O Capote / O Retrato

O Capote / O Retrato Nikolai Gógol




Resenhas - O Capote seguido de O Retrato


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Guilherme.Gomes 04/10/2019

3,5 / 5
Curti mais o segundo conto do que o primeiro. Enquanto "O Capote", que tem um boa história, apresenta toda uma situação real e tenta encerrá-la de forma, digamos, "fantástica" (o que não me agradou), em "O Retrato" cria-se um ambiente tão misterioso e tenso, que qualquer desfecho, por mais surreal que seja, parece plausível. E é exatamente o que acontece, aliás, com um excelente final.Vale a lida.
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Paulo Sousa 22/02/2019

O capote, de Nikolai Gógol
Livro lido 3°/Fev//9°/2019
Título: O capote, seguido de O retrato
Título original: Shinel
Autor: Nikolai Gógol (URSS)
Tradução: Roberto Gomes
Editora: L&PM
Ano de lançamento: 1842
Ano desta edição: 2000
Páginas: 178
Classificação: ??????
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"(...) mais de uma vez no curso de sua existência ele arrepiou-se vendo o quanto o homem acumula em si de desumanidade, ao constatar que grosseira ferocidade se esconde por debaixo de maneiras polidas" (Posição no Kindle 38/2%).
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Tenho para mim que a melhor literatura é aquela que conduz o leitor por um encadeamento mágico, onde cada livro é um ponte para o próximo. Livros que instigam a leitura de outros são sempre maravilhosos, e não me refiro especificamente aos famosos "diários de leitura", mas às narrativas que trazem em seu bojo referências literárias quase sempre elogiosamente bem vindas.
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Li há pouco ao belo "O xará", da escritora britânica com raízes indianas Jhumpa Lahiri. Ali, como o próprio título, é narrado a vida e os infortúnios de Gógol Ganguli, claramente uma referência à predileção do pai do Gógol personagem pelo Gógol escritor. Em várias ocasiões o livro de Lahiri alude a algum livro do contista russo. Tive de buscar algo dele para ler e me deparei com esta edição da L&PM contendo dois dos mais famosos contos do escritor russo Nikolai Gógol, "O capote", logo seguido pelo conto "O retrato".
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Ambos contos razoavelmente longos, trazem, no melhor exemplar da literatura fantástica, duas historietas muito bem escritas, de frases lindamente esculpidas. Não bastasse os infortúnios e reveses que ambas possuem, ainda tem o acréscimo de serem concebidas com fortes doses de elementos fantásticos, surreais, a cujos matizes trazem de verdade um clima de suspense ao leitor. Não são propriamente estórias de fantasmas ou de terror, mas não negam essa qualidade quando narram, no caso de O capote (esse gostei mais), do infortúnio tão desnecessário a que é submetido Akaki Akakiévitch devido ao sumiço de seu capote novo, que a duras penas é adquirido por ele. Ou mesmo dos elementos nada comuns de "O retrato", que fazem o leitor pensar em como o ser humano é uma superfície rasa onde se escondem os mais vis defeitos.
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Ambos são amostras singulares de boas leituras, de um quilate diferenciado. Não por engano, o avô de Gógol Ganguli, transmitiu o seguinte conselho a Ashoke, pai do xará do grande Nikolai: "Leia todos os russos. Eles nunca decepcionam!"
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Señorita Li 13/01/2019

A surpresa de ?o retrato?
Comprei o livro já que queria ler o capote. Achei o conto ok mas não amei.
Já o retrato... Adorei o conto, o desfecho, a escrita, tem passagens extraordinárias, me surpreendeu muito!
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Iara.Vianna 16/06/2017

Gostei.
Faz pensar em como não lembramos e nem prestamos atenção nas pessoas em torno de nós.
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Israel145 27/11/2015

Nikolai Gógol talvez seja o autor russo que mais flertou com o fantástico em sua obra. Autor de obras-primas como Tarás Bulba e Almas Mortas, em que retrata desde a vida dos cossacos ao campesinato russo de maneira impecável, Gógol também se aventurou pela seara do fantástico contando “causos” russos com detalhes pra lá de curiosos, onde registrou o fabulário e a imaginação de sua gente em contos divertidos e inesquecíveis, retratando principalmente os costumes da Ucrânia, sua terra natal.
Nestes 5 contos, Gógol com seu estilo leve e divertido, recheado com um suave lirismo, conduz o leitor ao mundo mágico do imaginário Russo.
Em “O Capote”, vemos a história de Akáki Akakievitch, um funcionário público medíocre que se esforça para trocar seu velho e surrado capote por um novo, visto que o mesmo é motivo de risadas e escárnio dos que vivem à sua volta. Esse conto, talvez o “menos fantástico de todos” expõe o singular sistema de hierarquias dos funcionários civis russos. Apesar de não ser o mote principal do conto, todo o mecanismo de funcionamento da máquina estatal russa é exposto aqui, com implicações importantes no desenrolar da história. Apenas no final, Gógol se deixa levar pela sua tendência ao fantástico, mostrando o destino do protagonista principal. Ótimo conto.
O conto “Diário de um louco” talvez seja o mais “sério” dessa lavra, onde o nome do conto dá o mote da história. O interessante é que o autor, ao mostrar o ponto de vista do louco, nos expõe a uma certa insanidade reflexiva. Será se o louco do conto é louco mesmo? Talvez o autor, por já ter tido crises nervosas, tenha usado a si próprio para compor o personagem, já que pela estrutura do texto ele parece ser conhecedor profundo do tema.
“O nariz” outro conto muito conhecido do autor é uma brincadeira estilo “Dr. Jekyll e Mr. Hyde”. A diferença que o “lado maligno” é um nariz que salta do rosto do personagem e sai aprontando diabruras por toda parte. Altamente divertido. Aqui podemos ver a faceta de brincalhão do autor em seu estado mais puro.
Os dois últimos contos “Noite de natal” e “Viy” são os que mais se enquadram na categoria de fantástico, onde o autor, como mesmo diz no início do texto, retrata a história tal qual ouviu. Trata-se de histórias do folclore ucraniano onde personagens como o diabo e bruxas se relacionam com os humanos com grande naturalidade. São contos extensos que poderiam até ser classificados como novelas que mostram a capacidade do grande contador de histórias que foi Gógol. Nesses contos, o ideal é relaxar e se deixar levar pela curiosa cultura russa e seus personagens curiosos. Ótimo livro.
Bells 27/11/2015minha estante
Fantástico.




Jonara 15/04/2010

Rápido e bastante divertido, o primeiro conto fala sobre um sujeito introvertido e esquisito usa um capote tão velho que ele próprio é apelidado de o Capote. Quando ele vai ao costureiro conserta-lo, descobre que não será possível... terá de fazer um novo capote. Para seu desespero o capote custa muito, muito dinheiro, mas à medida que ele trabalha e se esforça para ter o novo casaco, ele começa a sonhar com a roupa, e sua vida monótona passa a ser cheia de ansiedade e fantasia. O conto é muito interessante e as esquisitices do personagem são muito bem detalhadas. Adorei.
Já o segundo conto - O Retrato - é dividido em duas partes. A primeira conta a história de um pintor possivelmente talentoso mas sem dinheiro, que compra um retrato de um sujeito com olhos muito penetrantes. Ele começa a sonhar com o homem do retrato, e sonha que ele lhe empresta dinheiro para investir em sua carreira. Num dia de desespero, ele descobre dinheiro dentro da moldura do retrato e sua vida muda completamente. A segunda parte conta a história do retrato. Bem...não gostei muito deste segundo conto, apesar da primeira parte dele ser interessante. A segunda achei terrivelmente tediosa...
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