Lawolft_ 18/02/2020
HALO - ALEXANDRA ADORNETTO
Comprei Halo quando eu estava com uns 14 anos, eu lia muitas séries de anjos (Fallen, Hush, Hush, etc) e estava certa de que este seria meu xodó. No entanto fui lê-lo somente 6 anos após, mas tenho certeza de que se tivesse feito a leitura aos 14 teria me decepcionado igualmente aos dias de hoje.
Halo conta a história de 3 anjos enviados a Terra, para a cidade de Vênus Cove a fim de combater as forças das trevas que estão tomando conta do local. Esses três anjos são o arcanjo Gabriel, Ivy e Bethany, um anjo mirim, em aprendizado ainda, que personifica o corpo humano de uma garota de 16 anos e é através dela que vamos conhecer a história.
A premissa do livro me deixou curiosa, apesar do romance, eu fiquei ansiosa para ver como eu me sentiria ao ler um confronto entre anjos e demônios, mas fiquei esperando mesmo porque não aconteceu.
No início do livro os três anjos tentam se enturmar passando a frequentar a escola da pequena cidade, sendo Gabriel um professor de música e Bethany uma aluna. E até aí ok, você gosta dos personagens.
Apesar de Bethany ser extremamente inexperiente, não saber qual é o seu poder como anjo, diferentemente de seus irmãos, se mostra muito comprometida com a sua missão de conhecer o mundo dos humanos para quando fosse necessário “lutar”. Mas toda essa responsabilidade vai diminuindo gradativamente conforme Bethany começa a se envolver com um garoto chamado Xavier.
Xavier é o representante da escola de Beth, muito inteligente, honesto e pé no chão, possui uma carga emocional muito grande e é bastante religioso. Logo ele se interessa por Bethany e os dois começam a desenvolver um romance.
Indo contra todos os princípios Bethany se apaixona por Xavier e ele por ela e é ai que a história começa a ficar muito irritante.
Pela sinopse eu imaginei que o livro além do romance, sobretudo teria uma grande história para desenvolver, eu queria ver os anjos em sua missão, queria ver o que eles fariam para combater as “trevas”, mas não aconteceu. O livro é todo sobre o romance de Bethany com Xavier...fim.
Foram 200 páginas de pura enrolação da autora para chegar num ponto alto, que caiu na página seguinte. O único sentimento que eu tinha era: “preciso acabar logo para trocar de livro, que coisa chata”.
Eu não consigo nem descrever o tamanho da indignação que eu fiquei ao ler esse livro. A Bethany se tornou uma menininha imprudente que só faz “cagadas” e depende do namorado. Tem momentos que o Xavier inclusive responde por ela, faz seus deveres, força ela a comer, entre outras passagens.
As tais trevas se mostram através de um garoto que ingressa na escola e começa a causar o caos, mas até que a Bethany ou alguém perceba são mais 100 e poucas páginas de pura enrolação. Enquanto isso a gente fica lendo sobre o “Xavier cuidar da Bethany” e “Bethany precisa de Xavier”, é muito chato.
Para não estragar o “final” igualmente chato, de apenas duas pequenas páginas de ação, escrito as pressas, vou parar por aqui.
A autora além de não desenvolver a história, quando começa uma boa cena ela corta antes de você sentir emoção, sem contar que o livro é um agregado de contradições sem explicações.
Neste livro também da pra ver nitidamente o quanto a autora é religiosa e conservadora. Tudo que ela escreve tem um ‘quê’ de religião, bem se vê quando nas primeiras páginas Bethany já reclama da pintura dos olhos dos alunos góticos (Hellooo, século 21?). E por ai vai.
Tudo muito mamão com açúcar, muita repetição, muita florzinha e descrição das coisas. São 472 páginas para algo que poderia ser resumido em 100. Nem penso em continuar a trilogia composta por Halo, Hades e Heaven respectivamente.
NOTA = 0,5 (PÉSSIMO)