Pátria

Pátria Fernando Aramburu




Resenhas - Pátria


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fev 24/01/2021

Uma obra relevante com uma narrativa poderosa
Pátria narra a relação de duas famílias e como a luta nacionalista e o grupo terrorista ETA acabam afetando a vida e o convívio entre eles. Bittori e Miren são amigas de longa data e matriarca de cada uma dessas famílias. Ao longo da história vamos acompanhando a vida de cada um dos membros das famílias.

Para mim, o melhor do livro é a complexidade dos personagens e a construção do texto. No começo o modo de narrar de Fernando Aramburu me lembrou Elena Ferrante. Eu ainda prefiro Ferrante, mas Aramburu tem um texto que prende e flui de maneira incrível. A narrativa fica indo e voltando entre memórias e acontecimentos do presente. Em meu entendimento não há um acontecimento principal em que a história gira entorno. Cada personagem tem o seu conflito, as suas particularidades fazendo com que tudo ali se torne importante.

A complexidade não fica somente entre os personagens. A história se passa no País Basco em um período em que o grupo terrorista ETA atuava com ataques sanguinários em busca soberania do país. Com esse fundo o autor constrói um ótimo panorama sobre os integrantes do ETA e como eles agiam. Os julgamentos e pontos de vista sobre a luta nacionalista e os afetados pelo terrorismo são comentados pelos personagens ao longo das passagens. Há um discussão importante sobre movimentos que buscam independência e a forma que agem para chegar ao seu objetivo.

Enfim, é uma obra relevante com narrativa excelente além de ser rico em aspecto cultural. Não há o que negar. Apesar de achar o final fraquinho e diferente daquilo que eu esperava e vi durante toda a leitura. Ele parece não conversar com os acontecimentos extremos, mas se tratando de seres humanos tudo é possível. Recomendo a leitura porque acredito na relevância do da história.
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Thiago Silva 22/01/2021

Pátria - Nota 3.5
Arantxa e Gorka carregaram esse livro nas costas, eles foram os que tiveram os melhores capítulos.
Miren eu achei uma personagem insuportável, a Bittori por outro lado era questão de momentos, tinha capítulos que era bom acompanhá-la e em outros não. Seus filhos são dois sem graças, um profissionalmente bem sucedido e uma vida pessoal pífia e a outra uma exalação de futilidade.
Joxe Mari pode ficar na cadeia e gostei por ele ter se arrependido, mas não muda o fato que ele deve ficar lá.
Joxian tanto faz como fez.
Num todo é um livro bem escrito com uma história razoavelmente interessante e só.
Não tem nada de arrebatador.
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Alessandro232 03/01/2021

O melhor livro que li em 2020
Clube Intrínsecos
Vi muitas vídeo resenhas elogiando muito "Pátria". Também sabia que esse romance tinha sido adaptado para o formato de uma mini-série para a HBO. No entanto, foi um livro que me surpreendeu positivamente a ponto de tornar-se o meu favorito de 2020.
Eu não esperava que "Pátria" fosse tão impactante. Para começar, não posso deixar de falar de sua forma de narração inovadora e ousada. É algo bastante de diferente do vi em literatura -e olha que eu já li vários livros. Pode-se disse que trata-se de um romance "coral", no qual às vozes de vários personagens - no total nove- se misturam com a do narrador. Com muita habilidade, e, eu diria maestria, Aramburo mistura diversos recursos narrativos: terceira pessoa do narrador onisciente, o discurso indireto livro e o fluxo de consciência de modo que o leitor tenha pleno acesso aos pensamentos dos protagonistas - sendo que em cada capítulo temos a focalização em um deles. Ainda sobre a narração, ela não é de forma não linear. Ela vai e volta no tempo, às vezes focando o mesmo evento sob ponto de vistas diferentes. A primeira vista isso pode parecer confuso, mas funciona perfeitamente e dá uma visão geral da maneira como cada personagem reage diante de uma determinada situação.
Sobre a trama, não se pode revelar muito para não dar spoillers: "Pátria" é acima de tudo sobre o perdão e como ele se faz necessário para curar feridas que nessa obra tem suas origens nos atentados terroristas causados pelo grupo terrorista nacionalista ETA. Apesar de explorar amplamente esse assunto espinhoso e polêmico, o autor em "Pátria" o trata com muita sensibilidade, sem em nenhum momento parecer apelativo ou panfletário. Aramburu com inteligência e sensibilidade mostra o quanto a ideologia política pode ser nociva e afetar drasticamente a vida de diversas pessoas.
Outro aspecto que chama muito atenção no romance é composição de personagens. Todos eles têm o que pode se chamar de "vida interior" e são muito bem construídos em sua densidade psicológica. Até mesmo os mais problemáticos, principalmente o terrorista Joxe Mari, cuja imagem de terrorista foge dos esteriotipos convencionais.
Mas, é na presença marcante de duas protagonistas muito fortes que o livro demonstra sua potência. Duas mulheres que têm sua amizade profundamente abalada devido a uma série de eventos envolvendo o sentimento nacionalista basco em "Pátria" representam os dois lados do conflito: De um lado, Miren, a nacionalista e mãe dominadora que faz de tudo para defender a honra e a dignidade de um de seus filhos que se envolve com o ETA. Do outro, Bittori que tem sua vida destruída por uma tragédia também relacionada às ações radicais do ETA.
Em suma, "Pátria" para mim é um livro arrebatador que nos faz refletir sobre questões complexas relacionadas a identidade cultural de um povo. Um livro que tornou-se um dos melhores do ano de 2020.
Sobre a edição do Clube Intrínsecos: Ela é excelente qualidade. Tem capa dura, páginas amarelas e vem acompanhada por uma revista que por meio de textos complemente a experiência de leitura dessa obra inesquecível.
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Eva 01/01/2021

Despertou curiosidade
A história se passa na região nordeste da Espanha onde está localizado o País Basco, assim chamada a região que vive o povo basco. E toda a narrativa se passa na história de duas famílias amigas que tem suas vidas separadas devido as ideologias, os atentados promovidos pelo ETA. Em muitos pontos acho que o autor foi parcial ao colocar os personagens que defendem a independência do povo basco como pessoas que não sabem direito porque estão lutando e rudes. Mesmo assim, a melhor personagem, na minha opinião, é Arantxa, irmã de um militante do ETA.

A história é contada de forma não linear e o autor em capítulos curtos mescla as linhas do tempo sem deixar a leitura confusa. Achei interessante a narração em 3a pessoa em que os personagens, em 1a pessoa, se juntam ao narrador.

Um drama familiar de tirar o fôlego, mas a partir da metade a história começou a se arrastar pra mim, parece que o autor começou a encher linguiça colocando histórias que nada acrescentavam no contexto. Já nos últimos capítulos ele recuperou o entusiasmo do início tornando-o emocionante.

O livro me despertou curiosidade pra conhecer mais sobre a história do povo basco, sobre o País Basco e sobre o ETA, que lembro pouco, pois era muito criança quando os noticiários falavam sobre suas ações.
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Pri 27/12/2020

Pátria conta a história de duas famílias que vivem no País Basco, entre a França e a Espanha.
Elas sofrem consequências diretas do confronto entre o ETA e a guarda espanhola, durante a tentativa de independência do País Basco.
A leitura pode travar um pouco por causa dos nomes que não são comuns, pela narração coral e pelos vários personagens que existem na história.
Foi um dos meus livros favoritos desse ano.
Vale muito a pena a leitura.
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Marquinho 12/12/2020

PATRIA - Fernando Aramburu
???? Duas famílias se tornam inimigas após uma delas se envolver com o exército separatista basco. ETA. Uma organização paramilitar que através de atentados tenta transformar a região basca em um nação independente, visto que possui idioma e cultura próprios. E um assassinato foi o pivô da guerra e da separação entre duas famílias que outrora eram ligadas por intensa amizade. É por esse viés que Pátria traz um belo romance histórico, mas peca por deixar um fato histórico importante apenas como cenário.
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Erica 05/12/2020

Envolvente
Apesar de o ritmo da narrativa ser mais lento, o jeito que o escritor conta a história nos envolve e nos envolve na vida dos personagens.
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Michelle 30/11/2020

Gente, simplesmente me apaixonei por esse livro. A história dessas duas famílias, de cada membro, entremeada por acontecimentos e posições políticas. Amei tudo, início, meio e fim.
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Anderson 28/11/2020

Difícil parar.
Um verdadeiro relato histórico. Dentro dos livros de ficção histórica, foi o melhor que li. O autor consegue passar na escrita o sofrimento das famílias, gerando uma angústia que nos faz amar e odiar os personagens ao mesmo tempo.
A leitura é um pouco difícil, exige uma leitura calma, lenta e com retomadas para conseguir se localizar na história, mas isso não torna a leitura ruim.
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Kath 17/11/2020

Oi, você que vai ler essa resenha, falo mais dos livros no Instagram @naopossoestoulendo. Te espero lá!

Qualquer resenha que eu pense ser possível escrever para falar sobre Pátria, ainda será minúscula em valor perto da grandiosidade desse livro.
Duas famílias vítimas do terrorismo. Duas famílias vítimas do rancor. Duas famílias vítimas da falta de arrependimento, da falta do perdão.
E sabe o que é pior? Essa foi (é) a realidade de muitas famílias que sofreram atentados terroristas pela militância basca.
O livro é triste e ao mesmo tempo belo em muitos níveis!
??
"? Eu queria responder a perguntas concretas. Como se vive intimamente a desgraça de perder um pai, um marido, um irmão num atentado? Como, depois de um crime do ETA, a viúva, o órfão, o mutilado enfrentam a vida?"
??
Patria, escrito por Fernando Aramburu e publicado na Espanha em 2016. ??
Traduzido para o português por Ari Roitman e Paulina Wacht. Com 512 páginas, foi publicado pela Intríseca no Brasil em 2019.
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Laura 15/11/2020

LEIAM!! Apenas: leiam!!
?Bittori e Miren possui?am uma grande amizade, ate? que tudo se ruiu quando Txato, marido de Bittori, comec?ou a ser ameac?ado pelo ETA, enquanto do outro lado, junto aos terroristas, se encontrava Joxe Mari, filho de Miren.
.
Apo?s o assassinato de seu marido, Bittori e seus filhos sa?o obrigados a deixar a vila em que vivem, ate? que, apo?s muitos anos, o ETA anuncia o fim da luta armada e Bittori decide retornar a sua vila em busca de respostas.
.
?algumas curiosidades:
.
?Euskadi, o ?pai?s? basco, e? um territo?rio que abrange o norte da Espanha e um pequeno pedac?o da Franc?a. Possui cultura, li?ngua e bandeira pro?prias e busca sua independe?ncia.
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Assim como em todo lugar, sempre ha? uma laranja podre e nesse caso ela se trata do ETA (sigla para Pa?tria Basca e Liberdade, na li?ngua basca), um grupo terrorista conhecido mundialmente por seus atentados?
.
??O que eu achei do livro?
.
na?o sei descrever essa obra em outra palavra que na?o seja: maravilhosa!!??
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A escrita e? super fluida! Os capi?tulos pequenos e que intercalam narradores fazem com que a gente leia sem perceber o tempo passar.
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?A histo?ria criada por Fernando Aramburu trata de expor exatamente a situac?a?o do povo basco, e o faz de maneira magni?fica ao retratar ambos os lados (o das vi?timas e dos terroristas).
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Assim como a frase que se encontra no verso do pro?prio livro diz, na?o ha? um personagem perfeito nem um que seja totalmente ruim. Vemos uma construc?a?o bem realista, afinal ningue?m e? perfeito e ningue?m e? 100% ruim.
(Ja? dizia a mu?sica ?99% anjo, perfeito, mas aquele 1% e? vagabundo? ?, ok parei?)
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?Essa e? uma histo?ria que, ale?m de nos fazer conhecer um pouco sobre a vida de outras pessoas, tambe?m nos leva a questionar o fanatismo exacerbado, seja por uma posic?a?o poli?tica ou opinio?es em geral.
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Carla.Leticia 26/10/2020

Brilhante
?Pedir perdão exige mais coragem do que disparar uma arma?

Bittori e Miren, são melhores amigas, tinham planos de serem freiras, mas Txato e Joxian aparecem em seus caminhos e mudam seus planos completamente. As duas famílias se tornam amigas.
Até que um dia o ETA os separa. Se tornam como desconhecidos. Acontece um atentado, uma família tem a vítima, a outra um integrante do ETA, um terrorista.

Para começar o ETA realmente existiu, infelizmente, e foi fundado com o objetivo de conseguir a independência do território Euskal Herria (País Basco).
O que levou a morte de 854 pessoas, com diversos atentados e extorsões.

Em Pátria nos é apresentado 9 personagens, divididos em duas famílias que foram afetadas por um atentado realizado pelo ETA.
São eles: Bittori a matriarca, mulher de Txato (vítima do ETA), seus filhos Nerea e Xabier.
E Miren outra matriarca, mulher de Joxian e seus filhos Arantxa (fada sensata), Gorka e Joxe Mari (integrante do ETA).

A escrita do autor é única, sendo narrada na 3ª pessoa ele passa para 1ª diversas vezes, dando voz aos personagens, mostrando a visão de cada um deles. E em cada capítulo a história é contada dessa forma, sobre a vida de cada um e como foram afetados pelo ETA.
Os personagens são muito reais, palpáveis, uma das coisas que eu mais gostei deste livro.

Nos mostra como esse ato terrorista afetou não só a vítima mas todos os integrantes das duas famílias envolvidas.

?-Mas também escrevi, com o estímulo de oferecer algo positivo aos meus semelhantes, a favor da literatura e da arte, e portanto a favor da bondade e da nobreza que o ser humano possui. E a favor da dignidade das vítimas do ETA em sua humanidade individual, não como simples números de uma estatística na qual se perdem seus nomes, seus rostos concretos e suas marcas intransferíveis de identidade.?

E foi exatamente o que Aramburu consegue fazer em Pátria, ele nos aproxima e nos faz ver a humanidade de cada personagem. O que torna esta obra única e faz dele um autor brilhante.
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luisfelipe.monteiro2 19/10/2020

Intimo
Não tenho muitas palavras para descrever esse livro, pois ele fala por si. Fernando Aramburu trouxe um romance histórico e familiar que prende o leitor a cada página. É incrível o modo como ele expõe as "verdades" de cada um em sua trama. Um livro contemporâneo de qualidade absurda. Me senti intimo das famílias que fazem parte do livro. Das melhores leituras da vida, com certeza. Leia se tiver a oportunidade.
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Gustavo Paixão 16/10/2020

Uma questão de ego
Um livro incrível, não aborda apenas o luto, mas a batalha interna que cada um tem de pedir perdão e as circunstâncias que levaram cada um dos personagens a viver de tal forma. A escrita é deveras confusa no início, a narrativa vai pro futuro, volta pro passado, muda de perspectivas rapidamente e chega a confundir, mas logo logo se torna fluída e você se encontra curioso pra ver como os personagens reagiram aos fatos que ocorrem no livro e as diferentes perspectivas, o escritor consegue representar bem a personalidade e os pensamentos de cada personagem acerca dos acontecimentos.
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ize 08/10/2020

Uma experiência maravilhosa. É um livro que me fez refletir sobre assuntos que eu não dava a atenção merecida. As personagens são muito bem escritas, passei raiva com algumas inclusive porque parecem ser tão reais. É uma ficção, contudo escrito de maneira tão realista que chega a ser chocante. Uma leitura excelente, sem dúvidas.
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