spoiler visualizargabbie 25/03/2021
Sentimentos conflitantes
Fazia tempo que uma escrita não me pegava tanto! Eu fiquei encantada com a maneira que a autora firmou a estrutura do livro, foi o que mais me fez ficar grudada nele. No entanto, tenho que pontuar que, cara, eu fiquei reticente sobre várias questões, em especial mediante de alguns (quase todos) personagens. Resolvi ler o livro por causa da minha memória afetiva com a série de televisão, e já esperava que teria de fazer vista grossa para várias coisas se quisesse aproveitar a experiência, mas existem limites para algumas paradas. Chuck é um nojento. Não tem como gostar desse personagem e, se na série ele já era problemático, nesse livro isso é elevado à quarta potência. Sério, HORRÍVEL.
Blair era uma personagem muito especial pra mim quando eu assisti ao seriado, e eu não odiei ela no livro, apenas lamentei que, ao entrar na cabeça dessa personagem, toda a magia que ela tinha na série se dissipou. Aqui ela não fede nem cheira, e muitas vezes é bem da babaquinha. Ela também não era nehum cristal lapidado na série, mas pelo menos nós tinhamos o carisma de Leighton Meester para garantir a nossa simpatia.
A Serena foi quem mais me surpeendeu, sinceramente. Eu particularmente nunca a odiei na série, mas acho que a Blair roubou os holofotes dela por lá, o que no livro não acontece de jeito nenhum. Serena tem muita presença aqui, mais do que qualquer outro personagem, eu devo dizer. Com certeza ela está longe de ser perfeita, mas eu sempre gostei de personagens com uma bagagem dúbia. Aqui, ao mesmo tempo que a Serena é muito simpática, ela também faz VÁRIAS coisas questionáveis, e nunca parece refletir sobre e assumir os erros de forma orgânica. Pra mim, é a personagem mais bem construída desse livro, e eu me peguei sorrindo mais de uma vez com ela em cena. E, cara, é muito bom você sentir simpatia por um personagem que não precisa ser uma Mary Sue da vida. Pra mim esse é ponto mais alto do livro. Chuck Bass é o mais baixo.