As intermitências da morte

As intermitências da morte José Saramago




Resenhas - As Intermitências da Morte


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julia 30/12/2023

Ó morte, tu que és tão forte...
Eu queria esperar até amanhã pra escrever sobre esse livro (agora são 23h50 do dia 29 de dezembro) mas eu acho que as palavras vão ficar engasgadas na minha garganta enquanto eu tentar dormir.

Que livro! Ok, tudo bem, o começo é muito lento e eu confesso que até pensei em desistir. Mas se você também pensar isso, eu te peço para que não desista e aguente um pouco mais. Eu sei que o assunto da máphia vai ser insuportável e etc, mas acredite em mim!

Eu acho que o livro é dividido em duas partes e a segunda é de tirar o fôlego. Quanto mais se aproxima do final, mais você se questiona se o Saramago realmente vai seguir pelo caminho X. A ansiedade vai aumentando a cada página, é de tirar o fôlego. E o final... esse eu não tenho palavras mesmo (mas de uma forma positiva, ok?). Acho que esse é o tipo de final que vai atormentar os meus sonhos e os meus pensamentos por muito, muito tempo.

Em alguns momentos do livro, senti como se o Saramago estivesse rindo de mim de uma forma um pouco sádica, sabendo exatamente o que se passava no meu coração. Me senti intrigada com esse sentimento e acredito que eu não tenha sido a única.

Sempre me preocupei com a morte, mas esse livro me ajudou a perceber que ela não deveria ser algo que te impede e sim algo que te motiva. Sem a morte, não há vida.

Termino minha resenha com esse trecho que me destruiu e me fez rir ao mesmo tempo, comprovando a genialidade do autor: "A morte conhece tudo a nosso respeito, e talvez por isso seja triste. Se é certo que nunca sorri, é só porque lhe faltam os lábios e esta lição anatómica nos diz que, ao contrário do que os vivos julgam, o sorriso não é uma questão de dentes".
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Mel 28/12/2023

Se viver é aprender a morrer, o que seria viver sem a morte?
Na primeira metade do livro a narrativa é focada no efeito massivo das intermitências da morte, em uma visão social e política sobre o que acontece quando o nosso inevitável futuro deixa de o ser, e não obstante nos leva a refletir sobre a individualidade da morte (será a mesma para todos?). Mas o melhor (ao meu ver) nos aguarda na segunda metade, mais intimista e desafiadora, onde a própria morte ganha vida a partir da exposição das nossas percepçãos sobre ela (para além de um esqueleto acompanhado de sua foice) e disto, Saramago constrói uma figura que nada tem de simples e que conduz às mais variadas reflexões existenciais, desmontando e remontando as nossas convicções sobre sua função e atribuindo a ela o que não poderia ser mais inesperado: o amor

Saramago, sem dúvida, é pra quem quer deixar de lado o superficial e o convencional
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Bruna.Bandeira 27/12/2023

Romântico
Mais uma história contada pela Morte que vale a pena ser lida! Muitas reflexões advindas da "greve" da morte e de tod9s os problemas q isso causou! Mto legal, inclusive o final! Curtinho e uma delícia de ler.
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Carlos.Cauas 26/12/2023

O descobrimento da vida
"As intermitências da morte" conta com uma permissa simples: e se ninguém mais morrer ? Com isso em questão o autor nos coloca em um país fictício, que nele, apenas nele, a morte resolveu tirar "férias". Através de uma carta que chega misteriosamente ao gabinete do primeiro ministro , informando a sua indignação de sempre ser vista com maus olhos, informa que a meia noite ninguém irá morre nesse país. É nesse cenário que na primeira parte do livro acompanhamos o caos nas instituições: as casas funerárias (que perdem seu ganha pão, vão enterrar quem ?), os hospitais ( com os enfermos em fim de vida que não morrem  e mais chegando, pois as pessoas adoecem), a religião (já que não morrendo não tem ressurreição e com isso não tem salvação, as pessoas deixam de frequentar a igreja, sobretudo a católica), as casas de repouso ( os idosos não morrem e mais chegando sem ter espaço), a aposentadoria a serem pagas eternamente e os familiares sem saber o que fazer com seus entes que não morrem ( até fazerem uma descoberta para solucionar essa questão).

Em sua segunda parte a morte retorna das "férias" impondo um novo dilema e causando mais uma vez um novo caos para as instituições.

Aí vem a belíssima terceira parte, na qual a morte resolve ir pessoalmente resolver uma questão de morte que não quer morrer e assim Saramago nos presenteia com um fantástico descobrimento através dos olhos da morte nos agraciado com o amor pela vida.

@kakalendo
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Xuneor 26/12/2023

"Se não voltarmos a morrer não teremos futuro"
Sou uma pessoa que tem muito medo da morte. Sempre tive. Me dá calafrios de pensar que, um dia, tudo acaba. E me desespero mais ainda sem saber o que acontece quando essa fase aqui acaba.

Sendo assim, resolvi tentar ler mais livros que abordem o tema, pra não evitar o assunto e tentar tratar com "naturalidade" aquilo que é, de fato, o mais natural de se estar vivo: a morte.

"As intermitências da morte" explora o que aconteceria caso a morte ? com letra minúscula, importante ressaltar ? parasse de matar as pessoas; os problemas práticos de não existir mais morte.

E o que as intermitências da morte mostram pro leitor é a necessidade da morte para o funcionamento de governos, sistemas de saúde e até mesmo para a vida.

Sem morte, não há vida.

E encarar os problemas práticos que a ausência da morte traz me ajudaram a encarar essa fase misteriosa da vida com outros olhos. Ainda não deixei de ter medo hahahah, mas comecei a pensar diferente.

Sem dúvida nenhuma, essa leituea marciu a minha vida.
mmarialleite 26/12/2023minha estante
lê a trilogia do Ceifadorrrr




Vanessa.Benko 26/12/2023

A propósito, não resistiremos a recordar que a morte, por si mesma, sozinha, sem qualquer ajuda externa, sempre matou muito menos que o homem
É uma obra que desafia as convenções da morte e nos lança em um universo onde esse inevitável destino se torna imprevisível. A trama se desenrola em um país não identificado, onde a morte decide “dar um tempo”, como que tirar férias, proporcionando um cenário intrigante e repleto de consequências inusitadas.
A habilidade de Saramago em explorar questões filosóficas e existenciais é magistral. A ausência da morte desencadeia reflexões profundas sobre a vida, a mortalidade e o significado da existência. O autor nos conduz por uma jornada que transcende o convencional, desafiando-nos a repensar nossas próprias perspectivas sobre a finitude.
A narrativa, marcada pelo estilo distintivo de Saramago, com suas longas frases e diálogos sem pontuação convencional, cria uma atmosfera única. A linguagem peculiar, embora desafiadora, enriquece a experiência de leitura, mergulhando o leitor em um labirinto literário que exige atenção e contemplação.
Uma das grandes conquistas do livro é a personificação da morte. Saramago nos apresenta uma figura que vai além do estigma sombrio associado à ceifadora, explorando camadas emocionais e humanas surpreendentes. A morte torna-se um ser complexo, suscitando empatia e questionamentos sobre seu papel na ordem natural das coisas.
A trama também aborda questões sociais e políticas, expondo como a ausência da morte afeta a sociedade e suas instituições. Saramago, com sua perspicácia característica, oferece uma crítica sutil e penetrante, utilizando elementos fantásticos para iluminar aspectos da realidade.
"As Intermitências da Morte" é uma obra que não apenas desafia, mas também encanta. Saramago, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura, mais uma vez revela sua maestria ao criar uma narrativa que transcende o comum. Esta é uma leitura que despertará sua mente para reflexões profundas e revelará nuances da condição humana de maneiras inesperadas.
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Thaís 26/12/2023

O começo e o meio do livro são fantásticos. Como sempre o Saramago nos fazendo refletir profundamente sobre assuntos que discutimos apenas de forma superficial no nosso dia a dia. No meio do livro, eu, cujo maior medo da vida é a morte dos meus entes queridos, já estava muito certa de q viver pra sempre talvez seja muito pior do q morrer. Ok, dona morte, vc ganhou essa.
Mas não gostei muito do final, da obsessão da morte pelo músico, etc. Se fosse um conto, seria fantástico. Mas achei q não combinou com o resto da história.
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Christine.Jara 26/12/2023

Que nota è esta????
É um livro MUITO bom, me fez rir, refletir, imaginar muito... " já pensou???..." Final maravilhoso... não entendi a nota baixa no aplicativo. Leiam.
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Anna.Marciano 25/12/2023

Leitura lenta mas boa
A escrita é difícil e o livro pode ser dividido em duas partes: a primeira tendo a sociedade como protagonista e a segunda tendo a morte como protagonista.
A temática morte é sensível e a abordagem do autor é bem inovadora, principalmente por conseguir retratar de uma maneira bem fiel a forma como a humanidade se relaciona e como reage a situações inusitadas.
É um livro com várias críticas explícitas e implicitas.
Acredito que seja o estilo de livro que gera uma interpretação diferente a cada momento da sua vida em que é lido, o tipo de livro que vale a pena guardar na estante para reler de tantos em tantos anos.
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Caio738 21/12/2023

Mistura do interessante com o banal
A premissa do livro é bem intrigante, mas boa parte das discussões e ideias foram mais do mesmo. Penso especificamente nas descrições das reações do governo e de setores econômicos e Igreja, em que o cinismo de Saramago produz diversos clichês sobre os ?poderosos? e o egoísmo (simplistamente retratado) de todos.
Os pontos altos foram as cenas que mostram mais intimidade e sentimentos no trato com a morte. A humanização da própria morte, com boas alegorias, também valeu a pena. Ainda assim, não achei que manteve o padrão das outras grandes obras do escritor português.
Luan488 19/02/2024minha estante
amo suas resenhas caio738 por favor sempre alimente os skoobers com suas críticas pertinentes!!! sempre aprendemos mt com vc




Alan (@coracaodeleitor) 20/12/2023

Eu já li algumas obras de José Saramago mas devo dizer que essa de longe se tornou a minha favorita do autor até o momento.

Aqui na história temos um lugar onde a morte parou de trabalhar. As pessoas simplesmente não morrem mais. E no primeiro momento as pessoas daquela sociedade comemoram e acham isso incrível.

Mas ao longo do livro lidamos com os problemas práticos de não se morrer. Então crises começam a acontecer, hospitais super lotados, crise no comércio funerário, pessoas em estado terminal sem poderem morrer. Então o caos começa a se instalar naquela sociedade.

Então uma família que tem um idoso vivendo seus últimos momentos e um bebê com uma séria doença, ouvem falar que tudo só está acontecendo ali onde eles moram e que se atravessarem a fronteira pode ser que seus parentes tenham o merecido descanso eterno.

Eles atravessam, e de fato o bebê o velho morrem mas ao voltar, os vizinhos dão falta dos dois. O que criará uma nova ramificação na história.

E posso dizer que isso é só a ponta do iceberg porque a história se aprofunda muito mais.

Acho que o autor conseguiu falar sobre um tópico que é um tanto pesado porém de uma forma leve e em certos momentos até divertida.

Toda crítica social que ele coloca aqui me fez achar o livro ainda mais genial e cativante.

Um aviso importante para quem nunca leu nada do autor, é que ele tem uma escrita completamente diferente, com parágrafos longos e sem pontuação, então você demora um tempo pra entender a escrita dele. Mas depois você acostuma.

Enfim, uma das minhas melhores leituras desse ano é apesar de ser um livro de pouco mais de 200 páginas ele super me conquistou.
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Rafa 14/12/2023

Uma leitura um pouco complexa, tanto pela língua portuguesa incomum quanto pelo próprio estilo do autor; requer uma grande atenção para facilmente não se perder... Não obstante, genial, de fato! Pôr a morte como uma personagem, de 'carne e osso', por assim dizer, muito inusual. O tom sempre irônico em todos os diálogos e narrações, muito inteligente. E o desfecho, surpreendente e original. Obra maravilhosa!
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