Se me acham o memorialista do futuro, Pellanda é aquele que atravessa a fronteira entre o real e o universo paralelo. Sendo que este, sim, é a realidade. Aqui temos um livro indefinível (precisa definir tudo?), de sutilíssimo humor. Coloquemos o autor ao lado de J.J. Veiga, Murilo Rubião, Onetti e Cortázar e se darão bem. Fui editor da revista Planeta nos anos 1970 e se Pellanda me enviasse um conto deste por mês eu publicaria. Mas ele nasceu em 1973, quando o realismo mágico se difundia pelo mundo e o realismo fantástico dos latino-americanos começava a nos seduzir.
Da orelha.
Por Ignácio de Loyola Brandão
Contos / Literatura Brasileira