O Cortiço

O Cortiço Aluísio Azevedo




Resenhas - O Cortiço


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marcelinho 24/02/2024

Dei altas risadas lendo esse clássico. As figuras que moravam no cortiço (e nos arredores também) representavam o Brasil, segundo Aluísio Azevedo. São várias tramas que acontecem com os moderadores. Muito bom mesmo.

Porém, Aluísio Azevedo tem uma visão medonha sobre o brasileiro. Para ele, o brasileiro era um bicho preguiçoso, enrolão e só sabe viver na vadiagem (capoeira e danças). Ele narra a história de alguns portugueses que, ao chegarem no Brasil, se abrasileiraram, ou seja, ficaram vagabundos.
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camillafetter 23/02/2024

Típica representação brasileira
Resumo da obra
"O Cortiço", obra magistral de Aluísio Azevedo publicada em 1890, é um romance naturalista que retrata de maneira vívida a vida nos cortiços do Rio de Janeiro do século XIX. Através de personagens como João Romão e Rita Baiana, o autor mergulha nas complexidades das relações humanas, explorando temas como ambição, desejo, inveja e luta de classes.

Azevedo utiliza uma prosa crua e realista para descrever a sordidez e a decadência moral do ambiente do cortiço, ao mesmo tempo em que oferece um retrato sensível e empático dos personagens que habitam esse universo marginalizado. "O Cortiço" é uma obra essencial da literatura brasileira, que permanece relevante pela sua capacidade de explorar as contradições e dilemas da sociedade brasileira.

Resumo de vida do autor
Aluísio Azevedo foi um renomado escritor brasileiro do século XIX, nascido em 1857. Reconhecido por suas obras realistas, ele abordava questões sociais e políticas do Brasil da época. Seu romance mais famoso, "O Mulato", publicado em 1881, trouxe à tona discussões sobre o racismo e as relações inter-raciais no país, destacando-se como uma das primeiras obras a enfrentar essa temática de forma direta na literatura brasileira.

Aluísio Azevedo também foi um crítico de arte e um importante nome do Naturalismo no Brasil. Ele foi influenciado por escritores europeus como Émile Zola e Gustave Flaubert, e suas obras muitas vezes refletiam a influência desses movimentos literários. Seu compromisso com a representação fiel da realidade e sua habilidade em retratar a sociedade brasileira de sua época garantiram-lhe um lugar de destaque na história da literatura nacional.

Análise crítica da obra
O Cortiço possui a típica complexidade de obras da sua época, detalhista e cansativa em vários momentos que, por essa característica, faz com que a leitura seja pesada em diversos momentos. A curiosidade pelo desenrolar das picuinhas entre os personagens é o que desperta o interesse pela leitura.
A grandeza de detalhes faz com que a obra seja bem estruturada quanto a cenários e personagens, que em sua maioria são muito característicos e temperamentais.
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jubs05 22/02/2024

Amei
Tinha um certo preconceito com obras clássicas da literatura brasileira mas ao ler O cortiço, me senti envolvida na história e com os personagens!
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Mareufq 22/02/2024

?Confio nos meus dentes, e esses mesmo me mordem a língua.?
?E, naquela terra encharcada e fumegante, naquela umidade quente e lodosa, começou a minhocar, a esfervilhar, a crescer, um mundo, uma coisa viva uma geração, que parecia brotar espontânea, ali mesmo, daquele lameiro, e multiplicar-se como larvas no esterco.?

?Eram cinco horas da manhã e o cortiço acordava, abrindo, não os olhos, mas a sua infinidade de portas e janelas alinhadas.?

?A cabocla disse-lhe que se banhasse todos os dias e desse a beber ao seu homem, no café pela manhã, algumas gotas de águas de lavagem; e, se no fim de algum tempo, este regime não produzisse o desejado efeito, então cortasse um pouco dos cabelos do corpo, torrasse-os até os reduzir a pó e lhos ministrasse depois na comida.?

?Também cantou. E cada verso que vinha da sua boca de mulata era um arrulhar choroso de pomba no cio. E o Firmo, bêbedo de volúpia, enroscava-se todo ao violão; e o violão e ele gemiam com o mesmo gosto, grunhindo, ganindo, miando, com todas as vozes de bichos sensuais, num desespero de luxúria que penetrava até ao tutano com línguas finíssimas de cobra.?

?E devorava-a de beijos violentos, repetidos, quentes, que sufocavam a menina, enchendo-a de espanto e de um instintivo temor, cuja origem a pobrezinha, na sua simplicidade, não podia saber qual era. (?) Leonie fingia prestar-lhe atenção e nada mais fazia do que afagar-lhe a cintura, as coxas e o colo. Depois, como que distraidamente, começou a desabotoar-lhe o corpinho do vestido?.

?Não era a inteligência nem a razão o que lhe apontava o perigo, mas o instinto, o faro sutil e desconfiado de toda fêmea pelas outras, quando sente seu ninho exposto?.
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Pedro Henrique 22/02/2024

O livro começa e termina de uma forma muito inteligente, cíclica até, mas o melhor dele, ao meu ver, não foi o começo e nem o final, que são muito bons, mas sim os personagens, todos eles são muito bem aprofundados, mesmo sendo muitos personagens, Aluízio de Azevedo consegue dar uma certa complexidade à todos os moradores do Cortiço, ou pelo menos à maioria, cada um com os seus vícios e virtudes, mas todos fazendo parte de um corpo que não se altera: O Cortiço.
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Livinha 21/02/2024

"O Cortiço" é um clássico da literatura brasileira escrito por Aluísio Azevedo e publicado em 1890. O livro retrata de forma realista e crua a vida em um cortiço no Rio de Janeiro do século XIX, explorando as relações sociais, as injustiças, as paixões e os conflitos que permeiam a vida dos moradores do local.

A história é sobre o cortiço de São Romão, um ambiente caótico e agitado onde diversas famílias e personagens de diferentes origens convivem em condições precárias. Através de uma narrativa envolvente e detalhada, Aluísio Azevedo descreve a rotina dos moradores, suas lutas diárias, seus dramas pessoais e suas relações complexas.

O autor cria um retrato vívido e realista da sociedade da época, abordando temas como a exploração dos trabalhadores, a marginalização dos mais pobres, a exploração sexual, a corrupção e a violência. Além disso, Aluísio Azevedo também explora questões como a ascensão social, a busca por poder e a luta pela sobrevivência em um ambiente hostil e desigual.

"O Cortiço" é uma obra-prima da literatura brasileira que mergulha nas profundezas da condição humana e da sociedade, revelando as contradições, os conflitos e as injustiças que marcam a vida dos mais vulneráveis. Uma leitura essencial para quem deseja compreender melhor a história e as complexidades da sociedade brasileira, bem como para os apreciadores de uma história intensa, realista e emocionante.
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jtreze 19/02/2024

Brutal e cru, como a escola literária a qual pertence pede que seja, ?O cortiço? é um retrato da formação do Brasil.
Situado no período colonial, somos transportados a um momento em que o determinismo espalhou suas raízes para além das ciências, influenciando a literatura.
Sendo base para a obra de Aluísio Azevedo, é o determinismo que guia o autor na criação de personagens estereotipadas, carentes de virtudes e construídas sobre uma visão abertamente racista.
O livro funciona como a fotografia de um movimento filosófico há muito rechaçado, mas possui um valor histórico grandioso, sendo com razão um dos grandes clássicos da literatura nacional.
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Hellen257 18/02/2024

Mais de um século depois, e a história continua sendo a mesma. Obrigada luizinho, por retratar tão bem os fatos narrados e as questões sociais da época. ??



Ps: A pobi da Piedade e da Bertoleza. ?
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Bruna3810 18/02/2024

A obra naturalista de Aluísio Azevedo, publicada em 1890, apresenta um recorte do povo brasileiro, mais especificamente a classe social mais carente de recursos, que na época, em sua maioria, habitavam cortiços, que se resumem em conjuntos de habitações simples, decadentes e precárias.

Fazendo jus às características da escola literária a que pertence, o livro explora o lado mais animalesco da sociedade, a representando como larvas que se proliferam em meio ao que é podre. Os intímos pecados humanos são instigados e desenvolvidos nos personagens, contribuindo para suas respectivas decadências ao longo da narrativa.

Aluísio precisou de apenas poucas frases ao apresentar os personagens, para já nos despertar empatia e afinidade a eles, tendo em vista que nos identificamos com as situações "brasileirísticas" abordadas.

Ótima leitura, de acontecimentos incontroláveis e imprevisíveis, que constantemente estimula nosso pensamento crítico acerca das decisões tomadas pelas "larvas de laboratório" manipuladas pelo escritor.
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Bia Franzoi 18/02/2024

Bom
Ouvi o audiolivro e acabou não sendo uma experiência muito boa, pois, como cita muitas personagens, eu acabava me perdendo um pouco.

É bastante caótico, e, com certeza, essa era a proposta.

Mas chegou um momento em que eu nem ligava mais para as histórias individuais, já que muitas delas nem eram aprofundadas, e estava só seguindo para saber o desfecho da história de Romão e Bertoleza.

Gosto desse tipo de livro, talvez não tenha lido em um momento bom.
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Bia Fontes 17/02/2024

Espelho do mundo
Se você procura um conto de fadas perfeito e um mundo ilusório, não recomendo esse livro.
Nessa obra, Azevedo traz um verdadeiro reflexo da sociedade e do mundo em si (principalmente do Brasil), onde meninas acabam por cair no mundo da prostituição, o trabalhador honesto pode se corromper em qualquer momento, a mulher traída é a que mais sofre e aquele que passa por cima dos outros e se utiliza de métodos sujos acaba chegando no topo sem merecer. Tudo isso por conta da influência do ambiente em que vivem e das suas vivências.
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Marcelle.Paganini 16/02/2024

Um clássico que tem seu lugar
Aprendi muito e me diverti com esse livro. Também fiquei muito desconfortável. Uma salada de emoções para um livro só.

Fiquei também com a sensação de que gostaria de acompanhar mais. Mas ele acaba. Só acaba. Como quem para de falar e sai.

A descrição inicial, detalhada e caricata, dos personagens no início (que inclusive pode desencorajar alguns leitores a prosseguir) ajuda a acompanhar tantas histórias se entrelaçando.

Me lembrou as novelas dos anos 90. Muitas fofocas, encontros e desencontros de vizinhos e costumes da época. Muito colonialismo. Escravidão. A desvalorização da pessoa negra. A invisibilidade da pessoa não binária. Mulheres descartáveis, mulheres mercadorias, o surto daquele século em busca de casamento.

Muita sensualidade selvagem e crua. Violências animalescas. E um povo que apesar de não ter muito, era alegre em sua rotina em busca do simples viver.

Tudo sutil, superficial para os dias de hoje, mas provavelmente chocantes para a época que foi escrito.
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Felipe1503 14/02/2024

Retrato do Brasil
"O cortiço" é uma oportunidade de ver um retrato do Brasil que infelizmente em alguns aspectos continuam atuais
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