jupelacapa 18/05/2024
"Eu não me sinto parte dessa humanidade."
Ailton Krenak, um dos líderes indígenas e pensadores contemporâneos mais conhecidos do país, trás nesse ensaio uma grande reflexão sobre a pandemia da Covid-19 e a crise no sistema capitalista causada por ela.
Krenak trás em sua narrativa a dor da marginalização, da invisibilidade dos povos indígenas, da negligência com a Mãe Terra ? que vem acontecendo há centenas de anos ?, da forma como o sistema capitalista tem os seres humanos como máquinas de fazer dinheiro e como tudo isso foi naturalizado por nós mesmos. Afinal, precisamos encontrar uma forma de sobreviver se não quisermos morrer.
Brincando com o título do ensaio, Krenak nos leva a refletir se o amanhã ainda virá e se vale mesmo à pena fazer planos para um futuro incerto. Ele também nos leva a refletir ? propondo que deixemos o antropocentrismo de lado ?, e a observar em quanta vida há além de nós, seres humanos, e como somente nós fomos afetados pelo vírus. Como se fosse um alerta da natureza de que nós é quem estivéssemos adoecendo-a
Para encerrar, Krenak deixa uma reflexão onde ele afirma que, voltar a normalidade de antes da pandemia, é provar que a morte de milhares de pessoas no mundo não valeram de nada e que a humanidade é uma mentira.