Leonardo 22/07/2020Fala galera do Porão Literário, tudo certo? Hoje minha resenha é do livro A Filha do Reich, lançado pela editora Jangada. O livro é de autoria de Paulo Stucchi
Hugo Seemann é considerado um homem de sucesso, diretor de uma agência famosa de publicidade, tudo parece ao seu controle. No entanto, em um dia de trabalho o homem descobre que seu pai faleceu na última noite.
Hugo nunca fora muito próximo de seu pai, e pouco conhecia sobre a sua história. Olaf Seemann fora um soldado alemão que serviu no campo de concentração em Plaszow durante a Segunda Guerra Mundial, depois do conflito ter terminado Olaf conseguiu um refúgio no sul do Brasil, onde casou-se e criou Hugo.
Ambos não tinham uma relação muito boa devido ao próprio Olaf ser reservado sobre sua história e até mesmo distante como um pai, tal situação agravou ainda mais após a morte da mãe de Hugo. Tal momento de tristeza fez com que Hugo se mudasse para trabalhar e deixasse meu pai aos cuidados de uma profissional.
De volta a Serra Gaucha, Hugo tem uma surpresa: Um caderno repleto de anotações de seu pai, ali a história do homem é relatada de forma crua. E além do caderno existe uma carta, que Olaf pede que seja entregue a uma mulher chamada Valesca Proença. Seu conteúdo é enigmático, no entanto Hugo começa a conhecer mais do passado de seu pai distante.
Nessa intenção, ambos partem para as Colônias na tentativa de entender a figura de Olaf Seemann, conforme os relatos sombrios da segunda guerra vêm a tona, Hugo entra em uma rede oculta de informações a respeito de um grupo nazista até então desconhecidos pela história. Tal grupo tinha a intenção de proteger a identidade de uma menina que, poderia ser a filha do Reich.
Pois bem galera, pra começar eu já disse anteriormente que gosto muito desses livros que abordam temas como a segunda guerras e afins, principalmente quando são narrativas voltadas pro drama. Em A Filha do Reich eu fiquei bem interessado em ver como uma narrativa deste estilo iria mesclar elementos ficcionais como os que envolvem essa tal "sociedade secreta nazista".
Além disso, outro ponto que me chamou muita a atenção é como o autor construiu o personagem Olaf. De início como um soldado que se alia a Juventude Hitlerista (como eram chamados aqueles que lutavam pelos ideias do Reich), sua desconstrução, onde percebe os horrores que giram em torno da guerra até sua fuga para o Brasil.
Essa terceira parte (da fuga) foi uma das minhas preferidas pela questão de adaptação que Olaf precisou fazer, achei que foram momentos muito bem feitos e é bem satisfatório.
Já com relação a Hugo, gostei muito de ver seu crescimento durante a narrativa, conforme ele vai entendendo seu pai (a forma como agia e o porquê dele ser tão fechado), você percebe que ele vai se entendendo consigo próprio!
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