Rota 66

Rota 66 Caco Barcellos




Resenhas - Rota 66


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Anna Paz 16/12/2009

Caco Barcellos, jornalista e escritor é fantástico.





Os relatos do livro são pesados. Retrata a verdade nua e crua de policiais que se consideram acima do bem e do mal. Vale a pena lê-lo.



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Rodrigo 11/12/2009

Bom!
Um bom livro para leitura!
Eu preferi Abusado, mas o livro é muito bom e mostra como age os policiais em são paulo. Muita corrupção e mentira! o que mais dá raiva no livro é impunidade que impera!

Para quem quiser uma leitura totalmente contrária, tem o livro de Conte Lopes, citado em algumas histórias no livro. Segundo já ouvi falar, ele desmente e conta as "histórias verdadeiras" da atuação da Rota.
Prefiro não ler e acreditar no Caco
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Gabrielle 12/02/2010

Pela narração da história do carro número 66 das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar, Caco Barcellos denuncia 22 anos de execuções dessa unidade especial da PM. Narciso Kalili, ainda na apresentação, diz: “Caco Barcellos é um jornalista que tem lado”. O lado ao qual Narciso faz referência é o dos oprimidos, dos fracos. Rota 66 não foge à regra. A narrativa procura, por meio de levantamentos, fazer uma grave denúncia da impunidade, violência e preconceito difundidos pela Polícia Militar.
Em 1975, três jovens de classe média alta foram vítimas da Rota. O perfil dos assassinados, no entanto, era a chamada “exceção da regra”. O grupo que fora criado para combater guerrilheiros no período da ditadura continuou a exercer seus massacres mesmo depois da abertura política. As mortes desses três jovens comprovam o tipo de sistema de extermínio desenvolvido pelos matadores: matar para depois perguntar.
No dia 9 de abril de 1970, a Polícia Civil e a da Força pública se fundiram dando origem à Polícia Militar de São Paulo. No 1º batalhão da PM encontra-se a unidade responsável pelos estudos de Barcellos, a Rota. As metralhadoras usadas pela Ronda Ostensiva Tobias Aguiar são as mesmas que as de quatro anos atrás, utilizadas na ditadura para combater guerrilhas. Os inimigos, porém, são diferentes.
A Polícia da época da ditadura deixou de legado à Rota a maneira brutal de combate. De 1970 a 1975, 274 pessoas foram mortas em supostos tiroteios pela cidade, mais do que a soma dos mortos e desaparecidos políticos de 21 anos de ditadura militar. Os extermínios, maquiados sempre como perseguições e resistência por parte dos abordados, era visto pelos chefes superiores da Rota como mérito por prestação de serviço à sociedade. Os matadores eram considerados heróis e, muitas vezes, influenciados pelo próprio comando.
Os assassinados encaixavam-se num perfil que raramente fugia à regra: eram, em sua maioria, jovens, pardos, de baixa renda. As circunstâncias em que eram mortos era padrão: abordagem seguida de fuga, com suposta resistência e conseqüente tiroteio. Num lapso de encoberta generosidade, o corpo era retirado do local do crime e levado ao hospital para atendimento. O fato era que ao chegar lá já estava morto.
Essa ação servia para dificultar as investigações. A realidade é que tudo não passava de uma encenação. Alguém ou um grupo era abordado, corria por impulso e era visto como ladrão ou perigoso. Não havia resistência, nem troca de tiros.
Os matadores possuíam uma marca: tiro na cabeça ou o tiro à queima-roupa. Esse tipo de característica não deveria sustentar a versão de tiroteio entre PM e abordados. Outro fator que poderia ser considerado como prova de que os tiroteios não ocorriam é a quase inexistência de sobreviventes, numa proporção de 265 mortos para cada ferido.
A impunidade foi algo presente na maioria dos “extermínios” realizados pela Rota. Os casos eram julgados por matadores, o que permitia uma sensibilidade por parte de alguém que já havia passado, ou ainda passava, por ações parecidas. Os dados eram freqüentemente distorcidos e a testemunha ouvida era sempre o PM. O assassinado era condenado por sua própria morte.
O livro não retrata somente problemas da polícia, trazendo à tona, também, os problemas da favela, discriminação racial e a imparcialidade da imprensa. O tratamento dado por esta tinha como critério a condição social do indivíduo, deixando a população de baixa renda relegada à marginalização. O número de mortos identificados e registrados pela pesquisa de Caco Barcellos foi 3.253. Entre esse número, apenas 1.496 vítimas possuíam registros de crimes – em sua maioria crimes como roubos e brigas de rua.
Poucos dos “matadores” foram julgados por seus crimes brutais, porém o livro teve um caráter de prestação de contas à sociedade, principalmente à sociedade marginalizada e esquecida – os oprimidos, como Barcellos gosta de defender.
No ano de lançamento do livro, a Rota estava matando 1800 pessoas por ano. Em 1997 foram 180. A pesquisa desenvolvida por Caco Barcellos pode não ter ajudado a julgar os matadores, mas, com certeza, mostrou à sociedade que há pessoas que fiscalizam a impunidade e que ainda agem em prol de uma parcela da população que, embora numerosa, não costuma ter voz.
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Roberto 13/08/2010

Nem todo lobo é mal
Sem desmerecer o excelente trabalho investigativo e jornalistico do Autor a historia mostra que, apesar das mortes e baixas de pessoas inocentes,apesar do descontrole dado pelo excesso de poder dos integrantes, cada vez mais precisamos da Rota no comando da guerra civil que vive nossa cidade. O texto traz uma conotação negativa da corporação mas ajustes precisam ser feitos em todos os setores sociais inclusive dentro da propria polícia.
O conteúdo é excelente e o enredo muito agradavél. Valeu muito a pena ler.
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Digão Livros 13/08/2010

É importante a leitura desse livro pois trata-se de reportagem investigativa. A leitura é dinâmica e o livro mostra uma dualidade de sentimentos, estilo TROPA DE ELITE, quando você verifica que estar do lado do bem não significa fazer os melhores atos, e vice-versa. O livro é da mesma linha de "Falcão, meninos do morro", pois retrata o poder do tráfico na vida das pessoas. Muito bom!!!
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Márcia 27/06/2009

Bom
mas eu prefiro Abusado, li antes...

É realmente impressionante os casos de assassinatos envolvendo policiais militares, mesmo essa triste realidade não sendo novidade para mim, é impossível não se chocar com os fatos,...
Dou 4 estrelas apenas porque não gosto das partes em que ele informa números, prefiro quando ele conta as histórias das vítimas,...;
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Tatiana455 13/05/2024

Publicado em 1992, Caco Barcellos relata estatísticas das mortes acusadas por confrontos com policiais nas décadas de 70 e 80 em São Paulo.
Para o autor, a imagem da polícia como instituição protetora naquela época só valia para um determinada parcela privilegiada da população. Para os demais, o papel de protegido era substituído papel de potencial vítima da respeitada ?polícia que mata.?
Quote:
? O resultado de minha investigação, que abrange o período de 22 anos de ação dos matadores, mostra que a maior parte dos civis mortos pela PM de São Paulo é constituída pelo cidadão comum que nunca praticou um crime: o inocente.?
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vsc80 03/08/2009

"O Tropa de Elite" de São Paulo, mostrando como a Rota age...
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Rodrigo 11/12/2009minha estante
falou tudo!




Paola 02/11/2010

Foram necessários sete anos para que o jornalista Caco Barcellos conseguisse fazer a sua pesquisa sobre a Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) no carro de número 66. Pessoas de todos os tipos, trabalhadores, mães de família, crianças, adolescentes, desempregados, todos faziam parte dos civis abordados pelos policiais e terminavam a sua vida da mesma maneira, com um tiro na cabeça. Com isso, o jornalista deu o nome a sua obra de Rota 66 - A história da polícia que mata.
Policiais militares matavam pessoas inocentes simplesmente por julgarem que os mesmo eram bandidos. Por serem pessoas humildes, negras e moradores de áreas mais pobres. Essas pessoas eram apontadas como ladrão, assassinos ou algum outro tipo de bandido e tinham as suas vidas interrompidas de forma cruel por policiais que se julgavam donos do mundo e da verdade. O cenário dos crimes eram sempre em lugares mais desertos onde não haveriam testemunhas para os crimes bárbaros cometidos por aqueles que se julgavam ser os "seguranças da sociedade". O cenário também é alterado para que os policiais não fossem vistos como os vilões da história, jogando a culpa sempre para as pessoas que estavam mortas. Além disso, a Polícia ainda levava os corpos para o hospital mais próximo, mesmo sabendo que eles estavam mortos, somente para constar que estavam prestando socorro à vítima.
Caco Barcellos somente conseguiu chegar a essa conclusão, que os crimes eram cometido pelos policiais, após ter a ajuda de um amigo para fazer um banco de dados de todas as histórias investigadas. Sendo assim, ele percebeu que todas as vítimas eram assassinadas com um tiro na cabeça e que nunca havia sobreviventes nos tiroteios com a polícia. O jornalista se mostra comprometido com a classe menos favorecida, mostrando seu lado humado ao desvendar crimes que eram dados como verdadeiros, por sere relatados por policiais.
Sendo assim, podemos ver que a corrupção e a ação errada da Polícia Militar vem sendo praticada não somente nos dias de hoje, mas tem suas raízes em tempos antigos. O livro mostra de forma detalhada como as vítimas eram torturadas antes de serem assassinadas, como não tinham como se defenderem, e como os policiais agiam de forma fria e calculista.
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* Lê * 17/05/2011

O Livro não me apresentou novidades.
Acorda amor
Que o bicho é brabo e não sossega
Se você corre o bicho pega
Se fica não sei não
Atenção
Não demora
Dia desses chega a sua hora
Não discuta à toa não reclame
Clame, chame lá, chame, chame
Chame o ladrão, chame o ladrão, chame o ladrão…

(Chico Buarque)

O Livro não me apresentou novidades. Me embrulhou o estômago, é verdade, mas novidade não vi. As vezes dá vontade de pensar que é ficção, é duro encarar a realidade. Enquanto resenho este livro a TV está ligada no jornal matinal, mostrando a PM suspeita de assassinar 2 jovens -pobres evidentemente- no interior do Estado no último final de semana. A mesma polícia que está sendo investigada por grupos de extermínio. Enquanto vou ao Estádio de futebol meu namorado brinca ao telefone: “Fique longe da polícia” (triste riso! mas encaremos os fatos,né?). Há um adesivo nos carros da cidade: #euacreditonapolíciagoiana, certo dia vi um mais realista: #EutenhoMEDOdapolíciagoiana. Rota 66 fala sobre isso: É um livro sobre a polícia que Mata. A Polícia (entrando no clichê) para quem precisa de Polícia. Um livro escrito em 1993 mais que também é atual. Um livro que carrega vestígios da Ditadura Brasileira na sua Polícia. Um livro que carrega a justiça social feita por um grupo muito especifico. O tempo passa e a coisa tende a piorar. Não sei como resenhar esta realidade.

Caco Barcellos ganhou o Prêmio Jabuti em 1993 por esta Obra. O livro começa narrando o assassinato de um grupo de jovens de classe média em uma ação equivocada de uma unidade da ROTA (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) o Grupo de Polícia de Elite da Polícia de São Paulo . A partir daí o autor descreve inúmeros assassinatos sem explicação realizados pela policia militar entre as décadas de 70 e 80. A Polícia é descrita como um verdadeiro ‘aparelho estatal de extermínio’. Há explicação sobre parte das origens da criação desse sistema, narração dos seus métodos, como o sistema incentiva esse tipo de ação e como se auto protege. Um livro emblemático de denúncia social – nada que José Padilha recentemente não tenha feito.

Sou filha de policial, da mesma policia que fujo enquanto cidadã, entendo o ponto vista oposto e também generalista (como o de Caco Barcellos) da formação dos policiais. Não vou entrar aqui nesses méritos pois discordo nas primícias das motivações justas (ou não) apresentadas por eles. [ Algo como: Direitos Humanos para Humanos Direitos.] Também não quero ser “Intelectual de Esquerda de Merda” (alá Tropa de Elite II) e achar que tudo que se passa é culpa da Polícia, que os meios jamais justificariam os fins. Seria hipocrisia! A Polícia – como os políticos, porque,não?- são apenas o reflexo da nossa sociedade doente. O espelho que reflete a todos, mas só é visto por aqueles que desejam nele se enxergar.
O autor me apresenta em Rota 66 a herança da geração dos meus pais, olho o noticiário e percebo a herança dos meus filhos se perpetuando: Talvez seja essa a ânsia, o incomodo, deixado pelo livro.

“Os policiais militares foram treinados pelo Exército a usar metralhadoras, em 1969, com o objetivo de combater guerrilheiros. Mas, quatro anos depois, vencida a guerrilha, continuam usando armamento pesado durante o patrulhamento regular da cidade. Contra outro tipo de inimigo. Agora o alvo das metralhadoras são geralmente jovens da periferia, muitas vezes desarmados.[...] O exame de cada caso revela que eles acionam o gatilho de duas formas: disparandotiros intermitentes, igual ao revólver, ou na posição de rajada.Em ambas as posições, a metralhadora só é acionada quando a prioridade é considerada máxima. [...]Na concepção de policiais mal orientados, prioridade máxima pode ser estabelecida através de uma simples desconfiança.”


https://agarotaeseuslivros.wordpress.com/2011/05/10/eu-li-18-desafio-literario-2011-05-01/
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Vivi 04/06/2011

Super recomendo
Caco mostra como as milícias existentes desde a década de 70 são bem estruturadas, todas as vezes em que ele quis mostrar os problemas encontrados em sua investigação foi barrado, certa vez até teve sua demissão ocasionada por uma das autoridades Militares. Em sua investigação ele constatou que mais de 60% das mortes ocasionadas pelos PM's são de inocentes que nunca foram fixados ou então tiveram crimes leves como roubo, mas nenhum segue o perfil traçado nos relatórios policiais como sendo assassinos ou estupradores.
Um fato que me chamou a atenção fora os números mostrados, as mortes ocasionadas pela Rota tinham um gasto publico elevadíssimo, em muitas vezes o "suposto" crime que originou a perseguição passava a ter um valor irrisório perto dos gastos incorridos durante a perseguição seguida de morte.
O único ponto negativo, na minha opinião, é o excesso de números mostrados, estatísticas são constantes no decorrer da narrativa, e isso se tornou um pouco cansativo, por estar presente na maioria dos capítulos, acho que se no final do livro tivesse um resumo dos números seria mais interessante para a visualização sem sobrecarregar o texto.
O livro é muito bom e me trouxe uma experiência de conhecer fatos históricos da época dos meus pais e que se passaram quando eu era criança e não me lembro.

Resenha completa aqui:
http://www.filmeslivroseseries.com/2011/05/rota-66.html
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Yara 07/05/2011

Um banho de sangue
Acho que nunca foi tão difícil resenhar um livro. E olha que para mim é difícil resenhar qualquer livro já que eu comecei a fazer isso apenas recentemente. Eu tentei começar a resenha de varias maneira, como por exemplo, falando o que eu senti durante a leitura, ou colocando um dado marcante logo de cara. Entretanto nada disso parecia ser real e bom o bastante.
Esse é o segundo livro reportagem que eu leio, então eu já estava um pouco familiarizada com o gênero, e assim o livro se tornou meio cansativo, afinal é um pouco enjoativo a cada página você se deparar com mais uma morte, mais um fuzilamento, mais um local lavado com sangue.
O livro foi muito bem escrito, e a denuncia é percebida logo nas primeiras páginas, se eu fosse falar no geral eu poderia falar que o livro não tem falhas. Talvez o único ponto que eu não gostei na apresentação do livro é que ele não segue uma ordem cronológica, e isso me deixou um pouco perdida, já que as vezes eu estava em um trecho que se passava em 92 e numa parte próxima voltava ao ano de 72.
Bem, é um ótimo livro, sem duvidas, eu apenas não recomendaria para quem nem consegue suportar a palavra e a descrição de uma “morte violenta”.
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Bruno 20/05/2011

Missão Nobre
Caco Barcellos retrata a cultura brasileira, em específica a da Policía Militar, de tal maneira que o faz artífice de honra.

A sua abnegação ao trabalho investigativo é um grande aprendizado para aqueles que buscam a verdade dos fatos.

Pela ótica apresentada na literatura, é deplorável a situação das ações realizadas pela PM, e em específico a da Rota. As riquezas das informações, e a apuração dos fatos explanam uma covardia, onde a massa crítica dos atos de crueldade são pessoas inocentes, trabalhadores e cidadãos. Porém ser pobre economicamente, pardo ou negro, jovem e simples, se torna uma situação desafiadora quando este escopo de cidadão entra em choque com a Rota, estes são os mais impactados e vitimados.

Para aqueles que almejam conhecer a fundo a sociedade brasileira, este é um livro que destroça o íntimo, tendo em vista que os atos de bárbaries, se equivalem à guerras, no que se diz respeito do índice de mortalidade.

É a minoria que pratica crueldades aos desprotegidos, o que é uma vergonha para Patría. Em contrapartida, para a corporação a qual pertencem, esses matadores são alvos de elogios exacerbados e dignos de projeção no que diz ser um batalhão tradicional!

É a verdadeira dança dos patinhos!
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Du 11/01/2009

Mudança de Foco
Rota 66 é um livro que mostra a polícia como algo ruim a sociedade e trata os criminosos como mocinhos... Chega de direitos humanos para bandidos, quem merece direito de viver com tranquilidade são as famílias de bem e não os marginais...
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