Feliz Ano Velho

Feliz Ano Velho Marcelo Rubens Paiva




Resenhas - Feliz Ano Velho


592 encontrados | exibindo 31 a 46
3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 |


Giacomelli 11/01/2024

Como um bom livro pode envelhecer mal!
O livro de Marcelo Rubens Paiva certamente impressionou os leitores, especialmente os mais jovens, naqueles idos anos de 1980. A linguagem leve provavelmente alcançava o ouvido dos jovens de uma maneira macia, e os fazia se sentir pertencentes àquela narrativa. Imagino, também, que a temática gerava bastante curiosidade ? um jovem, universitário, popular, que, num repente, no período auge de sua vitalidade juvenil, por causa de um acidente estúpido, perde os movimentos do pescoço pra baixo. Isso, em final da década de 70. Em meio a tantas revoluções culturais, sexuais, de comportamento. E também em meio a anos de tanta repressão ditatorial em nosso país. Esse breve argumento deve ter criado no público à época da primeira edição de Feliz Ano Velho uma curiosidade quase sádica, e voyeurista. Outro tema que deve ter inspirado a curiosidade é a história pregressa do autor e sua relação com seu pai, deputado morto pela ditadura militar. À época de sua publicação acontecimento ainda sem explicações, sem um veredicto. Um sumiço misterioso. Será que Marcelo vai expor nesse livro algum segredo que ainda não conhecemos sobre o assassinato do pai? Todas essas questões, ao lado de muitas mais, fizeram deste livro um best seller. Um livro com um Jabuti em seu currículo. Mas, apesar desse motivador enredo, o autor nos apresenta, em seu personagem principal ? ele mesmo ? características bem pouco dignas de louvor ? pelo menos hoje em dia. O personagem obviamente cativou e inspirou a identificação em muitos jovens de sua época, mas com o olhar distanciado dos dias atuais, com uma lupa de aumento apontada para alguns pontos da trama, podemos encontrar expressões e passagens que precisam ser discutidas, criticadas e repensadas. Expressões e passagens essas que entre os jovens dos idos anos 70 poderiam passar como naturais, hoje nos parecem amplamente questionáveis. O personagem, durante sua narrativa, por vezes, dispõe de termos homofóbicos, racistas, misóginos, machistas, etaristas, e por aí, vai. O que causa uma sensação de estranhamento nada positiva no leitor da atualidade. O incômodo nos pega desprevenidos e de surpresa ao virar da página. Em termos chulos, desnecessários, ou mesmo na forma de piadinhas sem graça, que não ajudam em nada na narrativa da história. Outro ponto negativo é a hipersexualização das mulheres em alguns momentos. E justamente vinda de um personagem que se defende em vários momentos como não machista, ou, talvez, menos machista que a maioria dos outros caras. Próximo às últimas páginas do livro, o autor nos entrega a descrição de uma cena de sexo que poderia estar em qualquer um desses antigos livros pornográficos de banca de jornal. Pornografia pela pornografia? A princípio me pareceu, mas ao final do livro, parece que ele quer fechar a ideia dizendo que pessoas com deficiência também transam e sentem prazer. Essa mensagem é legítima e importante, mas poderia ter sido passada com um pouco mais de delicadeza em sua escrita, sem tornar-se pornográfica, mas erótica, nos termos e ações. Por essas e outras, eu digo que o livro envelheceu mal para os nossos tempos, para os nossos novos olhares e as nossas novas formas de encarar o mundo. Aquilo que era naturalizado na década de 70 e 80, hoje nos causa estranhamento e é objeto de crítica. No mais poderia afirmar que um dos pontos positivos do livro talvez seja justamente ele se tratar de um documento desta época, um documento de como os jovens se comportavam, como os jovens se comunicavam, com o que se identificavam. Como algumas expressões que hoje nos são claramente preconceituosas, eram tratadas com naturalidade naquele tempo. E também outro ponto positivo da história é demonstrar e mostrar, assim como um documento, várias facetas da época, como os festivais de música, as mudanças políticas do país, os discos que estavam sendo lançados, a cara dos artistas da época e o comportamento dos jovens em geral.

Em resumo, o livro aborda temas sensíveis e controversos da década de 70 e 80, como a questão da deficiência, as revoluções culturais e comportamentais, além da relação do autor com seu pai, vítima da ditadura militar. E minha principal crítica em relação ao livro é em relação à forma como certos temas são abordados na narrativa, especialmente no que diz respeito a termos e representações consideradas problemáticas nos dias de hoje. É  fato a importância de se analisar obras literárias à luz do contexto atual e questionar como certas abordagens podem ser impactantes para os leitores contemporâneos, mas o livro ainda guarda sua relevância sendo encontrado em diversas listas de ?livros para compreender a década de 70?, ou ?livros para saber mais sobre o período da ditadura no Brasil?. Aliás, foi assim, através de listas como essas, que me interessei por sua leitura. A reflexão sobre a evolução das perspectivas e valores ao longo do tempo é essencial para compreendermos o impacto das obras em diferentes épocas. Parece que o livro ainda desperta debates significativos sobre sua relevância e representatividade nos dias atuais. É interessante observar como a literatura pode servir como um documento histórico, refletindo as transformações sociais e culturais ao longo das décadas.
comentários(0)comente



Achoqvitoria 02/01/2024

Péssimo
Esse livro narra a história de Marcelo Rubens Paiva que após um mergulho mal sucedido acaba ficando tetraplégico aos 20 anos. Entendo que o autor tenta passar a história de forma descontraída. Mas, acaba errando com frequência essa escolha ao praticar gordofobia, homofobia, racismo, machismo e principalmente sua sexualização ao extremo sobre mulheres. Isso pra mim foi algo marcante, e me vi em muitos momentos durante a leitura com nojo de homens como ele que só enxergam mulheres como um buraco para transar. Tento dar certa relevância pois foi publicado em 1982. E entendo que naquela época todo e qualquer tipo de preconceito era maior. Porém, não faz sentido voltar pra regressão ao ler esse livro.
Um ponto importante citado, foi a ditadura militar.
Ele sendo filho do ex- deputado federal teve o pai sequestrado em sua residência e desaparecido para sempre. Então sua mãe, criou seus 5 filhos sozinha.
Luciana.Uchoas 02/01/2024minha estante
que Chernobyl que você enfrentou hein


elen5 02/01/2024minha estante
Li esse livro por causa do vestibular e sofri o mesmo tanto q vc




aline577 26/12/2023

Então?
Sinceramente alguns momentos do livro tive dificuldade de me afeiçoar com o autor, muito em questão do período que foi escrito, a idade do autor e a classe social dele. Por causa disso acabei achando alguns momentos do livro cansativos e desnecessários, mas sei que é um livro autobiográfico. Cada ser humano vê a vida de sua própria maneira e naquela época era assim que Marcelo via.
comentários(0)comente



Sam 17/12/2023

Da primeira leitura à releitura
A primeira vez que eu li esse livro foi em 2019, em pleno período de pré-vestibular, leitura obrigatória e afins. Peguei pra ler despretensiosamente e lembro de ter achado o livro um máximo, sensacional. Nunca tinha lido nada desse tipo, sempre fugi de biografias e coisas do gênero, mas, surpreendentemente, esse livro tinha me feito ficar encantada.
Esse ano, consegui comprar o livro que tinha gostado tanto, para finalmente tê-lo na estante. Aproveitei para relê-lo, jurando que ia me trazer aquele mesmo sentimento da primeira leitura. Doce Ilusão.
Não entendi o que me impressionou tanto naquela época que não consegui ver agora. Pelo contrário, percebi coisas que achei até problemáticas em certas partes, mas entendo que são reflexos de uma sociedade dos anos 70/80.
Apesar disso, achei curioso viver a experiência da releitura, observando o contraste entre minha primeira impressão e a de agora.
comentários(0)comente



Laris 05/12/2023

Um livro que não dá pra explicar
Uma das coisas que sempre me chamou atenção na história do Marcelo é o senso de humor que ele fez questão de colocar no livro... ele lidou com uma situação extremamente delicada da vida pessoal de uma maneira que só se deve ser elogiada e enaltecida.
Principalmente pra um garoto tão jovem como ele era.
Eu amo esses livros que nos fazem entrar dentro das casas, clínicas, hospitais, dentro de (cenas quentes ?), e narrativas que nos fazem sentir aquilo que o personagem sentiu mesmo não sabendo 🤬 #$%!& nenhuma do que é viver aquela vida.
Eu gostaria que todas as pessoas na face da Terra pudessem ler as palavras do Marcelo. De verdade
EsterdAnjos 05/12/2023minha estante
Até q enfim alguém achando o mesmo que eu desta obra




Andressa792 26/11/2023

Feliz ano novo é um livro impactante
Feliz ano velho é a biografia sobre o acidente do jornalista Marcelo Rubens Paiva, que se tornou paralítico após um acidente em sua juventude. A gente consegue vivenciar com ele como era ser um jovem sem deficiência e o pós acidente, como ele precisou se reinventar. É um livro incrível e que nos faz repensar muito.
comentários(0)comente



Hisla Grillo 25/11/2023

Nele há até algumas passagens bem escritas.
E dá pra aprender um pouco da sua experiência,
mas é demasiadamente imaturo.
comentários(0)comente



lcsfagundes_ 20/11/2023

Lendo umas resenhas aqui percebi que muitos encararam o livro com anacronismo. O livro foi escrito na década de 80, óbvio que vai ter falas preconceituosas, a sociedade era preconceituosa.
Tirando esses pontos é uma leitura muito boa, o Marcelo era aventureiro e namorador e tenta levar a vida com humor mesmo depois do acidente.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Kristoffer.Iuri 13/11/2023

Tzão de leitura?? Ksks
Primeira resenha pública aqui.

Me recomendaram este livro a alguns anos, sempre me interessei em ler ele por conta do tema da autobiografia. Não vou me aprofundar muito, apenas falar alguns pontos da minha leitura.

O Rubens não é um PERSONAGEM. Ele é uma pessoa, não é branco nem preto em quesito de personalidade. Em pontos, senti afeição por ele, em outros, queria dar um pescotapa. Mas é disso o que o faz ser humano, na minha visão, e alguém que eu acho que me daria até que bem, mesmo tendo em vista nossas discordâncias em certos assuntos. Vibe de tiozão desde jovem.

Devo dizer que as piadas de cunho racista dele me deixaram meio azeda, mesmo sabendo sobre a época em que a autobiografia foi feita. O racismo do Rubens é bem escancarado pelo jeito que ele fala de pessoas negras, mas infelizmente é a imagem da época, e manias que estão mudando lentamente na nossa vida social - quero lembrar que caricaturas racistas eram presentes nos anos 2000, por exemplo.

Porém, a sua verdade é algo que eu admiro, principalmente em questões de deficiência física, e parte na religião, também.

A leitura deixa bem claro que a escrita é "de época", e acho interessante a parte política - afinal, Marcelo é filho de um militante que foi morto na ditadura.

No geral, foi um bom livro, e me serviu como introdução na literatura brasileira. Me encontrei entretida vendo como a escrita do Rubens é tão solta, como se fosse uma conversa entre novos amigos, com um pingo de formalidade.

Pretendo reler o livro daqui a alguns anos, e refazer a resenha, deixar ela como um documento pessoal meu, com meus novos pensamentos.
comentários(0)comente



Spy Books Brasil 09/11/2023

Um livro sobre aceitação e superação
Imagine um jovem bonito, cheio de energia, galanteador, morando longe da família numa república cheia de jovens liberais e cheios de energia como ele, loucos para curtir a vida... Agora provoque um acidente e coloque aquele primeiro jovem tretaplégico numa cadeira de rodas.

Parece um baita plot de ficção, o que prova que a vida, muitas vezes, é mais surpreendente e chocante do que a arte.

Isso tudo aconteceu na vida real com Marcelo Rubens Paiva, então um jovem estudante de Engenharia Agrícola na Unicamp, em Campinas. Neste livro, Marcelo expõe em praça pública as suas dores e agonias. As então mais recentes, após o acidente banal que o deixou tetraplégico para o resto da vida, e também as mais antigas, desde o sequestro e desaparecimento do pai pelos agentes da ditadura militar brasileira. Marcelo tinha 11 anos quando o pai dele, o então ex-deputado Rubens Paiva, foi preso em casa por militares à paisana e desapareceu para sempre.

Essas duas histórias se cruzam neste relato feroz, escrito com a energia e raiva de um jovem preso a uma cadeira de rodas, em português coloquial, das ruas, em linguagem da juventude de 1982, quando o livro foi lançado. Não é, porém, um livro de lamentos, de autocomiseração. É um livro de força, de vontade de viver, que se debruça sobre o período de transmutação do jovem Marcelo que andava para o jovem Marcelo que passou a precisar da cadeira de rodas para retomar sua vida. E ele retoma a vida, sem vitimismo. A história termina justamente aí, quando ele aceita a sua nova condição de uma vez por todas.

É uma história sobre aceitação e superação. Afinal, o que está quebrado não pode mais ser consertado.
comentários(0)comente



Ana Lu 07/11/2023

Mais ou menos
O livro conta a trágica história de Marcelo Rubens Paiva, porém achei um livro bem racista que apesar da época ele faz comentários e piadas de cunho racista.
?O livro falta um final onde temos como é a vida atual de Marcelo Rubens Paiva
comentários(0)comente



viviane843 07/11/2023

Feliz ano velho
Nossa que livro bem ruim, tem umas partes boas que ele fala umas coisas assim bem cultas mas a maior parte é besteira, ele contando as histórias que ele viveu antes e depois na recuperação. Nunca ouvi falar de um tetraplegico tão namorador como esse Marcelo!!
Pra mim esse livro foi escrito por homem feito pra homem!
comentários(0)comente



Gabi 06/11/2023

"O futuro é uma quantidade infinita de incertezas"
Ganhei de presente em 2019. Confesso que estava com preconceito de ler. Por ser sobre um dos meus maiores medos, um acidente que causa uma deficiência física, mas também por se passar em um lugar que conheço pouco, em uma época que não vivi, portanto a chance de um "bom mergulho" nessa história real, era bem baixa. Confiei na recomendação de quem me presenteou, é uma escrita muito bem humorada, e como tenho cabeça boa, me abri para essa experiência.
.
Foram 272 páginas, lidas em 12 horas.
Eu ri muito, não cheguei a me identificar com esse carinha, aliás, bem questionável, mas esse é o ponto. A vida não é sobre coisas boas. É a mediação entre as desgraças e o aproveitar intensamente aquilo que faz bem para ti, inclusive ler algo que te tira da zona de conforto, que te faz pensar e sentir! É muito fácil tu só falar com quem concorda contigo, ou ler e assistir o que tu gosta, ou fazer o que já sabe... A vida é desafio, e esse livro me fez sentir vontade de gozar a vida. Literalmente.
comentários(0)comente



l0rdsith 30/10/2023

Não gostei muito.
Eu entendo o porquê de ser um livro importante, mas eu simplesmente não consegui genuinamente gostar dele e do protagonista. que cara chato e sem noção.
comentários(0)comente



592 encontrados | exibindo 31 a 46
3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 |