Rínquel 20/05/2016segunda chanceDurante anos tive um problema praticamente pessoal com Stephen King; uma implicância, mesmo. Li O Iluminado aos 12 ou 13 anos e achei o livro um lixo na época, decidindo assim que nunca mais tocaria em um livro de Stephen King nem mesmo usando uma daquelas varinhas de plástico com uma pinça em forma de dentadura na ponta... até o dia em que me deram esse livro de presente.
Comecei a ler daquele jeitinho, né ("aquele jeitinho" : mesmo que o livro seja OK você já começa com má vontade e com disposição de achá-lo ruim). O começo pareceu bem [SOM DE BOCEJO ]. A própria narrativa me pareceu maçante, tipo "migs, não quero saber sobre o histórico de apalpadas da teta da sua esposa, pelo menos não desse jeito". Ao longo história, conforme Billy perdia mais e mais peso e ficava progressivamente mais paranoico, eu já estava lendo com cada vez mais interesse, pensando constantemente em como essa merda toda terminaria nos momentos em que não podia ler.
Me afeiçoei ao gângster Ginelli, e gostaria de poder ler mais sobre seu tempo "na ativa". Fiquei besta com Angelina Lemke (que eu acabei imaginando com a cara da Jolie), até porque QUE MULHER. Achei as personagens femininas meio escrotas, mas toda a cota de fodacidade feminina ficou em Gina, so I'm fine. Naquele momento de encontro eu estava já meio que esperando um final fraco, mas tudo se encaminhou de um jeito muito bom e o final foi perfeito; acabou de um jeito que deixa algo à imaginação e que pode acabar até arrancando uma risadinha.
Alguns comentários meio soltos: as esposas dessa história e de O Iluminado me pareceram meio iguais; não lembro muito do outro livro mas a outra me pareceu só um pouco mais digna de empatia. Outra coisa em comum entre os livros foi o comentário sobre como a esposa sempre sabe o peso do marido já que ele fica por cima e bububu.