Jamily 19/10/2020
Resenha - Querido John
Mano, como eu começo essa resenha? Já sei! Esse livro é muito indicado para você, ser humano, que deseja chorar que nem um condenado.
Eu tenho esse livro há muitos anos, mas nunca terminei de lê-lo. Explicarei. No 9° ano, uma garota de quem eu gostava muito me deu esse livro. Estávamos separadas pelo turno da nossa escola -enquanto ela estudava de tarde, eu passei para a manhã. Eu li grande parte até, mas o livro simplesmente desapareceu! Eu poderia jurar que estava em casa, então procurei em todos os lugares, possíveis ou não, mas não achei. A teoria mais provável é que eu o esqueci na escola e alguém furtou. Fiquei muito triste, principalmente por ter que dizer a ela que perdi o livro que ela me deu...
Mas, alguns meses depois, uma amiga me deu outro livro. Por ter se passado muito tempo e eu não lembrar exatamente onde parei, resolvi ler desde o começo de novo, mas acabei deixando passar até essa quarentena. Pior erro da minha vida... ou não! Eu não sei se, na época, eu teria tanto psicológico para esse livro, principalmente por umas questões com meu pai.
Esse com certeza foi um dos livros mais emocionantes que já li. Chorei muito, mas recomendo. Porém, se você é sensível quanto à doenças, abuso sexual (por mais que isso seja abordado apenas uma vez), guerras ou esteja passando por um momento muito sensível, deixe essa obra para depois. De certa forma, os acontecimentos da segunda parte até a última página de Querido John podem te dar gatilho, então prefira um momento melhor para ler.
Bom, resumidamente, John é um cara que está de licença de duas semanas do exército e, nessa licença, ele conhece a Savannah. Ambos se envolvem amorosamente, mas, infelizmente, o John tem que voltar para o exército. O livro é dividido em três partes e foca, principalmente, na relação entre John e Savannah e na relação entre o John e seu pai: a primeira, quando o John conhece a Savannah; a segunda, quando ele tem que voltar pro exército; e a terceira... ai já é pra ativar a curiosidade e fazer vocês lerem.
Eu achei a escrita muito, mas muito boa e fluída! Eu não lembrava que era desse jeito. Só não terminei em poucos dias porque eu estava enrolando mesmo.
Sobre os personagens: espetaculares. Eu realmente amei muito a evolução de cada um, principalmente a do John - é muito louco compará-lo do início do livro com o do final. A Savannah é muito incrível, e eu a entendo perfeitamente em muitas questões. Quer dizer, às vezes ela dá umas escorregadas, mas não é a única a vacilar! O pai do John é... é um ser incrível que me fez me emocionar muito. Até mesmo o Tim e o Allan (que não tem tanta participação, mas ainda assim, são muito bons!).
LIVRO X FILME
Mil desculpas pra quem gostou do filme, porque eu odiei, olha que eu nem assisti ele inteiro! Se eu vi 20 minutos do filme, foi muito. Eu não gostei dos atores que escolheram, não gostei de terem mudado algumas coisas que são fortes no livro, não gostei como o filme foi produzido. Não gostei de nada. O que mais me incomodou foi a pressa do filme. Eu sei que produções cinematográficas precisam ter um formato para agradar ao público, e eu sei que não cabe num filme o que tem no livro, mas poxa, ficou péssimo! Os cortes ficaram horríveis!
O livro é tão perfeito, eles poderiam ter feito algo tão legal, mas ficou ruim. O filme tem quase 2h de duração, e eu tenho certeza que daria pra ter feito algo melhor.
Muitas questões dentro da obra tocaram em feridas antigas minhas, por isso, pode ser que eu tenha sentido mais do que as outras pessoas. Como, por exemplo, o relacionamento à distância entre o John e a Savannah. Isso é tudo o que posso dizer para evitar o spoiler.
Leiam esse livro. Não é atoa que ele é um dos maiores sucessos do autor.
Obrigada por lerem até aqui, até mais!