Gente pobre

Gente pobre Fiódor Dostoiévski




Resenhas - Gente Pobre


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Bruna 17/09/2020

Obra-prima
Esse é o primeiro livro que leio de Dostoiévski, o escolhi por ser o primeiro livro escrito pelo autor e por ser pequeno, a fim de me habituar com o seu estilo antes de encarar outros livros maiores. Me acostumei quase que imediatamente com a narrativa e a leitura fluiu muito bem.

O livro é um romance epistolar (escrito através de cartas), o que me agrada muito, e essas cartas são trocadas entre os dois personagens principais, Makar e Bárbara.

Os personagens são impedidos de viver um romance, primeiro pela diferença de idade entre eles, segundo pelo grau de parentesco distante e terceiro pela condição de pobreza que ambos se encontram.

Algumas passagens do livro são de cortar o coração, pela imagem da miséria que se forma, quantas dificuldades, humilhações e privações passam uma pessoa pobre?!

Após uma situação boa acontecer com Makar, seu ânimo e força de lutar pela vida muda, e pouco a pouco ele vai conseguindo mudar sua realidade, e de seu amor, Bárbara, porém, a felicidade dura muito pouco...

Quantas vezes somos assim em nossas vidas também, procuramos externamente incentivo para correr atrás dos nossos sonhos e objetivos, quando na verdade a força para mudar está dentro de nós, e devemos encontrá-la antes que seja tarde.

Deixo uma passagem do livro que vai de encontro com meu objetivo de vida atual, que é ler grandes obras, obras-primas, que estão facilmente ao nosso alcance:

“Mas agora li o seu livrinho O Inspetor; e é caso para pensar, querida, como se pode viver no mundo e não saber que se tem ao alcance da mão uma obra, na qual se descreve uma vida completa, com todas as minúcias, como se fosse uma pintura. E soube muitas coisas com que nunca sonhara. É a sensação que se experimenta ao principiar a leitura de um livro assim; mas depois, pouco a pouco, à medida que se vai lendo, vamos descobrindo novas coisas, acabando por as compreender e as ver com toda a clareza.” (Dostoiévski, Fiódor. Gente pobre)
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JK | @analisespitorescas 13/10/2020

Descomplicando Dostoiévski
Já ouvi falar que literatura russa é complicada e tal. Mas as histórias são tão descomplicadas...
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Irei resumir Gente Pobre, primeiro livro de Dostoiévski, para você.
Pega a visão 🤏🕶️😳
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Você tá de conversa com alguém (seja amizade, contatinho, que seja). Com a pandemia aí, fala rotineiramente com a pessoa pelo zapzaperson/izap newton/WhatsApp. E fala sobre sua vida, como foi o dia, manda memes, fofoca e tudo mais.
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Mas o que você faria se estivesse no século 19?
Mandaria cartas, ora mais.
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A linguagem é epistolar que acaba dando a sensação de como se você estivesse lendo (bisbilhotando) as cartas trocadas entre dois vizinhos (Léo Dias chora).
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Como o nome do título já propõe, os dois são pobres e relatam sobre várias coisas da vida. Tem alguns momentos que acabam sendo verdadeiros golpes na alma.
Um livro tão antigo, mas tão atual.
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Recomendo demais a leitura. Você irá amar.
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Léo 15/10/2020

Pobre gente em Gente pobre
Ler o primeiro romance do grande Dostoievsk gerou uma grande expectativa em mim, já que eu sempre tive uma admiração pelo autor desde a leitura de Crime e Castigo, primeira obra que eu tive contato.
Ainda bem que estamos falando de Dostoievsk, não é?! O romance espitolar Gente Pobre coloca o leitor em contato com dois personagens em momentos divergentes da vida, mas que possuem em comum, a situação financeira extremamente degradante. Ambos vivem no subúrbio da cidade de São Petesburgo e lutam diariamente para ter o básico necessário.
Sem entrar em tantos detalhes sobre a obra, destaco que Dostoievski consegue trazer uma imersão do leitor à realidade de dois personagens incrivelmente bem desenvolvidos. É impressionante observar o quanto Dostoievski consegue criar personagens tão vivos e marcantes em suas obras.
Por fim, destaco que minha experiência literária foi muito agradável e mais uma vez Dostoievski tirou a minha mente da zona de conforto.
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LairJr 20/10/2020

Nada além de genial.
Em seu romance de estréia vemos toda a genialidade e do autor, a qual o acompanha em toda sua rica obra. O livro traz uma abordagem sempre atual sobre a pobreza, a visão do pobre sobre si e o seu lugar em meio a uma sociedade regida pelo capital.
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Marcos 24/10/2020

Eu comecei a me interessar por literatura esse ano, ''Gente Pobre'' foi se não me engano, o segundo livro que eu li, sendo o primeiro do Dostoiévski que por coincidência é também o primeiro romance do mesmo, e logo de cara já virou o meu favorito e acho que vai ser difícil alguma outra obra superar o que eu senti.

Gente Pobre é um romance epistolar que mostra a troca de cartas entre Makar Diévúchkin (um funcionário público de meia idade) e Várvara Dobrossiélova (uma menina jovem e orfã), o nome da obra não é sem motivo, os dois vivem na extrema pobreza e Dostoiévski explora essa miséria para criar um clima ao mesmo tempo amoroso e doloroso.
Conforme mais cartas se lê, mais se percebe o quão indigentes eles eram ao olhar da sociedade da época, um só tem ao outro, essa amizade serve como um combustível para que vivam, um carinho que vai aumentando, um carinho tão grande que nem a privação material os impede de trocar coisas materiais.
É uma obra que esmiúça o amor verdadeiro, puro e ático, nenhum dos dois tem nada a perder a não ser o afeto mútuo.

Apesar de bastante doloroso, não é uma obra que só fica nisso, ela não perde o seu ar sentimental com a dor, a pureza na troca de palavras dos dois é disseminada a todo momento, é sentimental.. é bonito.
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Haime 25/10/2020

Belô ponta pé!
Primeira obra do autor e achei genial a forma que é retratada a miséria, o apelo religioso além desses fatos que marca muito, me pareceu que autor colou em seu personagem Markar algo íntimo dele próprio " ... a procura do estilo ...".

O livro decorre em trocas de cartas, entre dois amigos miseráveis que se apoia nas pequenas alegrias e tristezas.
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Victor Dantas 01/11/2020

Que tipo de Gente Pobre somos?
Essa foi minha segunda experiência com o Dostoiévski. Dessa vez tive a oportunidade de ler seu romance de estreia “Gente Pobre” (1846).

Aqui conhecemos um pouco da vida do Makar e da Varvara, que compartilham de uma amizade e seus diálogos se dão através de cartas, em quais ambos relatam seu cotidiano, situações triviais, anseios e angústias. Nesse sentido, o romance é estruturado de forma epistolar.

Apesar da diferença de idade entre os dois, ambos compartilham de uma mesma situação, a pobreza e a vulnerabilidade socioeconômica, em uma Rússia monárquica, aristocrática e extremamente desigual.

Makar e Varvara não só protagonizam o romance, como representam também a Gente Pobre que o Dostoiévski toma como referência e base para tecer toda trama.

A pobreza aqui inserida se desdobra de duas formas: a pobreza material, em termos de poder aquisitivo e a pobreza social instituída na época por um sistema aristocrático, o qual o autor tece suas críticas implícita ou explicitamente, seja através da sátira ou de situações tragicômicas.

Ao mesmo tempo que vivem numa situação de pobreza, os personagens também compartilham de uma riqueza.... a riqueza da humildade, do altruísmo, da empatia social, valores e princípios.

Sendo assim, o Dostoiévski utiliza de seus ideais de um socialismo “perfeito”, de uma coletividade social e a nobreza de sentimentos humanos, esses três, como sendo a base para o progresso da sociedade, a qual o autor defendia.

Dessa forma, tanto o Makar quanto a Varvara personificam a esperança de uma sociedade subjugada, das minorias silenciadas e exploradas pelo sistema político e econômico da sua época.

Apesar de ser um romance que fala de uma sociedade, tempo e espaço específico (e aqui eu peço que você, leitor do século XXI, considere isso quando for analisar a obra), o romance levanta questões que ainda são atuais em nossa sociedade, mesmo depois de dois séculos...

No romance, a maior preocupação tanto do Makar e quanto da Varvara é o despejo do lugar onde eles vivem, que se diga de passagem está longe de ser considerado uma moradia digna, afinal, eles moram em um quartinho um de frente para o outro praticamente, em situação de insalubridade extrema.

A partir dessa situação, vemos o quanto um lar é importante, de como você ter um teto sob o qual você pode se proteger e se recolher, é ainda um privilégio para poucos...levando em consideração que no Brasil, por exemplo, segundos dados da Abrainc e FGV (2019), existe um déficit habitacional de 7,7 milhões, isso mesmo, 7,7 milhões de brasileiros sem possui uma moradia regular.

Por fim, é um romance que possui uma carga pesada de sentimos negativos, de uma desesperança, miséria. Dependendo de sua sensibilidade, a narrativa do Dostoiévski pode fazer com que você sinta essa angústia que os personagens compartilham... uma narrativa sinestésica.

Mesmo sendo sua estreia na literatura, o Fiódor já dava indícios do quanto sua obra seria representativa socialmente falando, e de como a Gente Pobre seria seu principal trabalho de campo, seu objeto de observação e reflexão.

Mais que recomendado.
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Bru 10/11/2020

Estou gostando muito de acompanhar as obras deste autor, até agora gostei de todas. É incrível a maneira de como ele aborda questões filosóficas e psicológicas em toda sua escrita, a maneira como ele deixa o leitor refletindo após cada pensamento.

Em Gente Pobre temos um romance epistolar, bem diferente de suas outras obras, porém, como todas as outras (pelo menos as que li até aqui), ela nos traz personagens profundos, que nesse livro nos levam ao seu mundo trágico, de sofrimento, pobreza e desolação. A construção psicológica dos dois protagonistas é óbvio que também chama a atenção, assim como a crítica social.

Ler Dostoiévski é sempre uma aventura, uma aula sociológica, um soco no estômago. O autor mostrou sua genialidade logo em seu primeiro romance.
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Ana Paula Avila 23/11/2020

Primeira obra de Fiódor Dostoiévski
Romance epistolar com uma história que se passa num bairro miserável de São Petersburgo, onde o funcionário público (conselheiro titular) Makar Diévúchkin, copista de meia-idade que trabalha em uma repartição pública de São Petersburgo e sua vizinha, uma menina adolescente chamada Várvara Dobrossiélova vão trocando correspondências. Apesar de ter sentimentos amorosos por Várvara, Makar sabe que ficarem juntos nunca será possível, isso por conta da diferença de idade e da situação financeira de ambos, porém, isso não o impede de ser seu protetor, de demonstrar seu afeto e de orientá-la sempre através de cartas.
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Atila.Carlos 21/12/2020

Mais um belo livro desse mestre. Dostoiévski aqui consegue, no seu melhor jeito, nos revelar seus personagens, porém de forma diferente de seus romances, uma vez que se trata de uma novela.
Angustiante e real. Ler Dostoiévski é ter acesso as malezas das experiencias do que é viver, de forma primorosa, literariamente falando.
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Carolina.Gomes 02/01/2021

Conheci esse livro participando de um projeto ? Lendo Dostô em ordem cronológica?. A principio não me encantei pela obra, mas a medida que fomos trocando impressões, fui compreendendo melhor as questões abordadas e a relevância da obra. Dos livros da 1ª fase, foi o que mais me agradou depois de Noites brancas. Contudo, não me arrebatou.
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