Lara Martins 22/09/2011Surpreendentemente espetacularEu me sinto um monstro por ter julgado esse livro antes de ler. Me sinto péssima por sempre falar para todos que já tinham lido o livro e achavam bom, que eles estavam ficando loucos e “A Hospedeira” só podia ser uma merda. Tava enganada e assumo isso, pronto!
Peguei o livro por curiosidade, porque queria parar com esse preconceito bobo que eu me obriguei a acreditar. Assim que comecei a ler “A Hospedeira” achei o tema interessante e diferente, algo que por mais que Stephanie Meyer tentasse, ela não ia conseguir estragar, já que esse lance de alienígena é um assunto tão extenso que qualquer um pode criar seu universo sobre ele. E vou te contar, Titia Steph arrasou nessa temática.
O planeta Terra tá diferente. Continua tendo pessoas, animais, florestas, água e tudo que tem direito, mas mesmo assim, está diferente. E esse diferente vem do fato de que todos os seres humanos agora estão “possuídos” por Almas alienígenas. Essas Almas vieram para cuidar do nosso planeta, já que os humanos sozinhos estavam o destruindo mais e mais, acabando com tudo que a Terra tinha pra oferecer.
Com a chegada deles, as coisas voltaram aos eixos, ficou tudo bonito e lindo e as “pessoas” são todas simpáticas e caridosas. Sendo que claro, nem todos os humanos haviam sido sucumbidos a essa inserção e Melodie era uma delas.
Quando a menina vai em busca da prima que supostamente também é humana, ela é pega em uma emboscada e é seqüestrada pelos Buscadores, onde acaba tendo seu corpo possuído por uma Alma. A alma em questão é Peregrina, uma Alma super experiente, que já esteve em oito planetas e que é pra ser a mais bolada da parada toda, tendo controle do seu corpo novo e tudo mais. Mas é aí que ferra tudo: Mel simplesmente continua interagindo e não some, como era o esperado.
A partir daí, Peg passa a ser influenciada pelos pensamentos, sentimentos e quereres de Mel, fazendo-a amar e querer procurar e proteger as duas pessoas mais importantes na vida de Melanie: Jamie, seu irmãozinho e Jared, o amor de sua vida.
Eu adoro Twilight e assim como no primeiro livro da Saga, Stephanie Meyer pecou em escrever os primeiros capítulos de uma maneira absurdamente cansativa e de uma maneira nada viciante. Dá vontade de parar de ler e dá vontade de sair falando para o mundo: “STEPHANIE MEYER SÓ ESCREVE M*RDA!”, mas tenham paciência! Isso acontece só nos... Doze primeiros capítulos *corre* Mas é pouquinhooooo gente, são só 100 paginas! Mas eu juro que depois disso o livro fica simplesmente inlargável – isso existe? – e você devora o livro em dois tempos.
Stephanie conseguiu criar seu universo alienígena de uma maneira fantástica, onde ela não teve que se prender a regras – ou acabar com elas – antigas. E claro, não tem como terminar essa resenha sem fazer uma leve comparação entre Crepúsculo e A Hospedeira, né?
A Mel é muito parecida com Isabella Swan pela sua obsessão por Jared. Por que sério, tinha parte no livro que eu tinha vontade de SOCAR a Melanie por interferir tanto nos sentimentos e pensamentos da Peg! A Mel que, assim como a Bella, fica naquela de “Oh, não vivo sem meu macho! Oh, não posso respirar se o Jared não respirar! Oh, Jared, quero ser sua sombra para o resto da vida!” e isso é INSUPORTÁVEL! Massssss, como a personagem principal são duas no corpo de uma, o que a Mel tem de chatinha, a Peg tem de fofa e linda que dá vontade de agarrar e levar pra casa. Eu nem vou falar do Jared, porque se eu começar não vai sair nada amigável dirigido a esse mongolóide, argh!
Já o Ian... Aiiii, o Ian é muito amor da minha vida! Tão fofo, tão lindo, tão meigo, tão gostoso, tão compreensivo, tão macho, tão bravo... Ele é perfeito, simples assim. Mas, diferente de Edward Cullen, ele não é perfeito pelo fato de não ter imperfeições, mas ele é perfeito por ser tão humano e ter tantas atitudes lindas que não tem como se apaixonar.
Eu adorei o livro e o que eu digo para quem ainda está na dúvida em ler é: Deixa o preconceito de lado e cai dentro, porque é uma leitura incrível.