Resenhas - O Alienista

juliaverse 19/02/2024

O alienista é uma leitura super fluída, divertida e rápida, visto que é um livro curto de 123 páginas.
Nos faz refletir sobre o que realmente é loucura e o que realmente é sanidade, desconstruindo, assim, todo o peso que tem nesses termos.

Malu 18/02/2024

No decorrer das páginas fica evidente a verdadeira dúvida que martela na cabeça do médico, homem da ciência e formado para situações como a apresentada pela casa verde, instituição a qual abrigava aqueles considerados "fora das suas faculdades mentais", como descrito na obra. Essa a qual se resume na simples pergunta de quem é o verdadeiro desprovido de sanidade?
Ao chegar em um ponto que boa parte da cidade estava alojada no local, as revoltas perante aos critérios de classificação da loucura se incendeiam. Quem seria ele, Simão, para provar-se todo como um Deus dos julgamentos, mediando entre a Loucura X Sanidade?

Poc Leitora 17/02/2024

Um clássico que eu deveria ter lido antes.
Terminei a leitura em menos de um dia de tão boa e fluida que essa história é, afinal, o que é a loucura? Simão Bacamarte personagem encantador que interna uma cidade inteira num hospício para responder suas dúvidas. Leria de novo algum dia pois é um clássico e eu amei a experiência da leitura.

maymenlei 17/02/2024

?Loucura X Sanidade? com o humor característico de Machado.
?A idéia de meter os loucos na mesma casa, vivendo em comum, pareceu em si mesma um sintoma de demência.?

Fascinante. Algo que apenas Machado de Assis poderia apresentar de forma tão contundente e atemporal.
Tudo começa quando Simão Bacamarte ? médico renomado com interesse em psiquiatria ? volta à sua cidade e resolve abrigar todos os ?loucos? da cidade na Casa Verde (talvez o primeiro dos manicômios?), como forma de experimentar suas teorias sobre a insanidade humana, ação revolucionária para a época, em que essas pessoas eram abandonadas na rua e deixadas à própria sorte. Entretanto, a narrativa se desenvolve deixando muito clara a opressão presente nessa instituição e nas suas admissões quando o ?alienista? aparenta ?perder a mão? nas internações, colocando quatro quintos da cidade dentro da Casa Verde no ápice de suas experiências. O resto é história.
Uma reflexão incrível, regada à ironia machadiana, sobre a linha tênue entre a ?normalidade? e a ?loucura?. Quem são os loucos, afinal? E quem são os normais? Como estudante de psicologia, esse tema me interessa mais do que a maioria. Machado traz uma narrativa extremamente importante e politizada sobre o encarceramento em massa de pessoas acometidas por doenças mentais, ou apenas as que se desviam de alguma forma do que a sociedade em que vivem caracteriza como ?certo? e ?natural?. Conceitos flexíveis com o passar do tempo, mas rigorosos com os indivíduos que fogem minimamente de suas descrições.
Obra impecável e muito intrigante. Leitura obrigatória.
Leiam Machado! Viva a luta antimanicomial!

Rita663 16/02/2024

Se Dr.Bacamarte tivesse escutado Vaca Profana naquela parte que Caetano diz ?de perto ninguém é normal? muitas coisas seriam diferentes

Luiza26 16/02/2024

Um livro perfeito para iniciar a literatura brasileira, é um livro curto, então a leitura acaba sendo mais fluida.

Ivana M. 15/02/2024

Machadiano
Uma das principais qualidades deste livro é a sua capacidade de desconstruir as noções convencionais de sanidade e loucura. Através da história do Dr. Simão Bacamarte, um médico que decide investigar a mente humana em sua cidade natal, Machado nos conduz por um labirinto de ironia e questionamentos sobre o que realmente define a normalidade.

A escrita de Machado é afiada como uma lâmina, repleta de diálogos perspicazes e observações brilhantes sobre a sociedade da época. Seus personagens são habilmente construídos, cada um representando uma faceta diferente da condição humana e contribuindo para a riqueza da trama.

Além disso, "O Alienista" é uma obra que permanece surpreendentemente relevante até os dias de hoje. Sua análise da psique humana e das instituições sociais ecoa em questões contemporâneas, convidando os leitores a refletir sobre a natureza da normalidade e os limites do conhecimento científico.

Manuela 14/02/2024

Segundo livro que eu já li do Machado de Assis e se tem algo que eu achei semelhante nos dois foi a linguagem: é mais complicada (normal, já que é característica da época em que foi escrito) mas que dá pra compreender a história passada.

Confesso que não tive um entendimento completo da história, mas fiquei feliz ao ler as resenhas e perceber que entendi pelo menos o que a obra transmitia.

Conta a história de um médico recém chegado a Itaguaí, que começa a estudar mais sobre psicologia e a mente humana, se aprofundando no tema da loucura. Então, ele abre a Casa Verde e vamos acompanhando a história de como saber quem é louc0 ou não. Quais são os parâmetros que medem isso? É isso que vemos no conto.

Não foi um livro que me prendeu muito, mas a história é interessante e não foi uma leitura ruim. Foi legal ter um outro contato com o famoso escritor brasileiro e não ter saído traumatizada rs. Tenho interesse em conhecer mais obras dele.

Carolina Corrêa 14/02/2024

O texto machadiano
O texto machadiano dispensa comentários. Erudição e sofisticação são características marcantes.
Neste romance, tem-se um prato cheio para discussões filosóficas. Afinal, o que é a loucura? Como diagnosticá-la? Onde começa e onde termina? Quais os fatores determinantes?
A história, aparentemente simples, permite grandes aprofundamentos.

foolsluna 14/02/2024

?O Alienista? é um conto de Machado de Assis que narra a história do Dr. Simão Bacamarte, um médico que se dedica ao estudo da loucura em uma época em que não existiam psicólogos ou psiquiatras, sendo os estudiosos chamados de alienistas. Na cidade de Itaguaí, Rio de Janeiro, Bacamarte propõe à câmara dos vereadores a construção da Casa Verde, um tipo de hospício para abrigar os doentes mentais e serem tratados de suas loucuras.

À medida que o médico aprofunda sua pesquisa, ele começa a identificar traços de loucura em vários moradores da cidade, levando-os à Casa Verde e causando pânico na população.

A obra de Machado de Assis traz uma crítica social profunda, questionando a capacidade de rotular as pessoas como loucas, especialmente em nome da ciência.

Machado utiliza uma linguagem cuidadosa e repleta de referências históricas, como a Revolução Francesa.

Ceci Moura 14/02/2024

Dr. Simão Bacamarte começa a estudar a loucura e fica obcecado, criando a Casa Verde e desenvolvendo diferentes teorias.
Chegaram a estar contidos na casa de Orates quatro quintos da população de Itaguaí e então concluiu-se que a loucura não era o desequilíbrio, mas sim o equilíbrio de todas as faculdades mentais.
No entanto, os equilibrados se mostraram imperfeitos e foram liberados de forma que o alienista percebeu que era o único com as qualidades completas e se trancou na Casa Verde pelo resto da vida.
Eu já tinha lido O Mistério da Casa Verde de Moacyr Scliar, o que acabou me ajudando a entender a história.

jeej 12/02/2024

Tmj machado de assis
No começo achei muito complicado, no final fiquei meio ansioso pra acabar logo. meu primeiro livro nacional, e mesmo tendo demorado mais do que eu esperava pra terminar, no geral, gostei muito da leitura!

Katharina.Pedrosa 11/02/2024

Como se determina quem é louco e quem é ‘normal’?
Nesta narrativa, vamos acompanhar o Dr. Bacamarte, o alienista que recebeu sua formação no exterior e escolheu Itaguaí para implementar um avançado sistema de tratamento da loucura. Chegando em Itaguaí,ele nota que é costume na cidade manter aqueles considerados loucos trancafiados dentro de casa. Então, ele tem a ideia de juntar todos os loucos na mesma instituição, para que possa estudá-los e tratá-los. Assim, surge a Casa Verde.
Na cidade, o conceito de manicômios era desconhecido, porém, quando o Dr. Bacamarte mencionou a investigação das causas e tratamento da loucura, ninguém se atreveu a contestá-lo. Essa é uma das críticas de Machado de Assis: a crença de que a ciência seria capaz de solucionar todas as questões humanas. Isso se deve ao fato de que ele vivia em uma época em que havia uma confiança inabalável nos poderes da ciência e, além disso, existia a convicção de que qualquer ação realizada em nome da ciência seria benéfica, e levaria ao progresso.
O Dr. Bacamarte está confiante de que poderá categorizar os diferentes tipos de loucura, determinar suas causas e até mesmo descobrir um remédio universal para ela. Inicialmente, apenas aqueles considerados loucos pelo senso comum são internados no manicômio. No entanto, à medida que os estudos do Dr. Bacamarte progridem, ele começa a identificar "sinais" de doença mental em praticamente todos os habitantes de Itaguaí. Basicamente, todos aqueles que se desviavam da norma social, eram considerados doentes. Ou seja, fora da sua concepção de normalidade, todos eram loucos. A partir disso, acontecem uma série de situações, que culminam em uma revolta popular e disputas políticas.

Meu trecho favorito:

“Trata-se de uma doutrina nova, cujo primeiro exemplo sou eu. Reúno em mim mesmo a teoria e a prática”.

Tatiana427 11/02/2024

O Alienista
Uma história simples, envolvente com criticas ao sistema de saúde mental da época que em alguns casos pendura até os dias de hoje. Dr. Simão Bacamarte é um homem cegamente voltado para a ciência, mais de um modo controverso, aos poucos vai articulando e construindo sua instituição denominada Casa verde, na cidade de Itaguaí, e internando diversas pessoas da comunidade com intuito de estudar a mente humana, envolvimentos políticos, sociais econômicos, a desvalorização humana e conflitos de interesses seguem na trama, com final surpreendente. Vale muito conhecer😍.

Anna.Clara 09/02/2024

Todo mundo doido
Achei interessante o livro e como se seguiu a história. O final foi digno de Machado de Assis. Achei a linguagem dessa edição boa de ler.