A cachorra

A cachorra Pilar Quintana




Resenhas - A Cachorra


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Leila de Carvalho e Gonçalves 08/12/2020

Shirli
A Cachorra é um romance de apenas 80 páginas que me fez companhia durante uma madrugada insone. Uma leitura que não consegui abandonar até o desfecho, fato que comprova o talento da autora, a colombiana Pilar Quintana, que em 2007, foi selecionada pelo Hay Festival, no País de Gales, como um dos 39 escritores com até 39 anos de maior relevância da América Latina.

Outra escritora selecionada no mesmo evento, a equatoriana Gabriela Alemán, define com precisão o livro: ?De verdadeira violência, A Cachorra encontra feridas que não sabíamos que tínhamos, mostra-nos sua beleza e depois joga nelas um punhado de sal."

A narrativa gira em torno de Damaris, uma mulher de meia-idade que carrega um trauma de infância e um casamento sensabor com Rogelio, marcado pela ausência de filhos. Entretanto, as benesses da maternidade chegam de forma inesperada, quando ela adota uma cachorrinha, de aproximadamente um mês, a quem dá o nome de Chirli, o mesmo nome que daria para a filha que nunca veio. Resumidamente, a protagonista é uma mulher tentando reconstruir de maneira torta aquilo que considera seu destino.

Tendo como cenário a inóspita região litorânea de Buenaventura, o romance debruça-se sobre a maternidade. Sem diagnóstico médico e a mercê de feiticeiros, a culpa da infertilidade do casal é atribuída exclusivamente a Damaris, que passa ser tratada pela comunidade como uma ?mulher seca?, imprestável para sua principal função: parir. Ideia que, como produto do meio, ela própria corrobora, estreitando conflitos íntimos e esgarçando um sentimento de culpa que remonta a morte acidental de um vizinho, Nicolasito, quando ambos tinham apenas oito anos de idade.

Finalmente, por conta de seu duplo sentido, o título do livro foi muito bem escolhido. La Perra, em espanhol, ou A Cachorra, em português, não é apenas o feminino de cachorro. Também é um xingamento reservado para uma mulher desavergonhada ou de mau gênio. Se ficou curioso, aceite minha recomendação e em pouco mais de duas horas, descobrirá o porquê. ?
Iva Ulisses 07/02/2021minha estante
Gostei da sua resenha, obrigada. De modo igual, li de um fôlego. Um soco.


Leila de Carvalho e Gonçalves 25/03/2021minha estante
Fico feliz, de fato, o livro é muito bom.


Anna 29/04/2022minha estante
adorei sua resenha, Leila. Achei o livro muito sensível e também me prendeu do início ao fim. A leitura é leve e a história repleta de sutilezas e alguns socos no estômago.




Ju_allencar 05/03/2024

Cruel
Leitura muito boa, a escrita da autora muito fluida e fácil de entender, li em um dia. Confesso que eu gostaria que o final não tivesse sido tão aberto, mas entendo a decisão da autora. Fiquei em choque com o final, pois realmente não esperava que aconteceria o que aconteceu. Ótimo livro ?
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-Koraline 04/11/2023

A escrita da autora é muito boa, mas a história é uma romantização de violência contra animais que me deixou enjoada. Não recomendo esse livro, e esse foi meu único e último contato com a autora.
Hanna 04/11/2023minha estante
Senti a mesma coisa, não consegui passar da vigésima página por conta disso ?


Karenina 06/11/2023minha estante
Bom saber disso. Coloquei esse livro na lista dos ?Não devem ser lidos?




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Adonai 13/10/2021

A cachorra, ou o livro sobre dores
Não é um livro fácil de ser ingerido e talvez seja justamente essa a proposta: causar incômodos, quase físicos, durante a leitura.
É uma história de ausências, de palavras não-ditas, de galhos ressecados e também de sobrevivência. Com elementos de violência(s) mental, verbal e corporal, é um livro que puxa metáforas sobre o que perdas podem causar, o que cobranças podem gerar e como socialmente não estamos preparados para lidar com as complexidades de existências-múltiplas. Um livro que vale ser lido e doído.
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Toni 20/01/2021

A cachorra [2017]
Pilar Quintana (Colombia, 1972-)
Intrínseca, 2020, 160p.
Trad. Livia Deorsola

Falhando miseravelmente (mais uma vez) na tarefa de escolher uma leitura leve para este início de ano, comecei A cachorra, da colombiana Pilar Quintana, e em poucos dias estávamos acabados—o livro e eu. Centrado na figura de Damaris, mulher solitária (apesar de casada) que não consegue ter filhos e resolve adotar uma cachorra ainda filhota, o romance se comporta como a maré do balneário onde se passa a narrativa: ora baixa e tranquila, cuja faixa de areia permite alcançar outros vilarejos, ora cobrindo tudo e arrastando ramos, embarcações, lixo e sonhos, inexorável. A relação entre as muitas tragédias na vida de Damaris e o brutal isolamento que a natureza a seu redor impõe é construída na tensão imprevisível entre calmaria e tempestade, estio e ressaca, até o insustentável momento em que a violência emerge das profundezas.

Atormentada pelo abandono da mãe, pela morte acidental do filho dos vizinhos, por um corpo “que não lhe dava filhos e só servia para quebrar coisas” e um casamento fracassado, Damaris deposita todas as suas frustrações e expectativas na cachorra Chirli, nome que daria à filha que nunca teve. A relação, contudo, cria novas rusgas e expõe a protagonista ao mar de solidão que envolve sua existência aparentemente sem propósito. O livro é cheio de camadas, e cada aparte para contar as histórias daqueles que cruzam o caminho de Damaris contribui para o turbilhão emocional que encerra o romance (no melhor estilo cliffhanger). Se, como disse certa vez Maurice Blanchot, o que a escrita pode é “gastar os enganos”, esta obra da Pilar Quintana faz das tripas desilusão para nos mostrar um retrato convulsivo do que significa sentir-se só.
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Jamile.Almeida 12/04/2022

Expectativa/realidade
Damaris definitivamente é uma mulher sofrida. A vida deixou várias marcas em sua trajetória? e com certeza a impossibilidade de conceber foi uma das mais dolorosas, que a fez se sentir incompleta? um marido chucro, mas parceiro dentro dos seus limites emocionais, uma prima difícil porem presente, uma vida simples porem arranjada? e pairando sobre tudo, a sombra de uma eterna ausência.
E daí uma filhote vem encher o seio da Damaris em diversos sentidos de calor e amor!
Mas o que acontece quando impomos expectativas dos nossos desejos no outro? Mesmo quando esse outro é um animal? Qual a força das nossas frustrações?
Primeiro livro desse escritora Colombiana publicado no Brasil. Uma escrita limpa, sensível, a transformação e a dor da personagem te convencem? mas ai, de repente, o que podia ser um final de várias reflexões, me frustou! E a dor da minha frustração custou três estrelas e meia!
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Angelica.Silva 16/01/2022

Leitura difícil
Eu estava com grandes expectativas sobre esse livro, porém não sei muito bem o que sentir em relação a ele.
É um livro bem difícil de ler, principalmente seu final.
A leitura foi sofrível e me deixou com um misto de sensações sobre seus personagens.
Recomendo a leitura, apesar de tudo....
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vicqs 10/02/2022

Sensível ao extremo
Essa leitura foi indicação de um colega aqui do Skoob, e não me arrependo de ter apostado minhas fixas aqui. Uma história triste sobre falta, sobre angústia e o quanto podemos nós fazer enganar pela nossa psique. Eu amei, e tenho um carinho especial por esse livro.
Beatriz 10/02/2022minha estante
Quero muito ler esse livro


vicqs 10/02/2022minha estante
Eu amei, tenho certeza que você também vai amar


Monroe 10/02/2022minha estante
Só de lembrar meu coração fica do pequeno ?




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Viih Macêdo 30/03/2023minha estante
Já leu A Arte de Correr na Chuva? Talvez tu goste, leia a sinopse.


Caian.Gabriel 30/03/2023minha estante
Não li mas obrigado pela indicação, assim que tiver um tempinho eu pesquiso sobre




Gessyka.Loyola 23/01/2024

A cachorra.
Escrita bem fluída e rápida. Pilar vai contando essa história de uma forma poética e cruel.
Damaris, traumatizada pela vida vê em um filhote de cachorro sua chance de realizar o sonho de ser mãe. Mas, assim como na maternidade, nem tudo é feito só de alegria.
Em poucas páginas conhecemos toda a família, todos os traumas, a relação de marido e mulher, e por fim essa relação entre "mãe" e a cachorra.
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Simone Bruxelas 23/03/2022minha estante
Queria ler este livro mas acho que não tenho coragem depois que vi algumas resenhas.


Ster 23/03/2022minha estante
Existe uma carga emocional, mas é uma leitura que vale a pena.


DANILÃO1505 06/06/2022minha estante
Parabéns, ótimo livro

Livro de Artista

Resenha de Artista!




Maíra Marques 17/06/2022

É um livro sobre maternidade, sobre o desejo de ter filhos e as marcas de não conseguir tê-los. É indigesto na medida, viceral e angustiante.
Esperava outra coisa, mas gostei.
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Larissa Evelyn 17/03/2021

Doloroso. Do início ao fim você sente um clima de tristeza e melancolia. Uma energia caótica e negativa. Escancara o problema da maternidade compulsória, dos comentários pesados, da falta de amor, da falta de carinho e a projeção desses desejos no outro. É um livro triste e impactante.
Carlos.Eduardo 17/03/2021minha estante
Fiquei curioso pra ler!




liviatae 29/12/2023

Outra recomendação do @aquelegf, a escrita é fluída e rápida, não é um livro "uau, que incrível" é só um livro "hm, legal".
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