Nada menos que tudo

Nada menos que tudo Rodrigo Janot...




Resenhas - Nada menos que tudo


19 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2


pc9 08/08/2020

Nada menos do que... já sabemos.
Como li na mais bela review escrita sobre esse livro, essa leitura é tão interessante como uma boa conversa! E, quando o interlocutor é alguém que você admira e teve a oportunidade de acompanhar um pouco, a conversa ganha contornos muito mais pessoais e realistas.

O livro em si não trata de nada além do que todos os brasileiros já conhecem: compadrio, feudos, jeitinho brasileiro, maracutaias e por aí vai. Seu grande mérito, na minha modesta opinião, foi conseguir desmistificar, ao narrar a visão dos bastidores, algumas concepções que eu tinha sobre o assunto e entender o porquê de certos eventos.

Confesso, contudo, que a leitura, mesmo tratando de assuntos já conhecidos, me causou um misto de alegria e mal estar. Foi muito bom saber dos dotes culinários do nosso querido Rodrigo Janot ou que os procuradores, embora fizessem seu trabalho de maneira muito séria, tinham seus momentos de descontração (alguém disse farmacinha?). Mas também foi muito incômodo ver o quão suja e desonesta é a casta superior da política brasileira e quão difícil é fazer a justiça no nosso país. O incômodo é ainda maior porque sabemos que são práticas que ainda ocorrem e que ocorrerão por gerações.

No geral, o livro flui tão bem que a leitura é extremamente agradável e rápida. Obviamente não poderia deixar de indicar! Nota 5!
Vany 09/08/2020minha estante
????


pc9 09/08/2020minha estante
?




Natasha 03/07/2020

Pra quem gosta de ler sobre a lava-jato e alguns bastidores, ainda que-claro-meio imparcial, é muito bom! Último capítulo finalizado com chave de ouro.
Natasha 03/07/2020minha estante
Ignorem meu hífen rs




Tiago675 02/10/2019

Nada menos que tudo, pero no mucho
A notícia de um ex-Procurador-Geral da República confessando planos suicidas de eliminar um odiado ministro do Supremo e o alarde petista de que este livro poderia anular o processo de Lula me fizeram ler uma obra que, digamos, foi muito boa e muito decepcionante ao mesmo tempo. Explico. Eu o li em dois dias, completamente vidrado nos detalhes únicos sobre a Lavajato, operação que abalou o Brasil e nossos vizinhos. O livro traz revelações muito interessantes sobre a forma como algumas operações foram feitas, como o impeachment foi usado contra a Lavajato e como o discurso de certos setores da mídia e do mundo político mudaram completamente depois do governo Temer. São estas informações que fazem o livro valer a pena, pois lançam ainda mais lenha na fogueira a respeito da legitimidade ou não da queda de Dilma.

Acerca de Lula e de Curitiba, nada muito explosivo. Janot deixa explícito de que Dallagnol queria denunciar o ex-presidente de qualquer maneira, incluindo um pedido para inverter a ordem de algumas investigações. As reportagens do Intercept, acredito eu, trazem mais revelações do que o livro sobre a "República de Curitiba", apesar do relato de Janot, digamos, ter mais credibilidade, né?

Porém... faltam bombas novas! Nada no livro é extraordinário novo, capa de revista, entendem? Nada que colocaria em xeque o sistema, como muitos estão espalhando por aí. Quem acompanha a política nacional não vai ficar muito impressionado... no máximo confirmar suas próprias convicções.

Enfim, se você quer conhecer mais - do mesmo - sobre o turbulento período em que vivemos, recomendo sim este livro. Impeachment, Lavajato, Bolsonaro... todos serão julgados e interpretados pelos historiadores do futuro e esta obra servirá como uma das bibliografias para aqueles que tentarão explicar o que aconteceu (e o que está acontecendo) no Brasil desde 2013.
comentários(0)comente



Michel Pinto Costa 03/10/2019

Fonte de Pesquisa
O tudo livro que o livro promete não é tão impactante. Janot narra, lógico, de maneira parcial e sem arrependimentos os atos de sua equipe durante seu período na Procuradoria Geral da República. Deve ser lido sob essa visão crítica.
É um documento histórico de importância como fonte de pesquisa em comparação com outras visões de personagens envolvidos. São memórias.
Além disso, como thriller político é um livro mediano, prende a atenção em alguns momentos por tratar de figuras conhecidas da política nacional.
comentários(0)comente



kellen.ssb 05/10/2019

“Macaco senta no próprio rabo para falar mal do rabo dos outros”
A "confusão" em torno do livro do Janot aguçou a minha curiosidade em lê-lo. O pedido feito pelos procuradores do MP para que o livro de Janot fosse apreendido foi o estopim para que a minha curiosidade chegasse a níveis estratosféricos rsrsrs e comprasse o livro.
Foram muitas as críticas negativas e positivas que já li acerca do livro e do seu autor. De louco ressentido a corajoso; de um cara com a consciência pesada - tentando "corrigir" erros do passado - a um cara capaz de falar qualquer coisa para promover seu livro. Várias foram as subjetivações feitas à pessoa do Janot após a divulgação do seu livro. Mas aqui nesse espaço eu me limitarei a avaliar O LIVRO.
Para quem assiste o mínimo de TV, principalmente jornais de emissoras abertas, ou lê as reportagens veiculadas pela grande mídia se sentirá super familiarizado com os personagens e com o conteúdo. Desde alguns anos somos bombardeados por informações da Lava Jato na grande mídia. Os políticos brasileiros tomaram o lugar dos jogadores de futebol nas conversas populares. E ciente disso, Janot aborda em seu livro várias polêmicas noticiadas pela mídia. Explica por que muitas vezes alguns processos foram arquivados e outros não. Se questiona algumas vezes acerca da influência da mídia no andamento da operação Lava Jato. Aborda o jogo político em torno da corrupção. Quando a Lava Jato começou muitos políticos acreditaram que a operação não chegaria a eles, e se aproveitaram da Lava Jato para fazer discursos morais. Até que a operação os atingiu. Nesse contexto, Janot afirma:
"A partir daquele momento, punha-se fim à tática de alguns grupos políticos de esconder as próprias mazelas e gritar pela moralidade no quintal dos adversários. “Macaco senta no próprio rabo para falar mal do rabo dos outros” era a frase antiga da minha mãe que vinha à minha cabeça quando, já sabendo da generalização dos desvios, assistia, de longe, à pantomima de alguns políticos contra outros. Ora, nada mais repulsivo que um corrupto fazer discurso contra a corrupção alheia."

O que talvez incomoda a classe política é que em seu livro Janot aborda cada personagem com o seu devido nome. Foi dado nome a todos os "bois" rsrs Fiquei pasma na parte que ele aborda as visitas dos políticos ao seu gabinete. Cada um apresentava atitudes diferentes para tentar resolver a sua situação: desde presentes e promessas a cartas, choros - literalmente choro - e ameaças. Uma cartinha encerrada com "My life in your hands", enviada pelo senador Aécio Neves, está até hoje guardada com Janot:
"Li a carta, um texto escrito à mão, e a guardei como um documento. Talvez ao longo da história isso diga algo sobre o tamanho de alguns dos nossos homens públicos".
Bom, se eu continuar escrevendo eu não vou parar. Enfim, gostei demais do livro. Fluido, interessante e muito fácil de ler. Indico! É lógico que se trata de uma história contada pelo ponto de vista do ex Procurador Geral da República. Então, para aqueles apaixonados por políticos - e não por política - o livro pode soar "esquerdista" ou "direitista" etc. Mas se a pessoa não tem essa neura, super indico a leitura. É legal ver os bastidores da PGR sob a ótica de um ex PGR, que vale dizer, é um ser humano como qualquer outro, que, embora tenha lutado para que as suas paixões não prevalecessem, tem paixão.
Ah! Compreendi por que os procuradores do MP solicitaram a apreensão do livro do Janot. Em um dado trecho ele nos leva a refletir a relação da Rede Globo com a Lava Jato de Curitiba. E em outro momento ele se questiona se realmente não houve uma atuação política da Lava Jato em Curitiba:
"Segundo ele, Souza disse que a intenção da força-tarefa era “horizontalizar para chegar logo lá na frente”, e não “verticalizar” as investigações, e que, por isso, teríamos dificuldade em fundamentar os pedidos de inquérito. O que seria “horizontalizar para chegar logo lá na frente”? Não entendi direito o conceito. Creio que meus colegas também não. Só depois de muito tempo, quando vi Sergio Moro viajando ao Rio de Janeiro para aceitar o convite para ser o ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro, é que me veio de novo à cabeça aquela expressão. Horizontalizar implicaria uma investigação com foco num determinado resultado? Eu não quis imaginar isso lá atrás e também não quero me esticar nesse assunto agora, mas isso ainda me incomoda um bocado, sobretudo quando penso em dois episódios separados no tempo, mas muito parecidos. Estou falando dos vazamentos de trechos de depoimentos de Youssef e do ex-ministro Antonio Palocci na reta final das eleições presidenciais de 2014 e 2018, respectivamente."
comentários(0)comente



Mr. Jonas 29/04/2020

Rodrigo Janot
A capa da civilidade é, quase sempre, muito tênue e, abaixo dela, o lado animal parece sempre gritar mais alto.
comentários(0)comente



Carlos Kelsen 09/05/2020

Vale a pena a leitura
Livro que apresenta os bastidores de uma investigação que, em determinado momento, mudou os rumos do país, na medida em que atingiu as principais figuras da política nacional. Embora acredite que ainda falta muito para visualizarmos um Brasil sem corrupção, acredito que a operação Lava Jato foi um importante começo.
comentários(0)comente



Vany 14/06/2020

Uma leitura muito interessante!
Uma leitura tão interessante quanto uma boa conversa. Foi assim que me senti lendo este livro: como se Janot estivesse sentado aqui ao meu lado (provavelmente com uma taça de vinho rsrs) contando sobre os bastidores da Lava-Jato. Muito interessante saber como as coisas acontecem, como é complexo e como não temos a noção do todo quando acompanhamos os noticiários.
Agora, se eu já admirava o Janot antes, pelo seu trabalho como PGR, agora o admiro muito mais. E ai que saudades dele nesses tempos!
E para os críticos que gostam de afirmar ele que é petista - e pessoalmente pode até ser - e que favorecia a esquerda, fica muito claro na leitura que ele nunca agiu segundo nenhuma ideologia ou em favor de determinado partido. Muito pelo contrário, seguiu critérios técnicos. E não há nada nos fatos contrariem sua versão, portanto não há por quê duvidar. Ele investigou e apresentou denúncia contra políticos de praticamente, senão todos, os partidos! E quem caiu naquela historinha de que o PT era a personificação da corrupção no Brasil, votou para tirar o PT e acabar com a corrupção, leva um belo banho de água fria ao descobrir (ou se dar conta, porque os fatos sempre estiveram aí) que quem indicou Paulo Roberto Costa para a diretoria da Petrobrás e instituiu todo aquele esquema de propinas conhecido como Petrolão foi o P... PP (ex-partido de quem, hein?) e que a "sangria" da Lava-Jato estancou quando esta chegou nos figurões do PMDB. Sim, e todos eles continuam em cena, senão diretamente, indiretamente com outros membros da família. Aí fica a pergunta que o próprio Janot faz: o Brasil realmente mudou? Deixamos para trás nossa histórica tolerância com o improviso, o jeitinho e a corrupção?
Você responde.
comentários(0)comente



anisios 06/07/2020

Denso e divertido.
Um livro de bastidores, com detalhes de várias etapas da lava jato , pressão política e situações cômicas narradas por Janot. Uma leitura divertida e também tensa.
comentários(0)comente



Gabriel 29/09/2020

Extremamente proveitoso
É muito interessante conhecer os bastidores da maior operação contra a corrupção da história. Embora eu não concorde com as visões políticas do autor, tenho que concordar com o seu posicionamento à frente da operação lava jato.
comentários(0)comente



Gregori Pavan 21/01/2021

Não é um livro ruim, mas não é empolgante. Não tem grandes revelações, serve mais para dar satisfação de atitudes e comportamentos do Ex-Procurador-Geral da República, e demonstrar vaidade.
comentários(0)comente



Thali 02/03/2021

Nos ajuda a entender como foi a mair investigação do país nos últimos anos. Nos faz refletir sobre como escolhemos nossos governantes.
comentários(0)comente



Carlos.Heitor 19/04/2021

Memórias de um Procurador Geral da República
Livro excelente de ler. Leva a refletir, as escolhas e desafios de alguém que estava investigando a cúpula do poder político. Trata de forma objetiva e com linguagem simples os bastidores da Lava Jato de Brasília.
comentários(0)comente



Mota 22/01/2023

O MUNDO SUJO DA POLÍTICA
Muita garra para enfrentar os poderosos da política, o livro narra o dia a dia das investigações da Prucuradoria da República, os acontecimentos com detalhes mínimos, e a força de mostrar que a influência política não tem vez, muito bom o livro!
comentários(0)comente



Anaj98 22/02/2023

O tudo que podia ter mais
"A cartelização do mercado gera concentração de riqueza, aprofunda as desigualdades sociais, incentiva a corrupção, drenando os já escassos recursos públicos”- Rodrigo Janot.

Encontrei esse livro naquela feira de livros estabelecida no corredor do shopping Palladium daqui de Ponta Grossa, mas também está disponível para assinantes do kindle Unlimited. Me interessei pela premissa estampada na capa de mostrar os “bastidores da operação que colocou o sistema político em xeque”. A obra escrita em 2019 trata sobre uma operação lava jato com um pouco do seu brilho já perdido, ocupando menos atenção na mídia (mas para mim, até hoje, com um valor sentimental muito importante). Confesso, todavia, que aquilo que me chamou atenção na capa foi também o que mais me decepcionou com o livro: o fato de ser literalmente um material de “bastidor”.
O livro tem um ar literal de “livro de recordações”, e apesar de organizar e sistematizar alguns fatos (não todos) revelados pela força tarefa, a narrativa é o tempo todo invadida pelo escritor por momentos desconfortáveis de auto- elogio, outros inúmeros trechos repetitivos justificando a atitude do Rodrigo Janot em abrir ou deixar de abrir uma denúncia e relatos pessoais que, para mim, soaram irrelevantes ou eticamente questionáveis.
Apesar das críticas, deixo o meu elogio aos envolvidos na elaboração do “Nada Menos que Tudo” em deixar claro as consequências dos esquemas de corrupção revelados pela lava jato, que evidenciou principalmente as relações de promiscuidade entre poder público e privado, que se assenta na cultura de trocas de favores entre “amigos”, com interesse único em enriquecer (ilicitamente) e manter o poder de influência e controle, filosofia que corrói o livre mercado e força das nossas instituições democráticas.
Recomendo a leitura para quem deseja ter um outro olhar desse capítulo interessante da nossa história, seja “lava jatista” ou “anti lava jatista”, a fim de relembrar a empolgação de esperar ansiosamente os noticiários, aguardando vazamento de áudios, depoimentos, ou acordar com notícias de busca e apreensão em casas de políticos, empresários, etc. E depois discutir com seus colegas de trabalho, escola ou faculdade tudo o que foi revelado nas últimas operações da “operação que colocou o sistema político em xeque”.
comentários(0)comente



19 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR