Mandíbula

Mandíbula Mónica Ojeda
Mónica Ojeda




Resenhas -


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Bookster Pedro Pacifico 15/06/2022

Mandíbula, de Mónica Ojeda
Você já leu literatura equatoriana? No Brasil, ainda encontramos muita dificuldade de acessar autoras de países mais periféricos do mercado editorial. É importante valorizar quando editoras fazem esse movimento de trazer obras pouco conhecidas, o que é o caso de “Mandíbula”, da equatoriana Mónica Ojeda, que agora povoa as livrarias após a publicação da @autentica.contemporanea !

Antes de iniciar a leitura, procurei ler opiniões na internet, um hábito que tenho na hora de escolher os livros. Me deparei com opinões bem diferentes umas das outras. No entanto, algo que estava presente em quase todas as críticas era o quanto o romance de Ojeda era perturbador!

A narrativa tem como ponto de partida o sequestro de uma aluna do ensino médio por sua professora de literatura, Miss Clara. Uma situação bastante inusitada e que logo no início já aguça a curiosidade do leitor: qual seria o motivo disso? Com o passar dos capítulos, vamos adentrando às memórias da professora e da aluna para compreender o presente. Aos poucos o leitor vai descobrindo que o passado da professora é muito mais complexo e cheio de traumas. Por outro lado, conhecemos um pouco mais de uma estudante fascinada por histórias de terror e com ideias arrepiantes.

E o que deixa mais perturbadora a obra não é o enredo em si, mas a escrita de Ojeda. Uma linguagem crua, que toca em temas sensíveis como relações familiares, sobretudo a relação entre mãe e filha, sexualidade e violência. Tudo isso junto e misturado. É uma paranoia, um horror de verdade, um livro sobre o medo íntimo.

A leitura me prendeu e no começou gostei bastante. O problema é que senti falta de um melhor desenvolvimento da narrativa. Acho que fiquei esperando mais acontecimentos quando, na verdade, o objetivo da autora foi focar nos traumas e no passado dos personagens. Isso acabou prejudicando minha experiência com o livro e, apesar de ter lido super rápido, fiquei com a sensação de que faltou algo a mais. O problema com expectativas…

Se a premissa do livro te interessou, vai com tudo! Mas lembre-se, essa não é uma leitura para qualquer um.

Nota 7/10

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() 11/09/2022minha estante
outra dificuldade de acesso é o valor dos livros, como é o caso de "Mandíbula", que nas livrarias custa quase 70 reais...


Marcelo Oliveira 28/01/2023minha estante
Eu tô chegando na metade do livro, e estou achando bem chato. Tô quase largando




tavim 30/03/2024

Mandíbula, de Mónica Ojeda
Onde dá errado os afetos humanos é onde há o amor. na mais pura inocência se marginaliza, no mais puro melindre se sucateia --- tão bem se resguarda aos carinhos que a resignação faz fenecer as pontas dos dedos e, num ato mecânico tão bem programado, o corpo corresponde como sensor à falta de movimento: deixa de demonstrar presença. de inteiro e nu na ausência o vazio vira imã para outros vazios, e juntos se despovoam do bem do mal; na terra seca se semeia os perdidos.

onde dá errado os afetos humanos é o grande acerto de mandíbula, de mónica ojeda, principalmente nas faltas e afetos maternos. inventivo, o livro tem uma narrativa que conduz com precisão a profundidade das protagonistas, tocando temas sensíveis com certo humor. intrigante e muito bem escrito, é uma grata surpresa da literatura latino-americana e sem dúvidas é das melhores leituras que fiz nos últimos tempos.
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M. S. Rossetti 30/08/2022

Literatura Equatoriana
A trama aborda a relação conturbada de uma professora e suas alunas adolescentes. A linguagem varia entre coloquial, sob o ponto de vista de uma das jovens alunas; e formal, quando reproduz a fala e os pensamentos da professora. O ponto chave é a relação entre personagens femininas, muitas vezes com completa ausência de sororidade. O desfecho é bastante sombrio. Leitura indispensável para quem quiser conhecer um pouco mais da literatura contemporânea da América Latina.
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Mari Pereira 31/07/2022

A força do medo
Podemos ler Mandíbula a partir de vários pontos de vista. Pode ser uma história sobre adolescentes ricas que fazem coisas bizarras para matar o tédio. Pode ser uma história sobre pessoas perturbadas e esquisitas, que têm modos bizarros de se relacionarem. Pode ser um livro sobre a relação assustadora entre mães e filhas, professoras e alunas, irmãs e amigas...
Eu prefiro entender Mandíbula como uma analogia sobre o medo, que diz sobre isso tudo que falei acima, mas que também transcende essa forma pragmática e organizada de pensar sobre as coisas e as relações, porque Mandíbula reflete sobre os sentimentos, sobre o intangível...
E nesse lugar escuro (ou excessivamente branco), onde está a loucura, o medo, o trauma, há pouco espaço para a racionalidade.
Mandíbula propõe uma reflexão profunda e perturbadora sobre a relação entre mulheres, especialmente entre mães e filhas, professoras e alunas, irmãs/amigas, e como acontece uma espécie de antropofagia nessas relações. A reflexão é perturbadora, em minha opinião, exatamente por refletir questões que estão no âmago dessas relações. Afinal, nada é mais perturbador que um pouquinho de realidade.
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Aline Anjos 20/11/2022

Qual é o único animal que nasce da filha e dá à luz a mãe?
Livro cheio de simbologia e realidade grotesca.
Aborda muitos assuntos como, relacionamento materno, humano e feminino.
Meninas más, ruins, nojentas, carentes!?
Esse livro tem uma escritora perturbadora e maravilhosa.
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Pandora 29/07/2022

Contém partes do livro
“Minha mãe tem medo de mim. Explicara a ele que sua mãe guardava a foto do filho morto e olhava para ele como se estivesse vivo, enquanto olhava para ela como se estivesse morta.” - pág. 162

Este livro é uma preciosidade. É uma crítica social, um estudo de (falta de) valores, um panorama da alta sociedade, das famílias de bem direitistas hipócritas: religiosas no discurso e profanas na ação. E das relações complexas - e algumas vezes doentias - entre mães e filhas.

Existe uma semelhança nos extremamente ricos e nos miseravelmente pobres: a desesperança. Eles não têm nada a perder. Por mais que se esforcem, os miseráveis encontram-se estagnados numa situação que não lhes permite subir um patamar e os riquíssimos, bem, não há mais pra onde subir.

Quando você sabe que seu dinheiro irá sobreviver a você, coisas mundanas como trocar o seu jatinho por um mais novo, comprar o carro mais caro do mundo, se hospedar num paraíso particular ou dar um lance bilionário num leilão não significam nada. Só o poder sobre outro ser vivo. O medo, que é uma forma de controle. Jogos mentais, torturas físicas, humilhações, perigo. Porque a morte é inevitável para todos, sem exceção.

Annelise e Fernanda são duas adolescentes que se conheceram crianças, no círculo abastado onde se encontram suas famílias cheias de grana e ausentes de valores. Hipocritamente religiosas. Decidem ser irmãs. Mais tarde, no Colégio Bilíngue Delta, High-School-for-Girls, uma entidade do Opus Dei, formam com mais quatro colegas uma espécie de sociedade secreta que se encontra num prédio abandonado, envolto pelo mato e todo tipo de insetos e répteis. Tendo como base histórias de terror e as creepypastas(1) - pelas quais são apaixonadas -, elas se entregam a perigosos jogos sadomasoquistas, inflamados pela sexualidade latente e a inconsequência próprias da adolescência. Longe da escola onde devem reverenciar ao Deus cristão e estancar desejos, reverenciam ao Deus Branco, o branco que “representa pureza e luz, mas também ausência de cor, morte e indefinição.” - pág. 218

Miss Clara é a nova professora de Língua e Literatura do Colégio Delta. Extremamente instável emocionalmente, luta contra um transtorno de ansiedade agravado pela violência perpetrada por duas ex-alunas que a tornaram refém. Como bem colocado por Diego Aguilar em sua resenha publicada em El Colóquio de Los Perros, Clara tem uma relação quase “normanbatesiana”(2) com a mãe morta. Ao mesmo tempo em que é assombrada pela figura materna, sua obsessão a leva a vestir as roupas da mãe e até a repetir seus gestos e atitudes.

As relações de Fernanda e Annelise com suas mães também não é saudável: a mãe de Fernanda tem medo da filha, que trata bem socialmente, mas ignora no âmbito familiar; a de Annelise a maltrata física e psicologicamente.

Quando o universo dessas garotas colide com o da professora, o horror branco(3) explode.

Não só o tratamento das temáticas aqui é feito de modo magistral - bem como o desenvolvimento das personagens -, como os vários recursos narrativos de Ojeda intensificam e diferenciam cada capítulo. Ojeda vai às “zonas escuras” a que já se referiu Ariana Harwicz, que afirma que “todo escritor deveria lutar contra à autocensura”. O resultado é esta obra única, originalíssima e inquietante.

Como disse Malik, do canal Para qué Leer… “Mónica, gracias por perturbarme!”

“O Deus Branco as fazia rir de suas mães: de seus seios caídos dentro de sutiãs Victoria’s Secret, de seus cremes antirrugas feitos para caras-de-uvas-passas e suas tinturas de cabelos fosforescentes porque a natureza das filhas, dizia o credo, era saltar na língua materna de mãos dadas com firmeza; sobreviver à mandíbula para se converter na mandíbula(4), tomar o lugar do monstro, isto é, da mãe-Deus que dava início ao mundo do desejo.” - pág. 160

1. Creepypasta é um termo criado para definir as histórias de terror que são divulgadas através da internet em fóruns e demais redes sociais de modo viral, espalhando-se rapidamente no universo online;
2. Referência a Norman Bates, personagem do livro Psicose, de Robert Bloch;
3. Horror branco seria aquilo que não se pode ver, não se pode tocar, mas que se sabe que está latente; é quando se tem consciência de que uma coisa horrível irá acontecer, mas não se sabe quando;
4. A mandíbula do crocodilo é uma combinação surpreendente de força e sensibilidade. Dentre todos os animais que existem hoje, o crocodilo tem a mordida mais poderosa já medida. Ela é coberta de milhares de saliências que agem como sensores e contêm uma quantidade enorme de terminações nervosas. Assim, o crocodilo consegue perceber se o que está em sua boca é comida ou não. Por isso, uma mãe crocodilo pode carregar seus filhotes na boca sem esmagá-los acidentalmente. Ela faz isso para protegê-los de predadores.

Fontes: JW, Wikipédia, Paraque leer, El Colóquio de Los Perros.
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Arthécia 29/07/2022

Perturbador
Ainda estou digerindo a história... O livro apareceu para mim como quem não quer nada, com uma premissa que despertou minha atenção: uma professora que sequestra uma aluna. Porém, a leitura foi além do que poderia imaginar. É um livro incômodo, perturbador e que causa um âmago no estômago sobre personagens femininas complexas, caóticas, presas nas suas próprias loucuras. E por isso não recomendo para todo mundo. Os capítulos se alternam entre a professora e a aluna o que faz você ficar a par do histórico, dos pensamentos e do sentimentos de cada... A autora ela escolheu expor essas personagens, despir não escondê-las o que tornou a narrativa densa e algumas vezes angustiante. É um livro que coloco na categórica tijolada, aquela tijolada na cara que machuca que causa danos.
() 11/09/2022minha estante
leia "A cachorra", de Pilar Quintana, acho que você não vai se arrepender!




@limakarla 10/10/2023

Não sei se tenho como escrever uma resenha honesta e que contemple absolutamente tudo o que vivenciei com esse livro, mas deixarei para pensar em algo mais elaborado depois, para a minha Newsletter. Aqui só quero deixar registrado quão incrível e foda essa história é. Absolutamente bem inscrita, marquei o livro quase inteiro de tantos trechos bons, os personagens são SUPER interessantes e despertam muita curiosidade, a forma como a história é montada, o quebra-cabeça que vai se desenrolando e explodindo nossa cabeça. Tudo impecável.
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regifreitas 02/12/2023

MANDÍBULA (2018), de Mónica Ojeda; tradução Silvia Massimini Felix.

A jovem escritora equatoriana Mónica Ojeda constrói aqui um romance, no mínimo, ousado.

Primeiro, em relação à forma. Trata-se de uma narrativa polifônica, desenvolvida a partir do ponto de vista de diferentes personagens. Os capítulos também têm formatos variados. Nos mais "tradicionais", o narrador-onisciente mergulha na cabeça da personagem ao ponto de quase ser um relato em primeira pessoa. Os parágrafos, por vezes, são longuíssimos, estendendo-se por páginas e páginas. Há também capítulos configurados como listas, e outros em que os diálogos se desenrolam como nos textos dramáticos.

A temática trabalhada também é bem incomum. Basicamente é o universo feminino retratado na sua face mais cruel, perversa e delirante.

A trama, resumidamente: Fernanda, uma estudante do Ensino Médio de uma escola católica de elite (Colégio Bilíngue Delta, High-School-for-Girls), destinada apenas ao público feminino, faz parte de um grupo de amigas que se encontra frequentemente em uma cabana abandonada. Essas garotas são fascinadas por filmes de terror e por histórias perturbadoras postadas na web. Um dia, Fernanda acorda em uma casa estranha, sentada em uma cadeira, com pés e mãos amarrados, vítima de um provável sequestro. Contudo, a sequestradora é Miss Clara, a professora de Literatura do colégio no qual Fernando estuda. Miss Clara, como as demais personagens deste romance, também é uma pessoa quebrada, assombrada por traumas e fantasmas do passado.

Aos poucos os fatos que levaram essas duas pessoas até àquela situação inusitada são desvelados ao leitor. O que vemos é um universo estranho e personagens igualmente desconcertantes.

Fiquei bastante curioso durante a leitura, principalmente em relação ao rumo da narrativa. Mas o final foi um pouco decepcionante. Contudo, deve-se ressaltar que Mónica Ojeda ao mesmo se atreveu a realizar algo bastante diferente do usual.

Leitura para o Desafio Livros & Sabores do mês de novembro: Equador.
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Livros e Pão 27/06/2023

Bilingual delta high school for girls
Achei o livro muito criativo e instigante, e estava prestes a dar 5 estrelas, porém achei o final apressado demais, até conferi se por acaso o meu livro não tinha ficado com algum capítulo faltando. Parece que terminou bem na hora que estava realmente começando a ficar assustador e a se aprofundar nas personagens.
Tirando isso, a escrita é interessantíssima e a autora constrói cenários, personagens e tramas muito bacanas. É uma boa leitura.
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Bel 05/04/2023

Mandíbula que nos morde enquanto lemos
Esse livro é excelente e perturbador. Quando o livro terminou, a leitura não me deixou. Não indico pra todas as pessoas, justamente pelo grau de perturbação e angústia que a leitura causa. É um livro sobre relações femininas e de todos os tipos. Pra mim como filha, mãe, professora, aluna, amiga e mulher, foi impossível passar por esse livro e não pensar, não me angustiar com os relatos.
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anaartnic 30/01/2023

Os monstros tinham de ser ensinados a ser boas filhas
Mandíbula é um livro que causa estranhamento, é grotesco e feminino. Mónica Ojeda é uma escritora equatoriana que se dedica ao gênero do terror, neste livro ela constrói um universo aterrorizante feminino com diversas referências de clássicos do terror. Foi o primeiro livro equatoriano que eu já li, mas é repleto de referências estadunidenses para embasar a trama, o que me decepcionou um pouco, justamente por parecer uma história que pode ter acontecido em qualquer país, sem características marcantes do Equador.

O livro baseia-se nas chamadas creepypastas, contos de terror que se espalham pela internet e popularizam seres e lendas, aspecto este que amei na trama justamente por criar uma criatura e um misticismo em torno dela, que facilmente pode-se reproduzir fora da obra. Em mandíbula temos o deus branco, que deve ser cultuado por meninas na puberdade, ou seja, na idade branca, esta creepypasta que pouco a pouco torna-se real na mente das meninas que protagonizam a obra.

Outra personagem marcante e assustadora é Miss Clara, professora recém-contratada do colégio e que possui muitos traumas relacionados à sua relação com a mãe. Ela era chamada de bezerra e, após a morte da mãe, se tornou uma cópia idêntica a ela, realizando uma espécie de culto à esta ‘mãe-morta-que-vive-dentro-dela’. Obviamente, a relação com as alunas é conturbada, gerando arrepios e ataques obsessivos da professora.

"Às vezes gosto de imaginar que o universo é o cadáver de Deus se decompondo, Annelise disse a ela"

O que eu mais gostei na história é a sua estrutura, narrado em terceira pessoa, o livro se divide em contar o passado de Miss Clara e das meninas (sobretudo Annelise e Fernanda, que são as principais), passando por sessões de Fernanda no psicólogo e diálogos misteriosos entre professora e aluna. Por vezes, duas narrativas se entrelaçam, aumentando a tensão dos acontecimentos e misturando o real e o imaginário.

"A ficção ajuda a experimentar tudo o que anda é proibido para nós"

A obra se encarrega mais de traumas passados que culminam no presente, do que uma narrativa que ruma ao futuro, o que deixa o livro um pouco truncado e repetitivo (principalmente nos trechos de Miss Clara). O teor creepypasta é um grande ganho que a obra tem, justamente por oferecer um conhecimento desta cultura ao leitor e criar uma creepy fantástica e perturbadora. Não posso deixar de citar a abordagem da relação mãe-filha, sendo opostas, traiçoeiras e porque não simbolicamente canibais? Mães e filhas são monstros potenciais e que conflitam a todo o momento em Mandíbula.

É um livro que possui a violência do feminino, mães de útero errante e as terríveis garotas na idade branca. Infelizmente, apesar desta temática, se atém muito a homens que escrevem no gênero, com muito poucas referências femininas. Foi nostálgico revisitar o mundo das creepypastas, assustador conhecer a lenda do Deus-mãe-de-útero-errante e eu nunca vou pensar em uma mandíbula da mesma maneira.
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Kesy 01/12/2023

Visceral
Um terror psicológico muito bem escrito, capítulos bem amarrados, que incomodou, fez eu me questionar a leitura toda sobre traumas, medos e desejos, relacionamentos e desapegos.

As personagens femininas que eu queria ler, rebeldia com motivação, nada fica sem um motivo.

A autora sabe escrever sobre o que é ser mulher, por isso é uma leitura indigesta, complexa e perturbadora. Diferente do que tenho lido anteriormente onde personagens femininas são construidas, para agradar e se tornar "heroinas" de seu tempo, porém vazias e incompletas. O horror causado pela leitura me lembra de que não existem apenas essas "heroinas" para nos espelhar, mas pessoas ruins que tornam a experiência muito mais humana e real!
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Icaro 06/10/2022

Excelente!
Gostei muito desse livro. Bastante denso e intenso, literatura equatoriana de altíssima qualidade e com dezenas de referências incríveis!
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Karlesy 05/10/2023

Que pancada ?
Daqueles livros que ficam na categoria, me traumatizou, amei ?
.
Esse livro fala de tanta coisa, que acho difícil de tentar sintetizar tudo que refleti em um simples texto. Além de qualquer coisa, a escrita é crua, direta e reta. O que dá a impressão de levar tijoladas no fundo da alma, na medida em que viramos as páginas. Sobre os temas, além da reflexão a respeito do afeto na maternidade, vamos passando por assuntos que tangenciam a liberdade ou falta dela no universo feminino, além de ser um belo ensaio sobre as angústias e o horror presentes na puberdade. O quanto tudo que é desconhecido é assustador, paralisa e hipnotiza: o Deus Branco, idade de leite!
.
A simbiose na relação entre mãe e filha e nas amizades ao longo da vida é tratada de um jeito animalesco e visceral. O que não deixa de ser uma representação no concreto do que se é no emocional! Engolir o outro, de todas as formas possíveis ?
.
Terminei batendo palmas! Por favor, leiam ? Apenas 5 estrelas, Favoritado! ?
Letícia 05/10/2023minha estante
tô doida pra ler esseeeee


Karlesy 07/10/2023minha estante
Se joga, pq é otimooooo! Aquele terror psicológico bom pro mês de outubro ??




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