em um ambiente hostil. A autora utiliza uma linguagem poética para abordar questões profundas e atuais relacionadas à sociedade e à política venezuelana.
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Mariana113 25/01/2022

O livro é uma nítida - e perfeita - representação do luto.
Adelaida, nossa protagonista, retrata a força de uma filha que perdeu a mãe, e uma venezuelana que perdeu seu país. Ter que conciliar os dois lutos em paralelo, fora as situações alheias aos acontecidos, nos aflige logo nos primeiros capítulos.
O que acompanhamos vai além de uma jornada de imigração, é uma busca de Adelaida pela sua própria identidade. A mistura entre passado e presente - colocada de forma clara, sem confusões - nos mostra a coragem para sair da bolha de conforto já estourada, para (sobre)viver em meio ao caos.
A autora venezuelana tem uma escrita de início cansativa, mas que depois se adequa e prende o leitor até a última vírgula. É uma obra fantástica, latinoamericana, que esbanja representatividade harmônica e pertinente.
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levi.varjao 26/01/2022

Morte, dor e fuga. Primeira leitura do ano
A primeira leitura do ano ter sido noite em Caracas me mostrou ser muito acertada só após dois dias de findado o livro. A carga emocional e a densidade da história entraram em contraste com o momento que estou vivendo e acabaram por se complementar de alguma forma. Trazendo uma reflexão sobre a vida, morte e sobrevivência que não estavam presentes em meus dias.

A história contada no livro é a de Adelaida Fálcon. Ao longo da narrativa ela vai perdendo todas as pátrias e lugares aonde um dia já pertenceu. Na abertura do livro ela está enterrando sua mãe e mostrando os motivos de estar a devolvendo a terra daquele jeito. No seguir do enredo ela acaba por perder sua cidade, sua casa e vê sua vida desmoronar ao seu redor junto com o declínio moral, econômico e, principalmente, social da Venezuela.

O exército que toma as ruas e os grupos revolucionários já não deixam mais que as pessoas tenham paz no plano de fundo do livro que é Caracas. Quase tudo é morte, dor e sofrimento para os cidadãos daquele lugar, ninguém mais está vivo, todos estão apenas tentando sobreviver de alguma forma, mesmo que seja de forma moralmente desonesta. Comer e dormir viraram tarefas difíceis num cenário desolador como aquele.

A perda de todos os lugares de pertencimento mexe muito com Adelaida, não ao ponto dela não mais se reconhecer, mas fazendo com que ela não mais se sinta pertencida ao lugar onde se encontra e precise não pertencer mais a sua própria identidade para conseguir escapar desse local desolador em que se encontra e tenha que ?roubar? a vida de alguém para conseguir escapar de tudo.

O livro traça um paralelo entre a ficção e a realidade, mostra como a Venezuela foi destruída de dentro para fora por um governo autoritário com sede de morte e poder. A destruição econômica e a superinflação também se fazem presentes na narrativa, pois afetam a vida do povo nos dois planos ? real e ficcional- e a destruição da identidade e soberania nacional é que se faz mais presente. Os cidadãos tentam fugir do lugar onde nasceram e cresceram porque esse lugar as expulsa a tiros e chutes. Ninguém é bem-vindo, e quem está presente quer ir embora para onde se sinta mais acolhido e seguro, mesmo que segundo o livro nós pertencemos ao lugar aonde estão enterrados nossos mortos, aquelas pessoas não pertencem mais a Venezuela.

?As pessoas morrem por culpa delas ou nas mãos dos outros. Mas morrem. E isso é a única coisa que importa? P. 135
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Bia 19/04/2022

Noite em Caracas
Toda história tem pelo menos dois lados, dois pontos de vista. Em "Noite em Caracas", a autora escolhe contar a história recente da Venezuela não pelo ponto de vista dos revolucionários, ou do governo, ou dos estrangeiros, mas sim do ponto de vista de uma mulher comum, uma jovem que só quer enterrar a mãe recém-falecida e trabalhar para pagar as contas.

Aurora é uma das tantas pessoas anônimas cuja vida vira do avesso enquanto a história está sendo escrita, cuja existência é apagada para que ela continue vivendo.

O livro é uma narrativa ágil, emocionante, muitas vezes bastante incômoda, mas assim também é a realidade, e isso a gente não pode evitar.
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Maylana.Spricigo 23/04/2022

história envolvente mas que me deixou aflita por causa do contexto, tão atual e tão perto.

gostei muito da presença de personagens femininas fortes, que inclusive são a maioria.
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Dri 22/05/2022

Surpreendente
Em meio a uma guerra civil na Venezuela, morre a mãe de Adelaida Falcon. Entre idas e vindas, apuros diversos, preços exorbitantes, excacez de alimento, crises de identidade, seu único refúgio é invadido e violentado. Sem saber o que fazer, em pleno desespero, ela vê na morte alheia uma forma de recomeço.

A autora tem uma linguagem narrativa bem contemporânea, mas não segue uma linha fixa por todo o livro. Misto de drama com vislumbres de ficção-histórica, transcorre com toques poéticos, que lembram outros autores do gênero, e demonstra influência da própria jornada da autora. Por outro lado, tem trechos absolutamente secos, tratando com naturalidade, que parece até indiferença, de quem se habituou a crueldade.

Este foi seu primeiro livro publicado, já traduzido em diversos países, e fica com a sensação de inacabado. Vejo duas hipóteses: parar a história onde ela parou realmente, ou discorrer melhor sobre o que houve com Aurora, dando fruto a, pelo menos, o dobro de páginas, acredito que ela tenha escolhido, o que atendia mais a proposta desejada.

Enxergo alguns anseios da protagonista, que podem tornar possíveis o ocorrido, mais próximo da realidade. Já outras sensações, são mais superficiais, imaturas ou só duras, frias, ao ver de uma brasileira.

A culpa de quem fica, de quem sobrevive; a inércia que coexiste com o furor, de tentar encontrar uma saída, diante da soma de fatores tão perturbadores, da destruição do país, da perda do seu suporte, da sua liberdade, do seu trabalho, do seu lar.

O caminho escolhido pela protagonista, no desfecho, parece, e muito, a realidade de uma vontade inconsciente de pertencer, de ter o seio familiar que referia não sentir falta, e uma fuga do desastre que se tornou a própria existência.

Finalizo o livro com o desejo de querer saber mais sobre essas mulheres e suas histórias, com a perspectiva de livros promissores no futuro. Acredito que a tendência seja um aprimoramento que me faça querer ler cada vez mais outras obras dela.

A realidade, a angústia do que aconteceu na Venezuela, não teria como ser escrito com tal afetividade, se fosse por alguém, de fato, indiferente a ela.
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