A velocidade da luz

A velocidade da luz Javier Cercas
Javier Cercas
Javier Cercas
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Resenhas - A Velocidade Da Luz


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Rodrigo1001 11/11/2018

Reflexão profunda sobre dilemas morais (Sem Spoilers)
Se me pedissem para definir “A Velocidade da Luz” em quatro adjetivos, estes seriam enigmático, obscuro, complexo e doloroso. Flanando entre drama de guerra e romance policial, o livro é um elucubração profunda e psicológica sobre crimes de guerra e suas consequências.

Fundamentado nos terríveis ataques das forças especiais americanas durante a campanha dos EUA no Vietnã, o narrador é um espanhol que abandona Barcelona para tentar a vida em Urbana, uma cidade do interior de Illinois. É um jovem aspirante a escritor que possui suprema dúvida de sua própria habilidade literária, que é simultaneamente prejudicada e energizada por seu encontro e subsequente amizade com um veterano dessa mesma guerra.

Essa seria, resumidamente, a base em que se apoia toda a narrativa.

Dito isso, dois aspectos me fizeram gostar muito desse livro e um aspecto me impediu de classificá-lo com cinco estrelas.

Entre os aspectos positivos, o livro faz uma análise profunda e complexa sobre o sucesso e suas consequências, com foco nas suas três fases: ascensão, apogeu e queda. Com uma crueza espantosa, digna de consultório terapêutico, talvez este seja o livro que tenha abordado este tema da maneira mais madura que já vi. Por não apresentar floreios, as reflexões perfuram o leitor e desafiam os conceitos de fracasso e sucesso tal como são mostrados no mundo de hoje, onde todos, sem exceção, nascem sob a obrigação de “vencer e ter sucesso na vida”.

O segundo aspecto positivo é a sua análise sobre a natureza da amizade e sobre a força da literatura. Nesse sentido, traça enigmáticas e obscuras reflexões sobre o propósito da existência e sobre a arte da escrita.

De negativo, a estrutura do livro em si não foi das melhores pra mim. Capítulos longos demais e um excesso de adjetivos comprometeram a leitura. Eu teria preferido capítulos curtos e um pouco mais de dinamismo no início, já que o livro realmente engatou pra mim somente a partir da metade. Até ali, me senti um pouco cansado com os blocos maciços de páginas.

Enfim, trata-se de um livro densamente escrito, mais complexo do que parece, uma obra que mistura ficção e realidade e que mostra seu real valor a partir da página 100. Desse ponto em diante, o leitor morde o anzol jogado pelo escritor e só consegue largá-lo depois da última página, quando se conhece o desfecho.

E, falando sobre desfecho, o livro me surpreendeu positivamente ao enveredar por um caminho que eu não esperava. Termina de maneira elegante, causando um efeito que apaziguou qualquer negatividade. Sentimental, mas sem afetação. Achei excelente.

Indico para quem gosta de livros crus que dialogam com a razão e que causam nostalgia e um certo incômodo. Não se engane, esse livro não vai te encher de esperança e não se presta a colorir de cor-de-rosa a realidade dura da vida, mas vale muito a pena.

Leva 4,5 de 5 estrelas.

Passagem interessante:

“É preciso ser muito idiota para acreditar que se pode mudar de vida, como se aos quarenta anos ainda não soubéssemos que não somos nós que mudamos a vida, mas é a vida que nos muda.” (pg. 200)
Fernando 26/11/2018minha estante
Rodrigo, onde assino embaixo de sua resenha?? Concordei c tudo. O unico porém, para mim, foram os capitulos longos. Se os dividisse, aumentaria a dinâmica!


Rodrigo1001 26/11/2018minha estante
Sem dúvida! Teria deixado a leitura mais agradável. Abraço, Fernando.




Jorge Reymão 12/01/2013

Tempo.
Magistral, o amor que o protagonista Rodney narra a história, mostra sentimentos complexos para um amigo, é como ver uma vida passar em um segundo, onde que os sentimentos o tomam tão rapidamente que se consegue sentir á todo tempo. Foco narrativo fora genial.
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Rosa Santana 15/06/2015

Contrariando tantos: achei esse um livro cansativo, com muitos rodeios acerca da história a que o narrador-escritor se dispõe contar, a principal, que é a de Rodney!

As citações literárias do início me encantaram e me fizeram avançar, porque adoro esse diálogo entre textos, mas ao se embrenhar pela história do amigo e tb professor, ex combatente no Vietnam, achei muita volta para um só parafuso!

Ao se descrever como consagrado escritor, senti-o um comerciante puro, desses que não estão preocupados com a metáfora sutil, trabalhada ludicamente, mas com narrativas que atinjam mais e mais público. Esse trecho deixa claro isso. Pelo menos na minha concepção:

"... em menos de um ano foram feitas quinze edições do livro, foram vendidos mais de trezentos mil exemplares, estava em vias de ser traduzido para vinte idiomas e havia uma adaptação cinematográfica em andamento. (...) de um dia para o outro passei de insolvente escritor desconhecido que levava uma vida afastada e provinciana, a famoso, passei a ter mais dinheiro do que sabia gastar e a me ver envolvido num turbilhão frenético de viagens, entregas de prêmios, apresentações, entrevistas, colóquios, feiras de livro e festas literárias, que me arrastou de um lado para outro por todos os confins do país e por todas as capitais do continente,"

Isso me remonta aos Beatles e sua presunçosa: "Somos mais populares do que Jesus Cristo!" (não sou cristã, aviso!); isso me lembra um produtor de comerciais "famoso", empossado na ABL (Preciso dizer o nome?); isso me causou uma tremenda antipatia pelo dito cujo. E ela, antipatia, não minimizou, mesmo com a "redenção" final, do narrador!

É um livro que não releria!

E, c´est fini!

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Nath @biscoito.esperto 26/10/2015

Favorito instantâneo
Queria começar essa resenha dizendo que faz pouco mais de uma hora que terminei de ler este livro e já decidi que ele é um dos meus favoritos da vida toda.

Conheci este livro por intermédio de um de meus melhores miguxos, Gabriel, que curiosamente também é o nome de um persongem deste livro. Todos os livros que Gabriel me indica se revelam espetaculares, mas este ultrapassou todas as minhas expectativas.

Não quero me aprofundar muito na história do livro, pois qualquer informação que eu te der vai ser uma surpresa a menos que você terá ao ler. Mas, resumindo, o livro conta a história de um narrador sem nome, nascido na Espanha, cujo sonho é ser um escritor famoso. Ele se muda para Urbana, nos Estados Unidos, para lecionar espanhol, e é lá que conhece Rodney Falk, um ex-veterano da guerra do Vietnã (sabe aquela música, “era um garoto, que como eu, amava Beatles e os Rolling Stones...”? Então, essa guerra). Os dois se tornam amigos, mas depois das férias de verão Rodney some e o narrador sem nome passa o resto do livro tentando entender essa personagem que é o Rodney.

A questão é que o livro é bem mais do que apenas um romance. O livro é, basicamente, um escritor (Javier Cercas) contando a história de um aspirante a escritor, que adora falar sobre o ato de escrever, que adora filosofar sobre a escrita, o sucesso e o fracasso dos escritores, e acho mais espetacular ainda que eu queira, também, ser escritora (veja só), então é um escritor escrevendo sobre um homem que quer ser escritor e uma garota que quer ser escritora está lendo esta história. Bem louco.

Não vou ficar rasgando o livro de elogios e nem falando minhas impressões sobre os sentimentos ou falta deles no livro, pois o autor já fez isso por mim. Ele escreveu vários diálogos entre seus personagens que debatiam por que escrever, para quem escrever, qual a finalidade de escrever, que histórias devem ou não ser contadas e que histórias são de determinada forma e que histórias não são. Confesso que isso me poupou muito tempo dessa resenha. Não queria perder um parágrafo inteiro falando sobre como eu praticamente bebia as palavras das páginas do livro, me recuso.

Uma última questão interessante: vi muitas pessoas que acham que este livro tem um quê de autobiográfico. Como o próprio autor coloca em debate no livro, todo escritor coloca um pouco de si e de sua vida no que escreve. Mas a questão não é saber se os personagens, a história, os acontecimentos ou qualquer outro aspecto do livro são reais. Como diz meu professor de literatura, “o importante não é contar a verdade, mas sim contar algo verossímil”. Acho que foi isso que o autor fez. Escreveu um livro tão brutalmente real (nos sentimentos, nos acontecimentos, em tudo) que todo mundo acha que aconteceu mesmo.

E essa resenha termina assim.


site: www.nathlambert.blogspot.com
guscross 23/12/2015minha estante
Me identifico com tudo que você disse. Estou na mesma situação, na metade do livro eu já estava pensando: ''Acho que esse vai ser o melhor livro que já li. E foi.
Assim que eu terminei, eu me arrepiei inteiro, fiquei em êxtase.




Fe 23/12/2021

Inacreditável
Esse foi o primeiro livro da TAG que eu li. Confesso, de forma não orgulhosa, que acho que deixei passar muito do brilhantismo da obra. Mas mesmo assim eu AMEI essa leitura, é um livro que sempre volta pra mim, sempre! Já deve fazer cerca de 2 anos que li, mas ainda me recordo de forma vívida detalhes dessa obra. Não sei explicar porque gostei tanto, mas certamente é um livro que ficou comigo e que amei muito. Espero reler (e entendê-lo melhor) algum dia.
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Lari 12/09/2014

Também li esse livro por indicação da Tatiana Feltrin. Não esperava tanto desse livro, nas primeiras páginas demorei muito pra ler, achei a história amarrada, mas depois de algumas páginas não conseguia mais largar o livro. Sem duvida alguma essa foi a melhor leitura do ano (junto com Os pilares da Terra). Talvez tenha sido o livro que mais fiz marcações também.

Esse livro é narrado por um personagem que não sabemos o nome dele. É um aspirante a escritor que se muda de Barcelona, na Espanha, para uma pequena cidade universitaria dos Estados Unidos, Urbana para lecionar na universidade.
Ele faz alguns amigos, mas o mais incomum de todos eles é Rodney, ninguém sabe muito dele ou se da bem com ele, e nosso narrador acaba dividindo uma sala com ele.
Entre uma cerveja e outra num bar, eles se dividem entre falar sobre literatura e o Narrador ensinar catalão (língua oficial da Catalunia, onde fica Barcelona, pra quem não sabe a língua lá e o catalão, mas em toda Espanha se fala castelhano, esse é o espanhol que conhecemos ~informações desnecessárias~) para Rodney.
Como o narrador quer ser escritor, ele entrega seu primeiro manuscrito para Rodney, este que critica muito o livro. Durante as conversas Rodney fala muito sobre o fracasso e o sucesso, como sucesso pode estragar tudo, ele da uma serie de dicas, até um pouco confusas, para o narrador, mas que ao decorrer do livro o leitor consegue perceber que tudo o que ele diz faz sentido.
Chegam as férias, e o Narrador parte para uma viagem com outros colegas da universidade, quando ele volta fica sabendo que Rodney não trabalha mais na universidade.
Ele acaba conseguindo o endereço do pai do Rodney, que fica numa cidade próxima de Urbana e vai até lá.
O pai de Rodney o trata de maneira ostil, e avisa que ele não esta em casa, que não sabe pra onde foi e quando volta. Passa então alguns meses e o pai de Rodney convida o narrador para ir em casa, onde conta toda história de Rodney, nesse momento o narrador fica sabendo que Rodney esteve na guerra do Vietnã, e que essa guerra deixou marcas profundas nele. O pai também deixa com ele algumas cartas que foram enviadas para ele enquanto Rodney estava no Vietnã.
Com essas cartas o narrador pensa em escrever um livro, mas existem algumas falhas na história, buracos que só se encontrando com Rodney para explicar.
Passam alguns anos, ele já escreveu alguns livros, mas ainda segue com a ideia do livro sobre Rodney. Já casado e com um filho, um dos livros dele faz bastante sucesso, ele se torna um escritor aclamado por toda Espanha. Até que um dia ele se reencontra com Rodney, que revela os buracos da história.
A partir dai, muita coisa acontece, e que não vale a pena contar pois seria Spoiler.
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Linda 16/01/2022

Algumas frases marcantes
Aspirávamos a um fracasso.
Mas não a um fracasso qualquer, sem quê nem pra quê. Aspirávamos a um fracasso total, radical e absoluto. Era nosso modo de aspirar ao sucesso.

Tarefa quase exclusiva de sobreviver.

Não tive coragem de mentir. Mas fiz o possível para enfeitar a verdade.

Afagando meu ego...
...doses generosas de hipocrisia.

.... A essência de personalidade...o centro nevrálgico (de Rodney).


(Rodney)... está com medo, um medo afiado como uma gilete, um medo que corta e sangra, e fede, e eu consigo entender (O 40).

Não me lembro o autor, mas aparece citado no livro:

"Quem não está ocupado em viver, está ocupado em morrer".
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Leonardo1263 30/07/2023

Literatura Espanhola
Em 2019 me chegou essa edição e erroneamente estava parada aqui em minha coleção desde então. Ainda não havia lido nada de Javier Cercas e tão pouco literatura espanhola.

Nesse drama espetacular, acompanhamos uma narrativa totalmente diferente do convencional (onde conheci o termo, na revista de apoio a leitura, o estilo auto ficção) uma forma de documentar experiências do próprio autor, mesclando com uma ficção que faça sentido para a narrativa.
Acompanhamos então a vida de um jovem espanhol que sonha em ser escritor, que escolhe se aventurar em uma pequena cidade americana em busca de ganhar experiências que possam lhe ajudar a escrever. Na gelada cidade de Urbana, ele conhece um ex soldado que serviu a guerra do Vietnã e que carrega claramente cicatrizes que mudaram sua vida durante e pós guerra.
O escritor após se afeiçoar ao ao ex combatente, procura entender os tantos porquês de seu jeito sempre quieto e recluso, e acaba descobrindo uma amizade improvável de um homem também amante da literatura. Anos voam, viagens, sucesso, sonhos realizados a amizade improvável permanece, mas os muitos segredos e fantasmas do passado, afetam a vida de ambos e a percepção de certo e errado ficam cada vez mais difíceis.

O que mais encontramos nesse livro dotado de uma narrativa única, é um relato muito individual que nos convida a ouvir o escritor como um confidente secreto. Javier Cercas escreve muito bem, prende o leitor em sua escrita e nos coloca em meio a um drama que jamais imaginaríamos. Além de tratar de todos os horrores de uma guerra que nunca deveria ter existido, o livro trata muito do estresse pós-guerra e como uma politica de governo pode acabar com a vida de várias famílias. Ao ponto que o próprio autor aborda as maldições do sucesso. Como o ser humano lida com o sucesso e como pode colocar tudo que conquistou a perder. É um livro inexplicavelmente bom, com seu plot-twist de nos deixar eufóricos e incrédulos. Sem contar as muitas referências e citações de escritores conhecidos.
Já virei fã do escritor e buscarei ler suas demais obras. Leia!
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Bruno.Dellatorre 22/01/2019

Incrível!
Não sou capaz de articular o tamanho da grandiosidade desse livro. Meu personagem favorito foi o Rodney. Gostava da personalidade e da história dele. Adorei os trechos sobre a guerra no Vietnã e o livro todo na verdade foi maravilhoso. Bem escrito, com um quê de autobiográfico, fala de muitas coisas em poucas páginas. Um exemplo de como se escrever um livro.
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Horroshow 21/06/2015

Leitura singular e muito rica
Resenha por João Pedro Mesquita

"Me sinto muito pouco à vontade para falar desse livro. Me perguntei bastante se eu deveria falar ou não, mas resolvi que sim, na esperança de conseguir expressar pelo menos uma parte rasa da profundidade vertiginosa dessas 248 páginas. A verdade é que A Velocidade da Luz entrou sem tropeços no meu rancho dos melhores livros da vida ─ e é o primeiro livro que me lembro de ter fechado pensando algo do tipo.

Se eu pudesse, diria apenas: leia. É melhor não saber nada sobre, descobrir por conta própria. É claro que você não é obrigado a admirar tanto quanto eu admirei tudo nessa obra, mas experimente, pois este é um livro bem diferente das coisas que já vi por aí. Contudo, como estou aqui para fazer uma resenha, vou levantar alguns pontos que anotei no decorrer da minha leitura. Volto a afirmar que eu preferiria, no seu lugar, poder fazer meu arremate sem influências quaisquer. Mas vamos lá."

(... Leia mais no link abaixo)

site: http://bloghorrorshow.blogspot.com.br/2014/12/a-velocidade-da-luz-javier-cercas.html
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Ryllder 12/06/2017

Escolhas...
Certas atitudes que podemos ou não tomar definirão nossas vidas,para o bem ou para o mal.Resta assumir nossas responsabilidades.?No fim de contas se calhar é verdade só haver dois tipos de pessoas: as que agem mal e acham sempre que agiram bem, e as que agem bem e acham sempre que agiram mal?
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Bianca 01/10/2023

Incrível
A leitura vale muito a pena!
Não imaginei que o livro seria tão bom, o box conta com a revista com várias matérias sobre o livro, interessantes e que completam a leitura.
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Lorena Alhadeff 25/07/2017

Deliciosamente surpreendente!
Gostei muito desse livro!
????
Cheio de conhecimento histórico, dramas e conversas interessantíssimas!
Não foi um bem-querer linear, teve seus altos (a personalidade sempre instigante dos personagens e as surpresas da história) e baixos (as divagações retóricas e as vezes "forçosamente inteligente" do Rodney, além da repetição dos horrores da guerra e suas consequências e tals...). Não espero perfeição de histórias, por isso mesmo, essa me surpreendeu: por suas geniais reviravoltas, por seus momentos mais arrastados serem contados com "garra", por seus personagens, não fofos ou queridos, mas sensíveis, reais, palpáveis, maravilhosos!
Enriqueci meus conhecimentos sobre a Guerra do Vietnã. Por causa de A Velocidade da Luz, me senti impulsionada a saber mais sobre essa guerra aparentemente sem sentido.
Concordei (ou não) com as opiniões literárias do Rodney. Me maravilhei com suas frases cheias de uma óbvia, bela e autêntica sabedoria, ou ri da falta de sentido de algumas delas, parecendo pré-prontas como comida de microondas. Rsrs
Por fim, venho aplaudir a sensatez, inteligência, poder de persuasão e força da pragmática Jenny, esposa do Rodney. Uma pequena imensa mulher!!!????????
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