Menino de engenho

Menino de engenho José Lins do Rego
José Lins do Rego




Resenhas - Menino de Engenho


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Betânia 20/09/2021

Menino de engenho
No livro é narrada a vida de Carlos que após alguns acontecimentos vai morar no engenho do avô desde muito novo. O ambiente rural é bem retratado no livro assim como os diversos casos e personagens que compõe a obra. Não foi um livro que me marcou muito, mas não deixa de ser um bom clássico regionalista.
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Joalison 03/09/2021

Menino de Engenho
   "Eu tinha quatro anos no dia em que minha mãe morreu. "
   
   As primeiras linhas de Menino de Engenho ditam o tom dos capítulos que se seguem, sem preâmbulos, mostrando que toda a inocência do livro está apenas no "menino" do título. Assim Zé Lins nos introduz a história de Carlinhos, em meio a tragédia, e, através dela, a inevitável mudança do menino para o engenho do avô.

   A história não segue a estrutura habitual de Personagem-Objetivo-Conflito. É contada através de capítulos curtos, cada qual tendo assuntos e tons diferentes que, dependendo de sua importância, são enfatizados uma e outra vez ao longo do livro. O enfoque principal do autor é nos mostrar os contrastes sociais da época, o duro cotidiano dos trabalhadores e a tumultuada vida dos mais abastados, na maioria das vezes narrando de forma despojada com a visão indiferente do protagonista. Os mais diversos temas são abordados, incluindo o luto, solidão, inveja, raiva, desejo e perda da inocência até temas mais próprios da época como escravidão, a servidão que se seguiu, o cangaço, entre outros, enquanto pequenos detalhes ao longo da trama vão expondo as marcas que o assassinato da mãe e a prisão do pai pelo crime deixaram na infância do protagonista.

   "Era um menino triste. Gostava de saltar com os meus primos e fazer tudo o que eles faziam. Metia-me com moleques por toda parte. Mas, no fundo, era um menino triste. "

   Pontos negativos que poderiam ser destacados, embora seja uma marca distinta do autor, é o uso excessivo de regionalismos-linguagem coloquial, que pode levar a repetitivas consultas ao glossário, e o caráter introdutório da obra que pode afastar aqueles leitores que buscam um senso de finalidade, por menor que seja.

   O livro é interessante e cumpre seu papel introdutório para o que Zé Lins veio a nomear o Ciclo da cana-de-açúcar. Os sucessos melancólico e autodestrutivo que envolvem os primeiros anos de Carlinhos, justificados nas cento e poucas páginas (dependendo da edição do livro), fazem valer a leitura e ainda criam o desejo de saber o que acontece com o protagonista após Menino de Engenho.
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Bia 06/08/2021

A história é narrada pelo Carlinhos, acontecimentos da vida dele no engenho do interior da Paraíba, dos quatro aos doze anos de idade. É uma escrita gostosa, bem daquela época, porém com muitas palavras diferentes do nosso costume (tanto que tem um glossário no final), mas é uma história interessante. Ele é basicamente um fofoqueiro falando da vida de todo mundo que ele conhecia, mas é ótimo pra ler em uma sentada.
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SamuellVilarr 02/08/2021

Menino de Engenho, José Lins do Rego.
O Menino de Engenho de José Lins do Rego Neto é um livro que pode ser caracterizado como uma obra que enfatiza um momento histórico de estima importância para o Brasil, momento esse que apreende uma passagem de significação imensa de valor cultural e social, dando assim também início a um ciclo muito importante pra obra do autor e para a literatura brasileira e em especial, a regionalista, que é o ciclo de cana-de-acúcar, pois é também uma obra de suma importância para o desenvolvimento do movimento regionalista do Brasil e também, em quanto um livro que busca transmitir e demonstrar com espontaneidade uma história que provém das memórias e das remanescentes figuras muito importantes para o escritor José Lins. As figuras de linguagem, o estilo e as gírias demonstram um valor estético muito grande por parte do escritor, ainda mais envolvendo aqueles que fazem parte dessa linha regionalista, daí surge sua literatura e também, um novo modo de descrever e de narrar a condição humana em uma perspectiva muito original e brasileira de um modo culturalmente inovador, essa que é a alta produção do regionalismo, dentro dessa linha, poderíamos citar escritores como Graciliano Ramos, Rachel de Queiroz, Jorge Amado e etc. Se tratando da história em si, é muito bem narrada, uma história concisa e muito bem escrita em geral, tem um estilo empregado que é muito interessante e que denota uma característica que, lendo também outros escritores regionalistas, a exemplo de Graciliano Ramos, conseguimos identificar. Há a utilização de obscenidade, passagens que demonstram com precisão uma descrição pitoresca e crua de uma realidade e de uma percepção apreendida pelo personagem, o qual é absolutamente de carater autobiográfico do próprio, tanto que o próprio José Lins descreve que sua intenção seria de fazer uma biografia do seu avô, personagem que está presente na maioria dos eventos ocorridos no livro, e sim, demonstra de forma perspicaz sua maneira de lidar com as questões e a forma de sua identidade e caráter, assim também é com os outros personagens. É uma história que vale a pena ser lida, principalmente aqueles que se interessam por regionalismo e literatura regionalista, também há de interessar aqueles que se interessam em aprofundar seu conhecimento e percepção de um momento específico da história do Brasil. A edição traz bastante material posterior ao conteúdo do livro em si, tais como relevância, características políticas, sociais, autobriograficas, bibliográficas e etc.
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Vinicius.Costa 02/08/2021

Apesar de a história se passar no século XIX, este livro poderia perfeitamente se inserir no contexto atual em que se divide tristemente a sociedade brasileira: o branco rico opressor e o preto pobre oprimido.
Além disso, o jeito com que José Lins do Rego descreve de maneira detalhada os ambientes e as situações é realmente primoroso!
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Cica 02/08/2021

Comecei a leitura tendo uma visão de história pesada, mas ao decorrer se torna uma história leve e rápida. Amei a forma que compreendemos o crescimento do personagem de acordo com suas vivências. Além de toda a questão tempo e espaço que a história acontece, as crenças a cultura e visão da sociedade da época.
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Day 01/08/2021

Expectativas erradas
Não sei em que ocasião, mas ouvi comparações desse livro com "capitães da areia", de Jorge Amado, e como é um dos meus livros favoritos, decidi ler "menino de engenho" na expectativa de uma história com tom mais dramático, ainda mais pela sinopse com um crime chocante que acontece já nas primeiras páginas. Porém, com o decorrer do livro, esse tom dramático ficou bem encoberto.
Em várias falas e atitudes do personagem dá pra perceber quão sozinho e, até mesmo, triste ele é, mas parece que essa tristeza não é aprofundada, deixando o leitor emotivo pra logo em seguida fazê-lo perder essa emoção.
No meio da leitura descobri que existem outros livros que continuam a história do protagonista, mas esse primeiro não me faz ter vontade de saber mais. Realmente fui esperando um drama (bem dramático) de formação, mas não encontrei.
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Cris @cristinadaitx 26/07/2021

José Lins do Rego foi um dos mais importantes autores do Modernismo, período literário de extrema importância para o país. Sua obra de estréia, Menino de Engenho, é ambientada no Nordeste e retrata a vida rural das fazendas de Engenho. Carlinhos, o personagem principal, muda-se para a fazenda do avô quando sua mãe é assassinada por seu pai, aos quatro anos de idade. É na fazenda que ele vai crescer e desenvolver seu caráter, a partir da vivência que tem com seu avô, um dono de engenho querido por todos na região, sua tia, que o cria com um carinho especial e os escravos e escravas que o protegem e o orientam ao longo de sua vida na fazenda. Nesse livro conseguimos fazer uma viagem pela história ao mesmo tempo que acompanhamos o crescimento e desenvolvimento desse menino, até o dia em que deixa a fazenda, aos 12 anos, para estudar na capital.
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Flavio.Vinicius 11/07/2021

As raízes das nossas dores
Um livro curtinho e que à primeira vista pode parecer inocente ou pouco relevante. No entanto, é uma obra extremamente profunda, que dá especial destaque para as raízes das nossas desigualdades e dores, mas também das nossas riquezas e alegrias. Um livro para ler e reler várias vezes.
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João 06/07/2021

"Era um menino triste. Gostava de saltar com os meus primos e fazer tudo o que eles faziam. Metia-me com os moleques por toda parte. Mas, no fundo, era um menino triste."
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Gustavo 28/06/2021

Aproveitei o clima de mato para ler Menino de Engenho, livro que inicia o "ciclo da cana-de-açúcar" que mostra os engenhos do seu auge até seu fim.
Temos um retrato de uma sociedade do passado, mas que não acabou. Ainda hoje podemos perceber suas consequências.
Além disso, vemos a infância de Carlinhos de seus 4 a 12 anos. Com traumas e solidão. Seu desenvolvimento perturbado é triste de ler.
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Marcos-1771 21/06/2021

O Pernambucano açucareiro.
A triste realidade que é colocada no texto, foi a pura verdade em Pernambuco e em alguns outras regiões açucareiras do nordeste no Brasil império e até o meio do século passado, e talvez ainda há situações análogas nos dias de hoje.

O livro narra uma pequena parte da vida de Carlos que após o pai assassinar a mãe é enviado para o sítio Santa Rosa do seu avô onde irá morar. No começo já mostra várias diferenças entre o campo e a cidade. No decorrer do livro ele discute vários temas entre eles o machismo, racismo, escravidão etc. Fala sobre a descoberta do amor e do sexo, e sobre o temor a Deus, no mesmo momento que vive "pecando".

O livro é bastante imersivo, tanto na pouca descrição e tal. Mas eu como nordestino, consegui imaginar bastante a história, pois já fui a engenhos e o livro trás vários traços do nordeste. O livro é bom e vale a leitura!
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Leandro257 18/06/2021

Um retrato do Nordeste açucareiro
Foi minha primeira leitura de uma obra do paraibano José Lins. Peguei esse livro ao acaso, não sabia de nada da história e gostei muito. O autor faz um retrato fidedigno dos tempos de engenho, com pinceladas regionalistas no enredo. Esse inclusive foi o seu romance de estreia e que marcou a literatura brasileira. Recomendo.
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Renato375 09/06/2021

O livro é terrivelmente real!
Um Brasil construindo ao custo de muita exploração, sofrimento e dor, é retratado através do universo de um engenho de açúcar ou como afirma Darcy, "Uma máquina de moer gente".

Além disso a obra preserva a cultura local dos costumes, hábitos de vida, folclore e tradições religiosas, que só por isso já seria motivo para torná-lo um clássico.

Encadernação: 5/5
Fonte: 5/5
Espaçamento: 5/5
Cor do papel: amarelado
Preço: R$ 19,98
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Guilherme Duarte 07/06/2021

Vivência no engenho aos olhos de um menino
É um livro curto, de fácil leitura e bastante fluido. Ao final, realizei a leitura em um Kindle, havia um glossário de termos que foi de bastante ajuda. Sobre a narrativa, ela é sobre um menino que deixa sua casa no Recife para viver com o avô num engenho. O livro se passa após a abolição da escravidão, porém muito desse passado se faz presente na narrativa, e ilustra grande parte das relações, inclusive de dominância, entre os personagens. A vivência no engenho com toda sua dinâmica e vizinhança é extremamente interessante e envolvente. Claro que tudo é visto a partir da ótica do menino, Carlinhos, o que acaba adicionando uma certa inocência à narrativa. Sobre essa inocência, ela vai aos pouco evoluindo conforme o amadurecimento do menino, e passa a conviver, não substuindo, com uma mistura de melancolia/tristeza e até mesmo culpa. Fazendo uma avaliação pra lá de escabida devido ao estilo, e o contexto de país e época, é muito interessante uma comparação entre o menino Carlinhos e o personagem de 'O pequeno heroi', de Dostoiévski; ambos têm idades semelhantes e as formas distintas que encontram e realizam, por exemplo, o amor por uma mulher é algo muito bacana. Por fim, é uma leitura muito válida para todos e uma grande porta de entrada ao autor.
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