spoiler visualizarLae 03/01/2024
Ridículo é pouco, p## no c#, isso sim
Nada como eu esperava, me trouxe alegria e o triplo de tristeza, obrigado!
Leitura suave e de depressão sutil, só te abala se for de coração tchola. Mas com certeza até um trasgo ficava com pelo menos um cisco no olho ?
SPOILER E CORAÇÃO TCHOLA
Cara, eu não tava esperando que o fauno Don fosse morrer, muito menos o Dakota, esse livro me trouxe um sentimento de perda maior que o Jason, se forem dar uma olhada eu expliquei sobre nao ter tanto apego no Jason por uma escrita mal desenvolvida, mas no caso do Don eu nem precisava que ele tivesse um desenvolvimento.
Em resumo, eu sempre amei sátiros e faunos, quando era criança eu queria ser aquele sátiro de Nárnia sabe, incomum, mas parecia bacana pra mim. Eles me traziam aquela onda de magia que só uma criatura mística pode, tem todo um envolvimento sentimental pra mim, principalmente pq eles representam pra mim uma personificação de idealizações e valores que eu admiro, viver livremente por aquilo que você ama, saber seu lugar e ter a chance de desenvolver todo o seu amor por ele, ter uma conexão com a fauna e a flora de forma única, muito além do que é restrito ao humano, a forma como a música é desembaralhada pra fazer as notas comporem uma comunicação mais profunda que a própria fala, e simplesmente esse dom de cura da natureza. Enfim, sátiros e faunos reúnem grandes paixões da minha vida, animais, flora, música, amizade, reconforto, magia, liberdade e mitologia, então não precisei de muito esforço pra gostar do Don por mais que ele aparecesse umas 3 vezes e pra pedir esmola, pra mim a morte dele funcionou como uma metáfora pra toda a destruição natural que ocorre em decorrência da guerra, e ficou mais evidente pra mim quando ele se tornou a mesma planta que Dafne, um loureiro, ambos mortos por culpa de egoísmo cego, e o pior foi o fato de que a morte foi descrita, de forma tranquila e até leve considerando a faixa etária do livro, mas o Don foi um dos únicos personagens (acho que a Silena também, mas não lembro mais) a morrer durante uma narração, então não foi tipo "aconteceu isso e essa pessoa morreu" foi mais do tipo "e ai sua mão ficou solta e parou de respirar" entende? E dói saber que a amiga dele, Lavínia, segurou a mão esquerda dele até o final pq foi a única parte a não ser queimada, até os pelos da perna dele tinham sido destruídos pelo fogo, uma das maiores características de um fauno, perdidas, simplesmente assim. Isso sem falar que tinha outros espíritos da natureza amigos de Don ali na morte, quando um é atingido todos os outros são afetados, como perder uma irmão pra eles e só pq um cara desgracado rabo de cachorro e fedorendo decidiu que queria ser o machao da coisa toda, ele que enfie essas ideia de jabuti no local misterioso dele e suma, nem o próprio Apolo, deus da cura, não pôde fazer nada a respeito do Don, e pra mim não foi só pela condição humana dele, mas sim pq alguns danos de guerra são irreparáveis até mesmo pra ele, tudo oq Apolo podia fazer era reconfortar ele sobre a reencarnação.
Eu acredito que essa era a parte mais essencial que eu tinha pra falar, não vou me prolongar muito pq já foi um montao com o Don, mas só pra registrar eu amei a relação da Reyna com ela própria, me da muito orgulho ver ela indo pras caçadoras e entrando em uma nova jornada de redescoberta, ela vai se dar muito bem por lá. Também tem a linda cena de Apolo e Ártemis, nada como uma boa reunião de irmãos pra me comover (pobre Thalia não teve o mesmo direito) inclusive, falando na Thalia, sempre vai ficar na minha cabeça o fato de que ela não esteve presente no funeral do próprio irmão, ela deve carregar um peso absurdo, mas fico feliz que ela Apolo tenham conversado algo sobre ele, mesmo que só pra ser um "tá ok Apolo, ser um herói é isso".
Tomara que a Meg dê uma bela chutada naquele padrasto nojento e monstruosos, espero que seja ela a matar ele?