Eu, Tituba, Feiticeira

Eu, Tituba, Feiticeira Maryse Condé




Resenhas - Eu, Tituba


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Marcelle 25/10/2023

Triste
Eu imaginava que esse livro seria triste mas não pensei que fosse tanto. Talvez por estar numa fase difícil da minha vida, ele tenha pesado um pouco mais pra mim. Mas a história de tituba é muito forte e emocionante, e é bonito de ver a força que ela tem pra seguir. O final me emocionou por finalmente ela encontrar um pouco de alívio para seu sofrimento
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JAssica260 24/10/2023

Tituba
Para falar a verdade nunca tinha ouvido falar da história de tituba e muito menos das "bruxas de Salém"
O livro além de emocionante,te faz sentir dentro da história, consegui senti o que ela sentiu , sua revolta , seu desejo, seu amor e por fim sua liberdade
Recomendo muito a leitura que além de acrescentar muito conhecimento para quem lê , é necessária e nunca deve ser esquecido o sofrimento daqueles que lutaram "por nós".
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TaynA.Carreiro 24/10/2023

Ainda estou chorando
Uma escrita poética e envolvente, uma história real-fantástica linda e brutal. A história é surpreendente e dolorosamente profunda. Amei! Tituba, jamais te esquecerei!
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phaladeira 17/10/2023

Muito lindo e muito triste. me identifiquei demais com a Tituba. ela era fiel ao que sentia e pagava pra ver, ia até o fim. isso acabou a prejudicando, mas fez dela uma mulher inegavelmente marcante. leitura maravilhosa, fluida e capaz de prender o leitor. amei conhecer a Maryse Condé!
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Júlia Luna 17/10/2023

?-Será necessário que nossa memória seja inundada de sangue. Que nossas lembranças boiem na sua superfície como nenúfares.
Eu insisti:
?Seja claro, quanto tempo?
Man Yaya sacode a cabeça:
?A aflição do negro não tem fim.?
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Fernanda Bitencourt 07/10/2023

Gostei muito desse livro. É uma ficção baseada em um fato real e a autora escreveu a história de maneira encantadora. O livro tem passagens de cortar o coração, mas também é cheio de coragem e de atos de bondade. Tituba é uma heroína interessante porque ela tem vários sentimentos misturados dentro dela, se mostrando muito humana. Recomendo!
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Tuka Queiroz 06/10/2023

Tituba é um estilo de livro que não estou acostumada a ler, totalmente fora da minha zona de conforto, pois gosto de livros de mistério, terror, policial, nessa vibe, porém ao ler Tituba eu me surpreendi. O livro relata sobre a intolerância religiosa que aconteceu em Salem, relata também o machismo e o racismo. 3 temas infelizmente ainda tão atuais nos tempos atuais. A forma de escrita e linguagem não são difíceis, Maryse escreve de forma clara, tem trechos pesados, falo da descrição da tortura, perseguição. Relata a vida de uma mulher negra, com o dom sobrenatural de conversar com os mortos, se comunicar e que aprendeu a arte da cura, através das ervas, plantas. Relato forte e triste, de uma mulher que lutou por sua liberdade, pelo seu direito de ser quem é, numa época tão cruel.
Senti tudo o quê ela sentiu, ao ler o livro.
Vale a pena ler, muito bom.
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Valéria Cristina 02/10/2023

Salem sob nova ótica
Uma das primeiras mulheres julgadas por praticar bruxaria nos tribunais de Salem, em 1692, Tituba fora escravizada e levada para a Nova Inglaterra pelo pastor Samuel Parris, que a denunciou. Mesmo protegida pelos espíritos, não pôde escapar das mentiras e acusações da histeria puritana daquela época.

A história se inicia em Barbados e termina em Barbados. Tituba nasce quando sua mãe escravizada é violada no navio que a leva para a nova vida. Por diversas situações, a protagonista passa de uma pessoa livre para escravizada e é levada para Boston e, posteriormente, para Salem.

É aí que se passa a maior parte da história. Os eventos das bruxas de Salem são conhecidos e já foram descritos em diversas ocasiões, mas em nenhuma dessas ocasiões Tituba é mencionada. Agora, ao percorrermos esses acontecimentos novamente, os vemos pelo olhar dessa pessoa preta, escravizada e inferiorizada em uma sociedade puritana, racista e supersticiosa.

Tendo sido criada para conhecer os segredos da natureza, Tituba foi tida como feiticeira muito mais por sua cor do que por seus conhecimentos. Essa personagem fascinante é retira do anonimato nessa obra incrível de Maryse Condé.

Maryse Condé é uma reconhecida escritora guadalupense, francófona, feminista e ativista, difusora da história e a cultura africana no Caraíbas. Destaca-se por sua vasta produtividade como autora e por sua versatilidade para escrever ficção histórica, contos, novelas, ensaios, poemas e outros gêneros.
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Mirella Lenzi 01/10/2023

Que livro fenomenal! É o tipo de livro que fica com você por um bom tempo, até você digerir propriamente tudo que leu.

A narrativa se baseia em histórias reais, inclusive retiradas do registro dos interrogatórios que ocorreram na época, e também em partes de ficção que a autora se utilizou pra preencher certas lacunas histórias.

A Tituba foi a primeira mulher presa por acusação de bruxaria em Salem, o que deu início a uma caça às bruxas infame. A narrativa mostra com perfeição, não só a sociedade patriarcal e inquisitória, mas o racismo extremamente nojento, consubstanciado pelo colonialismo da época. Também tem elementos fantasiosos e espirituais que só deixam a história mais linda e sensível.

Acho que esse livro nunca vai deixar de me impactar. Favoritado.
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Ingrid | @litmanifesta 29/09/2023

Um canto à liberdade: Eu, Tibuba de Maryse Condé
Abena deu à luz em um novo mundo, obscuro. A semente do branco foi-lhe introduzida após uma violação a bordo do Christ the King. As ondas do mar deslizavam o navio negreiro rumo à um território desconhecido. As palavras proferidas ao seu redor não lhe penetravam a mente, absorvida pelo medo e pela dor. As correntes atadas ao seu corpo simbolizavam em aço o fim de sua liberdade. Foi dessa violência que nasceu Tituba.

O mar, a escravidão e a América: três elementos que se entrelaçam em um emaranhado de dor. Conforme crescia, pareceu resignar-se a ela. Perdera a mãe; enforcada. Seu crime foi defender-se do senhorio, cujas calças abaixo dos joelhos, sexo a mostra, não deixavam dúvidas sobre suas intenções. Foi enforcada por outros escravos. Algum tempo depois, Yao, pai adotivo de Tituba, suicidou-se, engolindo a própria língua. Por uma sorte do destino, ou quem sabe, pela disposição dos espíritos, a menina órfã encontrou amor e cuidado nos braços de Man Yaya, que ensinou-lhe tudo sobre as qualidades das ervas. Aprendeu sobre quais misturas que poderiam curar, resgatar os ânimos, fechar as feridas abertas pelos chicotes, que pareciam nunca descansar de sua tarefa.

Aos 14 anos, viu Man Yaya morrer. Ou melhor, assistiu sua passagem deste plano para o outro. Ao deixar a vida terrena, Man Yaya assumiu a forma de espírito, juntando-se a Abena e Yao. Quando sua filha apaixona-se por um homem, os espíritos a advertem, dizendo-lhe que aquele homem seria sua perdição.

Entretanto, ela segue seu coração e renega sua liberdade. Casa-se com John. Muda-se para uma pequena cabana, construída por mãos calejadas do trabalho forçado, atrás da Casa-Grade. Os espíritos permaneciam dando advertências à Tituba, diziam-lhe que em breve ela atravessaria o mar.

Tituba assistiria à sinhá perecer em seu próprio mijo. A doença que lhe consumia o corpo e a alma foi um pedido de vingança aceito, ainda com resistência, pelos espíritos. Por vingança, antes de morrer, a dona das terras vende o casal para um homem de cenho franzido e olhos cinzentos como tempestade; a carranca acusava sua submissão à palavra sagrada, apontava à habilidade de detectar os pecadores e as bruxas, que deitavam-se com Satanás (um nome desconhecido por Tituba até então), profanando suas carnes depois de realizar loucuras através da magia.

Quando Tituba chega a Salem, não tarda a perceber que a atmosfera opressora era intensificada pela histeria coletiva da caça às bruxas. Mulheres eram julgadas, e ela assumiu os pecados que não cometera. Aliás, por toda sua vida, assumira os pecados que não cometera.

Trata-se de um livro que usa da ficção para realizar um resgate histórico, respondendo às indagações da personagem-narradora, que se pergunta como a história a apresentará e se a marcará apenas com o estigma da "negra escravizada praticante de vodu". Podemos dizer que essa perspectiva pesou sobre seus ombros até que o peso foi retirado a pancadas por Maryse Condé, que deu a ela um final justo, ainda que intensamente doloroso.

Cada página desse livro é uma recordação dos crimes e do genocídio contra os povos negros. Tituba é complexa, um ser humano carregado de falhas, é claro, que por muitas vezes parece aceitar seu destino. Entretanto, lhe foi reservada a oportunidade de libertar-se da resignação, imposta, é claro, pelos brancos. Tituba liberta-se, mesmo que na morte, e transforma-se em uma canção de liberdade, uma canção que acalma e acalenta os corações, mentes e corpos dos escravos feridos pelos chicotes ou pelas armas no decorrer de uma batalha pela libertação.

Tituba é tudo isso. Tituba é muito mais do que isso. Pergunto-me: quantas outras Titubas não existiram e caíram no esquecimento, ou pior, tiveram suas histórias transformadas em algo que nunca foram, em "uma negra escravizada praticante de vodu"?

Os séculos de escravidão ainda ressoam nos dias de hoje. Os navios negreiros tomaram a forma de viaturas, as armas ficaram mais sofisticadas. Entretanto, a canção de liberdade assume nova forma. Levantam-se bandeiras, grita-se pela liberdade, a promessa de nossas vidas. Tituba está viva, ainda mais viva, depois de ser eternizada em palavras. Palavras poéticas e duras como a vida. Que sorte a nossa poder ter em mãos um livro com tamanha potência. Que sorte a nossa.

Death is a porte whereby we
pass to joy;
Lyfe is a lake that drowneth
all in payne*
- John Harrington
(Poeta puritano do século XVI).

*A morte é um pórtico por onde nós / passamos à alegria;/ A vida é um lago que afoga/tudo em dor.

site: https://www.instagram.com/litmanifesta/
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Mila 12/09/2023

Uma história sensível, emocionante e profundamente tocante sobre uma personagem muitas vezes esquecida da história sobre a caça às bruxas de Salem, mais é muito bom ver que Tituta não se resume apenas a isso. Foi uma mulher que sofreu e amou na mesma medida e tudo isso tendo como pano de fundo a escravidão na América e o racismo.
Uma história que levarei pra vida
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Natália 06/09/2023

Confesso que iniciei essa leitura sem tantas expectativas, sem saber muito sobre... tinha visto algumas indicações e principalmente, por se tratar de uma escritora que foge do convencional norte-americano.

uma escritora da ilha de Guadalupe.

o livro se inicia com introdução de Conceição Evaristo, onde a mesma alerta e dá uma visão geral de como será a leitura, mesmo sendo avisada na introdução, me surpreende grandemente em casa página lida.

uma leitura que engata, que te faz sofrer junto com Tituba, ficar indignada, com raiva e chorar junto à ela, junto a sua história.

gostei muito desse livro.
indico demais.

? nota: 5/5
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Francielle 02/09/2023

Amo romances históricos e esse não foi diferente. A história de Tituba é a história de varias mulheres negras silenciadas pela escravidão e caça as bruxas. Esse livro é de uma importância tão grande, pois da vozes as muitas pessoas esquecidas. É poético, com um que de realismo mágico e muito sofrimento. Tituba nasce do sofrimento e morre nele, mas ela soube lutar pelo que acreditava e amar quando achava que deveria, mesmo contra tudo e contra todos elas fez escolhas e pode sobreviver, até que seus entes vieram busca-las.
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Hannah.Guedes 27/08/2023

Livro forte e lindo.
A leitura foi super fluida, mas bem sofrida acompanhar a trajetória de Tituba.
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