Giovanni

Giovanni James Baldwin




Resenhas - Giovanni


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Carol 20/05/2024

Uma história de dor, sofrimento, culpa. Ao mesmo tempo que senti dó do personagem principal, tb senti raiva pelo comportamento dele em relação aos outros. Não gostei do tanto de frase em francês ao longo do livro, desnecessário..
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Andrei Arthur Fahl 12/05/2024

Entre a dualidade de ser ou não ser
Gostei bastante do livro e das temáticas apresentadas na leitura. James Baldwin tem uma capacidade tremenda de transvordar sentimento em seus personagens e nos diálogos engajados por ele. A homossexualidade repremida, a perda da virilidade, o papel de gênero nas relações, as desigualdades etárias e de região - é tudo fenomenal, e apresentado em uma época que interseccionalidade ainda não era uma palavra. Me impressiona como esses personagens são ciente de si e de suas ações feitas, assim como a compreensão dos outros em sua volta. Infelizmente nosso protagonista aqui é um personagem bem teimoso, que não toca notas muito variadas. Sinto que em seu final, a resolução dos arcos são muito objetivamente resolvidos, de forma muito rápida. Entretanto, é uma ótima leitura, com uma escrita poética e bela, ao mesmo tempo que fala sobre as várias camadas de complexidade que nos estruturam como ser humano.
doradoradora 18/05/2024minha estante
tava há tempos me ensaiando pra ler esse. depois dessa tua análise, vou ter que ler imediatamente. ?




amarogusta 11/05/2024

Sentimentos não-heterossexuais e suas complexidades
Muito me deixa curioso imaginar as nuances que este livro ganharia se Baldwin o tivesse escrito sob a perspectiva de, ou sobre, um homem negro. Ele, Baldwin, disse que tratar da sexualidade já seria uma temática complicada o suficiente; se tivesse que atrelar isso à racialidade, seria demais num livro só.

Mas não é isso que vivemos, Baldwin? É demais, sim, mas nós estamos aqui.

Sem ressentimentos, entendo o que ele quis dizer com isso. Na verdade, pensando na cena LGBTQIAPN+ das décadas 50 e 60, me parece um tanto complicado pensar numa pessoa negra, apesar de um homem naquela sociedade heteronormativa, tão disposta a se negar dessa forma. Acredito que estamos tão acostumados às nossas condições que nos permitimos ser um pouquinho mais desviantes.

David, e todos os outros personagens dessa trama, apresentam certa melancolia desesperada e dissabor com a vida, com seus desejos, sonhos e objetivos. Todos parecem perdidos, desencontrados, malucos por algum afeto ou ligação que traga alguma cor a essa Paris cinzenta. Sua incapacidade crônica de lidar com seus sentimentos contraditórios e pensamentos obssessivos nas normas sociais a que ele foi condicionado, apesar de minimamente explicada pelas histórias que ele conta ainda no começo do livro, é exacerbada.

Tive dificuldades em me conectar de verdade com esse livro, mas ele me pegou justamente nessa diferença de realidades e noções que a sexualidade nos proporciona, uma vez que a abraçamos ou a negligenciamos.

Fora isso, a história fluiu maravilhosamente bem, apesar dos clichês (talvez não na época em que foi escrito) que marcam momentos e interações, sem mencionar as discussões que se propõem a algo mas não parecem significar nada de verdade.
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felipe 10/05/2024

Giovanni anjo inocente
Esse foi um dos livros que eu comecei sem ter a menor ideia do que esperar. algumas pessoas me falaram que seria revolucionário e outras falaram que não valeria a pena. ficou ali no meio do caminho pra mim. não consegui simpatizar com o david em momento algum, enquanto simpatizei com giovanni ate demais. a escrita do james baldwin é linda e flui super bem.
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Assis 24/04/2024

É sobre isso
Um livro forte, tenso e intenso.
Uma história sobre medos e desejos e sobre autoaceitação e autossabotagem.

Aqui acompanhamos a história de um homem (o próprio narrador) que não consegue aceitar o que está se tornando; quem está se tornando.

E através de altos e baixos e fugas, ele hora mergulha em sua essência, a qual considera suja, e hora corre dela para o mais longe possível, buscando o que, talvez, erroneamente acredita ser o certo.

O livro é bem escrito, apesar de confuso em alguns momentos, há que o objetivo aqui é a reflexão e o mergulho na consciência do personagem e não a linearidade d narrativa.

Uma história que vale a leitura e a reflexão que entrega.
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Nathalia 21/04/2024

It's cold out here.
É difícil de explicar? mas eu sinto que se isso fosse um filme eu ia gostar muito mais do que eu gostei. Peguei esse livro pra ler em uma semana bem ocupada do trabalho e isso me fez ler bem devagar e eu meio que me autosabotei também porque resolvi assistir a novela das empreguetes essa semana também. Enfim. Sempre acho difícil julgar um livro que eu enrolo pra ler.

Quando eu penso sobre o livro objetivamente ele é ótimo, consegue representar sua época ao mesmo tempo que é atual e assim, acho que ele é inovador e o ponto de vista é interessante e os personagens são brilhantemente construídos (até acho que me apaixonei pelo Giovanni também).

Mas eu não gostei da experiência de ler esse livro, sabe? Talvez por isso teria gostado mais de um filme, menos tempo investido, sei lá? Minha impressão é que o livro não andava e realmente todo o tempo em que eu estava lendo eu queria estar fazendo outra coisa.

Aí não sei nem que nota dar nessa situação pra ser sincera. O livro é realmente bom, acho que só não li na hora certa.
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Toni 18/04/2024

O quarto de Giovanni [1956]
James Baldwin (EUA, 1924-1987)
Cia. das Letras, 2018, 232 p.
Trad. Paulo Henriques Britto

Na eulogia que escreveu para J. Baldwin, Toni Morrison encerra seu texto com as seguintes palavras: “’Nossa coroa’, você disse, ‘já foi comprada e quitada. Tudo o que precisamos fazer agora é usá-la’. E nós a usamos, Jimmy. Você nos coroou.” Nunca me esqueci dessa imagem e, talvez por isso, tenha feito tanto sentido “coroar” esta lista de 30 leituras para o mês do orgulho LGBTQIA+ com uma de suas obras. Ousado, impiedoso e exuberantemente irredutível, O quarto de Giovanni é um romance que encanta e perturba em igual medida e, assim como a personagem frente ao espelho que abre e encerra o romance, tem a capacidade de nos devolver tanto um pedaço de nós mesmos quanto de seu autor — também ele irredutível, impiedoso, ousado.

Aqui acompanhamos um jovem americano em Paris e seu envolvimento com um barman italiano enquanto aguarda sua noiva retornar de uma temporada na Espanha. Apesar do conteúdo francamente homoerótico, o romance, para Baldwin, não deve ser lido apenas por essa chave, “é sobre o que acontece quando se tem medo de amar alguém.” Ou ainda, nas palavras de uma das personagens: “se você pensar nesse tempo como uma coisa suja, então vai ser mesmo uma coisa suja — porque você não vai se dar nem um pouco, vai desprezar a própria carne e a dele. Mas você pode fazer com que o tempo passado com ele não seja sujo de modo algum; vocês podem dar um ao outro alguma coisa que torne vocês dois pessoas melhores — pra sempre — desde que não tenham vergonha, que se recusem a se proteger.”

Na fatura da obra, o quarto é um espaço ambíguo (com forte marcador de classe) onde o desejo pode ser fruído em liberdade mas às custas do aprisionamento e alijamento de seus moradores. David, o americano, sente-se atraído e enojado pelo quarto, pela “inversão” (no sentido heteronormativo) de papeis que desempenha com Giovanni. Essa batalha interna, marcada por desdobramentos fatais, faz de O quarto de Giovanni uma história de remorso e luminosidades fulgurantes, na qual identidade e amor são faces complementares de uma mesma busca.
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cmvies 18/04/2024

O quarto de Giovanni
É de fato uma história permeada de dor, sofrimento, indecisão e culpa. Creio que a misoginia excessiva presente nesse livro tenha impedido que eu me conectasse com os personagens e sentisse empatia por eles.
A escrita do autor é por vezes cansativa, as frases em francês sem tradução também me incomodaram um pouco. Mas é um bom livro, especialmente se considerarmos a época em que foi escrito.
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valmir 17/04/2024

O quarto
" Estou parado à janela deste casarão no sul da França ao cair da noite, a noite que vai levar à manhã mais terrível da minha vida."

Um clássico.
Escrita envolvente, sensível, ácida.
Dilemas envolvendo à descoberta da sua sexualidade e a aceitação de si mesmo e a moralidade tóxica que sufoca como num quarto escuro e apertado.
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Kaique.Lima 14/04/2024

Muito bem escrito
Confesso que no início as expressões em francês me irritaram um pouco.
O livro é narrado em primeira pessoa pelo protagonista David, um homem branco que muda dos eua para Paris e leva uma vida regada a não fazer nada e a muita putaria.
David vive conflitos internos quanto à sua sexualidade. Tenta a todo custo negar pra ele mesmo e para os outros que gosta de homens. Tem até uma mulher, com quem ele se envolve algumas vezes.
Numa de suas andanças por Paris conhece Giovanni, um homem italiano, miserável mas muito bonito.
Giovanna se apaixona doentiamente por ele e as tragédias começam.
É tudo muito atual.
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Procyon 12/04/2024

O quarto de Giovanni ? comentário
(Trecho retirado de minha resenha no Medium)

?Estou parado à janela deste casarão no sul da França ao cair da noite, a noite que vai me levar à manhã mais terrível da minha vida. [?] Minha imagem refletida é alta, lembrando talvez uma flecha, meu cabelo louro brilha. [?] Meus ancestrais conquistaram um continente, atravessando à força planícies cobertas de cadáveres, até chegar a um oceano que não dava na Europa, e sim num passado mais obscuro.? (p. 20)

[?]

Seu segundo romance, O quarto de Giovanni, talvez sua obra mais célebre ? ambientada nos anos ?40 ?, trata-se de uma história de amor entre dois homens, cujo enredo enfoca o relacionamento de um gay (ou bissexual) americano branco com um bartender italiano em Paris, e, além disso, traça uma relação entre a insegurança sexual do homem gay branco americano com o racismo ? bem como as bases racistas que ajudaram a consolidar a identidade nacional americana. Baldwin, então, realiza uma atenta observação da experiência pessoal, trazendo reflexões de inspiração autobiográfica e fazendo uma investigação de conflitos subjetivos e ambivalências sexuais. A narrativa começa num tom grave, confessional, autoacusativo e enfático do narrador-personagem David, pois nós leitores, sabemos que aconteceu já nas primeiras páginas, apenas somos levados a conhecer o que levou o narrador até momento de desespero. Daí talvez advenha uma sensação de urgência moral, o tom de sussurro e a autoconsciência desse livro permeado por alternâncias ? analepse e prolepse ? entre passado e futuro.
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gabi.3 10/04/2024

Mas o fim da inocência é também o fim da culpa.
Nisso saí- me muito bem? jamais encarando o universo, jamais encarando a mim mesmo, permanecendo em movimento constante. Mas até mesmo o movimento constante, é claro, não impede que de vez em quando haja uma queda misteriosa, como acontece quando um avião encontra uma turbulência.

foi uma leitura muito triste e pesada, apesar do livro ser curto ainda tem a capacidade de comover e emocionar - fez eu me sentir impotente e meio sem esperanças admito... culpa, ódio, dor e amor. gostei da história, é realista e muito triste.
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Giovana Monteiro 08/04/2024

Um clássico
Foi a minha primeira leitura do autor e já quero ler outras obras dele.
O livro foi escrito na década de 50 então tem muitas coisas que não concordo e que me foram indigestas mas não deixa de ser uma ótima leitura, onde acompanhamos todas as descobertas e todo o sofrimento no ponto de vista do nosso protagonista, o livro me impactou de uma forma muito positiva .
Esse livro com certeza foi muito a frente do seu tempo.
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Ricardo.Silvestre 05/04/2024

O perfeito uso das palavras
De caras, destaco o perfeito uso das palavras. Tudo é exposto ao mais ínfimo detalhe, como se todas as sensações fossem possíveis de ser tocadas e passássemos a ver tudo tal qual um filme que vai movendo-se diante dos nossos olhos e que não queremos que acabe.
Uma poderosa viagem que nos toca de forma profunda a pele e a alma.
E uma das minhas leituras preferidas deste ano.
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Little Mary 30/03/2024minha estante
Véi, tudo que eu queria era um Epub desse livro. Gosto de clássicos aquelianos e sáficos.
Em que biblioteca vc encontrou essa pérola?


belarules 30/03/2024minha estante
encontrei na biblioteca estadual aqui de fortaleza! ele é tudo ?




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