Rota 66

Rota 66 Caco Barcellos




Resenhas - Rota 66


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Rosangela Max 18/10/2021

Anos de investigação para retratar uma dura realidade.
Não foi fácil ler este livro.
Tristeza, revolta, sentimento de injustiça e medo me acompanharam durante toda a leitura.
Se quem deveria garantir a segurança pública e o cumprimento dos leis é quem comete os crimes, o que nos resta?
Deus! Somente Deus, porque a justiça dos homens está corrompida.
Escrever e publicar este livro exigiu coragem tanto do autor, quanto dos demais envolvidos. Merecem todo o nosso reconhecimento.
Joao 18/10/2021minha estante
Nossa Rosangela, eu gosto desses livros com pegada mais documental. Imagino que a leitura tenha sido sofrida mesmo por conta da temática.


JurúMontalvao 19/10/2021minha estante
??


Thiago.Calvet 16/10/2023minha estante
Me assusta o grau de desumanidade das pessoas e como elas conseguem atingir esse nível de embrutecimento e torná-lo como uma prática comum.




Bookster Pedro Pacifico 26/02/2020

Rota 66, de Caco Barcellos - Nota 9/10
Conhecido como um dos principais jornalistas brasileiros, nessa obra, Barcellos se aprofundou no perfil e nas estatísticas das mortes causadas por confrontos com policiais nas décadas de 70 e 80 em São Paulo. E quando digo se aprofundou é porque o autor fez uma pesquisa impressionante, que durou vários anos e que encontrou obstáculos na falta de transparência de informações para a população.

A denúncia tem como objetivo demonstrar que as vítimas da ROTA têm um perfil muito semelhante e recorrente na análise dos casos de morte pela polícia: o jovem negro e pobre das periferias de São Paulo. Para o autor, a imagem da polícia como instituição protetora naquela época só valia para uma determinada parcela privilegiada da população. Para os demais, o papel de protegido era substituído pelo papel de potencial vítima da respeitada “polícia que mata”.

Durante a leitura, fiquei impressionado com a coragem de Barcellos em desafiar e denunciar - sem qualquer restrição - os poderosos que controlavam o sistema policial do Estado de São Paulo. Mais especificamente a atuação da ROTA, conhecida unidade da Polícia Militar, na violenta e “eficaz” atuação contra o crime. A repercussão da obra na época da sua publicação foi tamanha que o autor precisou deixar o país com medo das ameaças que passou a receber.

Publicado em 1992, o livro-reportagem venceu o Prêmio Jabuti no ano seguinte e, apesar dos quase trinta anos desde o seu lançamento, a realidade exposta por Barcellos ainda continua muito atual. É uma leitura necessária, na medida em que nos apresenta um cenário que normalmente chega de forma distorcida para a população que não mora nas regiões periféricas dos grandes centros urbanos. Apesar da grande quantidade de dados e casos analisados, Barcellos consegue construir uma narrativa fluida e diversificada, sem deixar o leitor cansado com a repetição de uma mesma temática.

site: https://www.instagram.com/book.ster/
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Júlia 20/08/2010

Bela aula de jornalismo investigativo
Achei um pouco cansativo, porque há muitas passagens que é puro relatório. Muitos e muitos dados. Eu me perdi diante de tanto assassinato.
Por outro lado, uma aula de bom jornalismo, apuração, precisão na informação, checagem até cansar. É de se admirar o trabalho feito por Caco Barcellos.
Conta a história de como as Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar agiam em São Paulo (me foge a data agora, acredito que final da década de 70 começo da de 90). A primeira cena de ação do livro é ótima.
Inocentes mortos pela polícia de maneira covarde. Para justificar a matança, os policiais usavam a mesma desculpa, sempre. Revoltante, no mínimo.
Enry 24/02/2011minha estante
Exatamente. De tanto assassinato, o livro pode se tornar um pouco cansativo, porém continua sendo bom no que se refere aos covardes da Rota de 70 à 80.


Fábio Z.C. 15/01/2012minha estante
Cansativo? Eu devorei o livro em pouco mais de 4 horas. Cansativo é viver em um país onde a PM mata inocente e a população aplaude.


Glady 22/11/2012minha estante
Júlia, perfeito a sua resenha, exatamente como me senti, um livro maravilhoso porém cansativo.Indico O Abusado, do Caco Barcellos, também maravilhoso e bem menos cansativo, com mais ação, falas, uma história sensacional.


Glady 22/11/2012minha estante
Júlia, perfeito a sua resenha, exatamente como me senti, um livro maravilhoso porém cansativo.Indico O Abusado, do Caco Barcellos, também maravilhoso e bem menos cansativo, com mais ação, falas, uma história sensacional.


Júlia 22/11/2012minha estante
Gente, obrigada pelos comentários. Glady, li também Abusado e você tem razão. É romanceado, mas gostoso de ler!


Laiano 16/01/2013minha estante
O livro é Otimo =]


Matheus.Rocha 09/12/2019minha estante
Concordo com o Fábio Z.C. O livro é muito envolvente e achei que os dados dele foram precisos e cirurgicos pra chegar aonde o gênio Caco queria... Esse livro é uma obra prima brasileira, é um trabalho inédito e de grande valor social.




Gabriel.Almeida 26/09/2023

Um triste retrato da realidade.
Caco Barcellos, um dos grandes nomes do jornalismo no Brasil, entrega um excelente trabalho em "Rota 66". Após mais de 20 anos de pesquisa e estudo sobre como a polícia agia no estado de São Paulo, Caco traz relatos detalhados de como a Rota assassinava cruelmente os jovens da periferia e de como forjaram as cenas, incriminando muitos jovens que foram mortos por causa da cor de sua pele.

O sentimento de quem lê é de tristeza e revolta. Muitos policiais que assassinaram diversos jovens saíram impunes. As histórias de Pixote e Lázaro me comoveram profundamente, e o mais triste de tudo é pensar que, passados 30 anos desde que o livro foi lançado, nada mudou.

"Moleque pardo com cara de ladrão, assassinado igual um cão" - Zudizilla
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nanai 01/04/2023

Obrigatório
O famoso livro e quase obrigatório para os jornalistas e quem trabalha com segurança pública.

Não é para causar pânico, mas um alerta sobre como as diferenças sociais, o racismo, o preconceito de diversas formas podem influenciar diariamente quem está ali para ?cuidar? e ?preservar?.

As narrativas das poucas histórias de tantas vidas interrompidas e não contadas tocam o leitor.

Caco sempre surpreendendo.
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Guibauer 12/11/2022

Trabalho impressionante
O trabalho de pesquisa e levantamento de dados feito pelo repórter Caco Barcellos e pela equipe que lhe auxiliou nesse processo é impressionante, muito importante e muito bem feito para mapear e mostrar a violência policial, muitas vezes contra inocentes durante mais de 20 anos, e como essa violência é maquiada e fica impune na grande maioria dos casos.
O livro foi lançado em 1992, é uma denúncia grave e muito importante, mas por notícias e principalmente histórias, fotos e vídeos que se espalham pela internet e redes sociais hoje em dia vemos que infelizmente em muitas situações essa violência e brutalidade policial continuam acontecendo e em muitos casos ficando ainda sem respostas e punições adequadas.

Sobre a leitura do livro em si, foi muito fluída e rápida, gostei muito da forma de escrita e construção do livro escolhidas pelo autor, que faz crescer a vontade de continuar lendo cada vez mais apesar do tema em certo ponto pesado que é tratado.
Surrender_Nih 12/11/2022minha estante
Minha mãe é louca pra ler esse livro! Muito boa sua resenha!!


Guibauer 12/11/2022minha estante
Vale a pena a leitura, o livro é muito bom, muito bem escrito




Sa 30/03/2023

Que leitura necessária!!! O trabalho de Caco Barcellos aqui foi muito impressionante, a pesquisa e investigação realizada, todo levantamento de dados. Ele realmente foi a fundo no tema trazendo estatísticas que demonstram a injustiça social que persiste até os dias atuais.
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Silvana 02/10/2023

Quantos dados
Não consegui para de ler, que narrativa esclarecedora. Permeado de Dados, é possível identificar como a proporção de trabalhadores e adolescentes foram mortos em um período de impunidade que ainda hoje é relatado.
Ótimo para sair do comodismo com algumas verdades absolutas sobre violência, e a saída por meio de estratégias radicais.
Recomendo a leitura, e claro com muito estômago. Doloroso e necessário.
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van.cazarotto 29/12/2020

Jornalismo investigativo na veia
A leitura é fluída, o texto em jornalismo literário é maravilhoso e a pesquisa é robusta.
O livro é resultado de anos de pesquisa, diversas fontes de investigação e trabalho de mais pessoas.
Jornalismo investigativo no veia!
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Leonardo.H.Lopes 03/05/2024

O retrato da polícia que mata
É preciso ter estômago e coragem para encarar a leitura desse livro. Em uma brilhante escrita jornalística, Caco Barcellos retrata o resultado de anos de pesquisa em jornais, necrotérios, arquivos da polícia e de tribunais para traçar o retrato da polícia que mata.

O livro tem como fio condutor a morte de três jovens de classe média de São Paulo em 1975 durante uma operação conduzida por uma unidade das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (ROTA), uma divisão especializada da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Esse acontecimento se tornou um símbolo dos muitos casos de mortes inexplicáveis perpetradas pela polícia e detalhados por Caco.

São histórias de dor, sangue, opressão, falsidade, brutalidade e violência perpetrada por aqueles que, investidos de autoridade, deveriam proteger a população e não chaciná-la. O resultado da conduta violenta de alguns policiais militares de São Paulo entre os anos 70 e 90 causou o fuzilamento da maioria de inocentes. Aliás, mesmo os criminosos mortos não deveriam sê-lo. Bandido deve ser preso e levado a julgamento pelo sistema, pois essa é a institucionalidade.

É um dos livros mais fortes que li ultimamente, tão indignante quanto 'Antes Que Anoiteça', de Reinaldo Arenas.
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pineligor 10/06/2022

Uma aula de jornalismo
Relatos impressionantes e revoltantes, relatados há 30 anos. Imagina como está a situação da PM hoje em dia. Uma aula de como exercer a profissão.
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Flora 08/05/2013

Rota 66
Se você acha que estava obsecado pelo que fazia, provavelmente você está errado. Caco barcellos dá uma lição de persistência, coragem e organização nesse livro. A tarefa não foi fácil, também não é para qualquer um. Mas, na minha opinião, mostra que um repórter investigativo é apenas alguém que se dispõe a ter um olhar diferenciado sobre determinado assunto, sem cair no grave risco das generalizações, nem na busca pela dramaticidade exacerbada. É saber que o jornalismo é também uma forma de documentação, de preservação da memória. E "falta de memória" é um dos principais problemas da política brasileira.
Fabio 04/12/2014minha estante
Concordo com a Flora. Que trabalho magistral de paciência, persistência, organização e principalmente de coragem... falar sobre gente que mata, e continua matando não é para qualquer um. O livro impressiona, mas no meio de tudo, o que mais me chamou a atenção foi a desmistificação da relação polícia/criminalidade tão usada por políticos para legitimar a necessidade de mais polícia, mais arma, mais combate, etc... Só acho que faltou trabalhar a questão da parcimônia, na ânsia de falar da polícia que mata, não aparece a polícia que salva, a polícia justa, engajada, séria. No meio da leitura se você não problematizar dá a impressão de que toda polícia é "podre" é assassina, etc... mas mesmo assim, excelente livro.




Kethilyn 24/12/2022

"? Temos que fazer alguma coisa, mãe. Chame a polícia...
? Eles são a polícia, filho ? cochicha a mãe, Maria Aparecida, também espiando a agressão."
Um livro que causa nojo, raiva e um grande sentimento de impotência. Caco Barcellos demonstra toda sua competência em investigação e joga na cara do leitor informações que mostram uma triste realidade sobre a  violência policial em São Paulo.
Recomendo fortemente para todos, mas principalmente para quem ainda tem uma visão de que polícia violenta é polícia eficiente.
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Júlia 14/07/2020

A história da polícia que mata
À partir do caso envolvendo a perseguição e morte de quatro jovens (diga-se brancos, de classe mé dia alta) Caco Barcellos desenvolve uma pesquisa, ao longo de mais de dez anos, em que investiga a ação da Polícia Militar e Civil de São Paulo, que resulta em mortes, expondo o perfil de quem mais mata e mais morre e como esse casos são tratados na corporação, até na Justiça.
O livro é cruel e expõe uma realidade tenebrosa do Brasil, qual seja da violência policial, principalmente com pretos, pobres e moradores de comunidades. Por mais que seja um assunto que está mais do que escancarado, é triste ver como essas mortes são banalizadas e como aquelas pessoas que deveriam proteger são na verdade as que mais causam violência.
Um livro essencial para entender a violência policial, o racismo, o preconceito e como nunca estaremos no mesmo barco.
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