Gente pobre

Gente pobre Fiódor Dostoiévski




Resenhas - Gente Pobre


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Isadora 02/02/2024

Personagens que vivem
Impressionante como parecia que eu estava lendo uma troca real de cartas entre os dois. Eles falavam por si. A sutileza do que fica oculto entre linhas enriquece ainda mais a nossa interpretação. Uma construção lírica diferenciada. É uma daquelas obras em camadas que te leva a ler e a ler até terminar.
"A literatura é um quadro, quer dizer,é um tipo de quadro e de espelho; é a expressão de uma paixão, uma crítica daquelas bem agudas, uma lição edificante e um documento."
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Marjory.Ueki 30/01/2024

Triste, triste, triste e um final sem tempero.
Confesso que inicie empolgada, acreditando na evolução dos personagens, esperando um desfecho dos protagonistas o que não ocorreu. Aconteciam desfechos de coadjuvantes muito bem construídos, com histórias interessantíssimas, mas que para o autor, não eram seu foco. Acabava por literalmente do nada matar eles, sem motivo nenhum em meio ao desenvolvimento da história. Focando sempre num personagem ?véio babão? que tem ali uma paixão velada, por uma jovem que não é sua parente, mas se diz ser quase e sempre a cortejando (nojento, pois se se dizia quase um parente, como protetor da moça), nunca se declarando, ao final já que era do feitio do autor, também cairia melhor que tivesse matado o véio também de uma vez. Aff Me desculpem os cultos, letrados, fãs da obra, mas como obra inaugural Dostoievski não me cativou.
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Larissa1218 28/01/2024

Trouxe um retrato interessante da pobreza nesse contexto da São Petersburgo de 1800. É escrito exclusivamente em cartas entre dois personagens pelos quais não consegui criar muito apreço. Ainda assim, me fez refletir sobre como a pobreza não apenas priva das necessidades básicas e do conforto, mas também fere a honra das pessoas.
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kafkiana 04/02/2024minha estante
QUE TEXTO MARAVILHOSO




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Bella 27/01/2024

Primeiro contato que tenho com as obras de Dostoievski e me surpreendeu muito! Que escrita rica (chega a ser engraçado falar isso, tendo em vista o nome do livro). Me peguei várias vezes relendo frases do livro simplesmente pelo encantamento que a estrutura delas geraram em mim. Romance epistolar que cativa nossa curiosidade com o tempo.
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Aurélio 26/01/2024

Gente pobre é um romance epistolar que narra as conversas entre Makar e Varvara, suas cartas são muitas vezes relatos do seu cotidiano, e mostram ao leitor a miséria e pobreza de suas vidas. A relação entre os personagens é louvável, uma vez que ambos se amam como pai e filha, e também se ajudam mutualmente a passar pelos percalços da vida. Makar é um homem muito observador, e faz questão de evidencias isso em suas cartas?que costumam ser as mais longas e prolixas? e também uma pessoa de bom coração, por se compadecer das pessoas e às vezes até dar dinheiro (que ele precisa muito) pra elas, (mas não se preocupe porque ele é recompensado depois por Deus). Já Varvara tem menos tempo para escrever, pois além do trabalho, ela vive doente. Há alguns problemas, no entanto, nessa relação, porque Makar é um homem obcecado por Varvara, e faz de tudo para tê-la em seu alcance, uma vez que seu grande medo é a solidão, e ela é sua única amiga. Mas ainda assim, as protagonistas compartilham momentos de desespero e vitória juntos, e sempre contam com o apoio mútuo. Além disso, o livro também fala de relações de poder, e como ser reconhecido pode ser tão valioso como um bom montante de dinheiro, ou como o casamento é visto mais como negócio do que como amor; também nos faz refletir a fragilidade da vida e a espreita constante da morte. Esse é o primeiro livro de Dostoiévski, e já aqui eu percebi que ele trabalha o enredo de um jeito parecido (embora menos maduro) com o de ?noites brancas?. Enfim, uma boa e rápida leitura, ideal para quem gostaria de começar ou se aprofundar no autor
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Carolina 25/01/2024

Livro bom
É um livro epistolar, ou seja, acontece apenas por meio de troca de cartas.

Não acho que chega a ser uma grande obra, mas o trágico fim de Bárbara aperta o peito de qualquer mulher, assim como a história em si dela é de Makar.

Vale a pena ser lido um dia por vc!
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Leonardo910 24/01/2024

Fantástico!
O livro é uma troca de cartas entre Makar e Bárbara, parece simples e tediosa por ser uma história contada deste jeito, mas se torna emocionante com o passar do tempo.

Do meio para o fim consegui sentir muitos dos sentimentos que os personagens sentiam, é de apertar o coração.

Recomendo muito!
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Victória 22/01/2024

Resenha| Gente Pobre
Um clássico que retrata a realidade da vida dos pobres. As dificuldades, sonhos, tristezas. Achei que o formato das cartas deixou o livro mais agradável de ser ler. Acredito que seja meu terceiro livro da literatura russa, e eu não encontrei dificuldades quanto a escrita.
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Sophi 21/01/2024

Esperava muito mais
Antes de tudo tenho que dizer que esse foi meu primeiro russo. Queria conhecer as obras de Dostoievski, vi citações desse livro, indicação de começar por ele, e pensei que seria apropriado como primeira leitura do autor.
Nesse romance epistolar (contado através de cartas) acompanhamos as trocas entre Makar e Varvara, onde se queixam de sua pobreza por vezes extrema.
O livro conta com muitos personagens secundários, muitos nomes são apresentados (todos difíceis(russos)) e torna a leitura um pouco maçante. Muitas vezes eu me peguei lendo com os olhos sem ter prestado atenção em uma palavra sequer das últimas cinco páginas.
Essa foi a primeira obra de Dostoievski então é de se esperar que seja mais fraca, acho que não é um bom começo porque pode desestimular o leitor a ler outras coisas do autor, mas continuarei procurando o appeal dos russos.
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anacarolsbr 20/01/2024

"A infelicidade é uma doença contagiosa"
Um livro de 1846 que ainda se conecta com a realidade atual dos indivíduos dentro da sociedade.
É minha segunda leitura de Dostoiévski e apreciei bastante a forma como ele conseguiu relacionar a depressão e as diversas consequências que a falta de dinheiro causa, o desfecho da história foi tão triste que terminei o livro em lágrimas. O retrato da miséria e do abandono.
Também gostei muito da forma de escrita em cartas, uma leitura que certamente acima de tudo me acrescentou muitos valores. Me senti um pouco melancólica ao finalizar, mas esse é um sentimento constante sempre que leio as obras do autor, causada pela profundidade e realidade relatada.

"Eis que chegou ao fim esta época! Das lembranças do passado, é pouco o que levo de agradável para minha nova vida"
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leandrasouzaa 19/01/2024

Um grande mediano
História que não me conectou com os personagens, bem mediano e sem acontecimentos na historia, so dois arcos me agradaram e o resto foi bem chato de ler, dormi na leitura 2 vezes ?
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Alan Santana 19/01/2024

Gente pobre
Gente Pobre é um romance social que revela aspectos da vida das pessoas pobres da Rússia do século XIX. É a obra de estreia de Dostoiévski na literatura e, como o gênio que já era, produziu uma obra prima (mesmo que essa obra seja ofuscada pelo brilho de seus romances posteriores).

É composto na forma de um romance epistolar entre dois personagens, um homem de meia-idade chamado Makar e uma jovem recém-saída da adolescência, chamada Bárbara. Ambos possuem um grau de parentesco distante e Makar é timidamente apaixonado por Bárbara, que é incapaz de corresponder com o mesmo sentimento, nutrindo por Makar apenas um sentimento de amizade afetuosa e gratidão.

Nas cartas endereçadas um ao outro é possível observar as pequenas alegrias e as tristezas dessas duas personagens, onde Dostoiévski mostra uma habilidade impecável de revelar os pensamentos ocultos, não falados, e a consciência de ambos; o que se lê nas entrelinhas das cartas é muito mais importante do que está à superfície de seu conteúdo: Makar é um personagem em constante conflito interno; há uma luta interna entre seu amor por Bárbara e a consciência da impossibilidade do mesmo e uma outra luta para tentar manter sua dignidade e seu amor-próprio frente às humilhações a que é submetido em função de sua condição social e do estado de miséria a que é rebaixado por causa de Bárbara, a quem cobre de presentes que mal pode pagar. Já Barbara é uma personagem bem menos complexa, mas é muito bem retratada sua angústia em ver Makar se afundar na miséria, de não poder corresponder ao seu amor e ao mesmo tempo sua alegria em receber esses mimos e presentes que ela mesma não poderia comprar.

Makar sempre aceitou pacificamente sua condição de copista, apenas se incomodava ao saber que algumas pessoas consideravam copistas seres desprezíveis e ridículos. Porém, essa aceitação incondicional da propriedade social é abalada frente à sua incapacidade de proteger Bárbara do que a amiga está passando. Quando se encontra no ponto mais crítico da miséria, onde é humilhado pelos convivas, oprimido pela senhoria e sente-se atormentado pelo aspecto maltrapilho que tem, Makar se entrega à bebida. Ao estar bêbado em uma das ruas elegantes de São Petersburgo, coberta de luxo, passa a questionar-se por que ele e Barbara estão condenados à pobreza enquanto alguns já nascem em berço de ouro.

Essa premissa atinge seu ápice quando Makar é chamado à sala de seu chefe para ser repreendido por um erro que cometeu ao fazer uma cópia de um importante documento. Ao entrar na sala, sua aparência não difere muito de um morador de rua, e o único botão que ainda segurava seu casaco estoura no momento que vai se desculpar. Seu chefe, comovido pela situação desesperadora de seu funcionário, oferece 100 rublos a ele, que tenta beijar a mão do chefe em agradecimento. Nesse momento, o chefe de Makar, constrangido, retira a mão no momento do beijo e a estende para um aperto de mão mais igualitário. Ao contar o ocorrido a Barbara, Makar diz que os cem rublos ?não significam nada para mim quanto ao fato de Sua Excelência ter-se dignado a me estender a mão, logo a mim que não sou nada além de um bêbado inútil?.

Ainda caracterizando o romance social, as cartas de ambos contém histórias paralelas sobre pessoas que moram na mesma casa/pensão. Um dos casos mais marcantes é o de Gorchkov, que vive com sua família (esposa e três filhos) na mais profunda miséria, que é sempre caracterizada na obra de Dostoiévski como um silêncio assombroso e antinatural, como se o sofrimento e a tristeza fossem tão grandes que não existe espaço para lamentações. Em determinado trecho Makar conta a Bárbara que o único som que ouviu do cômodo onde os cinco viviam foi ?um soluço, como se alguém estivesse chorando tão baixinho, com tanta tristeza que cortava o coração?.

Essa é a grande crítica social que Dostoiévski quis abordar, e fazer um apelo aos ricos que assumam a responsabilidade moral para com seus conterrâneos menos afortunados, bem como expressar que a condição social de uma pessoa não determina o valor moral de sua humanidade nem diminui seu direito à dignidade.
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