Morangos mofados

Morangos mofados Caio Fernando Abreu




Resenhas - Morangos Mofados


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Fer Kaczynski 23/12/2013

Realista!
O autor Caio Fernando Abreu me conquistou desde que comecei a participar da comunidade Prazeres Amelie Poulain do Orkut, de tanto o pessoal postar suas citações acabei caindo nas graças de seus livros.

Morangos Mofados tive o prazer de ganhar de aniversário de uma dessas participantes ativas dessa comunidade, a Isa Campos.

Sou grata a ela por me apresentar esse livro. Gente, que leitura mais extasiante!


Leia o restante em:

site: http://dailyofbooks.blogspot.com.br/2013/12/morangos-mofados-caio-fernando-abreu.html
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Caroline Z. 01/12/2013

Morangos mofados

Definitivamente não é uma obra para qualquer leitor. Uma alma permeada de moralismo não teria paz nessas páginas, se engasgaria na leitura, sem dúvida. A obra é de 1982, e carregada com muita coisa da geração que pagou o preço pelos anos 70 no Brasil militar. Há muita referência a drogas e sexo homossexual, mas a obra não é só isso; o autor toca fundo no que há de mais íntimo em nós, e a sua escrita é fenomenal.

A obra é dividida em três partes, cada qual composta de contos. A primeira delas "O mofo" trata da repressão social em todos os sentidos, fala de como a sociedade interfere e causa uma série de conflitos humanos. "Além do ponto" e "Luz e sombra" se destacam nessa primeira parte.

A segunda parte "Os Morangos" mostra um pouco do íntimo das personagens, o que sentem e como reagem a estrutura social imposta; e como usam brechas que permitem a sua própria satisfação. Os contos dessa segunda parte do livro são mais interessantes, principalmente "Transformações" e "Natureza viva" que são fantásticos.

Na terceira parte do livro "Morangos mofados" a personagem está em crise, aquele "mofo" carregado de ideais da sociedade sufoca, e deixa um gosto amargo na boca; pois atingiu todos os "morangos" tudo o que alguém possa exprimir de bom. Gostei de como esse último conto termina , gostei da reação diante dos "morangos mofados", demonstra o quanto há de escolha em tudo o que fazemos.

Enfim, o autor me surpreendeu, apesar dos contos oscilarem em qualidade a obra como um todo é muito boa, mas é uma obra para um leitor maduro. De qualquer forma, só o estilo do autor já vale a leitura.

" As pessoas falam coisas, e por trás do que falam há o que sentem, e por trás do que sentem há o que são e nem sempre se mostra."
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Aline 01/11/2013

Psicodélico.
Para ler "Morangos Mofados" tem que ter uma mente aberta e demasiada sensibilidade pois ele é na verdade o retrato da geração dos anos 70 - a contra-cultura guiada pelos ideais dos movimentos gay e feminista, da ideologia hippie e da revolução sexual. E ela é, entretanto, sufocada pelo cenário da ditadura militar, pelo imperialismo norte-americano e pela Guerra do Vietnã.

O livro é recheado de contos com sexo, homossexualismo, crises existenciais, melancolia, desilusão, muitas drogas, muito rock na vitrola. Caetano, Lennon e Stones. É a geração perdida e a liberdade almejada.

“Ai que gracinha nossos livrinhos de Marx, depois Marcuse, depois Reich, depois Castañeda, depois Laing embaixo do braço, aqueles sonhos colonizados nas cabecinhas idiotas, bolsas na Sorbonne, chás com Simone e Jean-Paul nos 50, em Paris; 60 em Londres ouvindo here comes the sun here comes the sun, little darling; 70 em Nova York dançando disco-music no Studio 54; 80, a gente aqui, mastigando essa coisa porca sem conseguir engolir nem cuspir fora nem esquecer esse gosto azedo na boca.”

Dividido em três partes, no "O MOFO" temos todas as angústias sentidas em cada frase dessa geração perdida.
Em "OS MORANGOS" uma fagulha de esperança começa a aparecer.
No conto que fecha o livro, "MORANGOS MOFADOS" é inspirado em Strawberry Fields Forever - que é uma de minhas músicas favoritas - o conto é um recomeço: o protagonista deixa de sentir o gosto de morangos mofados em sua boca e deseja agora plantar “frescos morangos vivos vermelhos”. Sim.

É depressivo, louco, psicodélico e de uma sensibilidade infinita. Bela obra.


site: https://flagrantdelire.wordpress.com/2015/03/19/resenha-morangos-mofados/
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Lu 18/09/2013

Quando começou a febre de Caio Fernando Abreu, no facebook, no orkut, twitter... eu vi essas lindas frases e fui pesquisar mais sobre o autor e claro sobre os livros dele. Muita gente falou que pra os livros dele era necessário um capitulo por dia, eu concordo com isso. Eu não consegui ler tudo de uma vez só. Terminei o livro em uma semana. No começo eu achei um pouco diferente, eu tinha idealizado já algumas coisas, então logo de inicio já quebrei a cara. Ano passado eu achei um pouco depre. Mas esse ano eu achei maravilhoso. Não me arrependi de ter comprado, quero outros. Todos na verdade. Gosto muito da carta do amigo dele que se encontra na ultima página, e gosto muito das ameixas também.
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everlod 08/07/2013

Boa escrita, mas...
Para quem gosta de ler sobre experiências sexuais, ou melhor, homossexuais é indicadíssimo. Embora não seja o único tema da coletênea de crônicas/contos, é sem dúvida o preponderante. Gostei da forma de escrever em alguns dos textos, seca, poética, raivosa às vezes e penitente em outras, mas acho que o conjunto não vale à pena.
Os temas tem um pouco de mofo realmente, datados, com bolor doa anos 80 encobrindo as melhores passagens, tipo um vinil riscado do pink floyd, com ruídos que encobrem a harmonia e beleza dos instrumentos.
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Angel 14/04/2013

"Já li tudo, cara, já tentei macrobiótica psicanálise drogas acupuntura suicídio ioga dança natação cooper astrologia patins marxismo candomblé boate gay ecologia, sobrou só esse nó no peito, agora o que faço?"

Adorei, adotei e peguei pra criar. Caio é de uma criação metafórica genial. Destruição é mesmo uma forma de criação.
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Be 28/12/2013

O beco sem saída de Caio F Abreu
Quando comecei a ler o texto "Os Sobreviventes", pensei que o livro seria maravilhoso e me empolguei bastante com a leitura. Aí veio "Terça-Feira Gorda", "Além do Ponto" e alguns outros em que Caio escreve apenas sobre si mesmo. Ele era um homem deprimido, era homossexual e as histórias que inventa são apenas façanhas que servem para falar sobre como tudo é uma bosta. Claro que há reflexões bastante interessantes, porém há conteúdo sexual integralmente presente no livro, textos que nos levam a sentir-nos angustiados, textos sem pontuação que mais parecem uma maré continua de tristeza.

É um livro que, se não me engano, foi um dos últimos escritos antes da morte de Caio e nesse presente ponto, ele já estava degolado, numa depressão profunda e morreu, querendo ou não, de tristeza.
Não gostei. É um livro baixo-astral; e me deixou mal.
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Robson Valentim 21/01/2013

Um gosto de morango mofado na boca a cada novo conto.
Longe de querer fazer uma resenha crítica (acabo sempre expondo meu fascínio pela leitura em questão), tecerei alguns comentários sobre o que foi ter lido “Morangos Mofados”, do Caio Fernando Abreu.
Confesso desde início que a minha motivação para lê-lo foi egoísta. O que me impulsionou a esse livro inicialmente não foi ler Caio Fernando Abreu, mas sim ler Caio F. Abreu (ou Caio F., para os íntimos). Há uma enorme diferença entre esses dois. O ‘Caio F.’ é aquele mesmo, o das frases prontas que rolam nas redes sociais. Pedaços de um Caio que se encaixam bem nas nossas dores de cotovelo diárias (“Sem apego. Sem melancolia. Sem saudade. A ordem é desocupar lugares. Filtrar emoções .”). Partindo disso, e somente disso, procurei a obra e me esborrachei ─para a minha felicidade e tristeza do meu egoísmo. Caio Fernando Abreu não é só 140 caracteres.

Mas falando sobre o livro, Morangos Mofados é uma coletânea recheada de metafóricos (porque não meteóricos?) contos que causam aquele silêncio perturbador sempre que se chega ao fim de um deles. Já no primeiro conto, “Diálogos”, Caio (não o de 140 caracteres tá!) deixa claro, através de um confuso diálogo entre seus personagens, que não há diálogo algum na sociedade dos anos 70 (mas será que só naquela época?), época em que os contos foram escritos. Os contos seguintes, ainda pertencentes à primeira parte do livro, denominada de “O mofo”, são um despejo de muitas angústias e questionamentos sobre a essência do ser humano. Na segunda parte do livro, “Os Morangos”, vê-se surgir um fio de esperança que dá um sentido para viver aos personagens. Por fim, a terceira parte composta por um conto homônimo ao livro, desenrola-se a libertação de um homem que suspeita ter câncer na alma, onde o único sintoma disso é o constante gosto de morangos mofados em sua boca.

Esse livro ainda é agraciado com uma carta do próprio Caio dirigida a um amigo seu que, entre outras coisas, deixa clara a sua admiração por Clarice Lispector.

"Morangos Mofados" foi para mim mais uma leitura prazerosa e a porta de entrada para o mundo questionador de Caio Fernando Abreu.
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Heysih 09/11/2012

E não era só comigo.
E quando tu se encontra naqueles momento no qual a solidão é tua unica compania. Tu acredita ter crises pessoais que só acontecem contigo e que ninguém passa por isso. Sentimentos inesplicavéis que tu acreita que ninguém mais sente, que é excluisividade teu.
Dai tu abre as páginas de Morangos Mofados, e se enxerga em um espelho, uma tradução altomantica de pessamentos e crises.
Contos que traduz a sinceridade das palavras, que traduz os sentimentos mas sordidos da alma humana.
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Venancio16 07/12/2012

O adentrador de almas
Heis que não me caberia as palavras para definir esse livro, de um segundo pra o outro ele se tornara meu livro favorito por conta das palavras de Caio conseguirem fundar em meu pensamento e o subconsciente; capítulos diferentes uns dos outros, mas com completo nexo, sou morango mofado.
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Oswaldo Sandi 12/08/2012

Maravilhoso e existencial...
Eu estava com saudade do existencialismo da Clarice e foi isso e um pouco mais que encontrei neste livro. Tocante. Saltando a etapa do encontro físico, para o sentimento que é imaterial. Lindo! Muito bom mesmo!
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Pozenato 03/07/2012

Um livro essêncial!!!!
Sem sombras de dúvidas não tem como passar indiferente por este livro. A forma com que as relações e as emoções humanas são descritas neste livro são impressionente. Um livro forte, imponente e acima de tudo necessário.
A sutileza das palavras de Caio Fernando de Abreu retrata bem como as pessoas lidam com suas emoções no dia a dia. Dentre as mais diversas historias contidas neste livro, tenho certeza que você encontrará uma que se encaixa perfeitamente em qualquer momento da vida que você esteja passando.
Recomendadíssimo!!!!!!!!!
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André Goeldner 23/05/2012

ANGUSTIANTE
Retrata a dor de existir e as relações humanas de forma dura e crua. Cheio de frases fortes, raciocínios agudos e metáforas precisas faz pensar a existência.
Perfeito para retirar o mofo da cabeça.
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