Não aceite caramelos de estranhos

Não aceite caramelos de estranhos Andrea Jeftanovic




Resenhas - Não aceite caramelos de estranhos


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Luana 13/09/2021

Tragédia lírica
Andrea Jeftanovic escreve seus contos trágicos de forma tão poética. Cada conto é um soco no estômago, mas contados de forma lírica. Uma tragédia lírica, eu diria. A autora tem a coragem de contar aquilo que todo mundo tenta esconder e fingir que não existe. Um livro realista e expositor. Fantástico.
Alê | @alexandrejjr 13/09/2021minha estante
Adorei o conceito de "tragédia lírica".


Luana 13/09/2021minha estante
Falei besteira? ?


Alê | @alexandrejjr 13/09/2021minha estante
Não, muito pelo contrário, foi bem poética. ?


Luana 13/09/2021minha estante
Obrigada, Alê. Grande abraço.




Gabi® 12/08/2023

Um livro curto, mas que tive muita dificuldade em terminar
Esse livro foi indicação de uma pessoa aleatória com quem conversei um dia no Sesc. Estava lendo um livro de contos e ela elogiou esse livro diversas vezes. Criei altas expectativas que não chegaram nem perto de serem alcançadas. Eu gostei de no máximo 3 contos, o que dá nome ao livro, o último e confesso de outro que não lembro, mas fiquei satisfeita com a leitura.
Confesso que talvez eu não tenha dado a devida atenção para cada linhas, mas a escrita da autora não me cativou.
No entanto, recomendo, sim, a leitura para que você tire suas conclusões.
Lucas 12/08/2023minha estante
Tem história... É o que importa muitas vezes.


Lori Bulhak 12/08/2023minha estante
Não aceite recomendações de estranhos (brincadeira)


Gabi® 12/08/2023minha estante
@lori hahhahahaha




ElisaCazorla 23/06/2022

Para um leitor juvenil
Quantas vezes uma pessoa pode enfiar a palavra púbis num livro? De acordo com essa autora quanto mais melhor! Acho que li mais vezes a palavra púbis nesse livro do que na minha vida inteira hahahaaha A autora tem uma necessidade doentia de falar sobre pelos, púbis e masturbação hahahaha o cômico chega a ser enfadonho.
Todos os contos são cansativos, previsíveis e num esforço claro de ser misterioso mas, sem sucesso.
Mas é MUITO CHATO MESMO!
Talvez para um adolescente descobrindo o sexo seja interessante descobrir as insanidades das pulsões sexuais.
Uma vez que a proposta da obra era navegar pelas relações complicadas da intimidade familiar, esperava que o livro fosse para outros lugares e tratasse de temas complicados como o universo silencioso e denso das família. Mas não, a autora escolhe tratar de tragédias familiares que envolvem repugnância de maneira óbvia e sensacionalista, com a sensação de querer escandalizar e mais nada. É um relato que tenta ser dramático e desconfortável mas não consegue. Beira a pornografia forçando um incesto ali, uma pedofilia aqui.
É pouca vida para um livro tão ruim.
Não perca seu tempo.
putyourflorest 21/02/2024minha estante
Não concordo 100% com tudo que você diz, mas concordo demais com coisas que você apontou e não parece ter incomodado mais ninguém. Tem algo de sensasionalista, uma obscenidade adolescente mesmo que parece engajada em escandalizar com uma escrita ornamentada que se pretende muito refinada. O que acho é que em alguns momentos alcança isso, mas são poucos. Púbis, aréolas e pelos...


ElisaCazorla 23/02/2024minha estante
Obrigada por sua leitura e seu comentário. Gosto muito dessas trocas por aqui :)




Diogo 27/10/2020

Desconfortável, mas genial.
11 contos sensacionais! Muito bem escritos... Muitos tratando de temas pesados e sombrios, mas com uma beleza genial. A autora conduz muito bem os sentimentos do leitor, conectando com a história e com personagens muito peculiares e absurdos, e causando muito desconforto!
Eduarda 28/10/2020minha estante
Fiquei com vontade de ler!




Picón 14/01/2021

...
A primeira metade do livro é boa, a segunda é de médio para baixo. Praticamente todos os contos tem temática sexual e (tentativa de) final apoteótico. Considerei um tanto forçado, com uma necessidade muito deliberada de chocar o leitor.
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Toni 16/01/2021

Leitura 53 de 2020

Não aceite caramelos de estranhos [2011]
Andrea Jeftanovic (Chile, 1970-)
Mundaréu, 2020, 144 p.

A literatura existe porque o mundo não é suficiente e há demasiadas pessoas descontentes. Uma de suas funções, portanto, é incomodar, jogar com estigmas, tratar tabus, propor desassossegos. Os onze contos que compõem a coletânea da chilena Andrea Jeftanovic são dessa estirpe, narrativas brilhantemente escritas que questionam os vínculos humanos mais estreitos (aqueles entre familiares) e propõem uma quebra subversiva das expectativas e certezas de seus leitores. “O contemporâneo”, diz Giorgio Agamben, “é aquele que mantém fixo o olhar no seu tempo, para nele perceber não as luzes, mas o escuro”. Exatamente o que faz Jeftanovic.

Cada um à sua maneira, os contos de “Não aceite caramelos de estranhos” sufocam e nos constrangem, muito porque todos eles são narrados em primeira pessoa por personagens que, de alguma forma, lutam contra pressões sociais, morais, religiosas, familiares, sexuais, geracionais etc—externas ou internas. A pulsão de morte, sempre presente, convive ao lado do gozo, libertário e proibido, alertando-nos, mais uma vez, que “mesmo conhecendo os mínimos detalhes de um corpo, nunca, nunca possuímos o segredo de quem o habita”—advertência da epígrafe que introduz a coletânea. Entre os favoritos, os contos “Árvore genealógica”, “Até que se apaguem as estrelas”, “Na praia, as crianças”, “Miopia” e “A necessidade de ser filho”, me conquistaram como histórias de triste beleza, perturbadoras ou angustiantes, mas sempre dolorosamente verossímeis.

Fui convidado pelo @canalmaisliteratura para a leitura coletiva deste livro que aconteceu no último sábado (28/11) lá no YouTube. A live já está disponível e contou com contribuições preciosas de um time apaixonante de leitoras e leitores. E aproveito o espaço que me resta para agradecer o esmero empregado pela @editoramundareu nesta publicação. Um trabalho de muito respeito ao leitor e à nossa incrível tradição literária latino-americana.
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Carlos 06/03/2021

Impactante e nebuloso
Difícil falar de uma obra tão bem avaliada. Tive muita dificuldade em alguns contos; outros, gostei muito, achei bem impactante. Mas a maioria não fluiu; perdia-me tentando entender a ?mente? do protagonista.
Talvez eu releia em outra oportunidade e busque melhor compreensão. Talvez não!
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Cris B 07/03/2021

Ler e discutir
Esse não é um livro para ler rapidamente ou apenas por diversão. A Andrea é uma escritora extraordinária e exige de seu leitor certa reflexão. É impossível ler os contos e simplesmente prosseguir na leitura. Você acaba compartilhamento com seu próximo e debatendo alguns assuntos tabus como estrupo, incesto, pedofilia, pornografia, crise conjugal, entre outros. Encontramos nesse livro um espaço aberto para o diálogo e conscientização. Super recomendo!
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Marina.Fraga 25/04/2021

Um soco no estômago, do começo ao fim
Livro visceral, redigido entre o familiar e o incômodo (o que Freud chamaria de infamiliar). Há amor e ternura, ha solidão e tristeza, tudo isso entremeado em linhas de frustrações, de perturbações, fracassos, conflitos. O primeiro conto - para mim, o mais difícil de digerir - como que pergunta ao leitor se ele deseja mesmo continuar: começamos assim, não espere nada diferente ao fim. Há contos brilhantes - como ?A Necessidade de ser Filho? e ?Miopia? (outro muito difícil de ser digerido) - e outros nem tanto como ?Amanhã Estaremos Nas Manchetes?. Mas mesmo esses mais ?fracos? dado o apanhado geral, são muito bem escritos, há muita coisa sendo dita em poucas palavras, há muitos sentimentos em tão poucas páginas. Sem dúvidas, um dos melhores livros que li nos últimos anos. Vale cada vírgula.
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Barbara.Luiza 24/06/2021

Em “Não aceite caramelos de estranhos”, Andrea Jeftanovic nos apresenta a 11 contos atravessados por pulsões irreprimíveis, daquelas que quando vistas em sociedade só podem causar espanto.

A relação deste sentimento com o ambiente doméstico na qual se desenrolam os contos cria uma atmosfera de magnetismo e repulsa que se retroalimentam no leitor. Náusea ou fascínio, não há meio termo aqui.

É curioso apontar, porém, que no apagar das estrelas o livro se desenrola com certa intimidade tocante. Como se a autora nos levasse do choque ao conforto sem que reparássemos qual estrada nos fez chegar aqui.

É, acima de tudo, um livro atravessado pelo exercício do amor nas suas mais diversas formas. O amor feito verbo: amar. Amar ainda que o ato provoque a ojeriza alheia. Amar impetuosamente, irrevogavelmente. Sem se preocupar com o que acontece no tempo e no espaço ao redor.

A prosa de Jeftanovic é única, joga no colo do leitor todo o juízo de valor sobre o que é representado. Um encontro com as partes mais profundas do ser humano. Será que Freud saberia explicar?

A edição nacional traz uma graça, trechos selecionados dos contos tem destaque ao final. Essa retomada nos mantém presos na história e tece seu caminho para a próxima.
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babi 04/09/2021

grotesco de bom
uma das coisas que eu mais gostei nesse livro foi o incômodo que eu tive ao longo da leitura. já começamos com um conto que é difícil de engolir, mexe com assuntos complicados. o livro inteiro me remeteu um ambiente familiar onde você não está em casa, sempre há um empecilho no meio que te deixa desconfortável.

e como eu gosto de leituras que mexem, gostei dessa.
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Caroline Vital 21/04/2024

Acho que esse é o primeiro livro de contos que eu gosto absolutamente de todos eles. São contos sobre relações familiares, socos no estômago muito bem escritos, poéticos, viscerais.
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Ana 19/09/2021

3,5***

GATILHOS: Pedofilia, abuso sexual, incesto

Eu não faço a menor ideia do que pensar sobre esse livroooooooooooooooo ahhhhhhhhhhhhhhhhh
A escrita da Andrea é fenomenal e entendo a proposta de balançar e realmente ser unheimlich, mas ao mesmo tempo fico me perguntando por que isso está fora ou dentro dos limites que aceito...???

O primeiro conto é de longe um dos que mais me fizeram passar mal e o último parece até que está em outro livro. Quando vc termina de ler não consegue entender como foi de um ponto a outro, mas ao mesmo tempo faz sentido mas ao mesmo tempo voce fica ??????? o que ta acontecendo, por que eu quero ler o próximo se isso é tão pesado?????

Acho que "A necessidade de ser filho" e "Miopia" são os que mais gostei por terem uma lapidação desde a escolha do tema até a maneira como é construída.

Sobre a versão física: Gostaria que a Editora tivesse escolhido outra fonte ou disposição cartela de cores na 4a capa pois quem tem algum problema de visão tem dificuldade em ler como está e tem dois conceitos sendo explicados que são muito importantes para a compreensão do livro.

PS. Nem de longe a nota consegue traduzir o que é esse livro
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Luciana.Barraviera 28/09/2021

Contos doloridos, polêmicos, sagazes e que nos sacodem as entranhas.
Já no primeiro conto a autora cita Lévi-Strauss com a seguinte frase: " o que é proibido"? A sociedade não proíbe nada além daquilo que ela mesma suscita"
Uma citação precisa para acompanhar os 11 contos que Andrea Jeftanovic nos presenteia, com incômodos, socos no estômago e a perplexidade do domínio da narrativa e das palavras.
Primogênito, Meio corpo fora navegando pelas janelas, A necessidade de ser filho e Até que se apaguem as estrelas são meus contos favoritos do livro.
Um livro pra ser apreciado sem pressa e com tempo pra absorver suas catarses.
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pedropires 15/10/2021

intrigante
a autora começa o livro com o mais chocante dos seus contos, o que dá o tom pro resto do livro. muitas passagens sao de fato perturbadoras, mas revelam muito sobre as inquietudes da vida moderna quando se choca com o passado
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