Mulheres e ficção

Mulheres e ficção Virginia Woolf




Resenhas -


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larissa viana 24/10/2021

Virgínia e sua fascinação por: Mulheres e Ficção.
Como é dito nas primeiras páginas "O título pode ser lido de dois modos: em alusão às mulheres e à ficção que elas escrevem, ou às mulheres e à ficção que é escrita sobre elas." Nestes ensaios, mais uma vez, a autora mostra toda sua grandeza e genialidade ao falar sobre esses dois assuntos e mais. Ao longo dos 9 artigos presentes aqui, Woolf fala sobre grandes autoras como Jane Austen, as irmãs Brontë, Geraldine Jewsbury, Christina Rossetti e comenta sobre suas vidas e algumas obras com tanta admiração e propriedade, mostrando-se tão compreensiva que é quase como se houvesse as conhecido. Não só isso, mas a sapiência de Virgínia vai além, em "Como se deve ler um livro?" ela nos ensina exatamente o que diz o título e, na minha opinião, é um de seus melhores escritos, pois ela não apenas respeita a individualidade de cada um, como também nos instiga a ser leitores cada vez melhores. Por fim, em "Pensamentos de paz durante um ataque aéreo", ela discorre um pouco sobre experiências durante a guerra e mostra uma empatia estimável. À vista disso, recomendo profundamente este livro pra quem quiser se aprofundar na leitura desta literata (embora não o recomende para um primeiro contato).
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Queria Estar Lendo 14/10/2019

Resenha: Mulheres e ficção
Mulheres e Ficção é um compilado de ensaios de Virgínia Woolf que discutem o papel da mulher na ficção, obras escritas por mulheres e, também, do leitor comum. O livro, publicado por aqui pela Companhia das Letras - que nos cedeu uma cópia para a resenha - em parceria com a Penguin traz ensaios emblemáticos de uma das maiores vozes femininas do século XX.

O livro Mulheres e Ficção me chamou a atenção logo de cara, já que sempre tive muita curiosidade com a obra de Virgínia Woolf - e sendo uma cortesia de parceiros ele poderia furar a fila de leitura sem peso na minha consciência.

Uma das primeiras coisas que notei é em relação a narrativa de Virginia Woolf: seus textos exigem muito mais atenção do que a maioria dos ensaios que estou acostumada a ler. E não só por se traterem de textos com quase um século, mas também pelo estilo modernista - que, particularmente, nunca foi meu favorito, ficando lá no cantinho junto do realismo.

Os nove ensaios que compõe Mulheres e Ficção são:

Mulheres e ficção
Ficção moderna
O leitor comum
Jane Austen
Jane Eyre e o Morro dos Ventos Uivantes
Como se deve ler um livro?
Geraldine e Jane
"Eu sou Christina Rossetti"
Pensamentos de paz durante um ataque aéreo.

Apesar do título da coletânea, nem todos os textos focam no papel das mulheres, o que me deixou um pouco desanimada. Mas, entre resenhas de grandes obras escritas por mulheres e o texto inicial, que dá nome ao livro, Mulheres e Ficção conseguiu ser uma introdução bastante interessante ao trabalho da autora.

O ensaio que abre o livro foi, definitivamente, o meu preferido. Nele, Virgínia Woolf esclarece a situação da mulheres dentro da sociedade e como isso sempre influenciou intrinsecamente a ficção criada por elas.

Discursa sobre as qualidades das obras de Jane Austen, das irmãs Bronte e de George Elliot, destacando a emancipação feminina e a inserção das mulheres na vida pública como um ponto de virada na ficção escrita por elas.

Foi um texto que me lembrou bastante o ensaio que abre A Mãe de Todas as Perguntas, de Rebecca Solnit - especialmente por perguntar: o que seria da ficção feita por mulheres naquela época e ainda hoje, se não precisássemos lidar com a inferiorização, com a "moral e os bons costumes", se não existissem as restrições sociais que ainda hoje existem?

Questões que não só influenciam no volume da produção feminina, como pesam na ideia sobre a qualidade do que por nós é produzido, além de limitar o alcance dos trabalhos por ideias machistas e pré-concebidas há gerações.

A experiência feminina com a vida doméstica e privada, inclusive, permeia bastante os ensaios onde ela analisa personagens como Jane Eyre e Catherine Ernshaw, ou ao falar da obra e vida de Jane Austen.

Além disso, Virginia Woolf também trata bastante da literatura modernista. Da forma como ela vem para se afastar de modelos mais comerciais, romances mais circunspectos, para expandir em criatividade e inventividade, para fazer e responder perguntas mais filosóficas. Livros com um propósito além do entretenimento.

Confesso que quando os textos fugiam um pouco da questão feminina, eles também fugiam um pouco do meu interesse - e as vezes até me deixavam sentindo como o meme da Nazaré. Mesmo que diferente do que eu estava esperando, Mulheres e Ficção foi uma leitura bastante interessante e que me deixou ainda mais curiosa para Um teto todo seu - que se apresenta inteiramente como uma análise das mulheres na literatura.

Por fim, só fica aqui o meu apelo para que as editoras se empenhem mais em colocar mulheres traduzindo obras como esta. Gostaria de ver mais e mais as palavras de grandes feministas interpretadas e traduzidas por mulheres que possam se identificar com o texto.

site: http://www.queriaestarlendo.com.br/2019/10/resenha-mulheres-e-ficcao.html
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Lays 16/06/2021

Virginia
Esse foi o meu primeiro contato com a Virginia, e com certeza é um livro bastante didático, mas difícil para um primeiro contato, acho que terei um entendimento maior dele na 3* leitura porque, mesmo com uma escrita muito bonita ele é bastante complexo e precisa de um nível bom de concentração para entendermos o que ela quer passar em cada capítulo.
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Rebeca.Verino 30/05/2021

Interessante
Verdadeiramente gosto dos questionamentos de Virginia Woolf sobre o que é ser mulher e sobre o quanto a sociedade tenta limitar a nossa genialidade. O artigo ?O leitor comum? é uma reflexão muito boa, mas meus favoritos foram os artigos ?Jane Austen? por motivos óbvios de uma profunda admiração à Jane e ?Pensamentos de paz durante um ataque aéreo?.
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Bianca 21/04/2021

Lendo para ajudar no meu TCC. Adoro os livros da Virginia Woolf! Suas ideias estão me auxiliando bastante!
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Vivi 24/03/2021

Livro com ensaios escritos por Virginia Woolf sobre mulheres escritoras e ficção.
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Karoline 14/02/2021

Já pontuando desde o início que talvez eu seja suspeita para falar dos trabalhos da Virginia Woolf, já que simplesmente AMO tudo que já li dessa mulher, mas esse apanhado de pequenos ensaios é uma jóia.

Como já sugerido no título, os escritos aqui têm como foco tanto as mulheres que escrevem ficção, quanto a ficção que é escrita sobre elas. Woolf também vai escrever sobre a relação das mulheres com a experiência de leitura de ficção.

Dessa maneira, tem-se aqui ensaios sobre autoras famosas como a Jane Austen e a Charlotte e Emily Brontë, por exemplo, mas também tem uma autora que particularmente eu não conhecia, Geraldine Jewsbury e que me deixou muito interessada em saber mais sobre suas obras e de sua relação com a Jane Carlyle.

A crítica sobre o papel da mulher contemporânea à Woolf se faz bastante presente em seu tom ao longo dos ensaios (crítica que infelizmente ainda se aplica a nós, mulheres, de um século depois), assim como também sobre a guerra e as consequências de um tradição social misógina.

Os meus ensaios favoritos foram: "Mulheres e ficção", "Ficção moderna", "Como se deve ler um livro?", e "Pensamentos de paz durante um ataque aéreo".
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Fernanda.syski 25/11/2020

VW.
Virginia maravilhosa como sempre!
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Luísa Anjos 21/11/2020

esta coletânea de ensaios de virginia woolf me prendeu a atenção desde que a vi na vitrine da livraria. apesar de algumas críticas que tenho à personalidade de virginia woolf, não posso deixar de considerar seus escritos como importantes peças de crítica literária, principalmente por abrangerem temas que me atraem muito (como as diversas formas de encadeamento entre mulheres e a literatura) e por virginia não hesitar em colocar sua verdadeira opinião no papel. um artigo em particular mexeu muito comigo e não pude evitar derramar algumas lágrimas; amar a literatura não é tarefa fácil
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Tatics 02/08/2020

Mulheres e Ficção
Este livro junta alguns artigos que Virginia escreveu para revistas, jornais, eventos e em sua grande maioria para seu livro "The Common Reader". Virginia Woolf é um grande nome da literatura, principalmente por reforçar movimentos feministas e por tentar colocar os holofotes nas mulheres e principalmente em suas mentes. Esse livro traduz muito esse seu lado. Nem todos os artigos dele tratam sobre mulheres, mas em sua maioria ela foca em apresentar seu ponto de vista sobre as escritoras citadas como Jane Austen e as irmãs Brontë e em reforçar a importância das mulheres na literatura e o quanto elas agregaram para a evolução da escrita, dos romances e da ficção.
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Giovanna1242 15/06/2020

" 'Acredito que estamos nos aproximando de uma época melhor', escreveu ela, 'em que as mulheres poderão viver sua própria vida, normal e autêntica. Talvez então não haja tantos casamentos, e as mulheres aprenderão a não sentir seu destino manqué, caso permaneçam solteiras. Serão capazes de ser amigas e companheiras de um modo que hoje não lhes é possível... Em vez de precisar manter as aparências, poderão ter suas próprias virtudes, em qualquer grau que apraza a Deus lhes mandar, sem que elas sejam diluídas no tépido "espírito retificado" da "graça feminina" e da "timidez das mulheres" - a elas se permitirá, em suma, que se façam mulheres como aos homens se permite se fazerem homens." Citação de Geraldine Jewsbury por Virginia Woolf
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Livros da Julie 28/03/2020

Excelentes ensaios de Virginia Woolf!
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O livro é composto dos seguintes textos:

- Mulheres e ficção:
"(...) elas se voltarão para as questões mais amplas que o poeta tenta resolver - as do nosso destino e do sentido da vida."
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- Ficção moderna:
"'A matéria apropriada à ficção' não existe; tudo serve de assunto"
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- O leitor comum:
"Ele lê por prazer, não para transmitir conhecimentos ou corrigir opiniões alheias."
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-Jane Austen:
"Cativante mas aprumada, amada em casa mas temida por estranhos, ferina na língua mas terna de coração"
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- Jane Eyre e O morro dos ventos uivantes:
"Charlotte Brönte, pelo menos, nada deve à leitura de muitos livros. (...) o brilho avermelhado e inconstante do fogo dos corações é que ilumina suas páginas."
"É como se Emily fosse capaz de estraçalhar tudo o que sabemos sobre os seres humanos e preencher essas transparências irreconhecíveos com tal rompante de vida que eles transcendem a realidade. Seu poder, portanto, é o mais raro de todos."
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- Como se deve ler um livro?
"(...) o único conselho sobre leitura que uma pessoa pode dar a outra é não aceitar conselho algum"
"(...) característica mais importante que um leitor pode ter: sua independência."
"Admitir autoridades em nossas bibliotecas (...) é destruir o espírito de liberdade que dá alento a esses santuários."
"Poucas, porém, são as pessoas que aos livros pedem o que os livros são capazes de dar."
"(...) temos nossas responsabilidades como leitores, e até nossa importância."
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- Geraldine e Jane:
"(...) a vida para uma mulher é o próprio inferno."
"Alguma coisa ajuda uma mulher quando o amor a abandona, quando o amante joga sujo com ela?"
"Como era abominável, sob tantos aspectos, a situação das mulheres! (...) Como o sangue lhe fervia pelo poder que os homens tinham sobre as mulheres!"
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- "Eu sou Christina Rossetti":
"Seu instinto era tão seguro, tão certeiro, tão intenso, que produziu poemas que aos nossos ouvidos soam como música"
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- Pensamentos de paz durante um ataque aéreo:
"É uma experiência esquisita, deitar-se no escuro para ouvir o zumbir de um marimbondo que a qualquer momento pode lhe dar uma ferroada mortal."
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Este é o segundo livro do projeto #Virginiando2020, promovido pela @naneandherbooks. Assim como o primeiro, também é um livro de ensaios que nos mostram a visão feminista de Virginia Woolf, bem como suas opiniões sobre a literatura e as grandes romancistas. Sempre honesta consigo mesma, a autora tece análises poéticas e emocionadas sobre cada tema. É um livro que requer maior conhecimento das obras e escritores mencionados para melhor compreensão, mas não deixa de ser uma magnífica leitura.

Assim como no livro anterior, Virginia questiona a pequena quantidade de obras literárias femininas antes do século XVIII e sua prevalência na ficção e no romance. Ela novamente aponta as diferenças de visão e valores entre os sexos e pontua aspectos que influenciam na escrita, como a vida familiar, as novas profissões, as experiências vividas, a condição financeira e a necessidade de ambiente calmo e mente tranquila para um artista. Por outro lado, destaca a importância da criação de personagens que funcionavam como porta-vozes da situação feminina à época.

A autora analisa o rumo tomado pela ficção, com críticas a escritores materialistas e a romances impecáveis, com enredos e personagens descolados da vida real. Ela fala da tendência de abordagens psicológicas, considerando o avanço desse estudo, e da necessidade de se libertar das convenções literárias. Faz uma ode aos escritores russos e sua facilidade de falar de sentimentos e emoções, mas ressalta que não há certo ou errado na ficção; tudo é desejável.

Mas a crítica de Virginia não é direcionada apenas aos escritores. Como leitora contumaz, ela emite sugestões sobre como adequar a expectativa ao objetivo de cada obra, como apreciar a diversidade dos universos literários, como abrir a mente para a imaginação ou como conhecer mais do ser humano lendo sobre pessoas que de fato existiram. A autora exalta o poder do romance, da biografia e, sobretudo, da poesia e destaca a importância de comparação e valoração das obras segundo nosso próprio gosto, que pode evoluir à proporção que lemos. Um leitor comum nunca será um crítico ou erudito, mas sua opinião literária pode ser considerada válida.

Virginia também relembra grandes escritoras, trazendo suas histórias de vida e discorrendo sobre suas personalidades e estilos literários. Sobre Jane Austen, ela menciona o parco material existente, além dos seus livros e de algumas cartas. Porém, faz uma análise acurada e elogiosa de seu estilo, de sua perspicácia e de sua sinceridade na escrita, assim como de sua facilidade de lidar com uma gama tão grande de sentimentos e valores que cenários e ações banais se transformavam em situações importantíssimas e profundas aos nossos olhos. Uma pena que tivesse falecido tão cedo.

Outra lembrada com pesar por sua morte prematura foi Charlotte Brönte. Virginia destaca a sua impressionante capacidade de fazer o leitor se sentir em seu mundo, bem como de utilizar forças da natureza para transmitir emoções indizíveis. Já Emily Brönte tinha maior capacidade poética. Ela não tratava apenas de sentimentos individuais, mas abarcava toda a humanidade quando expunha suas dores, comuns a todos.

A autora também cita a escritora Geraldine Jewsbury, sua saúde difícil, seu gosto pelas reflexões e discussões sobre paixão, vida e moralidade. Narra sua conturbada relação com a amiga Jane Carlyle, a quem idolatra, e o papel desta na publicação de seu primeiro livro, que continha observações fortes demais para a época. Tão diferentes entre si, Geraldine e Jane trocam longas correspondências, conselhos e reprimendas e alternam temporadas de convivência tumultuada e de amizade estreita e prolífica. A escritora Christina Rossetti, por sua vez, teve a religião como fator determinante em seus hábitos, romances e poemas, estes últimos reconhecidos por sua beleza e fulgor.

Por fim, aproveitando a reflexão trazida pelos bombardeios, Virginia destaca a falta de liberdade e voz política da mulher, seja em tempos de paz ou de guerra. Crê que é a força do instinto, da tradição e da educação que impele os homens para os conflitos. Nesse sentido, questiona se o instinto materno seria igualmente intrínseco às mulheres.

site: https://www.instagram.com/p/B-PlpajDLUK/
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Laura Finesso 20/03/2020

? Mulheres e Ficção, Virginia Woolf.
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"Mesmo no século XIX, uma mulher vivia quase exclusivamente em sua casa e em suas emoções. E esses romances do século XIX, embora sejam tão extraordinários, foram profundamente marcados pelo fato de as mulheres que os escreveram serem excluídas, por seu sexo, de certos tipos de experiência."
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Mulheres e Ficção é uma coletânea de ensaios da incrível Virginia Woolf, acerca das mulheres na ficção e escrevendo ficção. Como ela mesma exemplifica no início: ?o título deste artigo pode ser lido de dois modos: em alusão as mulheres e à ficção que elas escrevem, ou às mulheres e a ficção que é escrita sobre elas?.
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O livro é composto por 9 artigos, tais quais realizam profundas análises sobre como o ambiente em que as mulheres viviam e seus impedimentos por conta de preconceitos influenciavam na sua escrita. Isso fica claro quando ela analisa as obras de Jane Austen, das irmãs Brontë, e por aí vai. A perspectiva minuciosa da Virginia nos faz observar as peculiaridades dos clássicos romances do século XIX, do ponto de vista feminino é claro - já que, naquela época, era imposto às mulheres que elas deveriam se comportar de certa forma. Isso, é claro, teve grande influência na escrita, tal qual Virginia disseca.
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Considero esse livro importante tanto para os leitores apaixonados por romances e pessoas interessadas na perspectiva literária do feminismo, quanto para quem escreve. Virginia Woolf é certeira quanto suas análises, e isso faz com que o livro seja uma obra de estudo valiosa. A escrita é fácil, então a leitura decorre rápida, até porque são somente 100 páginas e pouco. Indico demais!
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Instagram de resenhas: @Livrosecappuccinos
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Elaine | @naneverso 29/02/2020

Um livro essencial para quem quer conhecer mais a fundo a obra de Woolf e a forma de sua escrita, principalmente antes de adentrar no mundo de seus romances e contos.

A resenha completa vocês encontram no meu blog: naneandherwriting.art.blog.
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Etiene ~ @antologiapessoal 22/02/2020

Como se deve ler um livro? Esta é a pergunta que inicia um dos capítulos desse pequeno grande livrinho aqui. No meio de tantos trechos grifados e inúmeras reafirmações, talvez tenha encontrado a resposta no próprio texto: "De fato, o único conselho sobre literatura que uma pessoa pode dar a outra é não aceitar conselho algum, seguir os próprios instintos, usar o próprio bom senso e tirar suas próprias conclusões.". Afinal, assim como um livro é a obra resultante da vivência do autor, ele é igualmente resultado das nossas experiências pessoais, antes e durante a leitura: como o absorvemos e quem nos tornamos depois.

Aqui Virgínia nos deixa lições valiosas que me renderam um olhar a mais sobre o ofício de ser leitor. Ela afirma que poucas são as pessoas que pedem aos livros o que eles podem dar. Ela nos inspira também a sermos companheiros dos nossos autores, a estarmos ao lado deles para entender seus pontos de vista e reter aquilo que queriam nos passar. Muitas vezes caímos no erro de contemporaneizar uma história, ou um personagem, e perdemos a essência da história. Só podemos compreender o domínio de uma obra quando ela entra em conflito conosco. É pelo sentir que aprendemos.

Certamente, a gente executa o ato perpétuo de ler sem haver livro algum a nossa frente. Pois, eles nos modificam, reverberam em nós seus personagens e suas ideias; e o resultado é sempre uma pessoa nova a cada última página virada. .
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