Resenhas - A Casa dos Espíritos

Paulo 15/04/2023

Épico e emocionante
A autora consegue construir uma história brilhante de uma família misturando, em doses exatas, fatos históricos reais com realismo fantástico tendo como fio condutor Esteban Trueba e Clara.
Há tempos que queria ter lido e realmente superou todas as expectativas. Classificaria como leitura obrigatória. Espetacular.

Marcia 17/11/2022

Maravilhoso!
Leitura concluída com êxito e emocionada.
"A escritora nasceu em 1942 no Peru e viveu no Chile entre 1945 e 1975, com largos períodos de residência noutros locais, na Venezuela até 1988 e, desde então, na Califórnia."
Com essa bagagem nos traz histórias encantadoras e essa arrasou. Terminei àlgum tempo e estou em êxtase ainda.
O livro "é um clássico do realismo mágico e da literatura latino-americana. A obra traz à vida uma família cujos laços privados de amor e ódio são mais complexos e duradouros do que as lealdades políticas que os colocam uns contra os outros."( nota da editora)
Um livraço!!.
O livro nos conta saga de uma família e vivemos com eles quase 1 século, passando tempo no campo e na cidade, enfrentando sérias dificuldades e também conquistas. Muita emoção. Temos romance e também uma pincelada da Guerra com suas consequências. Mas não é só isso, há turbulências políticas, com a direita no poder e depois vamos ver uma virada com a vitoria do partido socialista. Nesse momento mais dificuldades, confusão e lutas. Depois enfrentaremos com eles um golpe militar e mais confusão, dores e lutas.
Nessa história ha luta por sobrevivência, luta por amor, luta política... luta de ideias, pela voz feminina, por respeito, por direitos e também vemos muito machismo e soberania. Esse é um livro que a gente não quer parar de ler, se envolve com os personagens o tempo todo.
A escritora não define o lugar, mas pelos acontecimentos tudo indica ser no Chile.
Aprendi muito com essa leitura e recomendo a todos.
Leitura importante.

Jonathan239 02/12/2010

Fantasia e Realidade
Um livro cuja narrativa te prende da primeira a última página, que faz com que você queira terminar de ler o quanto antes para saber como tudo termina, mas ao mesmo tempo, quando se aproxima o final, faz com que você queira digerir cada página bem lentamente com o pesar de se despedir daqueles personagens e daquela história que já te marca com a saudade.
Apesar do título sugerir que se trata de uma história de coisas sobrenaturais, o que se desenrola na narrativa é a mistura do fantástico com o realismo. É um excelente livro que nos mostra em um panorama amplo a revolta socialista e a ditadura na américa do sul e dentro deste cenário os dramas dos personagens da Família Trueba.

Leila 12/08/2022

Senta que lá vem história, rsrs
Quando eu li A casa dos espíritos pela primeira vez foi lá pelos idos de 1995 (podemos dizer que eu era novinha, rs) e lembro que na época eu não curti muito comparando com o filme baseado no livro. Me recordo que gostei mais da Clara sensitiva do filme do que a personagem que conversava efetivamente com os espiritos e vivia naquele mundo mais etéreo em vários momentos da obra, acho que naquela época eu também não me atentava muito aos panos de fundos das obras, fazia uma leitura mais rasa (por falta de bagagem mesmo, de literatura e de vida também).
E gentemmm, para tudo, fui reler agora com um grupo de leitura conjunta assim meio de nariz torto achando que continuaria não curtindo e tô passada do tanto que ameiii ❤️
Parei para refletir na "maravilhosidade" da maturidade, na evolução da minha pessoa, como hoje me sinto uma pessoa melhor e mais espiritualizada, sabe? Ver que a Leila de hoje é bem mais legal que a Leila de 19 anos, ow beleza!
Mas enfim, vamos ao que interessa, ao livro em si... será que existe alguém que não conheça a casa dos espíritos? Caso não, já te aviso que tem um dos personagens mais marcantes da vida, Esteban Trueba (você vai odiá-lo, mas não vai esquecê-lo nunca mais). Aviso também que em vários momentos você vai invejar a leveza e o olhar de Clara para a vida, para o que realmente importa nesse mundo, vai querer se desligar como ela do que é material, do que é frugal, do que é "besta e idiota" e que muitas vezes nos pegamos perdendo tempo, sabe?!
A Isabel Allende tem uma sacada muito legal nessa saga familiar que é colocar um fundo histórico de cunho político efervescente, um golpe militar em um "país indefinido" (mas pra um bom entendedor um pingo é letra né? e sabemos que Salvador Allende - primo da autora- foi deposto dessa forma para a ascensão de Pinochet no Chile, país da autora) trazendo assim uma pitada a mais, uma tensão gostosa e envolvente para nós que estamos lendo.
E como todo bom romance, tem amores proibidos, amores não tradicionais, personagens estranhos (amooo) uma pitada de realismo mágico (eu estou até agora tentando vizualisar as personagens de cabelo verde, rs) e sim, maldades e crueldades, porque afinal o ser humano sabe ser bom e sabe ser mau né? Mas digo que super vale a pena o tempo gasto com A casa dos espíritos.
Gentemmmm (2)...eu amei demais essa releitura, sério merrmo!

lucasandrade 27/03/2024

Uma história fluida e cativante
Me lembrou em diversos momentos Cem Anos de Solidão e acabei por fazer a comparação, esperando um final mágico. Mas com toda certeza tem também sua magia e misticismo, história e personagens cativantes e intrigantes. É uma ótima leitura.

Carolfreitasnf 22/10/2023

A Casa Dos Espíritos
Eu gostei bastante do livro, a escrita de Isabel Allende flui muito bem. Uma coisa que me incomodou no livro foram os capítulos muito longos, mas isso é uma questão de gosto pessoal que não interfere em absolutamente nada na qualidade do livro.

Aqui acompanhamos ao longo de muitos anos uma família e seus dramas pessoais. Temos o privilégio de conhecer personagens extremamente agradáveis e o desprazer de conhecer outros extremamente desprezíveis.

Termino essa leitura apaixonada por Clara e Alba especialmente, mas não posso deixar de mencionar Nicolás e Jaime que conquistaram um espaço no meu coração.

Não sei se porque a leitura é recente, mas encontrei muitas similaridades com Cem Anos de Solidão e acho que isso de uma forma ou de outra acabou afetando minha relação com esse livro para o bem e para o mal.

Outro ponto extremamente fascinante nesse livro é a parte que aborda a ditadura. A autora é tão maravilhosa na forma como escreve que eu pude sentir como se estivesse passando por aquilo. Essa parte do livro foi bem difícil de ser lida, mas eu amei que ela exista.

Para mim é impossível ler sobre a ditadura no Chile e não fazer paralelos com a que tivemos no Brasil. Esse é um tema que é muito sensível para mim, mas que acho extremamente importante que seja abordado para que a gente nunca esqueça os horrores que foram enfrentados.

Fiz vários questionamentos durante a leitura dos capítulos finais. Especialmente o quanto de vida é roubado das pessoas durante uma ditadura ou uma guerra.

E nem me refiro aos assassinatos cometidos, mas aos sonhos que não se realizam, as experiências deixadas de lado, os amores que não podem ser vividos em sua plenitude, a felicidade que nunca é plena e principalmente o medo constante.

É um livro maravilhoso que merece muito ser lido. Isabel Allende sabe muito bem como fisgar o leitor e entrega histórias maravilhosas.

Me despeço desse livro já com saudades e muito feliz de ter lido a história de Clara e sua família.

Andrea141 10/04/2024

Uma releitura de uma obra de arte
Li esse livro há muitos anos (era adolescente ainda) e, agora adulta, minha visão é outra (graças a Deus! rs). Não que eu não tenha gostado antes (sempre fui fã de Isabel Allende), mas agora foi diferente. Minha reação ao livro agora foi mais visceral. Me peguei pensando sobre a realidade, o golpe do Chile, a morte de Salvador Allende e a ditadura de Augusto Pinochet. Consegui fazer um paralelo que, na minha adolescência, não me chamou tanta atenção. Se pesquisarem, verão que o discurso que o Presidente faz no livro é muito parecido com o que Allende fez pouco antes do golpe e da sua morte. Além de ser uma obra de arte da literatura, esse livro é também uma lição de história.

Raquel 31/01/2023

Surpreende
Este livro foi o mais incrível que já li em anos. Fugindo totalmente do meu estilo de leitura. Que prazer desfrutar dele. Um verdadeiro realismo mágico, mesmo com assuntos mais delicados.

Andreia 28/08/2022

Clássico da literatura latino-americana, A Casa dos Espíritos narra a vida de três gerações de uma família. Não se sabe o nome do país, onde a história ocorre, somente que é um país latino-americano. Muitos estudiosos dizem que Isabel Allende se inspirou na história do Chile para criar a trama de A Casa dos Espíritos, porém com o decorrer da leitura, vi o Brasil sendo descrito no livro. 

Mais do que narrar a história da família Trueba, o livro narra a história da América Latina, com suas elites atrasadas, que tentam a todo custo manter seus privilégios. Narra também a força de um povo, que apesar de continuar sendo sucessivamente explorado, não deixa nunca de sonhar e lutar por um amanhã melhor e próspero.  

Primeiro livro escrito por Isabel Allende, A Casa dos Espíritos é um grande expoente do realismo fantástico/mágico. Presente em inúmeras obras da literatura latino-americana, esse foi o meu primeiro contato com uma obra do gênero e eu adorei. A mistura do sobrenatural e fantástico, com a realidade dura da trama, só fizeram com que eu me encantasse ainda mais pela história. 

Eu tinha muitas expectativas com esse livro e afirmo que todas foram superadas. Se tornou um dos livros favoritos da vida, que com certeza vou reler em algum momento próximo. Mais que recomendo a leitura desse livro! Vale ressaltar que o livro possui gatilhos, que podem incomodar pessoas mais sensíveis.

Stella F.. 21/08/2021

Amor e Ideologias
Uma história deliciosa de ler, onde acompanhamos por um lado a família del Valle e por outro a família Trueba, que em breve se tornará uma só.
Na família Del Valle, encontramos Rosa, a bela e Clara, a clarividente. Rosa nasceu com os cabelos verdes e é de uma beleza ímpar, todos se curvam a esse seu atributo. Um pouco desligada, fica noiva de Esteban Trueba, que resolve ganhar um pouco de dinheiro em um garimpo, enquanto Rosa o espera bordando uma toalha cheia de animais esquisitos, uma toalha enorme que nunca fica pronta. Por outro lado, vemos Clara, com suas esquisitices e seu envolvimento com tudo que é meio sobrenatural, inclusive arrastar o saleiro pela mesa de jantar. Mas é um assunto que se evita comentar.
“Clara era muito precoce e tinha a transbordante imaginação que todas as mulheres da família herdaram por via materna”. (pg. 12)
Já na família de Esteban temos sua irmã Férula, amarga, encalhada, que se lamenta todos os dias dos cuidados que tem com sua mãe doente, entrevada. Eram ricos, mas o pai perdeu tudo, e ficaram sem dinheiro.
Uma tragédia se abate, e Rosa morre. Esteban retorna e fica desconsolado e resolve retomar os cuidados na fazenda Las Tres Marias, no interior. Chegando lá está tudo abandonado e ele com garra e determinação, e com a ajuda dos camponeses a torna uma fazenda produtiva e um modelo, com escola, cemitério, e casas de tijolos.
Esteban logo que chega na fazenda começa a se engraçar com várias meninas, e uma delas, Pancha Garcia, fica grávida, mas ele não assume o filho bastardo, e nem lembra da existência dele, e no futuro veremos as consequências dessa sua escolha.
“Trueba continuou cultivando seu prestígio de valentão, semeando a região de bastardos, colhendo ódio e armazenando culpas que não o atingiam porque se lhe havia curtido a alma e aplacado a consciência sob o pretexto de progresso”. (pg. 73)
Depois de um tempo, Esteban resolve que deve se casar, e o destino o faz pensar em Clara, que era uma menina sem graça, mas que ele a vê em seu destino, e ela já o espera, como uma missão a cumprir. Vivem bem por muitos anos e ele resolve tornar-se político. Um político do partido Conservador. Tem uma longa carreira. Clara continua investigando tudo relacionado a espíritos, e tem vários adeptos que circulam por sua casa, fazendo-a ter sempre muita gente e muito movimento e a escrever no seu “caderno de anotar a vida”. O casal possui três filhos: Blanca, Jaime e Nicolás. Esteban quer que Blanca seja uma verdadeira dama da sociedade, e Clara não liga muito para isso. Mãe e filha são muitos ligadas. Mas Blanca não vai sair como o pai quer, ela se envolve com Pedro Terceiro, um amor que durará a vida toda, um menino pobre e que no futuro vai ser muito importante para os camponeses na luta por direitos e reivindicações. E desse envolvimento nasce Alba, o amor da vida de Esteban, por ela ele faz qualquer coisa, uma afinidade que ele não possui com nenhum dos filhos.
Já Jaime e Nicolás são mandados para um colégio interno, e vemos como são completamente diferentes. Quando mais velhos, Jaime torna-se um idealista, cuidando de todos e tornando-se médico e Nicolás não se encontra, muda de ideia a cada momento, inventando uma novidade a toda hora. Os dois acabam se envolvendo com Amanda, que tem um irmão Miguel, e que pelo destino vai ter um papel muito importante na história como revolucionário e namorado de Alba. Amanda, por outro lado, se envolve com Nicolás, mas depois se apaixona por Jaime e através dela os dois irmãos, por posicionamentos completamente opostos, se afastam definitivamente.
Os anos passam e vem o golpe militar, e todos se posicionam de acordo com seus ideais, e mesmo os mais conservadores, o os que não eram idealistas, precisam ter uma posição e de uma maneira ou de outra se envolvem com algo que não esperavam ou que não estavam preparados.
“De uma só penada, os militares mudaram a história, apagando os episódios, as ideologias e as personagens que o regime desaprovava”. (pg. 396)
“Na época em que as coisas ainda eram denominadas por nomes conhecidos e as palavras tinham um único significado, quando povo, liberdade e companheiro eram apenas isto, povo, liberdade e companheiro, e não se haviam transformado em contrassenhas”. (pg. 418)
Alba torna-se uma menina forte e passa por situações muito cruéis, envolvendo Esteban Garcia, o neto de Esteban Trueba, que ele nunca soube da existência, e que voltou para se vingar por tudo que sua avó e seu pai passaram, toda a humilhação de não ser reconhecido, não ser ninguém. Ele torna-se alguém, um general importante nesse caos que tudo se tornou e todos, inclusive Esteban Trueba, vão ter que ser curvar e pedir favores a ele para voltarem a viver ou sobreviver.
“Chamava-se Esteban Garcia. Era meu neto, mas eu não sabia e só agora, devido às terríveis coisas que ocorreram por obra sua, inteirei-me do parentesco que nos une. Era também neto de Pancha García, uma irmã de Pedro Segundo, de quem, na verdade, não me lembro”. (pg. 213)
Isabel Allende possui uma escrita deliciosa, e todos os personagens têm uma história muito bem delineada. Seria impossível falar de todos eles e cito mais alguns: Barrabás, o cachorro; Nana, a babá; tio Miguel, com suas grandes aventuras; Pedro Segundo, o administrador da fazenda e seu pai Pedro, conhecedor da vida e da natureza; irmãs Mora, estudiosas do sobrenatural; Jean de Satigny, suposto pai de Alba; Severo del Valle e Nívea del Valle, pais de Clara e Rosa.
A autora nos mostra o quanto é importante o amor e o respeito à diferença, que cada um possui seus defeitos e qualidades e que podemos, apesar de achar que não, precisar daquele outro que acreditamos que não acrescenta nada a nossa vida.
Um recurso que a autora utiliza nesse livro, é ao longo da história dar pinceladas de como aquele personagem agirá no futuro, pequenos spoilers que nos envolvem mais com a história e a vontade de conhecê-la.

Larissa.Manucci 27/05/2022

A Casa dos Espíritos

Para mim as resenhas mais difíceis de serem escritas são as de livros que eu amei, muitas vezes por serem livros mais complexos, é complicado colocar em tão poucas palavras a enormidade de tudo o que foi escrito pelo autor e de tudo o que eu pude sentir lendo. A Casa dos Espíritos é um desses casos, esse que foi, até agora, a melhor leitura do ano e um dos melhores da vida.
O livro é escrito por Isabel Allende, uma autora chilena que tem uma relação familiar com a política do país e que viveu o período de ditadura no Chile. O livro foi publicado em 1982, mas chega a ser chocante o quanto a essência da história ainda é repetida muitas e muitas vezes nos cenários políticos atuais.
A Casa dos Espíritos se passa no século 20 e mistura o contexto histórico com o realismo mágico ou fantástico. A história é um drama familiar que se estende por três gerações de uma mesma família, a família Trueba. O foco do drama está nas mulheres dessa família, começando com Clara, a clarividente, a espinha dorsal de toda o livro, depois sua filha Blanca e por fim sua neta Alba. Clara desde pequena tinha algumas habilidades psíquicas, ela podia mover objetos com o pensamento, falar com fantasmas e prever acontecimentos futuros, entretanto, toda simbologia fantástica é apresentada de maneira muito sutil e que em nenhum momento tomam conta do livro, eles estão presentes para embelezar ainda mais a história e dar pistas do que pode acontecer.
Clara, ainda jovem, se casa com Esteban Trueba, um homem rico, autoritário, patriarcal e bruto, dono de uma grande fazenda no interior do Chile e o símbolo perfeito do conservadorismo dentro da história. Apesar de tudo, Clara ainda aceita se casar com Esteban exatamente porque ela sabia que aquele era o seu destino, ela pode prever. É então no ambiente da fazenda de Esteban que a família começa a crescer.
Ainda maior do que o drama familiar em si estão as questões políticas que crescem ao longo do livro. Logo percebemos um claro antagonismo política presente dentro da casa, de um lado temos o conservadorismo de Esteban e de outro a extrema esquerda das mulheres que são o destaque do livro. Há um choque de ideias divergentes dentro da família e ao longo da história, a esfera privada (familiar) se expande ao coletivo. É nesse momento que se torna ainda mais claro os conflitos políticos dentro do país, temos um embate entre conservadores e socialistas, temos um golpe militar e uma ditadura. Presenciamos todos os horrores que aconteceram durante o golpe e também depois dele. É um exemplo perfeito do poder, de seus abusos e da impunidade.
Além de toda a questão política, permeia o livro a importância dessas mulheres dentro do veio familiar, temos personagens muito fortes e importantes que quebram diversos paradigmas da sociedade da época e que fazem questão de cortar tradições familiares que não faziam algum sentido. As relações amorosas também estão muito presentes dentro da história e se entrelaçam a questões sociais de classes e políticas.
A história vai aos poucos nos mostrando que tudo na vida é política. Uma das frases do livro que mais me marcou foi uma que Clara usou logo no início do livro: A loucura coletiva parecia não ter fim... e isso é tão real do começo ao fim do livro e também no mundo atual.
Confesso que o início do livro foi um pouco complicado para mim, já comecei julgando e achando que não ia conseguir desenrolar a leitura, mas como eu falei anteriormente, esse é um livro crescente, a história só melhora com o passar das páginas e se torna extremamente envolvente. Com um final muito tocante e verdadeiro... Foram por esses e outros motivos que eu me emocionei muito com o livro e me apaixonei pela história e pela escrita da autora.
Esse é aquele tipo de indicação de livro que tem um peso enorme, é para aqueles que estão preparados para encarar um livro denso, muito transparente em relação a linguagem e a descrições, extremamente reflexivo e com altas cargas políticas.

Myrianne 12/04/2023

Fui com muita expectativa na leitura e confesso que me frustei um pouco e passei 3 meses lendo, mas sem vontade de abandonar.
Os capítulos finais do livro, foram os melhores.

Daniel Andrade 24/03/2023

Espetacular.
Possivelmente, um dos melhores livros que já li. Me irritou? Me irritou. Quis ferir 15 direitos humanos em todos os capítulos do Esteban Trueba? Quis. MAS, que história. É leitura obrigatória pra qualquer brasileiro, especialmente pros cornos que defendem ditadura militar, que se acham Pinochet mas são, no máximo, Esteban Trueba com 90 anos.

Neide22 15/11/2023

MARAVILHOSO!
Mais uma leitura incrível da minha nova escritora favorita.
Quando eu penso que esse foi o primeiro livro escrito por Isabel, eu fico mais encantada com a história dos Del Valle/Trueba.
É uma história maravilhosa, que me fez estar naquela casa e naquela fazenda graças a escrita impecável da escritora.
Se quiserem ler apenas um livro de Isabel, leiam A Casa dos Espíritos.
Eu já sei que quero ler tudo que ela escreveu ??