As intermitências da morte

As intermitências da morte José Saramago




Resenhas - As Intermitências da Morte


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Mônica R. 20/03/2024

As Intermitências da morte
Gostei muito do começo do livro, mas achei que ele poderia ter tomado um rumo diferente do meio pro fim.
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Teus 20/03/2024

Tive dificuldade de me conectar inicialmente a historia, só apartir do que é narrado a respeito da relação da morte e do músico consegui ficar imerso e criar um apego.
Mas fora essa questão de identificação que é algo pessoal, há de se reconhecer a grandiosidade dessa obra, o autor permeia por tantas vias, nos apresenta tantos cenários em que a morte se faz presente e necessária, e como a privação hipoteticamente arruinaria o mundo, enfim magnífico vale super a pena, espero reler em um futuro próximo e conseguir me conectar mais??
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Erick 20/03/2024

Primeira leitura de Saramgo
Confesso que no começo foi difícil acompanhar o raciocínio do autor por conta da forma em que os parágrafos são organizados e da gramática. Mas foi pouco tempo até eu ficar completamente preso a história.

Eu dividiria esse livro em duas grandes partes, obviamente. As consequências da falta de morte no país e a relação da morte (com letra minúscula mesmo) com o violoncelista, sendo a primeira minha parte favorita, não vou negar.

Gosto muito do senso de humor dos narradores na escrita de Saramago. Apesar de muitos temas serem pesados, como a da morte, tudo é tratado com muita ironia e comentários engraçados que funcionam.

Espero me deparar mais vezes com esse autor!
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Luciano74 19/03/2024

?Assim é a vida?? ou ?assim é a morte??
Muito curioso pensar, refletir e considerar o que aconteceria se não morrêssemos mais. E essa é a reflexão de uma parte do livro. Me fez pensar em coisas que não pensaria de outro modo e me fez rir de algumas estratégias ridículas usadas pelo povo do ?país onde não se morre?.

Contudo, a história fica muito mais interessante e atrativa quando a personagem principal - a morte, com letra minúscula - aparece. Me deixou curioso, impaciente e morrendo de amores.

Sem dúvida, é uma obra genial.

A leitura, para mim, não foi das mais fáceis. O português de Portugal, a estrutra do texto com pouquíssimos parágrafos, sem pontuação de fala ou de perguntas tornaram a leitura mais lenta. Mas valeu a pena insistir e finalizar.
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talesulisses 17/03/2024

No dia seguinte ninguém morreu.
Rápida resenha: O que seriam de instituições como a igrejas, funerárias, hospitais caso a ossuda decidisse tirar um descanso? E qual força teria uma monarquia se o rei fosse imortal(um ode à reptiliana betinha)? Questões carregadas de muito humor e sarcasmo, desprovidas de seriedade por Saramago. Possui dois atos envolventes, mas pessoalmente de leitura maçante pelas faltas de pontuações e excessos de quebra da quarta parede.
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caiohlp 15/03/2024

Temam menos a morte e mais a vida insuficiente
José Saramago reflete sobre as questões que a morte suscita de maneira original e extremamente criativa, é por meio de seu tradicional talento que nos embrenhamos num universo estranhamente familiar e repleto de ironias. Não à toa, o português consegue rechear sua narrativa com a mais alta literatura sem abrir mão de sua acidez e repertório, numa história pra lá de inusitada. Para além da inovação, o livro cumpre de maneira sublime a sugestão de perguntas intrínsecas a existência humana, com uma análise profunda de nossos anseios e nossa finitude.
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Ramon 08/03/2024

A protagonista é a própria morte, e inicialmente talvez isso tenha me decepcionado. Não que tenha sido uma leitura negativa, mas tendo lido "Ensaio sobre a cegueira", é como se nesse livro a protagonista fosse a Cegueira. O que eu gostaria de ter lido era como a humanidade lidou com todas as intermitências ou "falcatruas" que a morte lhes proporcionou. Certo que as estratégias adotadas pela humanidade frente a presença, ausência, retorno e imposições da morte estão lá, mas me interessava as consequências e ações para além de decisões institucionais (sustentabilidade, limitações de recursos, decisões geopolíticas, doentes e acidentados...).
Mas com disse, a protagonista da história é a morte, não qualquer morte mas a morte de um país específico que é voltada apenas para a morte de humanos. Essas seções da morte me surpreenderam pois entendo a morte como universal, mas aqui a morte é secionada por seres vivos e localidade (!). E o final do livro é tão diferente do início que parecem até histórias diferentes, justamente por conta de sua protagonista.
O início se discute, alguns de forma bem mais sútil, moralidades social e religiosa, ganância e governabilidade, velhice e capacitismo, frente à calamidade coletiva do fim do morrer. Mas o final toma uma narrativa que é uma delícia difícil de ler mas que transpõe barreiras, surpreendentemente. Ademais, o fluxo de consciência nesse livro é bem mais intenso e tem um quê de surrealismo muito interessante de ler.


"As mãos são dois livros abertos, não pelas razões, supostas ou autênticas, da quiromancia, com as suas linhas do coração e da vida, da vida, meus senhores, ouviram bem, da vida, mas porque falam quando se abrem ou se fecham, quando acariciam ou golpeiam, quando enxugam uma lágrima ou disfarçam um sorriso, quando se pousam sobre um ombro ou acenam um adeus, quando trabalham, quando estão quietas, quando dormem, quando despertam"
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Manzke 05/03/2024

O que o Saramago é capaz de fazer com a língua é algo que a gente só pode sonhar poder reproduzir um dia. as primeiras cem páginas, mais ou menos, te levam pela burocracia da vida e da morte e as engrenagens que são movidas quando a morte decide encerrar as atividades, para em alguns meses retornar em outra configuração. a segunda parte da narrativa, no entanto, te dá um susto quando te faz perceber que a morte, como todos nós, pode querer mais da vida.
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@tayrequiao 04/03/2024

Saramago atualizando Tolstói.
Foi quase impossível não pensar em "A morte de
Ivan Ilitch" do Tolstói ao terminar a leitura de "As intermitências da morte", do Saramago.

Claro, em ambos os casos, estamos diante do evento-morte como propulsor de uma necessária reflexão sobre a nossa própria existência.

De que forma temos vívido? Com o que preenchemos nossos dias? Somos felizes com as nossas escolhas? Valorizamos aquilo que deveríamos? São várias as perguntas propostas pela morte, assim como são inúmeras as desculpas que encontramos para não respondê-las.

Mas, enquanto Tolstói explora as convenções sociais em torno da morte e como a sociedade muitas vezes evita enfrentar a realidade da finitude, Saramago aborda a morte como uma entidade consciente e foca a sua narrativa no impacto social, econômico e ético da total ausência do fim da vida.

Percebe?

É como se Saramago atualizasse, em 2005, o que Tolstói nos apresentava em 1886, nos dizendo:

"Você, que tanto evita pensar na própria finitude, que encara a morte como castigo divino ou algo a ser evitado a qualquer custo, veja então como será a sua realidade se a morte não lhe for mais uma possibilidade!"

Recomendo demais a leitura combinada dessas duas obras! Duvido que a sua visão sobre o fim da vida não seja transformada!
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BArbara283 01/03/2024

Surpreendente
Um clássico que estava na minha lista há tempos. Realmente é tudo o que dizem. Gostoso de ler e não dá vontade de parar.
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Andressa 01/03/2024

A morte é tão simpática
Dá até vontade de dar uma morridinha só pra conhecê-la mas como eu ainda não terminei de ler a obra de Saramago vou ter que esperar um pouco
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Lariany A 01/03/2024

No dia seguinte talvez você se apaixone pela morte
Primeira leitura do clube do livro do ano de 2024 não poderia ser melhor.

A escrita de Saramago pode causar estranhamento em primeiro momento, mas ao decorrer da história isso se torna imperceptível.

O livro já começa com uma frase que prende o leitor e desperta a curiosidade, e ao longo da história, vários sentimentos vêm à tona no leitor; pelo menos, foi o que aconteceu comigo. A personificação da morte é algo intrigante e mexe com o imaginário do leitor, especialmente na parte final do livro.

De fato, ler Saramago é uma experiência que todo leitor merecer viver!



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Marny.Barbosa 29/02/2024

Parece uma leitura difícil? Sim, mas você acostuma logo
Primeira vez lendo um livro do Saramago. E vale destacar que a escrita dele é algo totalmente diferente do que eu tô habituada. Parágrafos loooongo (mais uma pagina inteira muitas vezes), quase não tem ponto final e os diálogos estão inseridos no meio da narração. Parece uma leitura difícil? Sim, mas você acostuma logo. Sobre a história, foi incrível perceber o quanto de coisa é afetada se simplesmente a morte parasse de fazer seu trabalho e de repente ninguém morresse mais. Foi possível perceber vai nuances da sociedade. Depois, ela (a morte) decide voltar a trabalhar, mas agora passou a avisar com antecedência de 8 dias quando cada pessoa vai morrer, até que ela encontra um cara que ela não tá conseguindo matar, o final disso é surpreendente. Vale muito a leitura!
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Izabella.BaldoAno 29/02/2024

"no dia seguinte ninguém morreu."

é bem assim que começa (e termina) essa narrativa: com um prenúncio de que a morte se fez ausente. sim, a morte, "em pessoa", resolveu suspender suas atividades. e, durante meses, ninguém morreu naquele país. quais podem ser as consequências da possibilidade de se viver para sempre? nossas estruturas sociais podem continuar a fazer sentido se não há morte?

como se não bastasse essa premissa, o enredo vai ganhando nessa história mais e mais ingredientes, as coisas vão crescendo, e, por mais irreal que possa parecer, essa sociedade onde as pessoas não têm mais a limitação - ou a liberdade - da morte vai ganhando cada vez mais nuances que a fazem comparável com muitos outros contextos sociais. a morte é aqui uma alegoria para falar de política, de religião, de comunidade, de família - e, quase um spoiler, até mesmo para falar de amor.

ao prestar mais atenção aos detalhes, até a escrita do livro, com parágrafos intermináveis, com uma pontuação que mal nos dá oportunidade de respirar, me pareceu ter uma relação muito importante com os acontecimentos narrados. a sutileza e o escrachado estão muito bem emaranhados em As Intermitências da Morte - que foi meu primeiro contato com Saramago.

já tô ansiosa pra ler mais dele!
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