Resenhas - O Livro Perdido Das Bruxas De Salem

Jordana 11/06/2014

O Livro Perdido das Bruxas de Salem
Connie, a pedido de sua mãe, muda-se durante o verão, para a casa da avó, que está abandonada deste a morte da mesma. Chegando a estranha e exótica casa, encontra entre as páginas de uma Biblia antiga, uma chave, com um pequeno pedaço de pergaminho enrrolado. Palavras conseguem ser visualizadas: Deliverance Dane.
Quem foi essa mulher? E que relação há entre ela e sua família?

Apenas lendo para saber!

Pandora 03/07/2010

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Esse é o livro de estréia de Katherine Howe.
Um fato um pouco cansativo é que a autora é historiadora, e seus relatos são detalhados historicamente. É interessante, mas pode ficar um pouco enfadonho.

A narração se intercala entre os acontecimentos de 1692, quando 19 mulheres foram enforcadas na cidade de Salem, acusadas de bruxaria, e o ano de 1991, onde Connie está se formando na pós-graduação e vai descobrindo, aos poucos, os segredos de seus antepassados.

O começo do livro é bem morno e a leitura começa de fato a prender lá perto da página 100, onde os acontecimentos de 1692 começam a se revelar.

As partes narradas do passado, na cidade de Salem, valem a pena. Mas as partes do dia-a-dia de Connie no ano de 1991 muitas vezes são dispensáveis.

Apenas a última parte do livro torna-se realmente interessante, onde há o clímax dos acontecimentos de Salem e quando Connie luta contra o tempo para salvar mais do que sua tese.

Não consegui sentir muita afeição pelos personagens contemporâneos da história, apenas uma simpatia pelas mulheres bruxas de Salem.

No geral, é um bom livro, com uma pesquisa histórica fortíssima. Só tenha paciência para passar pelas primeiras cem páginas e delicie-se com o mundo de Deliverance Dane, condenada por bruxaria.

Ingrid 18/07/2016

Uma mistura de fatos reais, ficção e um toque sobrenatural
Uma história enigmática surpreendente, O Livro Perdido das Bruxas de Salem mostra a triste realidade que aconteceu na cidade de Salem (jura?) no ano de 1692, época em que a cidade estava vivendo uma intensa caça ás bruxas – um prato cheio para quem é interessado no assunto.
Connie é uma estudante de pós-graduação, e tem o objetivo de desenvolver uma tese inovadora com a ajuda de seu orientador, que a levaria a um futuro acadêmico brilhante.
A protagonista é surpreendida por um pedido de sua mãe – no qual ela teve que se mudar para a velha casa da falecida avó nos arredores da cidade de Salem para que fosse reformada e logo em seguida vendida.
Connie, ao chegar a casa se depara com um lugar em que parece guardar segredos de uma época em que a ciência se confundia com a fé.
Logo ao vasculhar as coisas da avó, Connie encontra uma bíblia com uma chave e um pergaminho dentro no qual estava escrito Deliverance Dane. Quem era ela? Que ligação ela tinha com a casa? Assim Connie começa a investigar sobre essa mulher e a um livro misterioso que segundo ela, pertencia à tal Deliverance.
Uma obra bem elaborada, a autora Katherine Howe não deixa escapar nenhum detalhe. Uma mistura de ficção e fatos reais que faz o leitor ficar vidrado nas páginas. É importante prestar atenção nas datas dos capítulos, pois há uma alternância entre o passado e o presente (vivido pela personagem).

*Day* 01/01/2016

AMEI...
Adorei esse livro, ele é ótimo...
Além de ensinar sobre as histórias das bruxas de salém, eu adoro histórias de bruxas, ele também ensina muito (já estou precavida sobre ervas), tem investigação e e pelo visto a autora pesquisou e procurou pistas pra achar o livro da Deliverance.
É claro que tem romance e oba por isso, porque amei o Sam e o "Vilão" tá na cara desde o inicio. Gostei do fato da autora ser bastante detalhista, apesar de algumas pessoas não gostarem disso...enfim... AMEI!!!

Alanieh 20/10/2015

Encontro perfeito de realidade com ficção.
Neste romance, a autora se preocupou em trazer ao leitor detalhes verdadeiros da história, o que enriquece a obra de uma maneira inimaginável. Enredo envolvente, cheio de mistério, a realidade se mistura com a ficção criando um ambiente fascinante para os amantes de história, sem mencionar o estilo de escrita da autora que desperta as mais variadas sensações. O livro é coberto de elogios, e bem que merece! O único problema, infelizmente, como acontece em toda obra que trata de Bruxaria, é que os fenômenos da Bruxaria são tratados pela visão cristã ao invés da visão do paganismo, não só o romance em si - onde faz sentido tratar dos acontecimentos pela visão cristã, levando em consideração toda a história de Salem, mas pela própria referência bibliográfica utilizada pela autora. Isso empobrece o enredo imensamente. O livro é ótimo, se não fosse por esse detalhe, seria ainda melhor! Mas esse é um problema que se encontra de forma geral em romances que envolvem temas esotéricos, infelizmente não tive a oportunidade de ler um romance do tipo que tratasse dos fenômenos através da visão pagã, mais acertada, do que a visão cristã, que deturpa muita coisa. De qualquer jeito, o livro não te deixa com vontade de parar de ler; a ansiedade que surge ao virar cada página é única e se você está em dúvidas sobre ler ou não esse livro, um conselho: leia! A Autora foi imensamente feliz e atingiu seu objetivo.

Quemlefazfilme 10/08/2010

O Livro Perdido das Bruxas de Salem por www.quemlefazseufilme.com.br
O Livro Perdido das Bruxas de Salem
Katherine Howe
Editora Suma de Letras

" Eu sempre fico intrigado com os diferentes modos com que se pode escolher como seguir uma crença. Olha só para isso: eles vêm de toda parte. Nós celtas, filosofia oriental, a Nova Era. O passado e o presente implodiram num bufê de opções equivalentes, todos em busca do divino. É fascinante. Esse elemento pagão autêntico é uma das razões por que viver em Salem é tão interessante, mesmo para um agnóstico como eu."

Connie Goodwin colocava todas as suas energias na sua tese de doutorado em Harvard. Ela precisava passar essa fase para continuar estudando e finalmente fazer o tão sonhado Phd.
Toda a exaustão e dificuldade estavam dentro do previsto. O que não estava previsto era uma casa abandonada a mais de 20 anos aparecer no contexto.
Grace, a mãe de Connie uma exotérica cuidadora de auras, pediu a Connie para vender a casa que pertencera a avó em Marblehead.
As férias de verão haviam começado e Connie invés de trabalhar em sua dissertação estava agora junto com sua colega de quarto chamada Liz e o adorável cãozinho Arlo, a procurar uma casa abandonada a mais de 20 anos.
Muito mato, muita poeira, sem telefone e sem energia elétrica. Quase um museu !
Livros antigos e uma bíblia com uma chave e um nome escrito : Deliverance Dane
A casa escondia segredos.
Connie se vê completamente envolvida nos mistérios da casa.
Liz, volta para Cambridge e Connie se vê sozinha com Arlo na casa misteriosa.

Enquanto Connie pesquisava nas redondezas sobre Deliverance Dane ela conhece um restaurador de igrejas mega-tudo-de-bom chamado Samuel Hartley.
Sam apresenta os arquivos da igreja para Connie e a partir daquele momento Sam também passa a fazer parte da busca de Connie. Sam, além de ser um companheiro agradável, desperta algo até então desconhecido por Connie.

Ao encontrar o nome de Deliverance Dane nos arquivos de excomunhão da igreja, Connie acredita que Deliverance foi enforcada como Bruxa e seus pertences incluindo um livro de feitiços, foram deixados para a filha única.
Um livro de feitiços que resistiu ao tempo era tudo que Connie precisava para a sua dissertação de história colonial norte americana.

Supostamente as bruxas de Salém foram injustamente enforcadas. Mas Deliverance Dane era mesmo uma bruxa ?
Essas questões aqueciam demais o coração acadêmico de Connie e ela não conseguia mais parar. Ela devia concentrar-se na venda da casa e na dissertação mas era impossível frear a busca pelo livro e pela verdade.

O seu orientador de Harvard estava obcecado pelo livro. Pressionava e ameaçava inclusive cortar a sua bolsa de estudos.
Connie se vê tão envolvida na busca, cada vez mais perto, cada vez mais a história se funde com a história da casa da sua avó, cada vez mais a história se funde com sua própria história.

Connie e seu fiel companheiro Arlo agora precisam encontrar o livro perdido não só para salvar a sua bolsa e seus estudos mas para salvar a vida de Sam.

Katerine Howe mistura fatos histórico da caça as bruxas de Salem com um romance delicioso entre uma estudante de história colonial e um restaurador.
Uma escrita simples e envolvente que te faz voltar no tempo e sentir pelas pobres mulher injustiçadas.

O livro em uma palavra: envolvente.

Como quem lê faz seu filme, eu me vi em Salém e fui capaz de sentir o frio e o medo das pessoas.
Connie precisava vender uma casa e descobre a própria história. Descobre pela primeira vez o amor e entende o comportamento da sua mãe.
Ninguém foge do destino !
Connie em sua busca pela verdade me fez pensar do que o ser humano é capaz para se livrar de acusações. As pessoas naquela época acusavam e muitas vezes confessavam crimes de bruxaria simplesmente para sobreviver.
Pessoas com seios firmes eram bruxas.
Pessoas com conhecimentos de ervas medicinais eram bruxas.
Pessoas que rezavam e tinham suas preces atendidas eram bruxas.
A história desse livro mostra pessoas inocentes enforcadas pelo medo de uma cidade.

Vânia 12/10/2010

Quando alguém bater à porta....
Prudência, Paciência, Constância...Muitos nomes, uma só genealogia. Caderno de receitas, almanaque,diário, livro das sombras...muitos usos mas um só objetivo.

Neste livro, de forma peculiar, a autora enreda-nos numa história de descobertas, assombros, negações, mas acima de tudo, uma herança peculiar. O encontro de si.Quando a protagonista encontra o que sequer sabia ter perdido.

Thaís 20/09/2010

O livro Perdido das Bruxas de Salém
Connie Goodwin, uma estudadente de doutorado precisa se mudar para a antiga casa de sua avó, onde dentro de uma bíblia encontra um nome: Deliverance Dane. Curiosa, ela passa a investigar para saber quem é essa mulher e descobre que no ano de 1692, ela foi condenada a morte por ser uma bruxa. Graças as suas pesquisas, Connie encontra um livro usado por Delivarence, e esse livro fará ela descobrir que pelo fato de ambas serem parentes, Connie também possui poderes.

Gosto muito de histórias que envolvem bruxos, e por essa razão resolvi ler esse livro. Em algumas partes conta a história de Deliverence e seus descendentes, em outras conta a história de Connie, e tudo isso é feito de uma maneira que deixa você curiosa pra saber o que aconteceu e acaba lhe influenciando a criar diversas teorias sobre as personagens. Eu nem imaginava que Connie tinha poderes, ou que Chilton era na verdade um vilão. O único aspecto negativo do livro é que algumas partes são um pouco enroladas, mas isso não faz dele um livro ruim (na verdade é muito bom). Uma coisa bem legal no livro é que pelo fato de Connie ser uma estudante de História você acaba descobrindo várias coisas legais sobre esse assunto. Recomendo o livro para todo mundo que adora livros sobre magia.

Para mais resenhas acesse: http://cloudn.blogspot.com/

Luan 21/07/2014

Um show de realidade disfarçada de ficção
Como a própria Katherine Howe disse, alguns dos personagens existiram de verdade, apesar de contar a história da cultura americana de forma fictícia a autora se manteve fiel às datas, às execuções e as personalidades de cada bruxa condenada à morte. Vou guardar esse livro como um valioso livro de história, com ele aprendi sobre bruxaria mais do que poderia ter aprendido em filmes ou na escola.

Another Words 22/06/2012

Review - Blog Another Words - anothersimplewords.blogspot.com.br
O design desse livro é perfeito. Adoro o jeito como a capa apresenta elementos importantes da história e como faz uma imitação ótima de um livro velho, na frente, atrás, orelhas e principalmente na lombada. Uma capa digna de uma história assim.
A primeira coisa que me chamou atenção quando li a orelha que fala sobre a autora, foi que ela é uma descendente de uma “bruxa” que foi realmente enforcada em praça pública em Salem, em tempos passados. Isso me deixou pensando “Uau, ela realmente deve entender do assunto”. E não me decepcionei.
O livro tem como protagonista uma mulher de vinte e poucos anos, a Connie. Ela acabou de passar em um exame de doutorado em Harvard, para a profissão de historiadora. Ela conhece seu instrutor e passa a seguir as ordens dele, acreditando que assim conseguirá um trabalho que lhe dê muito prestígio. Mas a história de verdade começa quando Connie encontra uma antiga Bíblia, com uma chave e um papel com o nome Deliverance Dane. É a partir daí que as coisas começam a andar.
Algo que não me agrada muito é que o livro todo é narrado em terceira pessoa. Eu prefiro os narradores personagens, mas o lado bom disso é que a leitura acaba sendo bem focada, já que quase não dá ênfase aos sentimentos da Connie.
Quanto à leitura, sinto dizer que é um pouquinho sem emoção em grande parte do livro. As pesquisas de Connie andam bem lentamente, e mesmo sendo bem estudada, ela paga uma de tonta em várias partes da história. Como o interessante está jogado pro final, o que salva a narrativa são as pequenas descobertas que ela faz meio que de surpresa.
Me surpreendi em encontrar algo que não imaginei que encontraria: um pouco de romance. Achava que a leitura seria totalmente mitológica e com mais ação, mas de repende surgiu um clássico casalzinho apaixonado, e, felizmente, isso melhorou as coisas.
A história é bem ligada na questão de antepassados, descendências, e isso me fez imaginar que a mãe de Connie estaria um pouquinho mais presente. Engano meu. Grace é enigmática e ausente, mas dá um pequeno empurro para que as coisas aconteçam. O Sam é leve e divertido, e gostei do papel dele. Ah, e o livro conta com vários (vários mesmo) interlúdios, que voltam ao passado e tem a útil finalidade de fazer com que o leitor entenda o que está acontecendo. Isso tira um pouquinho o foco de quem lê, mas é essencial.
O final é bom, porém acho que a Connie poderia ter tomado alguma atitude um pouco mais inteligente. Ela foi meio ignorante o livro inteiro, mas de vez em quando consegue tomar atitudes decentes. Fico feliz pelo fato de o fim ser bem definido, sem deixar possibilidades para uma continuidade, considerando que o livro é volume único. A autora teve sucesso nisso. Para quem tem interesse em saber um pouquinho mais sobre a cultura das mulheres antigamente consideradas bruxas, aí está uma boa pedida.

Vivi 27/11/2011

Vou começar essa resenha com a citação que me fez querer comprar o livro:

"Hoje fiquei olhando enquanto Giles Corey era imprensado entre as pedras até a morte. Ele havia ficado daquele jeito por dois dias, mudo. A cada pedra lhe diziam que ele devia implorar, do contrário poriam mais pedras. Mas ele apenas sussurrava: "Mais peso".
De pé no meio da multidão encontrei Deliverance Dane, que ficou branca, apertou minha mão e chorou quando puseram a última pedra."


Fragmento de carta com a data: "Cidade de Salem, 16 de Setembro de 1692".

Esse fragmento de carta faz parte do acervo de Manuscritos Raros do Athenæum de Boston.
Então acho que o mais me chamou a atenção foi o livo ser escrito baseado em uma história verdadeira, fatos históricos reais e não apenas uma invenção da cabeça de um autor. Nesse caso não totalmente.

Connie Goodwin aluna de pós-graduação de História Colonial dos Estados Unidos, após passar no exame oral de qualificação, para o qual se preparou o ano inteiro. Recebe uma ligação de sua mãe pedindo um favor. Esse favor consistia em ir até a casa de sua falecida avó nas proximidades de Salem, organizar, limpar e preparar a casa para ser vendida.

Só que ao chegar lá, Connie se depara com uma casa do período colonial que parece ter sido abandonada a centenas de anos, não tem luz elétrica, telefone ou algum outro conforto dos tempos modernos, com exceção da água encanada que milagrosamente ainda funciona.

Em seu segundo dia na casa, Connie resolve investigar a biblioteca de sua avó em busca de algum livro antigo que possa valer algum dinheiro ou que possa ter alguma serventia para ela, ao abrir uma Bíblia muito antiga algo cai do meio de suas páginas no chão, uma chave toda ornada com um papel enrolado nela, escrito nesse papel, apenas duas palavras: Deliverance Dane.

A partir daí Connie e sua curiosidade de pesquisadora histórica entram em ação e em breve se verá mergulhada em um enigma que poderá lhe trazer o material único para sua dissertação, reconhecimento de seu orientador Chilton e a consciência de que nem sempre a lógica racional pode explicar tudo que acontece, e que às vezes é preciso unicamente acreditar.

"Connie suspirou sentindo-se subitamente perdida ao pensar nas tarefas que tinha pela frente. Ela não queria ter de se preocupar com plantas venenosas na cozinha, cobras de jardim na sala, cobranças de impostos atrasados. Só o que ela realmente queria fazer era jantar e fingir que não era esse o verão que tinha pela frente." Pág 51


" – Ah – sussurrou Connie com os olhos arregalados pela visão da cidade se estendendo sob seus pés. Sam pôs uma das mãos sobre a dela, que estava pousada no parapeito, e ela sentiu a sua pele quente e seca. Sua outra mão tocou-lhe o queixo, deslizando por seu pescoço e sua orelha. E quando ela se voltou para lhe fazer uma pergunta, os lábios dele encontraram os dela num beijo profundo, que durou até a cortina alaranjada do sol poente ter sido totalmente puxada para revelar as estrelas cintilando no alto." Pág 145


Bjokas!!!

Belle 02/11/2011

Aquele tipo de livro que te faz terminar um capítulo e correr para a internet pra pesquisar determinado assunto abordado.
Logo nas primeiras páginas do livro eu fui fisgada. Sou louca por bruxas e sempre tive muita curiosidade em relação aos julgamentos de Salém.

O livro começa narrando um acontecimento em 1692, mas logo depois somos levados a 1991 - e isso acontece bastante no decorrer do livro - e apresentados a Connie Goodwin, uma estudante de pós-graduação em História Colonial. Preciso dizer que minha primeira impressão da Connie não foi boa. Ela é uma personagem difícil e a forma como Katherine Howe a conduziu inicialmente não foi das melhores.

Mas, passadas algumas páginas e, junto com elas, o exame oral da Connie, as coisas ficam melhores. Após receber uma ligação da mãe nada convencional, Connie vai para Marblehead, na Nova Inglaterra, pra reparar e vender a casa da avó falecida a muito abandonada. Lá, ela é surpreendida pelo estado da casa, que foi quase totalmente tomada pela vegetação do jardim, pela falta de energia elétrica e por um mistério. Na primeira noite que Connie passa na casa, procurando na estante em meio a livros velhos por um que a distraia até que consiga dormir, ela encontra uma chave velha e, dentro dela, um nome: Deliverance Dane.

Será mesmo um nome? Um endereço? A curiosidade sobre quem ou o quê era Deliverance Dane e o que essas palavras faziam presas a uma chave dentro de uma Bíblia são o que movem essa historiadora e impulsiona a história. Durante a leitura, entendemos melhor a difícil relação entre Connie e Grace, sua mãe; a estranha ligação entre Connie a casa e tudo o que há dentro dela e, claro, o livro. O que de início parece uma incrível fonte primária para a tese de mestrado de Connie se revela muito mais importante e fantástico do que ela imagina. E não será fácil para essa cética mulher abrir mão de tudo aquilo que ela acredita e que move o seu mundo: a racionalidade.

O Livro Perdido das Bruxas de Salém é, antes de tudo, uma gostosa aula de história. E se você é como eu, vai adorar ser transportado a 1692 e enteder melhor a mentalidade e a vida dos puritanos do século XVII. Perdi a conta de quantas vezes durante a leitura precisei parar e pesquisar um pouco no Google Maps sobre o local que Katherine estava narrando. Fiquei perdida entre Harvard, Marblehead e Salém. E também não foram poucas as vezes em que precisei voltar alguns capítulos para me lembrar porque determinado nome me era familiar.

Um mistério gostoso e surpreendente com uma sutil pitada de romance é do que se trata O Livro Perdido das Bruxas de Salém.

Camila 22/07/2013

Mágico e enigmático.
A história se passa em duas épocas: Em 1692, o pânico e a histeria se instalam na cidade de Salém e seus arredores. Mulheres são acusadas de bruxaria, e a sociedade vive em constante apreensão sobre a possibilidade de a pessoa ao lado ser uma adoradora do demônio, praticante de bruxaria.
Inicio dos anos noventa, Connie Goodwin, estudante de história de Harvard que está trabalhando na sua tese de doutorado, se muda para a velha casa de sua avó, localizada nas proximidades de Salém, lugar sede dos julgamentos e acusações de bruxaria. Connie precisa dar um jeito na casa para que fique apresentável o bastante para ir à venda. Mas já na primeira noite, Connie encontra um Bíblia com uma chave vazada dentro. No orifício da chave, um nome: Deliverence Dane.
A partir deste momento, a vida de Connie dá uma reviravolta, ela mergulha nas pesquisas para desvendar um enigma aparente, em meio à pressão que vem sofrendo de seu professor orientador.

Posso dizer que uma das coisas que mais gostei neste romance foram os elementos VERÍDICOS presentes nele. Nomes, datas, "intenções", todos baseados em fatos que a autora buscou e deu vida.
Eu fiquei impressionada, também, com o modo como Khaterine praticamente conseguiu colocar mais de uma história em um unico livro, sem que esse se tornasse cansativo e confuso. Claro, a principio, talvez, venha a ficar algumas lacunas, mas o "mágico", é que elas se completam com o decorrer da história.

Katy Howe brincou com o passado e o contemporâneo, e mesclou-os num enigma instigante. Vale a pena ler, dou 5 estrelas por não teria motivos para desqualificar algo.


P.S.: A autora tem descendência de acusadas de bruxaria nos julgamentos de Salém. Um delas, inclusive, é citada na história.
P.S.2: Aprenda a palavra "Idiossincrática".

site: http://twitter.com/ilacami

Mayara 15/03/2013

As Bruxas de Salem
Quando 2013 começou, eu prometi de cara que além de bater minha meta de leitura de 2012, também iria resenhar todo e qualquer livro literário que lesse (porque os científicos que tenho lido pra faculdade, ja necessitam ser automaticamente resenhados, para que me lembre dos assuntos). Pois bem, tomei esta decissão, pois identifico em mim uma necessidade de tornar-me mais crítica a respeito do que leio.

É por isso que em minhas resenhas, vocês não vão encontrar muitos fragmentos da história, mas sim algumas palavras descrevendo o que o livro representou pra mim, quais seus pontos positivos e negativos e porque o avalie como ruim, regular, bom, muito bom ou ótimo.

Eu comprei esse livro, pois estudo história, e estava interessada em saber mais sobre as Bruxas de Salem, aliás, ainda estou então aproveito a resenhar para pedir indicações de livros relacionados com o assunto, caso alguém já tenha lido.

Foram poucos os exemplares com esta temática, entre os três que encontrei, resolvi comprar este, " O livro perdido das Bruxas de Salem".

O livro ganha pontos com a história bastante envolvente, personagens carismáticos e uma diagramação que, além de estética, cumpre bem o seu papel de tornar a leitura leve.

O que me faz classificá-lo como apenas bom é o seu resumo.

Eu procurei o livro pois gostaria de saber mais sobre os fatos ocorridos em Salem no ano de 1692 e o seu resumo me deu a ideia de que eu encontraria o que buscava. Mas me deparei com um romance que baseia-se nos fatos sem aprofundar-se muito sobre a sociedade daquela época.

São poucas as pessoas que não conhecem a história de Salem superficialmente, eu por exemplo, conheço os fatos históricos relacionados com os julgamentos, mas buscava um livro que me fizesse entender o porque aquela sociedade temia tanto essas pessoas, que nada mais eram do que curandeiras, do que conhecedoras de ervas, plantas e animais.

No entanto o livro mal toca nesta parte e trás a tona a ideia fantasiosa de bruxas. Mulheres com super poderes, mutantes, capazes de controlar a energia a sua volta de uma forma "Harry potteriana". Na minha opinião se a autora não utilizasse estes artifícios, a história teria um sucesso bem maior e agradaria mais os leitores.

Todo o restante do livro. A história de Deliverance Dane, a organização cronológica (que contribui para um livro leve, já que temos duas histórias sendo contadas paralelamente não nos deixando cansar), o final é surpreendente, e a descrição que nos insere no livro, nos faz sentir o calor do porto da antiga Salem, nos faz viver a agonia da prisão para onde iam as bruxas.

Eu indicaria esse livro, não para quem procura uma leitura madura, forte e marcante que agrega conhecimento sobre o assunto, mas para quem busca uma aventura que divirta para ler sem pretenções.

P.S: No final do livro á um anexo que fala mais sobre a real história de Salem, mas não auxiliam muito para pesquisa pois trata-se de algumas poucas páginas.

Românticas 20/12/2012

Por Rebecca

Eu adoro romances históricos ou paranormais e esse livro conseguiu juntar os dois tipos. Katherine Howe conseguiu acertar a receita. Eu torci muito por Connie e sofri junto com as mulheres do passado, Deliverance, Prudence e assim por diante. Achei Connie um pouco enjoadinha no começo, ela é bem "São Tomé", mas para a profissão que escolheu isso se encaixava bem. Mas teve momentos que eu perdi a paciência com ela, aff! Ela não se diverte, mal tem amigos e a mãe dela não ajuda. Pense numa mulher cabeça de vento! Com uma mãe dessa não admira o tipo antipática que ela virou. Essa casa veio para virar a vida dela de cabeça pra baixo e trazer um pouco de emoção. No meio do caminho ela conhece Sam, um fofo-lindo-gostosura que trabalha com restauração de prédios históricos e que dá uma forcinha na investigação.

Me surpreendeu bastante os detalhes do período histórico, e isso é algo que eu adoro, me faz acreditar e ir junto com personagem até o final. Adorei as descrições da vida de Deliverance, e o que ela me mostrou sobre a vida das mulheres de seu tempo.

Connie faz algumas descobertas surpreendentes, ela segue cada parte do mistério do livro de receitas e acaba descobrindo sobre si própria e abrindo novos horizontes. O livro se move suavemente entre as duas eras e as histórias de Connie e Deliverance são cativantes.

Não quero entregar muito da história para não perder a graça, garanto que vocês vão gostar de cada reviravolta.

Eu recomendo para quem adora um bom mistério com umas boas colheradas de romance e suspense.