O quarto de Giovanni

O quarto de Giovanni James Baldwin




Resenhas - Giovanni


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Bookster Pedro Pacifico 18/08/2020

Verificado O quarto de Giovanni, de James Baldwin - Nota 9,5/10
Ambientado em uma Paris boêmia da década de 50, o segundo romance de James Baldwin gira em torno da conflituosa relação entre David, um jovem norte-americano que tem uma namorada vivendo na Espanha, e Giovanni, um italiano que trabalha como garçom em um bar parisiense. ⁣
Se para Giovanni a sua orientação sexual é um ponto bem resolvido, David vive uma intensa experiência homossexual de forma angustiada e repleta de culpa. É uma constante batalha entre os seus próprios sentimentos e a necessidade de continuar levando a vida que tinha antes, ao lado da namorada Hella. ⁣

E o mais interessante do livro é como o autor consegue se aprofundar no psicológico do personagem principal, revelando esse sofrimento de alguém que não consegue se aceitar e como esse conflito pessoal acaba reverberando nas relações à sua volta. São as consequências do medo de amar livremente.⁣

Isso desperta diferentes emoções no leitor em relação a David, que vão desde uma certa raiva pelo seu constante egoísmo até uma compaixão pela intensidade de seus conflitos internos. São muitas emoções reprimidas que encontram no pequeno e simples quarto de Giovanni a possibilidade de serem colocadas para fora.⁣

Na época de sua publicação, em 1956, Baldwin foi criticado por ter deixado de escrever sobre a temática do racismo e passado a retratar uma relação homoafetiva entre dois personagens brancos. Em sua defesa, o autor explicou que a homossexualidade e o racismo eram temas tão espinhosos para aquela época que abordar os dois em um mesmo livro seria um grande obstáculo. Isso, com certeza, revela a coragem de Baldwin em publicar um romance tão profundo sobre a relação conturbada entre David e Giovanni.⁣

Nas 232 páginas lidas, a escrita é fluida e sensível, conseguindo atingir no leitor o forte impacto dos sentimentos vividos pelos personagens. Na verdade, pela profundidade da obra, o que a gente sente falta na obra é a existência de mais páginas para acompanhar esses tão bem desenvolvidos personagens...

site: http://instagram.com/book.ster
Carlos 28/08/2020minha estante
Que resenha! Só me deixou mais ansioso pra ler!


Gabi bela 27/12/2020minha estante
Livrasso! Terminei de ler agora, muito impactada. Profundo em muitas camadas e absurdamente bem escrito!


Marcus Horiuchi 29/12/2020minha estante
Resenha perfeita. Inclusive, dou nota 10/10. Romance simplesmente impecável. Às vezes é real até demais, dói demais se identificar tanto com personagens fictícios mas que encerram toda a confusão do mundo neles mesmos. Impecável.


Bianca.Malpelli 25/10/2023minha estante
Quero ler


Alex Ramos 25/03/2024minha estante
Li por indicação sua :) Esse livro mexeu muito comigo. Apesar de eu ter nascido quase 30 anos depois, o mundo em que cresci era muito similar ao dos personagens. Então foi como ler uma história que poderia ser minha ou de algum amigo. Muito íntimo e profundo. E muito realista também. Obrigado pela indicação!




Angelito? 02/11/2022

Eu gostei muito do livro e achei super interessante como é tratada a indecisão e confusão do David em relação a sexualidade dele, e em como ele sempre se recusou a aceitar ela.
O livro nos faz refletir sobre como nossas escolhas podem mudar não só as nossas vidas como a das outras pessoas.
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Victor Dantas 18/11/2020

Identidade: busca ou fuga? #31
Tempo: Década de 1950. Espaço: EUA e Paris.

Esse é um livro de muitas camadas, portanto, aqui é apenas um recorte das camadas que mais me foram pertinentes, assim decidi destacá-las nesta resenha.

O romance “Giovanni” ou “Quarto de Giovanni” (James Baldwin, 1956), vai contar a história do David. O David é um norte-americano nascido em São Francisco, no seio de uma família conservadora. Sua infância foi marcada de alegrias e luto, enquanto sua adolescência, foi marcada de dissabores e de descobertas... sendo a principal a descoberta o seu Eu, o seu Eros. A homossexualidade.

Como toda criança que nasce e é criado no seio de uma família conservadora, o medo de ser descoberto, de ser desprezado pelos pais, diante da condição de homossexualidade é sentido pelo David, e isso torna ainda mais delicado e conflitante quando ele vivencia sua primeira experiência homossexual, com o seu melhor amigo de infância.

“E então, pela primeira vez em minha vida, tive plena consciência do corpo de outra pessoa, do cheiro de outra pessoa. Tínhamos os braços passados em volta um do outro (...).
Eu estava muito assustado, tenho a certeza de que ele também e fechamos os olhos” (p. 21).

Após essa experiência, David mudara – acredito que todos nós da comunidade LGBTQIA+, quando experienciamos nosso primeiro beijo ou transa, de alguma forma mudamos –, mas essa mudança em vez de ser positiva, teve um efeito negativo para consigo.

“Foi depois de J@. O incidente com ele me abalara profundamente, e seu efeito fora o de tornar-me reservado e cruel” (p.30).

A partir daí, o David começa a entrar em um processo de autonegação, de agir de acordo com os valores e normas conservadoras, e passa a ignorar o seu EU. Até que na vida adulta, ele decide ir embora dos EUA, com o desejo de estar longe da influência e pressão do seu pai, de poder viver como bem quer... ou talvez, para fugir de si mesmo.

O destino? Paris. E é em Paris que tudo acontece.
É em Paris que David conhece Hella, sua namorada e futura esposa.
E é também em Paris, que o David conhece Giovanni e seu quarto.

Narrado em primeira pessoa, e pelo ponto de vista do David, a história é intercalada entre passado e presente, onde no passado conhecemos sobre a família do David, sua infância, seu relacionamento com Hella e Giovanni, e no presente, acompanhamos o David se preparando para deixar a França, enquanto o Giovanni está sendo condenado a morte por um crime que até então o leitor não sabe.

No que diz respeito a relação do David com a Hella, temos um relacionamento construído apenas para manter a aparência, nesse caso, a aparência de heterossexual do David. Mas ainda assim, é uma relação regada de amizade e carinho, apesar das intenções do David não serem honestas.

“Eu lhe dissera que a amara uma vez, e me obrigara a acreditar no que eu próprio dizia. Mas teria conseguido isso?” (p.17).

As opiniões de David sobre seu relacionamento com Hella, bem como seus sentimentos para com ela, faz a gente sentir raiva dele diante da sua desonestidade, falta de empatia e respeito pela Hella.
E isso se torna mais grave nos capítulos finais, quando percebemos que ele foi totalmente abusivo com ela, a ponto de humilhá-la psicologicamente e emocionalmente.

E aqui o autor nos coloca diante da realidade de muitos casamentos e namoros que são construídos para manter as aparências de homens e mulheres que não conseguem se identificar e se autoafirmar homossexuais, bissexuais, lésbicas, etc., e preferem praticar tais relações em “sigilo”.

Essas pessoas são vítimas da violência e opressão realizada pelo patriarcado judaico-cristão, binário, heterossexual, branco, machista e sexista, que impõe padrões e normas sociais do que é “aceitável” e “reprovável”, “normal” e “anormal”.
Isso torna-se um conjunto de crenças que é reproduzido nas famílias, escolas, mídia, trabalho, e qualquer outra esfera social.

Mas, essas pessoas, geralmente, não se reconhecem vítimas desse fenômeno desumano, nojento, abominável, e acaba oprimindo pessoas que não deveriam ser oprimidas, apenas por capricho de esconder seus desejos, sua sexualidade, então passam a cultivar relacionamentos por aparência e totalmente abusivo.

Já sobre a relação entre David e Giovanni, existe também uma problemática muito grave, que de certa forma (para mim), acaba configurando o relacionamento deles também como um relacionamento abusivo.

Primeiramente, nem o David, nem o Giovanni se identificam como homossexuais, e aqui cabe um adendo pois o livro foi escrito na década de 1950, onde não existia homossexualidade, e sim homossexualismo, considerada uma patologia.
Logo, podemos inferir que o autor foi cuidadoso em não querer levantar bandeira pró-movimento Gay, portanto, tanto o David quanto o Giovanni, não se consideram homens gays, apenas homens que se gostam e se relacionam sexualmente.

E aqui faço outro adendo de que é possível sim um homem ter práticas homossexuais, sem se identificar como homossexual. A homossexualidade é uma condição, é como o sujeito se identifica sexualmente e afetivamente. A prática homossexual (relação sexual), não te torna homossexual. Destaco isso, pois sei que esse livro é lido tanto por leitores LGBT, como leitores heterossexuais.

Bom, dito isso, nós então acompanhamos o David durante alguns meses morando no quarto do Giovanni, e é ali entre quatro paredes onde ele se desprende de todas suas amarras, bem como o Giovanni.

Até então, David enxergava a relação dos dois como apenas uma conexão de corpos, sexo e gozo, nada de sentimentos, amor, afeto. No entanto, ele começa a perceber que o quarto do Giovanni representa para ele uma ameaça, pois revela seu ponto fraco, ou melhor, revela seu verdadeiro eu, mais ainda... revela os seus sentimentos por Giovanni. Amor.

“Às vezes pensava – mas esta é sua vida! Pare de lutar contra ela, para de lutar! Ou então achava – eu sou feliz, ele me ama, estou seguro. De outras feitas, quando ele não estava por perto, achava que jamais o deixaria tocar-me novamente” (p.116).

A partir disso, David passa a tratar o Giovanni com arrogância, a mentir sobre seus sentimentos, assim como faz na relação com a Hella, e mais uma vez, vemos o David sendo desonesto, um verdadeiro macho escroto, manipulador.

As coisas se complicam mais ainda quando o Giovanni perde seu emprego no bar em que trabalhava, devido ao seu chefe estar com ciúme da relação dele com o David, e quando Hella acaba retorna da sua viagem a Espanha, decidida a iniciar os preparativos do casamento.

O David então se vê diante de uma situação conflitante, que exige seu posicionamento e uma decisão sobre quem ele vai escolher para manter um relacionamento. O que ele não sabia é que sua decisão iria condenar e humilhar um inocente, ou talvez... dois inocentes.

Por fim, essa é uma história de um final não tão feliz.

Além das minhas impressões sobre a obra, destaco também:

• NARRATIVA & ENREDO
“Giovanni” foi meu primeiro contato com a obra do James Baldwin, desde já achei a narrativa do autor fluida, imersiva e poética em várias passagens. O enredo foi muito bem construído, ao intercalar passado e presente num mesmo capítulo observamos as camadas da trama sendo conectadas ao longo do texto.

• AMBIENTAÇÃO
O James Baldwin consegue transportar o leitor para a Paris do livro a partir das descrições das ruas, avenidas, bares, cafés, roupas, clima, vocabulário, ao longo das páginas, e isso é incrível um dos pontos mais fortes da obra, ainda mais para mim um apreciador de lugares, paisagens, culturas...geografia.

• LEGADO DA OBRA
Como disse acima o livro em si não é um livro que vem para levantar bandeira LGBT, ou denunciar a opressão e homofobia contra a Comunidade LGBT, e isso não é um ponto negativo, não me entenda mal.

O livro é representativo pois foi um dos pioneiros da literatura por introduzir a homossexualidade, personagens com práticas homossexuais na literatura, o que mais tarde viria a surgir um nicho “Literatura LGBT”.

Publicado em uma época em que a homossexualidade era considerada patologia, uma época onde homossexuais e lésbicas ativistas eram perseguidos (são até hoje), e principalmente onde intelectuais eram desprezados, perseguidos e não considerados artistas, ou artistas periféricos, por abordarem e representarem causas e temas das minorias.

James Baldwin, assim como Oscar Wilde e tantos outros artistas foi duramente criticado e perseguido. Não só por escreverem sobre homossexualidade, mas por serem autores gays, e no caso do James Baldwin, ser negro e gay. E é por isso que “O Quarto de Giovanni” é tão importante para nossa comunidade LGBT.

Não só essa obra, mas qualquer tipo de Arte, que represente um grupo oprimido, uma minoria, é necessária, vital e de suma importância, pois é na Arte que nos posicionamos, fortalecemos e plantamos a semente da tolerância, equidade, empatia, respeito e amor acima de tudo.
ARTE.

Aqui deixo uma playlist representativa para você que assim como eu vive com a Arte de todas as formas, principalmente a música:

Beautiful – Christina Aguilera
Born This Way – Lady Gaga
Firework – Katy Perry
Fuckin Perfect – P!nk
Hero – Mariah Carey
Human – Christina Perri
Ours – Taylor Swift
Stronger – Kelly Clarkson
Who You Are – Jessie J
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M. S. Rossetti 01/07/2023

Clássico redescoberto
Procuro ler obras literárias com temas variados, mas no mês do Orgulho LGBT+ procurei livros com essa temática específica.
Os conflitos entre os personagens principais (Giovanni e David) têm o potencial de acionar diversos gatilhos emocionais nos leitores mais sensíveis (inclusive, eu). Contudo, o autor insinua mais do que revela, o que proporciona uma certa leveza à leitura.
A bissexualidade (B da sigla) é descrita na obra como indecisão de um dos personagens (visão ultrapassada nos dias atuais). Porém, o embate afetivo entre um bissexual e um homossexual abarca praticamente todo o enredo.
Confesso que senti aversão ao personagem David e muita empatia por Giovanni.
Deixo aos futuros leitores dessa obra-prima suas próprias conclusões.
Julia 10/07/2023minha estante
Achei que Giovanni era bissexual e David homossexual em negação, não indeciso!




cmvies 18/04/2024

O quarto de Giovanni
É de fato uma história permeada de dor, sofrimento, indecisão e culpa. Creio que a misoginia excessiva presente nesse livro tenha impedido que eu me conectasse com os personagens e sentisse empatia por eles.
A escrita do autor é por vezes cansativa, as frases em francês sem tradução também me incomodaram um pouco. Mas é um bom livro, especialmente se considerarmos a época em que foi escrito.
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joaoggur 05/11/2023

Apneia no coração juvenil.
?Eu estava terrivelmente confuso. Às vezes dizia a mim mesmo: mas esta é mesmo a sua vida. Pare de lutar. Pare de lutar. Ou então pensava: mas estou feliz. E ele me ama. Estou protegido. Às vezes, quando Giovanni não estava perto de mim, eu pensava: nunca mais vou deixar que ele me toque. Então, quando me tocava, eu pensava: não faz mal, é só o corpo, não vai durar muito. Quando terminava, eu ficava deitado na escuridão, ouvindo-o respirar, sonhando com mãos me tocando, as mãos de Giovanni ou de quem quer que fosse, mãos que teriam o poder de me esmagar e me restaurar.?

Há certos livros (e, consequentemente, certos autores) que suas magistralidades estão centradas ao fato de não exprimirem um contexto, uma cadeia de acontecimentos em si; a genialidade da escrita está no singelo, situa-se em passar o leitor não uma história, mas sim uma série de sentimentos.

?O quarto de Giovanni? é um livro sobre sentimentos. Como James Baldwin afirmou anos depois de seu lançamento, ?[este livro] não é exatamente sobre homossexualidade, é sobre o que acontece quando se tem medo de amar alguém, o que é muito mais interessante.? A precisão do comentário não poderia ser mais real; não sou um jovem-homossexual-estadounidense em meio a um triângulo amoroso entre sua namorada [Hella] e um homem [Giovanni], mas eu consegui entender e me identificar com cada dilema do protagonista. Narrando sua própria história, em muitos momentos eu acreditava que ele estava narrando a MINHA própria história, mesmo nunca tendo passado por tal situação. Pois, como supracitado, não é sobre homossexualidade; é um livro sobre o medo de amar. O medo de saber que alguém lhe ama, que alguém lhe espera. O medo ao perceber que gasta-se todas as horas do dia pensando em alguém. O temor em cair de cabeca na vida, na própria vida.

Em suma, tenho a nítida impressão que a maioria dos jovens que lerem ?O quarto de Giovanni?, lgbt?s ou não, sairão aturdidos e completamente impactos pela leitura, tal como eu fiquei; a tragicidade do livro está em não amar, em não viver. Admito que, finalizando, um ímpeto de vida criou-se em meu peito. A arte é o meu ombro amigo; Baldwin acalentou minhas angústias.

Favoritado.
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Mayandson 15/02/2020

"Nada é mais insuportável, uma vez obtido, que a liberdade." (p.29)

Uma história que assusta, incomoda. O vazio existencial e o amor entre homens que não são capazes de encarar sua própria sexualidade, renuindo entre aceitação e amor; uma autodepreciação.

Uma captura de uma Paris silenciosa nas ruas e barulhenta dentro dos quartos e bares, lugares em que muitos homens podem libertar seus desejos à flor da pele que não têm coragem de assumir fora dos recantos escuros.

É nesse cenário que conhecemos David, um americano que vive em Paris com sua namorada, Hella. Tragicamente, o destino apresenta David ao jovem Giovanni, um italiano que trabalha como bartender, cuja relação (ou não-relação) é contada através da autodepreciação do David que é incapaz de encarar seus próprios sentimentos.

Vai além de um livro aparentemente sobre um romance LGBTQI+ (título complicado ao autor), O Quarto de Giovanni dialoga com questões sociais de imigrantes, com as relações familiares, o amor, o medo, a vergonha, o julgamento moral, o vazio existencial, o abandono e, ainda que muito nas entrelinhas, o racismo.

"Não. Ajudaria se eu me sentisse culpado. Mas o fim da inocência é também o fim da culpa." (p. 148)
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Francisco240 30/05/2022

Um livro poderoso
Um livro com uma Trama "complexa" que vai tratar a respeito da confusão sentimental e a descoberta e conhecimento de si próprio através de práticas sexuais, de ideologias e achismos.
Um livro que foi percussor do romance entre homens que traz à tona diversos problemas sociais e toca em diversos problemas vigentes na época como a homofobia, segregação racial e xenofobia.
É minha sincera opinião, creio que o livro se encaixa muito bem como uma literatura de protesto gritante.
Margô 02/06/2022minha estante
Huuummm... O seu comentário me chamou atenção!! Valeu Francisco!


Francisco240 03/06/2022minha estante
Fico feliz em saber gostou de minha resenha?


Margô 03/06/2022minha estante
Ah sim, gostei e veio a calhar com a leitura que acabei de realizar," O parque das irmãs Magníficas "




Catarina42 18/12/2020

Um retrato sensivel e real da nossa sociedade
Esse livro me envolveu nas primeiras paginas com a frase " e a grande dificuldade da vida e dizer sim" NOS 8% EU JA SABIA QUE IA ME ENVOLVER, AMAR E ME ENTREGAR A ESSA HISTORIA....so nao sabia que seria tanto assim. O livro e contado com um tom muito poetico que nao me atrapalhou e me fez so imergir cada vez mais. O que eu posso dizer desses personagens alem de simplismente reias com acertos e erros.A trama gira a partir de David que se encontra apaixonado por Giovanni e tendo que lidar com aspectos sociais e com os proprios pensamentos internalizados nele mesmo sobre aquela paixao ser um "erro", os conflitos aqui sao tao sinceros que os senti a flor da pele e igual ao David me encontrei tambem apaixonada pelo Giovanni. Tambem sofri pelos personagens, chorei por eles. Esse livro apesar de pequeno tem muitas mensagens e ensinamentos e acho necessario tambem para pessoas alem da comunidade. Vou panfletar demais, um dos livros queridinhos do ano e to muito ansiosa para conhecer mais obras do autor.
Bibiana Marchetti 19/12/2020minha estante
Agora fiquei com mais vontade de lerr


Catarina42 19/12/2020minha estante
AHHHHH VAI AMAR




luisa 28/08/2021

favoritado ? li o livro em quatro dias apenas, mas por muito mais lembrarei das angústias narradas por David. fiquei obcecada pelo livro e entrei fundo na mente do narrador. isso pra mim é mérito do imenso talento de James Baldwin. sentir a dor, ambiguidade, vergonha, nojo e o ódio presentes no interior de David foi duro, mas também transformador. já quero ler mais do autor.
Miguel 28/08/2021minha estante
Luísa, vi que vc gostou pra caramba do livro, mas fiquei confuso com a avaliação de estrelas - quatro e meia. Por que vc deu essa nota apesar dos elogios abaixo? Fiquei super curioso mesmo, especialmente porque eu sou um cara que se agrada fácil, difícil seria eu dar menos do que cinco estrelas. Hehehe. Tu poderia jogar uma luz pra mim? Abraço!


luisa 28/08/2021minha estante
oie!! só tirei meia estrela porque me incomodei com as frases/expressões em francês sem traduções ao longo do texto (não entendia nada kkkkkk) mas isso é algo bem pessoal mesmo. ia escrever ali mas esqueci hehe que bom que tu perguntou!!


Miguel 28/08/2021minha estante
Nossa, eu tô lutando com o Os trabalhadores do mar justamente por causa desse tipo de coisa. Além do francês eles tacaram latim ali no meio e eu fico irritado com esse trem.


Manu 29/08/2021minha estante
Tudooooo


luisa 29/08/2021minha estante
minha deusa que me emprestou duas histórias incríveissss




Luciano 07/02/2021

Sobre pessoas perdidas e solitárias.
As personagens deste romance de James Baldwin parecem estar tentando se encontrar com tanto esforço que acabam pecando por "tentar demais" (se é que isso faz algum sentido) e magoando os outros ao redor durante esse processo. São pessoas egocêntricas e, principalmente, solitárias. A homoafetividade é descrita de maneira bastante depreciativa, e eu confesso que não tava esperando por isso, apesar de ser uma obra da década de 50. Acho que minhas expectativas que foram equivocadas, so that's on me. Daria 4 estrelas se o personagem principal (que infelizmente também é o narrador do romance) não fosse um completo babaca.
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Pavozzo 16/12/2022

Complexidade emocional
Um jovem americano decide viajar à Paris após um grave acidente quase lhe custar a vida. Com uma infância marcada pela ausência da mãe, a bebedeira do pai e da rudeza de uma tia, David espera encontrar na "cidade luz" aquilo que sentia não receber em casa.

De fato, ele encontra: conhece Giovanni, um jovem italiano que trabalha como barman em um lugar frequentado por pessoas "excêntricas". Nascerá então daí uma relação intensa, repleta de altos e baixos, e com o potencial de tanto reformar quanto destruir.

Qual é o problema de David? Reduzir o seu conflito a uma mera questão de sexualidade reprimida é fazer o que autor disse para não fazer: "meu livro é menos sobre a homossexualidade do que sobre o que acontece quando você tem tanto medo que acaba não conseguindo amar ninguém...", e isso é verdadeiro - nenhum de seus relacionamentos são felizes, David está sempre tomado por emoções contraditórias; sente o desejo e ao mesmo tempo a repulsa, ama e odeia, sorri e sente náuseas...

Como descritor de um conflito, achei Baldwin muito bom, a ponto de interessar-me pela leitura de suas outras obras. Senti falta de uma "chave" que explicasse David e que lhe desse alguma orientação. Começar pelo final e depois voltar no tempo é algo que não me agrada.

Tudo isso não é nem 1/3 do que senti sobre este livro. Mas o resto, caro(a) Skoober, é assunto para uma conversa de bar...

Quem sabe em Paris, onde tantos parecem buscar refúgio e acabam se perdendo...
Thiago275 27/02/2024minha estante
Suas resenhas são incríveis e instigam a leitura! E seu fino humor também é muito agradável de ler hehehe




Aline.Rodrigues 04/01/2022

Descobrindo novos autores favoritos...
O segundo livro de Baldwin que leio e termino grata por ter a oportunidade de conhecer obras tão sensíveis como essa, assim como Terra Estranha é.
Livrinho curto mas denso e profundo, mas que termina na hora certa, deixando aquela angústia, a que se propõe o autor: "Vale a pena?", "Em nome da moralidade?".

Ele entrou para a minha lista de autores favoritos.
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Luciara 25/07/2022

Que escrita maravilhosa a de James Baldwin. O conflito dos sentimentos de David são quase palpáveis. Amor e ódio é o que ele sente por Giovanni, e ao mesmo tempo por si mesmo desde que amou um homem pela primeira vez. O talento de Baldwin é notável ao escrever sobre a homoafetividade num período já marcado pela homofobia.
char_benji 25/07/2022minha estante
obrigado pela resenha, eu adicionei recentemente à minha wishlist e ainda não tinha visto nenhuma!




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