Luan 15/05/2020
Moore redefine a história do palhaço louco
Nesse quadrinho temos a origem do Coriga antes mesmo do palhaço ser conhecido em Gotham como o criminoso mais lunático e inimigo mortal de Batman. Ao mesmo tempo, vemos o comediante psicopata argumentar que tudo o que separa um homem são do mau é apenas um dia ruim.
O modo como Moore traça a personalidade, as ações e os diálogos de Coringa foge do comum nas HQ: é visceral, sombrio e contundente. A maneira como o psicopata risinho defende suas convicções, e está disposto a provar que está certo, é loucura. Violência gratuita, mas não rasa.
Por mais que seja insanidade, uma das coisas que mais chama atenção é como, na hora de defender seus pontos e justificar suas barbáries, Coringa consegue ser tão lúcido e reflexivo. Assusta ver lógica partindo de um louco.
Outro destaque batido é mencionar sobre a espetacular arte produzida por Brian Bolland, mas há de se ressaltar sempre, ainda mais quando o mesmo recolore genialmente. Cores mais frias e muito melhores que as da primeira versão.