Bruna 02/05/2024
Aquela música do Skank, macaco cidadão!
Em uma sociedade futurística e muito avançada tecnologicamente, acompanhamos a viagem de três astronautas que encontram um planeta muito semelhante a Terra. A questão central é: nesse planeta os humanos são bestas selvagens, enquanto os macacos são a espécie dominante. Buscando sobreviver a essa realidade, a história toma rumos inesperados e levanta importantes questionamentos.
É uma leitura super tranquila de ser feita, em muitos momentos te deixa surpresa com certas conclusões e em outros te faz rir de pequenas piadas. O autor usa um tom crítico, mas jocoso, principalmente, quando questiona os comportamentos dos símios que também são os nossos como seres humanos pensantes? A inteligência também é colocada em xeque, porque como mesmo com o protagonista tentando estimular seus semelhantes, estes entraram em processo de involução.
O autor, mesmo que de forma secundária, aborda questões sobre a hierarquia social determinada pelo poder e força, a descrença proposital da Ciência e da História a fim de assegurar o que se presume ser a verdade, e a violência e degradação de outras espécies da manutenção da sociedade.
Minha desaprovação é como o protagonista representa muito o ?homem branco universal?, sendo muito raro encontrar alguém que ache ele agradável. E por meio dele é verbalizado muitos discursos machistas e que reduzem as personagens femininas a interesses românticos ou tentação sexual.
Destaque para a caçada dos símios na floresta e na cena final, ambos tiram o fôlego de leitor e são boas reviravoltas.