O filho eterno

O filho eterno Cristovão Tezza


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O filho eterno





Vencedor dos principais prêmios literários do país, O filho eterno ganha edição especial com novo projeto gráfico e prefácio do escritor Sérgio Rodrigues.



Em O filho eterno, romance de Cristovão Tezza, o nascimento de uma criança com síndrome de Down coincide com o momento de ruptura na vida dos pais. Um filho desejado, mas diferente: nas palavras do pai, na tímida tentativa de explicar para os conhecidos, nos primeiros meses, uma criança com “um pequeno problema”. De início, tudo é estranhamento, e o pai assume que a urgência não é resolver o tal problema do menino ― haveria algo a ser resolvido? ―, mas o espaço que o filho ocupará, para sempre, na vida do casal.

Tezza expõe as dificuldades, inúmeras, e as saborosas pequenas vitórias de criar um filho com síndrome de Down. O périplo por clínicas e consultórios médicos em uma época em que o assunto não era tão estudado, ainda envolto por certo grau de misticismo, e a tensa relação inicial com a mulher. “Numa das crises, ela lhe diz, no desespero do choro alto: Eu acabei com a tua vida. E ele não respondeu, como se concordasse ― a mão que estendeu aos cabelos dela consolava o sofrimento, não a verdade dos fatos.”

Com o passar do tempo e uma série de pequenas conquistas ― os primeiros passos, a ida à escola ―, o pequeno Felipe vai conquistando o seu lugar de filho. O pai supera a fase de negação e já não vê mais a condição do primogênito como uma espécie de “maldição inesperada”, enxergando-o como um indivíduo único, que necessita de amor e cuidado. O autor aproveita as questões que apareceram pelo caminho desde o nascimento de Felipe para reordenar a própria história: a experimentação da vida em comunidade quando adolescente, a vida como ilegal na Alemanha para ganhar dinheiro, as dificuldades de escritor com trinta e poucos anos e alguns livros na gaveta, e a pretensa estabilidade como professor em universidade pública.

O livro obteve enorme sucesso de público e de crítica: ganhou os mais importantes prêmios literários brasileiros e já foi traduzido em uma dezena de países. Recebeu na França o prêmio Charles Brisset, de melhor livro do ano, e, em 2011, foi um dos dez finalistas do prestigiado prêmio IMPAC-Dublin de obras publicadas em língua inglesa. Foi adaptado para o cinema em 2016, com direção de Paulo Machline. E teve premiada adaptação para o teatro no Brasil, pela Companhia Atores de Laura (várias cidades, 2011-2020), e outras montagens na Argentina (Buenos Aires, 2018-2019) e em Portugal (várias cidades, 2022-2023).

Corajoso e emocionante, O filho eterno reforça o lugar de Cristovão Tezza entre os maiores escritores brasileiros.

Ficção / Literatura Brasileira / Romance

Edições (5)

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O filho eterno, de Cristovão Tezza

Publicado em 2007, o livro venceu os principais prêmios literários e aborda os conflitos de um pai que descobre que o seu filho recém nascido tem síndrome de Down. O romance também possui um forte aspecto autobiográfico, que deixa a realidade criada pelo autor ainda mais potente. Confesso que, até ler O filho eterno, tinha lido poucos livros que abordavam a temática de pessoas com deficiência. E quando iniciei a leitura, fui surpreendido com um forte incômodo, já que o pai de Felipe... leia mais

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