A Pedra do Reino

A Pedra do Reino Ariano Suassuna




Resenhas - Romance d´A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta


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"Aonde você vai Sam?" 07/09/2022

"Uma espécie de Sertaneida, Nordestíada ou Brasileia"
"Trata-se de um livro desigual, disforme mesmo, porque, em algumas ocasiões, a sua força o faz assim. Não é um desses romances bem-comportados e lineares, não é um livro morfino." (do posfácio de Maximiano Campos)

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Anderson 19/07/2022

"A Pedra do Reino" é um romance vasto e maravilhoso. Não apenas no sentido de ser um ótimo livro, mas de fazer parte daquelas narrativas de realidade-fantasia que nos deslocam a todo momento. Não há como não compará-la ao "Quixote", de Cervantes, embora a obra de Suassuna seja mais poética, e mais sonhosa, para usar uma das muitas palavras incomuns que aparecem no texto.
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Roberta 26/04/2022

Uma epopeia sertaneja
Este foi meu primeiro livro de Ariano Suassuna e achei uma história incrível, apaixonante e muito engraçada. Foi muito gostoso ver o retrato do sertanejo nordestino num livro desse porte. É uma verdadeira epopeia sertaneja, onde ele resgata alguns eventos históricos, frutos de muita pesquisa, sob a narração de Quaderna, um epopeieta, charadista, Rei e Profeta da Pedra do Reino. Um dos melhores personagens que já tive o prazer de conhecer.
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Eduardo 21/04/2022

"Um Exímio Retratista de Miragens"
"[...] depois de pronto A Pedra do Reino transcende [...] tudo, e é romance, é odisseia, é poema, é epopeia, é sátira, é apocalipse...", Rachel de Queiroz.

Se nem Dona Rachel encontrou um rótulo único que coubesse esse livraço, quem sou eu para fazer isso?

Ao término da minha leitura de "O Romance d'A Pedra do Reino", a figura de Dom Quixote passou a me vir à mente sempre que vislumbro a capa dessa bela edição, e sempre que me lembro de Dinis Quaderna.

Tenho a impressão, assim como Raquel de Queiroz, que posso ver Suassuna por completo nessa obra. É um romance heroico, mitológico, representativo do Brasil, mas, principalmente, uma obra-prima de seu autor.

Para quem gosta de contos de cavalaria, história, folclore e de ser brasileiro, aqui está um prato cheio. Na minha opinião, leitura obrigatória em algum momento da vida.
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Ronnayse 03/04/2022

“Nobres cavaleiros, e belas damas” ao longo do livro, o personagem principal diz que vai escrever um verdadeiro clássico. Isso, pra mim, é o que representa o “Romance da Pedra do Reino”.
É um livro difícil de enquadrar num gênero, pois encontramos de tudo. A narrativa fantástica de Suaassuna mescla vários gêneros literários. Com sua genialidade, Ariano nos prende ao longo da narrativa, que por vezes, de tão descritiva pode nos confundir. Mas o melhor é continuar a leitura em vez de repetir leitura de partes pois mais a frente o mistério vai sendo desvendado e você vai encaixando os fatos. Para entender sua leitura, venha de mente aberta.
Percebemos influencias de diversos autores, citados pelo próprio Suassuna no livro; bem como percebemos detalhes autobiográficos. A estrutura e construção dos personagens que vão moldando a obra como um todo é formidável. A representatividade nordestina, a valorização de obras populares e nordestinas estão presentes em todo lugar. O sertão como ele é.
A realidade e fantasia se misturam de um jeito que você não consegue, muitas vezes, separá-las.
A leitura nos provoca a cada trecho, e não deixa curiosos para saber o final do mistério. Final esse que para uns, pode ser bom, para outros nem tanto. Mas, conhecendo Suassuna e ao longo da leitura, poderíamos dizer que o desfecho é o ideal para o livro do século.
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CAcera3 25/03/2022

O sertão mítico de Ariano Suassuna
Eu li Ariano Suassuna na infância. Ele me traz sentimento de casa, cheiro de terreiro de galinhas, gosto de cuscuz com carne charque e melodia de causos contado à meia luz no alpendre de casa.
Fazia tempo que eu não lia seus escritos e me vi com a vontade e o objetivo de ler essa que é considerada sua obra prima.

Nessa história conhecemos Dom Pedro Dinis Ferreira Quaderna. Um narrador a quem muito se admira e de quem muito se desconfia. Diz ele que vai nos contar a verdadeira história do Brasil. Que Brasil é esse? O do sertão nordestino.

O sertão de Ariano Suassuna é diferente das representações que vemos na maior parte da literatura. Ele vê esse pedaço de mundo com os olhos de menino que brinca de rei usando um chapéu de couro como coroa e fazendo de pedras a torre de seu castelo. Tudo é grandioso no sertão de Ariano e é assim que seu narrador o descreve.
Quaderna, ou Dinis para os íntimos, tem uma ar de Dom Quixote. Não porque lhe falta sanidade, mas por seu espírito aventureiro cheio de pompa e honrarias, sua mania de ver grandeza nas coisas. Com o intuito de ser tornar o gênio da raça mundial ele quer escrever um romance epopeico narrando assim a história de uma figura sebastianista: o rapaz do cavalo branco que é misterioso cavaleiro que chega na cidade e pode vir a ser um herói daquele povo e também a esperança de Quaderna para retomar seu reino e assumir sua linhagem de Dom Pedro IV, o decifrador.

Esse trabalho foi pensado a princípio como parte de uma trilogia. O autor chegou a escrever o começo do segundo livro que publicou em formato de folhetim no Diário de Pernambuco. Porém ele desistiu de continuar. E o romance se tornou uma obra independente.
A história contada aqui não é nem um pouco linear. Ela é constantemente entremeada por divagações do narrador. Todas elas importantíssimas para o entender da história e repletas de informações. É um livro denso, onde uma só leitura não é suficiente para captar todo o sentido. É preciso dedicação para levar até o fim a leitura.
Essa é uma obra pertencente ao movimento armorial criado por Suassuna e outros escritores da época que consistia na criação de uma arte erudita a partir do conhecimento popular, que bebia da fonte do imaginário do povo nordestino.
E é isso que encontramos nessa obra: a essência do sertão e dos sertanejos do nordeste, especialmente da Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte, mas com uma escrita erudita levando o sertão do Cariri aos mais elevados patamares do mundo.
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agathatriste 25/03/2022

O nordeste de Suassuna
Édipo sobreviveu a esfinge e eu sobrevivi a Pedra do Reino. Os leitores são convidados a decifrar cada página dos escritos do nosso narrador pouco confiável Dom Pedro Dinis Ferreira Quaderna, um homem que EXISTIU e está aqui para nos contar a história VERDADEIRA do nosso povo. Pq choras, Homero?

Um sertão como eu nunca vi foi narrado nesse livro por Dinis, um poeta, escrivão, bibliotecário, astrólogo, charadista e o verdadeiro herdeiro da verdadeira família real brasileira, não aquela tal família Bragança. Um nordeste que abriga muitas aventuras de cavalaria e um forte posicionamento politico. Um sertão de histórias épicas, de visagens, de eventos astrológicos e contos eróticas. Dinis por parte é o nosso herói, muito parecido com Policarpo Quaresma. Por outras um anti-herói, como Macunaíma que nos expõe as feridas do nosso povo.

Na grande epopeia de Dinis, Santo Antônio de Lisboa dá lugar a Santo Antônio Conselheiro de Canudos. A igreja Católica, vira então, Igreja Católica Sertaneja. Se Roma tem a Lupa, no Cariri uma onça alimentaria uma criança. Eu demorei muito tempo lendo pq quis entender cada referência politica, histórica e mitológica feita pelo autor e falhei, tenho a sensação que muitas coisas me passaram. Dentre essas referências uma pessoal, foi que o Ariano Suassuna usou a sua data de aniversário para fazer o mapa astral do Dinis, ele que odeia astrologia esse ar de deboche ao livro dá uma pitada ainda mais gostosa para o encaminhar da história.

Então vá com calma, esse livro exige calma, não espere uma história linear. Esse foi um dos livros mais complexos que li na minha vida e um dos mais engraçados. Isso é Suassuna. Esse livro é fruto da GENIALIDADE de um dos MAIORES escritores nacionais. Eu que anteriormente só conhecia Ariano Suassuna apenas pelo Auto da Compadecida pude entender um pouco da sua genialidade lendo essa que É a nossa Epopeia Brasileira.

Digno de um Nobel! Digno da nossa confusa historiografia brasileira!
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Mariana Dal Chico 22/03/2022

O primeiro calhamaço de 2022 foi “O Romance d’A Pedra do reino e o príncipe do sangue do vai-e-volta”, de Ariano Suassuna que li em conjunto com o pessoal do @leiturarte_

Eu conheço alguns teatros do Suassuna, mas esse foi meu primeiro romance e encontrei um humor diferente do qual esperava, frequentemente presente, mas menos escrachado.

Esse é o tipo de leitura que exige atenção - e paciência -, do leitor. Já que há muitas referências reais, modificadas e ficcionais. A linha do tempo pode ser um desafio e a quantidade de informações pesa na leitura.

Deixo aqui uma dica para quem vai se aventurar: não tente se apegar e compreender cada referência na primeira leitura, pois isso vai exigir pesquisa literária, política e biográfica da época em que ele foi escrito, fazendo com que seu ritmo de leitura caia drasticamente. Tudo isso enriquece a leitura com suas camadas e a complexidade própria da vida, mas não é essencial saber cada detalhe para conseguir entender o romance como um todo.

Quaderna é um personagem ímpar, dono de uma autoconfiança invejável, ele começa o livro dizendo aos leitores que aquela é uma tentativa de defesa de um crime do qual ele não é responsável.

Utilizando diversas técnicas literárias, guiado por dois mestres que estão em campos filosófico e ideológico completamente opostos, o narrador é verborrágico e por vezes empolado. Para mim, o mais interessante, é perceber como o autor faz uma crítica ao sistema judiciário/político por meio da linguagem própria desse mundo e também uma crítica aos literatos e suas obras pretensiosas.

“Eu mesmo já estou ficando entediado com essas infindáveis teses acadêmicas, que só incluo aqui porque são indispensáveis ao entendimento do meu caso.” p. 216

O final pode deixar alguns leitores frustrados, já que esse era para ser o primeiro volume de uma trilogia, que foi repensada e não continuada. Mas, no box comemorativo de 50 anos de publicação, há um caderno de textos e imagens com um capítulo de conclusão para o Romance d’A Pedra do Reino. Este, escrito especialmente para dar um fechamento na minissérie veiculada pela Rede Globo. Do ponto de vista literário, Suassuna não considerava esse texto acabado.

Foi uma experiência de leitura memorável, mas compreendo aqueles que não conseguem chegar ao final das quase 800 páginas, ou mesmo aqueles que não gostaram do que encontraram.

site: https://www.instagram.com/p/CbapRCKuUv_/
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gwasem 14/12/2021

Epopeia brasileira
Uma longa jornada narrativa, colorida e sonhadora, recortada e revelada em forma de diversos murais. Acompanhamos a história contada por Quaderna, um rapsodo-literato muito criativo e cativante. Tudo que há de mais humano na interpretação do mundo, passeando pelo humor, romance, suspense, política e história, nos é contado de uma forma poética e lírica, sob as lentes transformadoras do amor à nossa terra e nossa gente.
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escrivadocaos 03/12/2021

Livro de peso
Impossível se propor a uma resenha desse livro que consiga refletir a complexidade da obra e dos inúmeroa elementos selecionados por Suassuna para trasnformá-lo na obra de peso que é.

A verdade é que este livro contém não só uma vida inteira dentro dele como também documenta a cultura e a viabiliza para o leitor. Há tantas e tantas referências nesse texto! Sua magnetude não parecer ter medidas!
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É interessante que o livro é uma constante metáfora pois iniciamos a leitura sabendo que o Quaderna está escrevendo o livro para se defender de um crime que não cometeu, mas ao longo da narrativa várias reflexões acerca de como a narrativa deve ser estruturada aparecem. Para os estudantes de letras essa metalinguagem é interessantíssima, até porque as referências utilizadas pelo Suassuna em sua grandíssima maiora existem.
Quaderna se questiona sobre que tipo de kivro deve escrever e discute sobre literatura, romance, e o contexto históricos em varias perspectivas.
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É um sentimento indescritível concluir a leitrua desse livro principalmente porque nesta narrativa podemos perceber a grandiosidade da mente por trás dele!
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SamuellVilarr 16/06/2021

Romance d'A Pedra do Reino e o Príncipe do sangue do vai-e-volta, Ariano Suassuna.
Concluo aqui o grande Romance da Pedra do Reino de Ariano Suassuna, digo,
"nobres senhores e belas damas" que este é simplesmente a melhor experiência que eu tive se tratando do contato com a obra literária de Suassuna e em geral, do que consumi de literatura brasileira em todo meu repertório em quanto leitor. Me sinto agraciado e profundamente satisfeito por ter lido essa obra, pois, o estilo de Ariano Suassuna de estruturar a sua narrativa é pra mim, admirável. Aqui temos todas as características que poderiam estar presentes em um Romance extenso que trata e retrata as circunstâncias e situações em um ambiente sertanejo. A história narrada por Quaderna defendendo o seu estado de aprisionamento e acusação ao Corregedor é muito bem narrado do ponto de vista do personagem e do desenvolvimento proferido e referenciado por ele. A estrutura dos personagens, as características que moldam um universo só da obra de Suassuna, complementando com o cômico e o popular nos seus diálogos é simplesmente formidável. Percebemos ao decorrer da obra toda a vastidão de referências que revelam todas as aspirações e inspirações tanto do escritor, mas, transpassado aos seus personagens. Como também, os seus pensamentos e influências em Samuel e Clemente, duas figuras um tanto pitorescas, cômicas e que demonstram uma parte mais séria e que busca orientar toda a estrutura dos diálogos e ideias proferidas na obra. Percebemos detalhes autobiográficos, influências que buscam deixar um grande suporte de esforço e dedicação de um trabalho cujas raízes e intenções são, sobretudo, demonstrar uma cultura brasileira, demonstrar características literárias, filosóficas, históricas, poéticas, religiosas e políticas dentro de certo sistema que inclui os personagens principalmente, e também, demonstrar e salientar um aspecto da condição e da natureza humana. Aqui há a presença de influências das mais incríveis e magnânimas obras que formaram toda a literatura universal e também, uma influência de algo esplendoroso da história humana, uma característica da idade média e ao mesmo tempo, do Brasil e do sertão.
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Fábio Valeta 05/06/2021

A Pedra do Reino é um livro complexo, cheio de significados e bem diferente do que eu esperava quando comecei a leitura. Foi a primeira obra que Li de Suassuna, sendo que no máximo havia visto adaptações de seu trabalho como a minissérie “Auto da compadecida” da Globo mais de 20 anos atrás.

O próprio livro é difícil de se classificar. Carlos Drummond de Andrade o chamou de “Romance-memorial-poema-folhetim”. Já Rachel de Queiróz descreve-o como: “...é romance, é odisseia, é poema, é epopeia, é sátira, é apocalipse...” e seu narrador/protagonista também faria questão de salientar a existência da safadeza na obra além de provavelmente acrescentar vários outros adjetivos.

O livro conta a história e é narrado por Dom Pedro Dinis Ferreira Quaderna, descrito por si mesmo como um poeta-escrivão, cronista, charadista e astrólogo, além de descendente dos Reis do sertão, remetendo a uma história real acontecida cem anos antes da época em que se passa a história. No qual dezenas de pessoas foram mortas em um frenesi religioso. Quaderna, seria o descendente do Rei louco que promoveu a chacina e acredita ter o direito à coroa (ao contrário dos “falsos” reis da casa de Bragança) e só não toma uma atitude, pois ele próprio sabe que é covarde e tem medo de ser morto igual seu antepassado infame.

Mas Quaderna, não satisfeito em narrar a própria história, em sua narrativa mistura cultura sertaneja, poemas, literatura brasileira, ideologias políticas e crenças religiosas e além da própria História do Nordeste brasileiro, com ênfase da Paraíba e Pernambuco. Há uma grande influência do Sebastianismo em sua fala: a crença de que o Rei Português D. Sebastião não morreu na batalha de Alcácer-Quibir na África em 1578 e que um dia ainda retornará para criar o Quinto Império, o reino de deus na terra, onde não existiria miséria, fome ou desigualdade. Crenças que também foram a base de um dos mais famosos levantes da História do Brasil: A Guerra de Canudos. O livro acaba se tornando além de um romance, um tratado filosófico, religioso, político e até mesmo histórico e literário, em uma mistura que é difícil saber o que é inventado pelo autor e o que é História.

É uma obra definitivamente interessante, mas bem complexa de se ler. O narrador é por demais verborrágico e para cada pequeno detalhe de sua história vão-se páginas e páginas de ideias, ideologias, poemas ou qualquer outra coisa que o ajude a contar a história do jeito que deseja. Tanto que a maior parte das suas quase 800 páginas se refere a um depoimento de apenas 4 horas, prestado frente a um corregedor que investiga a história do “Rapaz do Cavalo Branco”. História essa que é citada desde o início da obra e que mesmo assim o livro termina antes que se desvende-a totalmente. Inicialmente, a Pedra do Reino seria a primeira parte de uma trilogia, mas Suassuna desistiu da ideia enquanto trabalhava no texto do segundo volume. E com o passar dos anos revisou a obra original de forma a encerrá-la em si mesma (embora deixando várias pontas soltas, propositadamente, segundo seu narrador/personagem).

Para quem se interessa em ler o livro, a minha principal recomendação é que leia com calma e com todo o tempo necessário. Eu demorei quase 03 meses para concluir a leitura e mesmo assim tenho a certeza de que muitos detalhes passaram desapercebidos.
Natty 07/06/2021minha estante
Estou de olho há um tempo,mas com medo de ler e não entender3?


Fábio Valeta 07/06/2021minha estante
Não achei uma leitura fácil, mas recomendo mesmo assim.


Natty 08/06/2021minha estante
?




spoiler visualizar
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Isa 30/01/2021

Romance-folheto-armorial-cavaleiresco-decolonial
Obra geniosa do nosso grandioso epopeieta, erudito e gênio das palavras romanescas do sertão, Ariano Suassuna. Nesse esplendoroso romance, mas que também é poesia, cantoria e xilogravura, nos deparamos com um Sertão Encantado. Mas, não é aqueles encatados mixurucas com princesas sendo salvas por príncipes brancosos não. Suassuna descreve a história real do nosso povo brasileiro sertânico dando-os o devido título e reconhecimento; Zumbi é rei em Palmares, assim como Dom Antônio Conselheiro em Canudos. E tendo a Pedra do Reino, a Ilumiara Jauna, as plantas espinhosas e o chão pedregoso da Caatinga como cenário, Don Diniz Quaderna nos conta as guerras troianas e memoráveis do nosso lugar, sempre com um pouco de ficção para que a realidade caiba na arte, é claro.
Para além de uma obra histórica, artística e sociológica, nosso autor Paraibano brinca com a ideia do bem e do mal, de deus e o diabo na terra do sol, esquerda e direita.
Com certeza, essa obra astrológica, como diria Quaderna, entra para minha lista de favoritos memoráveis.
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EduardoCDias 19/12/2020

Nordeste imperial
Adoro Suassuna! Sempre é certeza de bons momentos e muitas risadas com seu humor debochado. Nessa história conta sobre uma dinastia de reis e príncipes no nordeste uma tentativa de assassinato a um cavaleiro que chega a uma pequena cidade (Taperoá, não por coincidência a cidade onde o autor morou na sua infância), e a revelação de que esse cavaleiro era o príncipe sequestrado, morto e ressuscitado, depois que o rei, seu pai, foi assassinado.
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