Crime e Castigo

Crime e Castigo Fiódor Dostoiévski




Resenhas - Crime e Castigo


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Cintia295 30/06/2023

Foi meu primeiro livro russo e já tinha amado, mas agora com essa releitura foi ainda melhor cresceu tanto, percebi tantas coisas que não tinha entendido ou deixado passar, tantas camadas profundas e a mensagem por trás do enredo de cada personagem.
Simplesmente maravilhoso.
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Vanessa 05/05/2020

Loucura, sanidade, perversão, altruísmo, crime, castigo?
Que livro! Um personagem alternando entre o bem e o mal, entre o heroísmo e a vilania! Foi difícil ver através da mente e dos olhos do personagem, a execução do Crime, mas o que dizer do Castigo de uma alma enlouquecida?
@gezaine_ 02/06/2020minha estante
Oi, Vanessa. Você achou confortável ler com as letras vermelhas?




Bruna 30/03/2021

Crime e castigo
?O erro é uma coisa positiva, porque, por ele, chega-se a descobrir a verdade.?

Dostoiévski aborda muitos temas importantes, faz uma descrição psicológica cinco estrelas e nos faz refletir sobre diversas convenções morais e sociais! Mostra-nos o quanto o homem social pode ter a hipocrisia como subterfúgio!
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Tiago Doreia 01/06/2021

Merecia 6 estrelas de classificação!!
Foi com certeza a resenha mais difícil de se escrever até hoje, dada a complexidade da obra, mas que valeu muito a pena ser lida, se tornando um dos melhores livros que tive o prazer de apreciar.
Os personagens são altamente complexos, multifacetados, com camadas superficiais e profundas, assim como os seres humanos na vida real. Ninguém é totalmente bom, da mesma forma como ninguém é totalmente mau, mas cada um age conforme seus preceitos, suas crenças e por que não seus interesses?!

O livro é tão minuciosamente pensado que até o nome do protagonista está ligado à sua trajetória, visto que raskol em russo significa cisão, divisão. E este é exatamente isso que vivemos durante todo o percurso da história que se desenrola.
Dentre as diversas reflexões que a obra aborda, uma das mais evidentes é a questão da possível justificativa de um crime em prol de algo positivo ?não ficaria apagada a mancha dum só crime, insignificante, com milhares de boas ações?? Seria possível pagar a conta de um ato mau, com centenas de atos positivos? Esse julgo é apresentado como uma maneira de justificar tal ação, que é visto como uma ferramenta que o permitiria galgar a montanha da vida.

Esse pensamento está altamente ligado ao artigo escrito pelo próprio Raskólnikov sobre pessoas extraordinárias, a exemplo de Napoleão ou Júlio César, a que lhes são dados o direito de cometer crimes sem que lhe sejam atribuídas punições, pois estes não estão sob os mesmos critérios morais que o resto da sociedade. Em alguns momentos do turbilhão de pensamentos do protagonista chega a cogitar ser uma dessas pessoas extraordinárias, mesmo que de modo semiconsciente.
A partir do momento em o ato divisional é executado, o personagem sofre o castigo autoimposto em sua consciência após o crime, então vem a expiação, a opressão, a solidão, a aversão a todos que o rodeiam e o definhamento que o abraça ao longo do restante da história. Esse desgaste é tão grande que se reflete fisicamente, em que Raskólnikov cai em estado febril e delirante em vários momentos. Podemos analisar, usando um caráter mais técnico, que houve, possivelmente, uma somatização de suas questões mentais.

As atitudes do protagonista são guiadas em dois níveis, no nível consciente, que se manifesta nas ações mais visíveis, como planejar o crime usando para isso uma balança moral em que mede o "custo benefício" desse ato. E também há as ações inconscientes, que se revelam principalmente nas atitudes de "arrependimento" do Raskólnikov, em que por vária vezes solta "dicas" sobre a autoria do crime, sem perceber ou sem entender o porquê disso, até que, no fim, resolve executar o ato final que é a rendição.

Há um outro ponto que pode ser explorado, que é um possível distúrbio psicológico do protagonista, baseado em todos os pensamentos, reflexões, e atos vividos por Raskólnikov. ?Às vezes, porém, não tem nada de hipocondríaco, mas é simplesmente frio e insensível até a desumanidade, palavra, como se nele se alternassem dois caracteres opostos. Às vezes é terrivelmente taciturno!?

Mas não só o protagonista possivelmente sofre de alguma patologia mental como alguns outros personagens, a exemplo de Catierina, a viúva.
?Perturbada; ora se preocupa, como uma criança, com que amanhã tudo esteja bastante bem, que haja o que comer e tudo... ora torce os braços, escarra sangue, chora, de repente começa a bater com a cabeça na parede feito uma desesperada.?

Há muito mais pra se falar sobre essa incrível obra, e como é impossível abordar tudo aqui, vale a pena citar pelo menos alguns pontos interessantes, como por exemplo a própria cidade de São Petersburgo, que é quase um personagem vivo: detalhada, claustrofóbica, febril, lúgubre, altamente dissonante e desigual socialmente. Essa obra merece ser estudada por décadas, em todos os âmbitos que ela aborda, seja filósofo, social, econômico, psicológico e assim por diante.

Outra personagem relevante na trama é a Sônia, cujo nome significa sabedoria, e ao longo da obra descobrimos o porquê, visto que essa se assemelha em muitos pontos com Maria Madalena, não só pelo fato de ter sido prostituta, mas por redimir disto, além de acompanhar Raskólnikov até o momento da sua pena, uma alusão à ida de Jesus ao calvário.
Existem uma lista enorme de easter eggs na obra, só pra citar alguns: Razumíkhin fazia alguns trabalhos como tradutor, a mesma profissão do próprio Dostoiévski no início da vida profissional. Os trabalhos forçados na Sibéria que Raskólnikov é obrigado a executar também foi uma experiência vivida pelo próprio Dostoiévski, depois de ser preso por participar de movimentos políticos radicais. A bíblia foi o único livro que o autor teve acesso durante os 4 anos de trabalhos forçados, assim como o personagem da obra.

Para finalizar, do contrário este texto seria mais análise literária que uma resenha, e não me sinto habilitado para escrever tal material, deixaria de deixar meus agradecimentos a Fiódor Dostoiévski, por presentear a humanidade com essa obra infinitamente rica, em diversos aspectos, mas não menos divertida e incrível. Peço aos que lerem essa resenha: se ainda não leram crime e castigo, por favor o façam o quão logo seja possível, garanto que não irão se arrepender.
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Carolina 05/11/2022

Crime e Castigo
Sempre quis ler Crime e Castigo, mas não imaginava o quão denso é esse livro. Foi uma leitura demorada, por vezes não entendia nada, confundia os personagens e tinha a impressão que a narrativa sempre se deslocava para histórias secundárias. Acho que vou precisar reler.
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ekundera 27/03/2021

?A mim é que matei e perdi-me sem remédio?
Em um cenário de muita miséria e sofrimento, os personagens de Dostoiévski se veem impelidos a atos que os mortificam. E as consequências vão arrastando todos, sem muita piedade. O texto é longuíssimo, mas tem muitos momentos que acontecem com agilidade e a gente fica eufórico pra saber o que vem a seguir. Apesar do misto de sentimentos que o protagonista desperta, a gente se vê apreensivo com o seu destino. Mas quem arrebata mesmo a gente é Sônia, com sua humildade, devoção e crença nas pessoas. Acho que as cenas com ela são muito tocantes, com um desfecho de arrancar lágrimas.
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Gabrielli 21/08/2023

Um final grandioso
A releitura terminou com a mesma impressão da leitura: um final grandioso e uma trama interessante, mas com alguns pontos de estranheza e diálogos confusos.
Rabac 21/08/2023minha estante
talvez ficou confuso por causa da tradução? as do clc não são das melhores ?


Gabrielli 21/08/2023minha estante
Minha primeira leitura foi na tradução do Paulo Bezerra e eu gostei bem mais dessa, que é do casal Guerra




Dafne 10/05/2021

Acho que "esse autor não é pra mim"...
Eu já havia lido outra obra do autor e estava um pouco traumatizada com a escrita prolixa dele, mas resolvi dar uma segunda chance para o "Dosto" porque esse autor é muito aclamado e respeitado. No começo da leitura de "Crime e Castigo", eu estava até empolgada. De fato, a leitura foi bem mais fluída do que em minha primeira experiência com o autor (Os irmãos Karamázov), mas "Crime e Castigo" não me cativou. Eu terminei a leitura por saber da importância da obra e porque eu queria conhecê-la até o fim, mas não consegui me conectar com o protagonista.

site: http://sonhos-e-suspiros.blogspot.com/2020/08/leituras-recentes.html
Juliana 01/07/2021minha estante
Mesma sensação que eu tive ..li 3 do Tolstoi antes ( incluindo guerra e paz e Anna Karenina ) e decidi conhecer mais dos russos , mas Dostoiévski não conseguiu me convencer..achei o livro mega prolixo , sem amarrações e com final mto pouco convincente ...


Dafne 03/07/2021minha estante
Sabr que eu também gostei do Tolstói?! Li A morte de Ivan Ilith e achei o texto muito cativante! Bom saber que você gostou dos livrões dele! Me dá muita esperança de gostar também (já que com o Dosto nossa experiência foi parecida).


Juliana 03/07/2021minha estante
Sim, meu primeiro dele foi esse TB, e amei..então parti pra Anna Karenina ( meu preferido, talvez da vida ) e guerra e paz TB fluiu mto bem..mas crime e castigo achei mto forçado




spoiler visualizar
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Tata 30/03/2021

Xodózinho
Tive que me controlar para não ler tudo de uma vez. Tão fluído e profundo, que deu vontade de comprar um machado para entrar completamente no personagem. E desde quando acabei não consegui me desapegar do Raskólnikov.
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Thales 09/07/2021

Cinco estrelas fora o baile
"Há cento e cinquenta anos uma bomba explodia em Petersburgo: vinha à luz o romance 'Crime e castigo' (1866), narrando a história de um jovem inteligentíssimo e culto que assassina uma velha usurária, motivado por uma teoria segundo a qual os indivíduos socialmente nocivos e inúteis devem ser eliminados. Os estilhaços desse artefato estético-filosófico logo se espalharam primeiro pela Rússia e depois pela Europa e o resto do mundo, e continuam se espalhando até hoje."

Só depois de ler o grande posfácio do Paulo Bezerra e respirar uns dias dou a leitura de "Crime e castigo" como concluída. Que onda, né.

A história do estudante metido a Napoleão que mata uma velha é universalmente conhecida e inspirou muito do que veio depois na literatura, nas ciências sociais, no direito, na psicanálise e por aí vai.

Mas isso é só a ponta do iceberg. "Crime e castigo" trata da ampla expansão de uma nuvem cinzenta que no início está restrita a Raskólnikov. A chuvinha chata da paranoia e da melancolia vai pouco a pouco tomando de assalto todos que cercam o estudante: a velha e a irmã que são assassinadas por ele; Dúnia e a mãe que vivem quase uma roleta russa de tragédias por causa de Raskólnikov; toda a família de Marmieládov e de Sófia que ao longo do livro é dizimada de todas as formas possíveis; Lújin que acaba humilhado; Porfiri que é tragado pra dentro da investigação do crime; Svidrigáilov que, bem, esse tinha mais é que se foder mesmo. Os únicos que passam incólumes talvez sejam Razumíkhin e Liebezyátnikov (mesmo colando não sei se escrevi certo, que nome difícil), talvez porque eles se antecipam e se redimem antes da "nuvem" os atingir.

Essa foi a chave de leitura que eu assumi, sugerida pela quarta capa dessa edição: como cada personagem tenta salvar sua dignidade em meio ao caos e como cada um opera no teatro de Raskólnikov. Nesse particular o posfácio do Bezerra é muito feliz porque ele faz uma análise de cada personagem isoladamente partindo do significado de seu nome.

Mas obviamente é impossível perder o fio da reflexão principal: a humanidade é realmente dividida entre homens ordinários e extraordinários - que criam e estão acima das leis? Os "piolhos", pessoas inúteis que só causam mal e desconforto, devem ser expurgados? Ladrão que rouba ladrão tem, de fato, cem anos de perdão?

Dostoiévski suscita um debate que ora é metafísico - muito carregado na religião - ora é sociológico sempre com muita referência e um vasto arcabouço teórico. Os diálogos e monólogos que tratam dessas questões são simplesmente lendários.

Mas nada disso torna a leitura difícil; muitíssimo pelo contrário. Dostô usa uma linguagem popular e objetiva, faz amplo uso de diálogos e tem um deboche extremamente característico que faz com que "Crime e Castigo" tenha várias passagens engraçadas e de vergonha alheia. A tradução de Paulo Bezerra ainda ajuda porque ele tem como característica "abrasileirar" alguns termos e expressões idiomáticas, o que aproxima o leitor brasileiro das obras que traduz - expediente que ele vive justificando em seus posfácios e que particularmente me agrada (quem busca uma tradução mais literal provavelmente vai preferir ler a edição da Todavia ou da Martin).

O livro pode "cansar" pelos debates que propõe e pelo caos completo que é a mente de Raskólnikov; mas em nenhum momento é inacessível. Dostoiévski é para todos.

O sentimento é de que eu não preciso ler mais nada na vida.
Rafaela1643 09/07/2021minha estante
????????? eu não consegui expressar nada, só sentir


Thales 09/07/2021minha estante
Eu demorei uns bons dias pra conseguir concatenar qualquer coisa que fizesse sentido ??


Adriane 09/08/2021minha estante
?? que resenha maravilhosa, conseguiu traduzir muito bem o que a minha mente ainda tá processando nas primeiras horas depois de ler o livro kkkk? porque um clássico como esse é inesgotável


Thales 09/08/2021minha estante
Eu me esforçei pra conseguir escrever qualquer coisa que fizesse sentido, Adriane! Bom que você se identificou. Acho que todo mundo fica mesmo meio atordoado no fim, né? haha




Eva 23/01/2021

Esse romance trata de um crime e de todo o castigo imposto ao criminoso por sua consciência que o atormenta e o leva ao sofrimento.

Porém, ao lê-lo, em nada consegui sentir empatia pelo personagem, Raskólnikov, o assassino. Que passa o livro inteiro em um profundo sofrimento atormentado pela sua mente, em todos os momentos em que o narrador relata esses tormentos eu só conseguia pensar: ?Putz, deixa de ser chato e para de frescura!?

Definitivamente a escrita de Dostoiévski é difícil pra mim, e não é por ser rebuscada ou coisa do tipo, e sim, porque eu não consegui me conectar com os personagens, sentir empatia, não consegui entender em qual ponto ele queria chegar com aquelas histórias que em nada me tocaram. Essa foi minha quarta tentativa, diga-se de passagem.

Alguns personagens são confusos com diálogos mais confusos ainda e pra não dizer que não gostei de nada, o único personagem que vale é o amigo de Raskolnikov, o Razumíkhin, que chega a ser até muito engraçado. Porém, acho que Dostoiévski não tem uma boa prosa. Acho desnecessário ter capítulos inteiros pra tratar de uma carta, outros capítulos inteiros pra um diálogo entre dois personagens extremamente confusos (Raskólnikov e Porfíri) que quase fizeram eu abandonar a leitura.

Gostaria muito de ter tido tantas exclamações pra esse romance, iguais as que vi muitas pessoas dizerem: Maravilhoso!
Enfim, talvez não tenha sido o momento pra ler Dostoiévski ou quem sabe não nascemos um para o outro.
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Tiago 24/04/2022

Livros que nos atingem como um desastre
Kafka escreveu que precisamos ler livros que nos atinjam como um desastre, tamanho o impacto que a literatura deveria ter sobre o leitor. A graça está entre uma ou outra leitura nos depararmos com um desses que nos marcam de forma muito peculiar. Tento explicar: é como se durante a experiência de leitura de determinada obra nos fosse revelada uma nova verdade, um novo saber sobre o humano. E à medida que a leitura se segue, atravessamos ávidos por essa descoberta. Ao fim, carregamos conosco essa coisa nova que se revelou e que de certo modo não nos permite continuarmos os mesmos.

Há duas semanas finalizei a leitura de Crime e Castigo, e desde então todos os dias, em algum momento penso em algo desse romance. Como se a leitura tivesse me posto uma lente nos olhos, e o que é revelado com a história de Raskolnikov retirasse o pano e revelasse o que há em todo humano, que é também a miséria.

Dostoiévski não é um autor que combina com a expectativa de nosso tempo marcado pelo ideal de perfeição e beleza a ser mostrada. A verdade que ele revela é muito inconveniente e não serve para agradar: o sujeito humano que goza também da miséria que habita parte de sua existência. Se o que vivifica o ser humano é sua realização e o que ele constrói na vida, no mundo de Dostoiévski o ser humano vive pelo sofrimento, e é isso o que os humaniza de forma que beira ao caricatural. Dostoiévski busca material para seu romance nas ruelas, entre os mendigos, os miseráveis, as prostitutas e os assassinos. Ele aponta o que há de humano, sem romantismos, através desses sujeitos.

Diferente de outros autores, a única paisagem do romance é a mente dos personagens. Quase não há descrição ambiental, e quando há, ela não é absolutamente nada além de um complemento para a mente dos personagens. A única coisa que importa em saber que Raskolnikov mora em um quarto imundo e minúsculo é que sua mente também se vê sufocada, e que seu crime suja seu pensamento.

Por fim, Dostoiévski mostra que é conosco que prestamos contas em última instância, e que isso é muito mais duro do que ser exposto a um juri popular. Que embora busquemos no outro razões para justificar o que há em nós de grotesco, é com nós mesmos que deve ser feito o acerto de contas. Dostoiévski mostra que o sujeito humano é incapaz de se reconciliar consigo mesmo. Essa é uma das grandes verdades que essa primeira leitura me revelou. E essa revelação, acompanhando com as mãos suadas os caminhos de Raskolnikov após cometer um assassinato, me atingiu como um desastre. Não há descanso em sua obra, ele não deixa o leitor respirar aliviado em momento algum. É um livro que se lê ofegando.
jota 24/04/2022minha estante
Ótima resenha. Ninguém sai o mesmo após a leitura de Crime e Castigo. O mesmo acontece com Os Irmãos Karamazov, outra obra-prima de Dostoievski.


raafaserra 03/05/2022minha estante
poucas resenhas fazem jus ao livro como a sua faz! Adorei




Montenegro, J. A. 06/06/2023

Uma catarse humana.
Eu levei algum tempo para "deglutir" este livro após terminá-lo (de reflexão), mesmo assim, tive uma leitura leve, muito cuidadosa e atenta, precisei de uma semana para concluí-lo.

A respeito da tradução de Paulo Bezerra, eu a considero muito boa, mesmo para uma tradução direta ela é bastante fluida. Tem umas notas de rodapé que fazem toda a diferença, pois são essenciais para compreensão do cenário da época que este livro estava sendo escrito, permitindo a compreensão de algumas citações do texto que poderiam passar despercebidas. Mesmo sendo relevante é algo complementar, porque o texto não é algo muito complexo.

Contudo, ler um livro como este é um desafio, pois pode ser tanto entediante como essencial para o leitor. Tudo vai depender do momento que você o lê, porém, é óbvio, que faço assim uma análise genérica, pois isto pode ser atribuído certamente a qualquer livro que você se propõe a ler, mesmo assim, trata-se de catarse humana incrível, uma história de um crime que não fica sem castigo mesmo sem a aplicação da lei de imediato, e que castigo!

Raskolnikov é o personagem principal, um personagem complicado, com uma mente totalmente perturbada e que parece não ser capaz de redenção, colocando o leitor numa posição complicadíssima: Pois devemos julgar suas ações, mas mesmo assim torcer por uma redenção? Em alguns momentos isto pode ser uma grande dúvida, pois ele se recusa a tratar-se como um assassino (culpado). E apesar de ser alguém extremamente desagradável, ele possui algumas ações que é capaz de nos por nesta dúvida. Não obstante, temos um crime, que não fica sem castigo em momento algum. O castigo é um árduo processo que assola a todos que estão próximos dele. No fim, temos um desfecho satisfatório, mas que não deixa de ser angustiante para ele e para quem ler.

Este romance é essencial para refletirmos como tratamos os nossos infortúnios, como podemos virar os piores monstros dada uma situação extrema; refletirmos se estamos contribuindo positivamente perante a sociedade e quem consideramos nossos heróis (exemplos de vida). Recomendo mais de uma leitura, pois é indispensável para qualquer fase da vida!
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Felipe.Mello 27/05/2022

Perfeito
Esse é, definitivamente, um dos livros da minha vida! Se equipara a ?Metamorfose? do Kafka em minha história! Todas as pessoas precisam ler esse livro antes de morrer!
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