Maisa @porqueleio 20/05/2022Resenha / O céu de pedra /@porqueleioTerceiro livro da trilogia, portanto pode ter spoiler dos livros anteriores.
Estamos em Quietude, um mundo instável, cujos eventos sísmicos levam ao caos de tempos em tempos. Os seres humanos têm dificuldade de lidar com isso, mas são resilientes, e contam – ainda que contrariados, com os orogênes, humanos com habilidade sobre a geologia, e que podem amenizar os possíveis desastres. Bom, mas foi um orogêne que desencadeou o fim do mundo...
Mais uma vez, temos capítulos intercalando os acontecimentos envolvendo Essum, que acordou do coma após a destruição de Castrima, e Nassum, que compreende como nenhum outro a orogenia e a magia que corre em suas veias, e nos veios do pai terra.
Além das duas protagonistas, também teremos inserções que nos ajudarão a compreender Hoa e os comedores de pedra. Desde o livro anterior, foi possível perceber que Hoa era o narrador e, ao chegar ao final de O Céu de Pedra, descobrimos o motivo da narração.
E é quando a magia da estória da Jemisin se revela: Quietude já foi Syl Anagist, uma sociedade com tecnologia avançada, que explorou a terra até o limite. Mas, o pai Terra resolve revidar, e começa uma guerra milenar, que criou os guardiões, comedores de pedra e os orogenes. A origem disso tudo se deu através da exploração da terra e de pessoas...
“Mas, para uma sociedade construída com base na exploração, não existe ameaça maior do que não restar mais ninguém para oprimir.”
E assim finalizou a saga de Essun, Alabaster, Nassun, Hoa e muitos outros, que me deixou com um aperto no coração e muitas saudades. Uma conclusão agridoce, com uma maestria de deixar sem palavras!
Eita, espere... o fim do livro trouxe o discurso da autora na cerimônia de premiação do Hugo Awards – leitura obrigatória, quando a autora menciona a tentativa de atrapalhar o brilho de uma mulher preta escrevendo ficção científica. Não passarão...
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