As gêmeas Julia e Valentina, de 20 anos, têm uma forte conexão, como se espera de irmãs condicionadas à presença uma da outra desde o útero. Situação muito diferente da que vivia sua mãe e sua tia, Elspeth: não se viam há 21 anos, e viviam a um oceano de distância. As meninas nunca tinham estado em Londres. Nunca haviam saído dos Estados Unidos. Londres era a terra de sua mãe, mas Edie e Jack raramente falavam sobre o assunto. Agora, Edie era americana - tinha se tornado nativa, ou quase isso. A família Poole morava em um subúrbio de Chicago que fingiu, em seus primórdios, ser uma aldeia inglesa.
Mas a descoberta de que estava prestes a morrer, faz com que Elspeth quisesse se aproximar de suas sobrinhas. As razões da tia, desvendadas pouco a pouco, são inusitadas e inesperadas. Em uma carta endereçada as gêmeas, ela revela: Eu esperava conhecê-las algum dia, mas isso não vai acontecer. Talvez vocês estejam se perguntando por que estou deixando todos os meus badulaques para vocês e não para a sua mãe. A melhor explicação que posso dar é que me sinto bastante esperançosa em relação às duas. Fico curiosa em saber que proveito poderão tirar da situação. (...) Talvez vocês considerem minhas condições um pouco duras. (...) Não estou tentando semear discórdia na sua família. Estou tentando proteger minha própria história. Uma coisa ruim sobre estar à beira da morte é que comecei a sentir que minha vida está sendo apagada. Outra coisa ruim é que não vou conseguir descobrir o que vai acontecer depois. É assim que Julia e Valentina, segunda geração de gêmeas da família Poole, partem rumo a uma experiência transformadora.
Literatura Estrangeira