O Retrato

O Retrato Nikolai Gógol




Resenhas - O Retrato


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Michela Wakami 09/01/2024

Perturbador
Um conto assombroso, que tira a paz dos personagens e a dos leitores.
Impossível não sentir um certo medo durante a leitura.
Gleidson 09/01/2024minha estante
Isso deve ser muito bom! Quero ler. ?


Michela Wakami 09/01/2024minha estante
Acho que você vai amar.

Resolvi começar o ano relendo os contos do Gogol e está sendo maravilhoso.




Claudia.livros 25/02/2024

Um conto bem diferente do que eu já tinha lido de Gógol. Suspense, drama e terror! ?

Na primeira parte do conto temos um protagonista chamado Tchartkov, pintor pobre e cheio de dívidas, que invejava a vida de pintores que ganhavam muito dinheiro com obras medianas, enquanto ele, que tinha talento reconhecido, só conhecia a penúria.
Eis que um dia ele adquire uma pintura numa galeria. Na pintura está retratado um velho vestido com roupas asiáticas, mas com olhos que parecem sair do quadro. A vida de Tchartkov nunca mais foi a mesma.

Na segunda parte conhecemos a origem do quadro e um pouco do ser que foi modelo para o pintor. Conhecemos a transformação da vida do pintor e de todos que entraram em contato com essa pintura terrível.

Um conto incrível e surpreendente ?
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Katz 01/12/2010

Para reflexões
Sem dúvida um livro escrito nas entrelinhas, dotado de diversas reflexões codificadas, o que oferece ao leitor uma experiência rica.
O retrato pode representar uma infinidade de coisas, as quais me dariam imensa satisfação de discutir, mas em suma, excetuando o aspecto maniqueísta de interpretar, representa uma espécie de resultado concretizado de nossas ações. A mistura de sentimentos revoltos e negativos de quem o pintou, com a perversidade de quem foi tema podem simbolizar esse resultado, analisando o modo como o retrato afetou a vida de quem o adquiriu.
Não quero dar spoilers, vale a pena ler.

Aproveito e faço o convite a quem deseja discutir melhor sobre esse livro, uma vez que a infinidade de interpretações gera um excelente exercício reflexivo.
Kelevra 10/01/2017minha estante
Por fim,
num derradeiro acesso, sua vida se foi, e não deixou nada além de um cadáver
assustador para ver visto. Ninguém encontrou nada de sua imensa riqueza. Mas
quando descobriram inúmeras obras de arte soberbas, cujo valor ultrapassava
muitos milhões, retalhadas em farrapos, compreenderam que monstruoso
emprego havia feito dela.




Milena 28/10/2023

O olhar
Trata-se de uma curta novela, porém cheias de detalhes, os ambientes são exaustivamente descrito, para mim, as vezes cansativo.
A leitura pode oferecer diferentes interpretações.
O olhar da cobiça....Deus nos livre dele!
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Julia Oneda 15/05/2021

O retrato é um conto em que Gogol aborda sobre a vida de um pintor, do qual durante sua juventude busca sua identidade artística, porém a ambição lhe dá um golpe e muda completamente o destino de sua vida. O jovem Tchartkow possui dívidas, visto que ainda não é reconhecido pelo seu trabalho artístico. Após alguns acontecimentos, o mesmo encontra certa quantia em dinheiro, e, iludido pela ambição, opõe o ego ao talento. O artista então começa a produzir pinturas de retratos em série, perdendo a conexão e identidade artística ao longo de sua jornada. Ao ser chamado para analisar a obra de um aluno, Tchatknow se espanta com o talento deste e é pego pela inveja, entregando-se à loucura ao final de sua vida. Com muitos detalhes do cenário artístico da época, Gogol transmite a mensagem de que um artista só será plenamento feliz e realizado, se buscar ser reconhecido pelo seu talento, trazendo o benefício financeiro como consequência.
Foi um livro que me trouxe reflexões sobre trabalhar com e porque ama vs. trabalhar por dinheiro: em tempos de tanta ambição, busca por resultados e por querer ser o melhor, esse livro te esfrega a realidade de que nada importa, se você não conseguir ser você mesmo.
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Carolina Del Puppo 08/05/2023

???
Curtinho, porém bem denso. Um livro para se deliciar com a escrita de Gógol, para ler em uma tacada só, porque mesmo que seja uma história razoavelmente simples, ainda sim, funciona.
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Mara Vanessa Torres 26/04/2020

O Retrato de Gogol

Nicolai Vassilievitch Gogol, aclamado escritor russo nascido na Ucrânia, publicou aos vinte e seis anos uma coletânea de contos e ensaios intitulada Arabescos (1835), volume em que figura o conto O Retrato. A narrativa do conto traz o ciclo de pesadelo-sonho-pesadelo vivido pelo jovem pintor Tchartkov, culminando com a vigorosa queda que o leva à loucura.

Artista iniciante, Tchartkov se vê assolado por inúmeras dívidas e pelo desejo incontrolável que opõe ego e talento, ambição e desprendimento, dinheiro e paciência. Ao passar por uma galeria, ele acaba adquirindo um quadro escondido nos fundos da loja por achar a pintura dotada de extrema vivacidade. Investindo seus últimos trocados nessa compra, Tchartkov se vê sem dinheiro e começa a ser perseguido pelo proprietário do apartamento em que mora.

Às voltas com a ameaça iminente de despejo, o jovem pintor tranca-se dentro de seu ateliê e começa a perceber que os olhos pintados do retrato se moviam. Tal fato o atormenta e retira o sono, a ponto de provocar temores febris. Nessas idas e vindas de delírios reais, Tchartkov imagina ter em mãos uma grande quantidade de ducados. Após uma noite de sono convulsiva, o pintor é surpreendido pelo proprietário do apartamento e por um comissário de quarteirão, responsável pelo cumprimento da ordem de pagamento ou despejo. Nesse momento, o jovem nota com espanto que os ducados encontrados em suas alucinações realmente existem e, a partir desse momento, toda a sua vida muda, operando uma completa subversão de valores. “Tudo aquilo que ele havia contemplado até então com olhos de inveja, tudo aquilo que havia admirado de longe, com água na boca, estava agora a seu alcance”.

Tchartkov passa a substituir o talento que vinha aprimorando por passeios, festas e toda sorte de esbanjamentos. Começa a produzir retratos em série e abandonar a produção consciente, a reflexão e a dedicação à arte. Os anos transcorreram sem qualquer mudança evolutiva no comportamento do ex-artista, até que um dia, ao ser solicitado a dar seu parecer em relação ao trabalho de um novo pintor, Tchartkov afunda em seu abismo particular. Uma verdadeira obra de arte, feita com dedicação, perseverança, sacrifício, abdicação e talento desponta nas galerias russas, para o espanto geral e declínio completo de Tchartkov. Vencido e consumido pela inveja, o protagonista de Gogol se entrega à loucura regada por estados de alucinação e deterioração física, levando-o à morte.

Por uma coincidência ou pilhéria do destino, Nicolai Gogol morreu como Tchartkov, seu personagem fictício: mergulhado em profundos arrependimentos e diagnosticado pelos médicos como insano. Como revela Vladimir Nabokov em seu livro Nicolai Gógol: uma biografia:

“O par de médicos diabolicamente enérgicos que insistiam em tratar Gógol como se ele fosse um simples lunático, para o espanto de seus colegas mais inteligentes mas menos dinâmicos, tencionavam derrotar a insanidade do paciente antes de tentar recuperar qualquer sinal de saúde física que ele ainda tivesse”.

Durante toda a narrativa de O Retrato, o conflito experimentado pela personagem demonstra de que forma o tema da loucura é representado na obra, concedendo-lhe o lugar da exclusão, da punição, da marginalidade. Tais elementos fortalecem a ideia dos limites instituídos pela cultura ocidental, em que a exclusão e a proibição fazem parte de uma estrutura fundamental, como lembra Roberto Machado na obra “Foucault, a filosofia e a literatura”. Ao destacar a queda do homem pela loucura, Nicolai Gogol, cristão ortodoxo, associa o destino da personagem pecadora de O Retrato ao despenhadeiro da insanidade. Assim como a personagem Dorian Gray, criada pelo escritor e dramaturgo irlandês Oscar Wilde, o protagonista de Gogol deixa-se consumir pela febril mistura de ego, idolatria e ambição, cujo único lugar reservado a tais “impulsos diabólicos” seria a perda total do precioso bem da sanidade, das decisões voluntárias e da vontade própria ou, para usar uma expressão inspirada na obra História da Loucura, do filósofo e estudioso francês Michel Foucault, condenando-o a um “espaço de murmúrios”.

site: https://biblioo.cartacapital.com.br/o-retrato-de-gogol/
Praticando Biblioterapia 26/04/2020minha estante
Que top


Mitch | Não sou crítico literário 26/04/2020minha estante
Gogol é maravilhoso. O Capote também é muito bom.




Eduardo 10/01/2013

A descoberta de um Gênio.
Quando você apenas ouve a respeito de um grande escritor e não o lê, não pode dizer que conhece ou reconhece sua genialidade ou sua capacidade de criar. Este é meu caso com Nikolai Gogol, escritor Ucraniano, naturalizado Russo, autor de contos, novelas e romances ditos, fantásticos.

Este autor me é indicado a anos por amigos, vejo seu nome correr em revistas, jornais e até produções cinematográficas, mas nunca tive a paciência de parar e dar atenção ao menos a um dos contos dele. Quando me surgiu oportunamente um conto chamado "O Retrato", aproveitei a situação favorável e comprei-o na esperança de uma boa leitura de entretenimento.

Ouso dizer, que, quase, nunca tive uma escolha tão acertada em adquirir um conto. A narrativa de Gogol é maravilhosa, ele - como poucos - é capaz de prendê-lo o texto inteiro, sua narrativa, é não só envolvente, nota-se claramente que o autor sentiu cada frase que escreveu, de tão profundas que elas são. o escritor leva-o a se colocar em todas as situações emocionais que a personagem vive ao longo da narrativa, - Medo, alegria, raiva, tristeza, dentre tantos outras apresentadas - de maneira única e as vezes assustadora.

O conto, narra a estória de Tchartkov. Um jovem pintor de muito talento, paupérrimo, que adquiri um retrato numa loja de quadros. Compra-o, pois notou que se tratava de uma obra prima jogada as traças. O narrador disserta a respeito do olhar que a figura demonstrava no retrato cuja expressão denotava uma reação endemoniada e que esta parecia observá-lo. Era como se alguém tivesse arrancado olhos humanos e posto na pintura. Tchartkov tem um suposto "sonho", em que esta figura sai do quadro e senta-se ao seu lado revelando um pacote com ouro. Na manha seguinte, descobre que existe realmente um pequeno embrulho na parte traseira do quadro contento uma soma significativa em ouro. Fato este que mudará sua vida completamente, - riquezas, uma vida de grande artista etc. - mas isso tudo levará a um desfecho inesperado e surpreendente, mesmo para os dias atuais.

Alguns podem ter a impressão de um clichê nuns momentos, mas deve ser observado que o conto foi publicado na primeira metade do século IXX, o que demonstra a genialidade do escritor em criar algo novo e singular para a sociedade de leitores da época. Alguns momentos, aparentemente sobrenaturais da personagem, me arrepiaram de tão intensos.

Vale muito a pena conferir esta obra prima da literatura Russa e quiçá, mundial!
Gessi 05/04/2015minha estante
Senti o mesmo que você. Nunca tinha lido Gogól e comecei pelo Retrato... resultado? Mais uma que se rende aos pés desse gênio! Quero ler tudo dele!



Eduardo 15/12/2015minha estante
Se puder Gessi, leia o "Capote" também, é tão bom quanto.




Ediane.Siqueira 20/03/2021

Muito bem escrito, mas nada que me prendesse. Recomendo para quando quiser dar uma espairecida entre um livro e outro.
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Felibalex 06/04/2021

A versatilidade de gogol
O texto apresenta toda a genialidade de gogol mostrando um leve flerte do surrealismo com a escrita de mistério. O jeito que o texto é tratado te faz nutrir dúvidas quanto a realidade ali apresentada no livro. É uma ótima e simples leitura. Indico a todas e todosml
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Ayan_lucca 08/08/2021

Pense em um conto bacana, oque me deixou bem louco foi a segunda parte. E o fim não fica para trás um grande final.
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Larissa.Goya 06/07/2013

essa ideia de quadros que possuem algum tipo de existência fantástica, uma vida própria, sempre vai ser aterrorizante. além da história ótima, adoro o jeito que o Gogol, e os escritores russos em geral, escrevem. tive a oportunidade de ler esse livro através da ideia genial que é o Book Crossing, recomendo muito!

"Se um veículo espirra lama sobre um homem paramentado com roupas de festa, logo a multidão o rodeia, mostra-lhe o dedo, comenta sua negligência. Entretanto, essa mesma multidão não observa as numerosas manchas em outros passantes vestidos com roupas ordinárias, pois sobre estas vestimentas escuras as manchas não são visíveis."
Davi 12/09/2014minha estante
O trecho que você citou foi justamente o que mais ficou na minha cabeça após a leitura :)




Mirelle 06/09/2022

Gogol nos leva a uma atmosfera vertiginosa e atordoante no mistério entorno de um quadro seus olhos. Nas quais esses, são ditos capazes de roubar a alma e tornar a vida vazia e fugas de seu detentor.
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fleuriemoon 09/01/2023

Poucos realmente conseguem descrever uma situação que cause medo, e Gogol faz isso com precisão. A descrição dele é muito boa, o que torna mais fácil de sentir e visualizar as situações. Gostei.
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Iasmin 17/02/2022

?Ele enxerga! Ele enxerga!?,
Mais uma obra fascinante de Gogol, que me prendeu do início ao fim. Esse livro explora muito bem as emoções humanas, tais como: a ambição, a loucura, o desejo de ser reconhecido, a eterna insatisfação, e até a medicridade.
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