Não aceite caramelos de estranhos

Não aceite caramelos de estranhos Andrea Jeftanovic




Resenhas - Não aceite caramelos de estranhos


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Bruna 16/07/2022

Não Aceite Caramelo de Estranhos
Contos pesados, cheios de solidão, medo, tristeza. Alguns chegam a ser difíceis de digerir (logo no começo, por exemplo).
Uma ótima leitura!
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ElisaCazorla 23/06/2022

Para um leitor juvenil
Quantas vezes uma pessoa pode enfiar a palavra púbis num livro? De acordo com essa autora quanto mais melhor! Acho que li mais vezes a palavra púbis nesse livro do que na minha vida inteira hahahaaha A autora tem uma necessidade doentia de falar sobre pelos, púbis e masturbação hahahaha o cômico chega a ser enfadonho.
Todos os contos são cansativos, previsíveis e num esforço claro de ser misterioso mas, sem sucesso.
Mas é MUITO CHATO MESMO!
Talvez para um adolescente descobrindo o sexo seja interessante descobrir as insanidades das pulsões sexuais.
Uma vez que a proposta da obra era navegar pelas relações complicadas da intimidade familiar, esperava que o livro fosse para outros lugares e tratasse de temas complicados como o universo silencioso e denso das família. Mas não, a autora escolhe tratar de tragédias familiares que envolvem repugnância de maneira óbvia e sensacionalista, com a sensação de querer escandalizar e mais nada. É um relato que tenta ser dramático e desconfortável mas não consegue. Beira a pornografia forçando um incesto ali, uma pedofilia aqui.
É pouca vida para um livro tão ruim.
Não perca seu tempo.
putyourflorest 21/02/2024minha estante
Não concordo 100% com tudo que você diz, mas concordo demais com coisas que você apontou e não parece ter incomodado mais ninguém. Tem algo de sensasionalista, uma obscenidade adolescente mesmo que parece engajada em escandalizar com uma escrita ornamentada que se pretende muito refinada. O que acho é que em alguns momentos alcança isso, mas são poucos. Púbis, aréolas e pelos...


ElisaCazorla 23/02/2024minha estante
Obrigada por sua leitura e seu comentário. Gosto muito dessas trocas por aqui :)




Bety.Shiue 19/03/2022

Amei sofrer
Livro curto porém contundente na sua forma de incomodar com a realidade que evitamos pensar. Uma leitura agridoce porém poética e encantadora.
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Dai Solyom 19/03/2022

Soco em cima de soco!
"Não Aceite caramelos de estranhos" sem dúvida não é uma leitura fácil.

Não por palavras rebuscadas, elegantes e desafiadoras, mas sim pela tensão existente em todos os contos.

A forma com que a autora descreve as cenas é muito desconfortável, dá para visualizar todos os absurdos ali presentes.

Uma pena saber que não são apenas contos, e sim a realidade de muitas e muitas pessoas.
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Jemima 24/02/2022

Esse livro foi um presente da minha querida amiga Marcela, nossa amizade sempre foi permeada de literatura, descobrimos autores que amamos juntas, como Milan Kundera e outras vezes gostamos de nos presentar livros que ainda não conhecemos e estamos curiosas para ler, assim foi o excelente “Não aceite caramelos de estranhos”.
Esse é um livro de contos de uma autora chilena e contemporânea. A maioria dos contos se passam na cidade de Santiago ou têm como fundo histórico o Chile. As histórias são muito pesadas, tratando inclusive de abuso infantil e incesto, temas que eu tenho muita dificuldade em lidar, me surpreendi, pois, mesmo a autora não nos perdoando nos detalhes sórdidos, a consistência e a delicadeza da narrativa me mantiveram instigada na leitura.
Outro tema que normalmente eu não gosto muito é a narrativa mais pornográfica, todavia aqui, os aspectos sexuais são o centro dos contos, não uma ferramenta extra para manter o leitor atento. Fala-se de sexo de formas não convencionais, ela consegue ser direta e poética ao mesmo tempo!
O fundo geral da leitura dos contos da Andrea Jeftanovic é o desconforto, as vezes leve, que causa até curiosidade, outras vezes pesado e intenso, que nos desafia a encara-lo. É um livro ousado, que trata temas difíceis de forma complexa como eles merecem. Essa autora com certeza é uma grande aposta para a literatura latino-americana.
Enfim são contos que tocam em temas impopulares e assim expõem os limiares confusos do comportamento humano.


site: https://www.instagram.com/taroeliteratura/
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Marconi Moura 08/01/2022

8,0
Pequeno livro de contos em q os personagens parecem ser estranhos pra si mesmos. São emas espinhosos desde incesto até a morte. Os estilos de narração vão desde um descritivo simples até o fluxo de consciência, sempre em primeira pessoa, mantendo uma leitura agradável e atrativa.
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Nara 28/12/2021

Última leitura latinoamericana do ano.

Uma das melhores!
Resenhar coletâneas de contos é um desafio!Aqui temos, narrativas indigestas que, evidenciam aspectos da construção social que existe nas criações dos laços familiares, na leitura que realizamos dos pápeis de gênero entre pai/mãe e, no peso que muitas vezes a parentalidade e o cuidado recai unicamente na mulher.

Inclusive, é quase completa, a ausência de personagens homens nas narrativas (pra mim) é um reflexo da sociedade.

Árvore Genealógica, é o primeiro soco no estômago.

Um pai narra como sua filha desde muito cedo começa a seduzi-lo, a ponto de tornar-se impossível não sucumbir aquele "amor".

Existe uma construção de pensamento na opinião da filha (bom lembrar que, o narrador é o pai) que, explicaria a relação. É um conto perturbador que faz pensar em como a moral se relaciona com o social e, estrutura as nossas relações, mas, que vivendo num período da história em que tudo torna-se uma questão de opinião, como isso pode borrar esses limites a ponto de tornar "aceitável" o incesto? O que me lembra também o quanto a indústria pornográfica faz sucesso com cenas que suscitam relações sexuais incestuosas.

O que dá o tom para essa interpretação é a epígrafe do antropólogo Levi-Strauss nesse conto:

O que é proibido?
"A sociedade não proíbe nada além daquilo que ela mesma suscita."

É uma escrita lírica que, vai além do incesto em si, com o pai narrando de forma angustiada como foi parar nessa situação e, os desdobramentos de vivenciá-la conforme se aproxima a velhice em relação a juventude que ganha forma na filha-amante.

Não vou mencionar conto por conto, mas, meu predileto: Marejadas.
Faria com gosto um TCC baseada na teoria do imaginário de Durand sobre esse conto.
Existem diversas camadas nas quais a imagem-título suscita outra, dita o ritmo e cria associações de modo que nos assusta a presença do sagrado/profano, da dor/prazer como manifestações possíveis mesmo que antagônicas, num momento de perda e luto.
Uma mãe recebe a ligação da delegacia informando que o primogênito está em estado grave em decorrência de um acidente.
Ela sai desesperada e, se depara com o ex-companheiro e pai de seu filho no hospital.
A autora utiliza o mar como a alegoria com a qual a personagem-mãe expressará o que sente:
"Uma grande onda me arrastava num sonho, interrompido por um telefonema à meia noite.Nadava num mar de escombros quando o policial pronunciou o nome do meu filho."

"Um enxame de sirenes de ambulância soava na minha cabeça.Acelerava sentindo os sapatos cheios de água."

Quando ela vê a ultrassonografia do derrame do filho: "Uma maré de sangue que escurecia hemisférios e cavidades."

Todo o tempo o mar, as águas turvas e o movimento letárgico e carregado da própria marejada, são suscitados pela protagonista.

Em determinado momento, é sabido que ele não tem muitas chances e, esse ex-companheiro chama ela pra caminharem juntos e conversar, até a casa dele.

Observando o ex-companheiro, ela se dá conta do quanto filho e pai são parecidos e, então ela beija e acaricia o ex.

É incrível o quão turva fica a escrita demonstrando essa confusão mental de imagens que se dá na mente dessa mãe tentando entender que está prestes a perder o primeiro filho.. Ao mesmo tempo tendo uma relação com o pai, retomando as imagens predecessoras de água do mar, sangue, vínculo, útero, fecundidade, ciclo, gênese.

"Faça-me um filho, sentenciei.Não vê como avança a mancha no mapa cerebral(...)Sim,eu sei, a maré sobe e inunda cavidades e tecidos.É um mar de vasos sanguíneos explodidos que não retrocede."

Maravilhoso! Super indico
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pedropires 15/10/2021

intrigante
a autora começa o livro com o mais chocante dos seus contos, o que dá o tom pro resto do livro. muitas passagens sao de fato perturbadoras, mas revelam muito sobre as inquietudes da vida moderna quando se choca com o passado
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Luciana.Barraviera 28/09/2021

Contos doloridos, polêmicos, sagazes e que nos sacodem as entranhas.
Já no primeiro conto a autora cita Lévi-Strauss com a seguinte frase: " o que é proibido"? A sociedade não proíbe nada além daquilo que ela mesma suscita"
Uma citação precisa para acompanhar os 11 contos que Andrea Jeftanovic nos presenteia, com incômodos, socos no estômago e a perplexidade do domínio da narrativa e das palavras.
Primogênito, Meio corpo fora navegando pelas janelas, A necessidade de ser filho e Até que se apaguem as estrelas são meus contos favoritos do livro.
Um livro pra ser apreciado sem pressa e com tempo pra absorver suas catarses.
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Ana 19/09/2021

3,5***

GATILHOS: Pedofilia, abuso sexual, incesto

Eu não faço a menor ideia do que pensar sobre esse livroooooooooooooooo ahhhhhhhhhhhhhhhhh
A escrita da Andrea é fenomenal e entendo a proposta de balançar e realmente ser unheimlich, mas ao mesmo tempo fico me perguntando por que isso está fora ou dentro dos limites que aceito...???

O primeiro conto é de longe um dos que mais me fizeram passar mal e o último parece até que está em outro livro. Quando vc termina de ler não consegue entender como foi de um ponto a outro, mas ao mesmo tempo faz sentido mas ao mesmo tempo voce fica ??????? o que ta acontecendo, por que eu quero ler o próximo se isso é tão pesado?????

Acho que "A necessidade de ser filho" e "Miopia" são os que mais gostei por terem uma lapidação desde a escolha do tema até a maneira como é construída.

Sobre a versão física: Gostaria que a Editora tivesse escolhido outra fonte ou disposição cartela de cores na 4a capa pois quem tem algum problema de visão tem dificuldade em ler como está e tem dois conceitos sendo explicados que são muito importantes para a compreensão do livro.

PS. Nem de longe a nota consegue traduzir o que é esse livro
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natália rocha 14/09/2021

Um dos meus livros de contos favoritos.
O livro já tem início citando Lévi-Strauss em uma epígrafe: ''a sociedade não proíbe nada além daquilo que ela mesmo suscita'', em uma tentativa de nos preparar para os onze contos que vem a seguir.

São narrativas que nos chocam pela sua temática e pela naturalidade com que a autora escreve. Nos deparamos com situações desvirtuadas, extremas, por vezes que nos causam repulsa - como no primeiro conto.

Na quarta capa do livro, nos deparamos com dois conceitos que explicam um pouco o efeito desse livro nos seus leitores:

- catarse: é um termo grego que significa purificação do espírito humano, livramento das imperfeições, um método de expulsão daquilo que é anormal à natureza humana - e essa expulsão pode ser feita por meio das artes, como a literatura. Nesse livro, isso é feito por compartilhar com seus leitores narrativas tão viscerais, tão sofridas, por vezes até abomináveis vividas pelos protagonistas dos contos.

- unheimlich: conceito criado por Freud a partir de um conto de E.T.A. Hoffmann que diz: ''estamos diante de algo profundamente perturbador, todavia estranhamente familiar''. As situações desse conto, por mais incômodas que sejam, estão presentes no nosso meio, acontecem todos os dias e por vezes até viram notícias nos jornais.

Acho que o uso desses conceitos ajudam muito a passar os efeitos desse livro sobre seus leitores. Não sei se recomendo esse livro para todo mundo, alguns contos exigem estômago forte e se você não curte leituras incômodas, melhor passar longe.

Mais uma autora latino-americana que gostei muito de conhecer!
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Luana 13/09/2021

Tragédia lírica
Andrea Jeftanovic escreve seus contos trágicos de forma tão poética. Cada conto é um soco no estômago, mas contados de forma lírica. Uma tragédia lírica, eu diria. A autora tem a coragem de contar aquilo que todo mundo tenta esconder e fingir que não existe. Um livro realista e expositor. Fantástico.
Alê | @alexandrejjr 13/09/2021minha estante
Adorei o conceito de "tragédia lírica".


Luana 13/09/2021minha estante
Falei besteira? ?


Alê | @alexandrejjr 13/09/2021minha estante
Não, muito pelo contrário, foi bem poética. ?


Luana 13/09/2021minha estante
Obrigada, Alê. Grande abraço.




babi 04/09/2021

grotesco de bom
uma das coisas que eu mais gostei nesse livro foi o incômodo que eu tive ao longo da leitura. já começamos com um conto que é difícil de engolir, mexe com assuntos complicados. o livro inteiro me remeteu um ambiente familiar onde você não está em casa, sempre há um empecilho no meio que te deixa desconfortável.

e como eu gosto de leituras que mexem, gostei dessa.
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