Resenhas -

paula1033 25/04/2024

Sempre bom reler
Livro lindíssimo. Narra no ponto de vista de uma criança condições inóspitas de viver, no entanto muito esperta e retrata como ela é má compreendida pela família, sendo a pobreza um fator agravante p isso.
Não me lembrava que o livro fazia um amadurecimento tão bom do personagem. No final, ele percebe o que é "dor de verdade", e assim, tem seu primeiro grande choque com a realidade a seu redor. Se suas condições eram muito propícias para um amadurecimento precoce, isso foi o "ponto chave" para tirar sua mentalidade infantil. Afinal, seu motivo de fuga da realidade, agora já não estava mais presente.
Zéze era tratado em casa como um "diabinho", enquanto fora, era um menino com um coração de ouro. O livro retrata muito o problema da desestruturação da família brasileira principalmente nas camadas mais pobres, e como isso afeta na auto-imagem da criança.
Acredito que o livro abrange diversas faixas etárias. Eu, por exemplo, li pela primeira vez com dez. Mas na época, não consegui pegar todas as mensagens que o livro queria transmitir, mas certamente, ficou marcado na minha memória, o que me fez querer lê-lo novamente.

Mimaria 24/04/2024

? O livro narra a estória de Zezé, um garotinho de 5 anos, mas que diz ter 6, oriundo de uma família pobre, que está passando por um momento muito difícil, pois o pai está desempregado e a mãe exerce um trabalho extenuante em uma fábrica para sustentar a família numerosa. Apesar da pouca idade, Zezé é uma menino muito sagaz, criativo, inteligente e carente. Entre o faz de contas e o real, Zezé encontra afeto e consolo em seu pé de laranja lima e seu amigo Portuga.

Outro aspecto triste da obra, mas muito importante é a relação familiar. Zezé é um garoto traquinas, o que lhe acarreta castigos e surras inimagináveis para uma criança tão pequena. Imergir nessa estória, em alguns momentos, fez-me experienciar uma sensação de impotência, revolta e tristeza, ante a violência sofrida por Zezé, mas sobretudo, conduziu-me a uma série de questionamentos sobre o mundo e as pessoas pela ótica desse menino. É uma leitura emocionante.

Juliana 24/04/2024

Zeze e portuga?????
Tive um pouco de "preconceito" com esse livro por ter fama de ser livro de escola, aquele tipo de leitura para estudo que é chata. Mas vi muita recomendação ao mesmo tempo e resolvi arriscar a leitura e definitivamente foi a melhor coisa que eu fiz! É um livro tão emocionante do começo ao fim, mais ou menos até a metade eu estava gostando porém achando que os elogios para a história eram exagerados mas me enganei, é uma autobiografia tão pesada e divertida ao mesmo tempo, onde a gente literalmente ri e chora na mesma página, é um gênero diferente do que eu costumo ler mas foi uma experiência emocionante e maravilhosa.

Glleydson 21/04/2024

Meu pé de laranja lima
Já tem muito tempo que queria ler, e estou muito feliz por ter terminado a obra, e mais feliz porque pude compartilhar esse leitura com meus alunos.

Cada sorriso, lágrima, susto e tudo que torna o história uma obra complexa cheia e rica em detalhes, mesmo que a narrativa seja da infância de uma criança e contada por uma criança.

O que deixou os meus alunos bem irritados, foi justamente o gostinho de quero mais que essa linda história deixou nos corações.

Leonardo.Dalcin 20/04/2024

O Meu Pé de Laranja Lima
Escrito por José Mauro de Vasconselos e publicado em 1968, "O Meu Pé de Laranja Lima" narra a história de Zezé, um menino que vive aprontando e por isso sofre violência física e psicológica de sua família humilde. Para fugir dessa situação, ele usa sua imaginação fértil e encontra refúgio em uma amizade com um pé de laranja lima, que se chama Minguinho. Além de Minguinho, Zezé também se torna amigo de um homem que vive na região, o Portuga, e então constroem uma linda relação...

Quem me dera se fosse possível dizer em poucas palavras as sensações que essa obra me proporcionou. Mas acho que raiva, tristeza e alegria resumem bem a montanha-russa que é esse livro. Num momento estamos rindo das travessuras de Zezé, e páginas depois choramos acompanhando as surras que ele leva. Várias vezes ao longo da história me pegava chocado ao ler frases tão profundas e deprimentes, que estavam sendo ditas por um garoto que ainda não fez seis anos de idade. Mas, afinal, essa é a consequência por ser um meninozinho que descobriu a dor. E como descobriu! Foi um livro muito tocante e até difícil de se ler em certos momentos (principalmente o capítulo "Duas Surras Memoráveis", que é pura crueldade).
É um livro que possui uma escrita muito simples e uma fluidez de se impressionar.

É um livro de se emocionar! Considero leitura obrigatória. Recomendo a TODOS a leitura dessa obra-prima!

"Agora sabia mesmo o que era a dor. Dor não era apanhar de desmaiar. Não era cortar o pé com caco de vidro e levar pontos na farmácia. Dor era aquilo, que doía o coração todinho, que a gente tinha que morrer com ela, sem poder contar para ninguém o segredo."

Lopes74 19/04/2024

A verdade é que a mim contaram as coisas muito cedo
Que escrita cativante, uma história repleta de detalhes, triste, mas ao mesmo tempo com um toque de doçura, que somente uma criança poderia ter.

O Zezé é um personagem encantador, um mini querido, tão inteligente e que só precisava ser amado e cuidado. A forma que ele enxerga o mundo através dos encantos da arte e da natureza são lindas demais, como diz nesse trecho: ?a fantasia com que colore a vida o salva. Só não há remédio para a dor, para a perda??

Terminei o livro com os sentimentos de tristeza e impotência.

Anne 16/04/2024

Tenho muito a dizer, mas não sei como formular as palavras. Esse livro me pegou de um jeito, que eu nunca imaginei. Pretendo trazer uma resenha melhor, pois no momento estou assimilando o que li. Só consigo dizer que é um livro incrível e maravilhoso. O meu livro brasileiro favorito a partir de hoje!?

Paola497 14/04/2024

Quando você termina de ler "O meu pé de laranja lima" o sentimento que fica é de impotência. Você quer pegar o menino Zezé no colo e proteger ele do mundo mas não pode.
Você imagina que aquele menininho de quase seis anos está vagando por aí sem rumo, sem um lugar em que se sinta seguro como se sentia com o seu amigo Portuga.
Zezé é tão esperto, tem uma fome de mundo tão bonita, mas novinho já se sente um fardo, o ambiente em que ele vive e as diversas agressões que sofre o faz se sentir indesejado.
Se eu pudesse te encontrar menino, eu te abraçaria e diria que tudo bem fazer traquinagem pq toda criança saudável faz e te responderia todas as perguntas que vinhessem nessa sua cabecinha. Faria de tudo para que você se sentisse acolhido e amado ?

Sabis 13/04/2024

Meu pé de laranja lima
Eu não aguento mais chorar por esse livro, minha cara está INCHADA de TANTO chorar.
A felicidade de pobre dura pouco?

Aline 11/04/2024

Coração em pedacinhos
O Zezé é um menino bem levado, mas o que ele sofreu na mão do pai e de algum dos irmãos é pesado demais. A pior cena para se ler foi a de um menino de 6 anos querendo morrer ? pq achava que ninguém queria ele... É um livro que deixa o coração em pedaços ? e eu não queria acreditar no final do portuga ?

Luh 11/04/2024

Interessante
Gostei da história, dos personagens, e entendo que a linguagem utilizada era a dá época, mas achei que os termos utilizados dificultam um pouco o entendimento.

Carolina376 08/04/2024

Deveria ser leitura obrigatória!

Estava a um bom tempo querendo ler esse é finalmente consegui. Foi uma experiência única e incrível.

A escrita José Mauro é uma delícia de acompanhar, os personagens são absurdamente reais e isso cria uma conexão desde a primeira página.

Sempre que eu pegava para ler não dava vontade de parar. É uma história triste e linda, foi um acalento para minha criança interior.

Nicolly392 07/04/2024

Esse livro é um patrimônio cultural
Isso meus amigos, é uma obra de arte! Um livro que realmente vai resistir ao tempo, infinitamente maravilhoso. Uma leitura que permanece na alma.

Fernandes95 04/04/2024

Bem profundo e emocionante
Publicado em 1968, o livro infanto-juvenil autobiográfico "O Meu Pé de Laranja Lima" foi o maior sucesso do escritor brasileiro José Mauro de Vasconcelos. Considerado um clássico brasileiro, já foi traduzido para mais de 50 idiomas e inspirou diversas adaptações para o cinema e televisão.

A história apresenta Zezé, um menino de 5 anos que vive em Bangu, periferia do Rio de Janeiro, em uma família extremamente pobre. O pai dele fica desempregado, enquanto a mãe se vê obrigada a trabalhar na cidade, mais especificamente no Moinho Inglês. Com a nova condição da família, eles são obrigados a mudar de casa e enfrentam uma rotina mais simples do que antes. Nas celebrações de natal deles a mesa ficava vazia e a árvore sem presentes.

Zezé tem alguns irmãos mais velhos e um mais novo, e os mais velhos vão cuidando dos mais novos. Apesar da pobreza, Zezé possui uma mente muito fértil e aprendeu a ler sozinho através de revistinhas dadas pelo Tio Edmundo. Ele é autodidata e esperto, mas a natureza travessa o levava a situações complicadas, resultando em muitos castigos e surras ao longo do livro.

Devido às suas travessuras, Zezé acaba apanhando frequentemente, algo que é enfatizado ao longo de todo o livro. A família chega a afirmar que ele tem "o diabo no corpo", e ele mesmo internaliza essa ideia, acreditando que o diabo o instiga a fazer coisas que resultam nas surras que ele recebe.

O pé de laranja lima entra na vida do Zezé quando a família precisa se mudar de residência, já que a energia elétrica da casa que ele vivia foi cortada e a família dele estava devendo vários meses de aluguel. Como a nova casa tem um quintal, cada filho escolhe uma árvore para chamar de sua. Zezé é o último a escolher e acaba ficando com um pé de laranja lima pequenininho.

A princípio ele odeia a ideia de ficar com a árvore pequenininha que sobrou, mas ao longo da trama ele acaba se conformando e acaba surgindo uma forte e genuína amizade. Zezé batiza o pé de laranja lima de Minguinho, onde ele divide tudo que acontece na vida dele com a árvore.

Além de Minguinho, o outro grande amigo de Zezé é Manuel Valadares, também conhecido como Portuga. Um senhor rico e muito conhecido que tem um baita carrão. Em um 1º momento eles não tem uma interação muito positiva, eles vão começar se conhecendo de uma forma bastante tensa para o Zezé, onde o Zezé fala que vai matar o portuga em algum dia, mas ao longo da história a gente vai ver o desenvolvimento da amizade entre os dois.

O Portuga tratava Zezé como filho e dava toda a paciência e afeto que o garoto não recebia em casa. E é com o Portuga que Zezé finalmente descobre o significado de ser tratado com ternura, o completo oposto do que ele vivenciava em casa.

É um livro muito tocante, deixa a gente muito emotivo porque além de ter toda essa pobreza, o Zezé é um garoto muito abnegado, muitas vezes ele escolhe colocar outras pessoas como prioridade do que ele mesmo. É um menino de coração muito grande apesar de ser travesso. Ao longo do livro ele vai nos dando diversas lições de vida.

O livro traz também um pouco da criação das crianças pobres daquele período, onde todos os ensinamentos eram na base da surra. Podemos perceber que esse modo de educar as crianças foi passado de geração em geração por muitos anos, chegou até a minha e agora que estamos tendo uma mudança.

O interessante da edição da editora melhoramentos é que no final da história tem mais explicações do contexto de -O meu pé de laranja lima-. O livro foi publicado em 68, a história se passa no final da década de 30 (em 1928/1929) e existem reflexos no livro do que estava acontecendo no mundo e no próprio Brasil naquele período.

O pai do Zezé está desempregado e procura arduamente emprego, mas não consegue em lugar nenhum. Então temos na figura do pai do Zezé o reflexo que o Brasil estava vivendo em decorrência da queda da bolsa de valores em 29. Temos também a questão do êxodo rural, com pessoas do interior do Brasil indo para as grandes cidades como RJ e SP em busca de melhores condições de empego e renda.

É um livro incrível, maravilhoso, sensacional. Apenas Leia!!



----------Adaptações para o cinema e televisão:

1970 (filme): Aurélio Teixeira dirigiu a adaptação cinematográfica de O meu pé de laranja lima que conquistou o coração dos espectadores.

No mesmo ano, surgiu a novela da Tupi, com roteiro de Ivani Ribeiro e direção de Carlos Zara. Nessa 1ª versão, Haroldo Botta interpretou Zezé e Eva Wilma interpretou Jandira.

1980: Dez anos mais tarde, a Rede Bandeirantes aproveitou o texto de Ivani Ribeiro e levou ao ar uma 2ª adaptação de novela.

1998: Depois de tanto sucesso da 1ª edição na Band, a emissora decidiu fazer uma nova versão de novela de O meu pé de laranja lima. Que foi ao ar em 1998.

2013 (Filme): Marcos Bernstein assinou o roteiro de um filme, que foi estrelado por João Guilherme Ávila.

2024: Atualmente está havendo rumores de uma outra versão de novela para O meu pé de laranja lima. Se confirmada, estará disponível a partir do segundo trimestre de 2024.



----------Personagens principais:

Zezé: narrador e personagem principal. Um menino travesso, de cinco anos, morador de Bangu (subúrbio do Rio de Janeiro). Super independente e curioso, Zezé vivia aprontando e apanhando quando era descoberto.

Glória: Irmã mais velha e super protetora de Zezé.

Totóca: Irmão mais velho. É interesseiro, mentiroso e egoísta.

Luís: Irmão caçula. Era chamado de Rei Luiz. É o grande orgulho de Zezé por ser independente, aventureiro e muito autônomo.

Lalá: irmã que ele diz que bate com muita força nele, mas é boa

Jandira: irmã

Pai (Seu Paulo): Frustrado com o desemprego e desiludido com a incapacidade de sustentar a família, o pai de Zezé acaba sendo impaciente com os filhos. Também costuma beber com muita frequência. Quando tenta disciplinar as crianças, faz uso da força e algumas vezes se arrepende das surras que dá.

Mãe (Estefânia Pinagé de Vasconcelos): Extremamente cuidadosa e preocupada com os filhos, a mãe do Zezé quando percebe a situação financeira complicada da família arregaça as mangas e vai trabalhar na cidade para sustentar a casa.

Portuga (Manuel Valadares): Ele trata Zezé como um filho e enche o menino de carinho e atenção que muitas vezes o garoto não recebe em casa. Era rico e tinha um carro de luxo.

Minguinho: É o pé de laranja lima do quintal, também conhecido como Xururuca, é o grande amigo e confidente de Zezé.

Julia Barrow 04/04/2024

Um dos melhores livros do ano
Que livro controverso: triste e feliz, curto e profundo, confortável e aguniante. Eu amei. Me fez pensar sobre muitas coisas ao mesmo tempo em que me proporcionava momentos de alegria singela. Acho que esse é uma daquelas obras nacionais que todo brasileiro deveria ler. Recomendo demais, por favor, leiam.